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Errata

9 Abril, 2008

Digo aqui que com o Acordo Ortográfico passarão a existir 3 normas de ortografia em utilização. Não é verdade. Passarão a existir quatro normas em utilização: a portuguesa antiga, a brasileira antiga, a portuguesa nova e a brasileira nova. Estas últimas não serão totalmente iguais porque algumas diferenças ortográficas vão manter-se. Para desespero de Rui Tavares (ver artigo no Público), os acordos luso-brasileiros continuarão a ser escritos em duas versões diferentes. Ah, e como Angola e Moçambique ainda não assinaram o acordo, a norma portuguesa antiga vai manter-se como oficial. Pode até acontecer que eles lá em Angola e Moçambique optem por criar uma norma própria. É uma forma barata de afirmar a identidade nacional e de criar barreiras proteccionistas contra as editoras estrangeiras.

16 comentários leave one →
  1. lololinhazinha's avatar
    lololinhazinha permalink
    9 Abril, 2008 18:15

    Errata ao João Miranda:

    Agora já não é Moçambique, é Mozambique.

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  2. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    9 Abril, 2008 18:17

    Tanto problema por causa dumas consoantes mudas que mais tarde ou mais cedo voaram com ou sem acordo.

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  3. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    9 Abril, 2008 18:18

    Acho que é vergonhoso. Querem tarnsdormar a língua portuguesa numa língua morta.

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  4. rui tavares's avatar
    9 Abril, 2008 18:19

    João Miranda, segundo o novo acordo você poderá escrever fato ou facto, mas o que interessa é que ambas serão oficiais em todos os países, ao contrário de hoje. Os documentos bilaterais tinham de ter duas versões porque ótimo era oficial errado em Portugal e óptimo oficialmente errado no Brasil (sendo que ambos os estados já se metiam na ortografia, isso não é de hoje). Nos casos opcionais, ambos passam estar oficialmente certos e a poder ser usados em documentos oficiais bilaterais, de que deixam de ser necessárias duas versões.

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  5. rui tavares's avatar
    9 Abril, 2008 18:20

    oficialmente errado* — leia-se

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  6. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    9 Abril, 2008 18:23

    O mais certo é nao fazerem acordo nenhum por causa da casmurrice. E daqui a nada só existe a língua brasileira, pois obviamente sao mais. E Angola e Moçambique nao vao andar a comprar livros escolares portugueses para todo o sempre. Daqui a anos estao a ter os seus livros, as suas editoras. E será a ortografia brasileira.

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  7. Impensavel's avatar
    Impensavel permalink
    9 Abril, 2008 18:42

    O que existe são variantes do português. Mas, alguns brasileiros gostam de dizer que falam brasileiro. Nem falam dessa “nova” língua pela questão ortográfica mas por questões sintácticas.
    De resto, não me admira que assim seja. O Brasil é, de pleno direito, um país do terceiro mundo e o gosto pelo grátis a par com o nacionalismo exacerbado conjugam-se para se deliciarem com uma língua nova, criada por decreto. Deve ser irresistível, para um país que no PISA obtém classificações em matemática abaixo de vários países mais pobres de Africa.

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  8. Desconhecida's avatar
    JoãoMiranda permalink
    9 Abril, 2008 18:59

    ««João Miranda, segundo o novo acordo você poderá escrever fato ou facto, mas o que interessa é que ambas serão oficiais em todos os países, ao contrário de hoje.»»

    Sim, mas no documento oficial único vai ficar “fato” ou “facto”?

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  9. Piscoiso's avatar
    9 Abril, 2008 19:07

    Já estão à venda os novos teclados.

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  10. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    9 Abril, 2008 19:15

    Eu axo que a noça hortographia, açim como está, está bem. Pareceme que é um herro halterála.

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  11. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    9 Abril, 2008 19:24

    Não se amesquinhem, pois a língua portuguesa vai ser o que os povos fizerem dela.Que se tente aqui e ali,regular, fornecendo indicações que ajudem a uma prática comum, tudo bem.Mas vai ser a literatura,a política,os negócios, os desportos que vão dar o sentido ao caminho.

    O resto é cagança de uns “tipos que se autoclassificam de cultura”!

    E já agora, só para não dizerem que não sou visionário,cheira-me que esta coisa vai muito adiantada.Espreitei as mensagens do telemóvel de uma sobrinha adolescente e não percebi nada do português usado por uma tal Xana!

    Estão a prever este perigoso desvio?

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  12. rui tavares's avatar
    9 Abril, 2008 19:45

    qualquer delas. antes não poderia, porque sempre errado (oficialmente errado) num país ou noutro. por exemplo: com o acordo, a forma portuguesa facto (que era errado no Brasil e não poderia ser usado oficialmente) passa a poder ser usado em qualquer documento oficial brasileiro.

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  13. Desconhecida's avatar
    Zim permalink
    9 Abril, 2008 22:21

    Porque é que esse linguajar, originário de africanos cuja língua-mãe não era o português, e outros semianalfabetos se há-de impor ao português?
    Em nenhum lugar vejo a língua brasileira evoluir para português; o (des)acordo é a involução do português.

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  14. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    9 Abril, 2008 22:42

    Os factos agora compram-se no pronto-a-vestir. De fato já quase não há alfaiates.

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  15. tina's avatar
    9 Abril, 2008 22:57

    E o pi-erre tem uma reação excecionalmente rececionista e contrarreativa, ora se tem!… E ainda digo mais, semirreta, minissaia, e cosseno!…

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  16. Carlos's avatar
    10 Abril, 2008 05:16

    As questões da Língua fazem lembrar a questão do Ambiente: muitas previsões que vão do Apocalipse ao Éden, mas ainda estamos para ver.
    Vivi muitos anos no Brasil onde detectei um fenómeno pouco conhecido por cá: não há só um “idioma” brasileiro; há vários (carioca, paulistano, mineiro, baiano, etc.). Não tarda muito eles próprios terão de negociar o seu acordo linguístico interno. Quanto ao que as Academias tentam vender como boa moeda linguística, lá é um pouco como cá: o povo está-se borrifando.

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