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Acordo ortográfico

16 Abril, 2008

Dezoito anos depois de ter sido assinado, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entrou no debate público. Independentemente da bondade, utilidade ou rigor científico do texto aprovado em 1990, a verdade é que o comportamento do Estado Português a propósito do referido Acordo não tem sido exemplar.

O Acordo foi assinado em Lisboa no já longínquo dia 16 de Dezembro de 1990 (Santana Lopes, então Secretário de Estado da Cultura, foi o representante português).

Poucos meses depois, o acordo foi alegremente aprovado para ratificação pela Assembleia da República e efectivamente ratificado pelo Presidente Mário Soares (4 de Junho e 7 de Agosto de 91, respectivamente).

Por falta de ratificação de alguns dos estado signatários, em Julho de 1998, os países lusófonos assinaram, na cidade da Praia, um primeiro protocolo modificativo – que nada mudou, para além da data de entrada em vigor inicialmente prevista e já largamente ultrapassada e que previa ainda um novo prazo para a elaboração de um vocabulário normalizado para a terminologia técnica e científica.

Portugal ratificou este protocolo adicional (o parlamento aprovou-o para ratificação em Novembro de 99 e Jorge Sampaio decretou a sua ratificação em 12 de Janeiro de 2000).

Mais tarde, já em Julho de 2004, em S. Tomé, foi assinado um segundo protocolo modificativo, que mais uma vez não mexeu no acordo propriamente dito, contendo duas novidades: o acordo entraria em vigor logo que fosse ratificado por três estados (o que já sucedeu), apressando-se assim a sua entrada em vigor, e passaria a estar aberto à adesão de Timor-Leste.

Quando se discute em 2008 se Portugal deve ou não ratificar o Acordo é apenas deste segundo Protocolo que se está a falar, uma vez que o Acordo propriamente dito já foi ratificado há mais de 17 anos.

Apesar de não estar convencido da utilidade do acordo, parece-me que a não ratificação do segundo protocolo – cujo objectivo era facilitar a entrada em vigor do acordo – depois de duas ratificações anteriores não é, do ponto de vista internacional, um comportamento muito digno por parte do Estado português. Repare-se que se o texto original (ou o primeiro protocolo) tivesse sido ratificado pelos  Estados africanos que não o fizeram, o acordo já estaria em vigor em Portugal.

46 comentários leave one →
  1. Anonimo's avatar
    Anonimo permalink
    16 Abril, 2008 03:06

    .
    se não houver acordos ortográficos entre os 200 milhões que oficializem a lingua na Comunidade da Lusofonia, o português de Portugal desaparecerá no futuro porque hoje está a viajar no ketchup

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  2. Desconhecida's avatar
    JoãoMiranda permalink
    16 Abril, 2008 07:42

    Acho interessante que um acordo que visa normalizar a ortografia possa entrar em vigor apenas com a ratificação de 3 países. O efeito é o oposto ao pretendido. Passamos a ter 3 países em tansição para a nova ortografia e os restantes 5 a usar a ortografia antiga.

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  3. Sokal's avatar
    Sokal permalink
    16 Abril, 2008 07:56

    Que raio de disparates se lêem a propósito deste malfadado “acordo”.
    O português de Portugal existirá enquanto existir Portugal.
    Se alguém quer transformar Portugal numa colónia do Brasiu, então que o diga claramente.

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  4. balde-de-cal's avatar
    balde-de-cal permalink
    16 Abril, 2008 08:08

    o desgoverno “xuxa” anda a “xuxar” com os portugueses. portugal transformou-se no largo ndos ratos onde o monstro devora os contribuintes

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  5. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    16 Abril, 2008 08:10

    Nem se consegue entender como se consegue chegar a este ponto e parece que ninguém tinha ouvido falar de nada. Até já há dicionários à venda. Isto é a prova que se passa o tempo discutir coisas sem importancia.

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  6. Desconhecida's avatar
    Filipe permalink
    16 Abril, 2008 08:45

    Para que serve este acordo? Eu ainda não percebi.

    Se é para se passar a escrever o mesmo português em todos os países lusófonos o tiro sai completamente ao lado. O problema da variante brasileira não tem a ver com o óptimo ou com o ótimo mas sim com o facto dos brasileiros estarem lendo este comentário e os portugueses estarem a ler este comentário. E essa diferença e muitas outras (será que o simbolo quimico do cobre vai passar a escrever-se bunda?) vão sempre existir.

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  7. Justiniano's avatar
    Justiniano permalink
    16 Abril, 2008 09:31

    O Acordo Ortográfico é a maior inutilidade desde a criação do papel de 25 linhas!!!
    A língua Portuguesa pertence aos falantes da língua Portuguesa e a sua dinamica é incompatível com “uniformização”!! Lá onde se fale Português haverão certamente regras distintas porque distintas serão as relações fonéticas que a ortografia sintetiza!!!
    E novos dizeres serão desenvolvidos independentemente de se comunicarem a outras regiões onde se fale a mesma língua!!
    Não há utilidade nenhuma, para o estudo e desenvolvimento da língua, que um Acordo Ortográfico possa trazer!!

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  8. Sokal's avatar
    Sokal permalink
    16 Abril, 2008 09:52

    Ó caro Justiniano : tem toda a razão, mas não se distraia. Não se escreve o verbo haver no plural quando substitui o verbo existir. Só quando substitui o verbo ter.
    Por isso seria assim : Lá onde se fale Português haverá certamente regras distintas…
    O português bem escrito é muito bonito. Infelizmente, os brasileiros não fizeram nada para o melhorar. Pelo contrário. E é por isso que me oponho terminantemente a seguir a norma ortográfica do Brasil. Nem sequer consigo ler livros brasileiros, tantas são as “gralhas” que encontro.

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  9. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    16 Abril, 2008 09:57

    Já se pode escrever cágado sem acento?

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  10. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    16 Abril, 2008 09:59

    Porventura a ideia do acordo é tentar impedir o que parece ser o evoluir normal da língua para línguas distintas. Se classificarem o portugues do Brasil como Brasileiro, a mim nao me choca nada. E nos outros países surgirá o Angolano, o Moçambicano, etc. Afinal já há tanta gente que quase “despreza” e tenta diminuir a forma gira do falar brasileiro. Altura de ganhar a independencia.

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  11. Piscoiso's avatar
    16 Abril, 2008 10:04

    Um dos efeitos benéficos pela net é deixar de haver as duas opções Português brasileiro/Português europeu na escolha do idioma.

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  12. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    16 Abril, 2008 10:05

    Consegue-se entender melhor o brasileiro que a pronuncia de alguns madeirenses e açorianos, mas aí a ortografia é a mesma. O brasileiro a ortografia é diferente. Mas existem países com a mesma língua e várias ortografias, como o Japao, a China e nao deixa de ser a mesma língua.

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  13. Gabriel Silva's avatar
    Gabriel Silva permalink*
    16 Abril, 2008 10:32

    Piscoiso;

    «Um dos efeitos benéficos pela net é deixar de haver as duas opções Português brasileiro/Português europeu na escolha do idioma.»

    Como bem refere o editorial do Público de hoje, o português é a única lingua internacional com apenas duas versões: portuguesa e brasileira.

    Mas veja quantas existem para o inglês, espanhol, e francês.

    Ora, se assim é, provavelmente, não será propriamente «benéfico», caso contrário, já teriam tentado alterar essa diversidade.

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  14. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    16 Abril, 2008 10:42

    “Mas veja quantas existem para o inglês, espanhol, e francês”
    Mas nao existem. Escrevem a mesma ortografia. Esses nao precisam de correctores quando mudam de país.

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  15. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    16 Abril, 2008 11:13

    “Consegue-se entender melhor o brasileiro[…]”

    Entender até se consegue, em algumas regiões do Brasil … mas perceber, acho que só quem tiver a escola das novelas completa…

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  16. piscoiso's avatar
    piscoiso permalink
    16 Abril, 2008 11:24

    Gabriel,
    Em termos informáticos é uma clara vantagem,
    pela economia de espaço.
    Não havia sido feito, porque não é da competência dos informáticos fazer dicionários oficiais de uma língua.

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  17. Carlos's avatar
    16 Abril, 2008 11:38

    Alguém me sabe dizer se existe algum caso de “acordo ortográfico” entre países de outras línguas que não o Português?

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  18. Rui Carlos Gonçalves's avatar
    16 Abril, 2008 11:39

    “Gabriel,
    Em termos informáticos é uma clara vantagem, pela economia de espaço.
    Não havia sido feito, porque não é da competência dos informáticos fazer dicionários oficiais de uma língua.”

    Tendo em conta a dinâmica da área, parece-me impossível a uniformização da língua na informática, pois daqui a 1 ou 2 anos já deixava de estar outra vez uniformizada.
    E o maior problema nem está na forma como se escreve uma palavra, mas nas palavras/expressões escolhidas para traduzir os novos termos técnicos que estão constantemente a surgir no inglês.

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  19. Piscoiso's avatar
    16 Abril, 2008 11:55

    Também há upgrades nos dicionários.

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  20. Fafe's avatar
    16 Abril, 2008 12:34

    O Soares Velho, não satisfeito com a “descolonização exemplar”, continuou no seu papel de coveiro.

    Mas enganam-se, uma Língua não se extingue por decreto nem nunca nos hatituaremos a decisões idiotas.

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  21. Desconhecida's avatar
    EMS permalink
    16 Abril, 2008 12:43

    «Alguém me sabe dizer se existe algum caso de “acordo ortográfico” entre países de outras línguas que não o Português?»

    Sim, tanto o francês como o alemão fizeram reformas ortográficas há relativamente pouco tempo, com acordos entre os vários países que falam essas línguas.
    È claro que o pessoal anti-acordo como gosta de fazer parecer que o nosso caso é uma originalidade bizarra, prefere falar do inglês que não muda a ortografia há mais de 100 anos, ou do espanhol onde a Real Academia Española tem conseguido impor a sua vontade.

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  22. Desconhecida's avatar
    16 Abril, 2008 12:51

    No último Prós & Contras interveio uma brasileira favorável ao acordo, esclarecendo toda a discussão. Começou assim:

    “Vou pôr umas colocações”

    Ninguém a corrigiu – acho que o sentido do acordo é a balda.

    Prontos. Eu k tava a imputar umas msgs no tele acomeçei lgo a rire-me i

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  23. Desconhecida's avatar
    16 Abril, 2008 12:53

    Acabei sem saber se a brasileira era uma escritora que queria vender livros em Portugal e colónias ou uma professora (de português)a trabalhar na Buraka

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  24. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    16 Abril, 2008 12:57

    CD, isso nem faz parte de nenhum acordo. O acordo é ortográfico apenas.

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  25. Fafe's avatar
    16 Abril, 2008 13:17

    Tou sabendo! Ops, o gerúndio não foi proibido? Poribido. Proíbido. Peroibído. Isso.

    Vou mudar de nome: serei Antônio.

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  26. Desconhecida's avatar
    16 Abril, 2008 14:01

    Caro Anónimo, claro que o acordo é ortográfico, mas deve ser discutido por fulanos que além de saber escrever também sabem falar/pensar.

    Como dizia o outro “Côgito logo existo” (isto era para ser cômico). 🙂

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  27. Desconhecida's avatar
    Lololinhazinha permalink
    16 Abril, 2008 15:15

    Por mim, não me importava de reaprender a escrever se soubesse que o acordo ortográfico iria fazer com que o português fosse uma língua única.

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  28. Isabel Coutinho's avatar
    Isabel Coutinho permalink
    16 Abril, 2008 16:20

    A diferença entre o português falado em Portugal e no Brasil, mais que ortográgica, é sobretudo morfológica e sintática.
    Ex: os brasileiros usam muito mais o gerundio, mas os portuguêses também o usam, e em ambos os casos de forma inteiramente correcta.
    Agora escrever “pato do Atlântico” ou “passar a mão pelo pelo do cão”, torna-se, para os portugueses incompreensível.
    As línguas existem para as pessoas se entenderem e não para o contrário. Os brasileiros cultos escrevem o português correctamente (embora com algumas variantes). São os brasileiros das favelas que têm até dificuldade em fazer o plural das palavaras.
    Portugueses e Brasileiros entendem-se perfeitamente, tanto a falar como a escrever.
    No norte de Portugal também há quem ainda troque o “b” pelo “v” e não é por isso que vamos passar a aceitar essa troca.
    Acresce que nas ex-colónias portuguesas e fala e escreve ainda o português de Portugal.
    Escrever corderrosa em vez de cor de rosa ou cor-de-rosa é inventar uma palavra que não existe, com a agravante de acrescentar à nova palavra um “r” etimologicamente errado.
    A grande diferença entre o falar de portugueses e brasileiros está na pronúncia. E essa não há acordo que a unifique.
    O que o Acordo Ortográfico consigna é uma forma de colonialismo linguístico do Brasil em relação a Portugal. Vamos aceitá-lo? Eu cá estou disposta a integrar um “Movimento de Libertação” da língua portuguesa. Temos esse direito, ou não ? Estão a ver Os Lusíadas “traduzido” para brasileiro?
    Por que é que não deixam as coisas como estão?
    Se os inglêses fizessem um acordo ortográfico com os americanos, teriam de aceitar um hieroglifo em forma de coração para a palavra “love”.
    Todoas as línguas tem as suas particularidades: no alemão escrevem-se todos os substantivos com maiúscula, e no inglês é a primeira pessoa do pronome pessoal (I) que se escreve com maiúscula. Em português escrevem-se com maiúcula os nomes dos meses. Qual é o problema? Será que os brasileiros não nos entendem por causa disso?

    Se o problema é “econômico”, então a economia “k vá pró inferno”!

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  29. Justiniano's avatar
    Justiniano permalink
    16 Abril, 2008 16:32

    welcome – wellcome

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  30. Desconhecida's avatar
    Anônimo permalink
    16 Abril, 2008 16:33

    “deixar de haver as duas opções Português brasileiro/Português europeu na escolha do idioma.”

    Espero que não. O efeito seria o como já acontece hoje quando só há versão PT/Brasil: opta-se pelo inglês. Não tenho dúvidas quando a mensagem diz “close this window”. Mas não sei que janela fechar quando a mensagem é “feche essa janela”

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  31. Desconhecida's avatar
    Anônimo permalink
    16 Abril, 2008 16:38

    Conhecem aquela versão do Hamlet: “Ser ou não ser, o negócio é o seguinte papai

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  32. OLP's avatar
    OLP permalink
    16 Abril, 2008 17:31

    É de mau tom confundir reformas de linguas com acordos.
    Por ignorancia?
    Uniformizaçao porque?
    no tempo da globalizaçao não estamos defendendo as particularidades das minorias?
    Querem extingui-las?

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  33. Sokal's avatar
    Sokal permalink
    16 Abril, 2008 19:13

    Subscrevo inteiramente o comentário de Isabel Coutinho, de 16 Abril, às 4:20.

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  34. Desconhecida's avatar
    complicado permalink
    16 Abril, 2008 19:47

    Apenasmente… eheheheh!

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  35. Anonimo's avatar
    Anonimo permalink
    16 Abril, 2008 19:54

    .
    se a um falante Português Africano ou a um falante Português Brasileiro ou a um falante Português Asiático (Macau, Malasia, India, Timor etc), para já não falar do papiar etc etc, os Portugueses falantes do Português Europeu, então temos não sei quantas linguas portuguesas,
    .
    e ridiculo, o Português Europeu, obriga os falantes do Português Brasileiro, do Português Africano ou do Português Asiatico a fazerem um EXAME DE LINGUA PORTUGUESA se querem algo da “Metrópole” ……
    .
    Internacionalmente, até já há o ‘PORTUGUESE (Bresil) e o PORTUGUESE (Portugal) e dentro dalgum tempo o PORTUGUESE (Africa), o PORTUGUESE (Asia) etc.
    .
    Ora sem duvida que 8 milhões de “orgulhosamente sós” comandados pela pior autodesignada elite que há neste País, os linguistas (na sala em que ouvi riam ás gargalhadas dos que chamavam dos “linguiças”) acham que 120 milhões que falam a lingua lusiada estã altamente preocupados com as tretas fantasistas de meia duzia de Portugueses ‘europeus’ que nem sabem justificar as diferenças foneticas e vocabulares dentro do “português europeu” entre Norte e Sul, Interior e Litoral, Continente e Ilhas.
    .
    De facto desde o 25 de Abril que não ouvia tanta arrogância complexadas de ditos “democratas”, alguns que até nos representaram na UE. Afinal representaram os Portugueses ou representaram-se a si mesmos ?
    .
    Há outro problema: a produção de livros tecnicos, cientificos e não só do Brasil muito mais avançada, lembra-se na Universidade que além das celebres folhas tinha de comprar edições brasileiras de Fisica, Quimica, Matematica ? Ainda antes do 25 de Abril. Guerras entre interesses comerciais de Editoras não interessam em Politica, concorram e aguentem-se na Livre Concorrência.
    .
    Mas estamos esclarecidos, qualquer marreco com canudo diz que é melhor que qualquer “alem-fronteiras” desta “S Paulo, Londres,Nova Iorque-Nação”. As nossas elites são as melhores do mundo dignas de viverem só á sombra do Estado, dos Impostos dos Outros. Por isso fazem de Portugal o eterno sonho sebastianistico V Imperio. Tenham juizo. Cuidem-se porque a coisa está mais que preta. É a globalização, revolução identica e muito mais funda que a Revolução Industrial contra as elites de então. E o Capitalismo continuará porque cada um quere é mais moedas, viver melhor, ter mais e melhor.

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  36. paulo's avatar
    paulo permalink
    16 Abril, 2008 20:02

    …Nós os “tugas” somos geneticamete pessimistas.mas isso é irrelevante! faz algum sentido que um livro editado em portugal(do mesmo autor), tenha uma ediçao diferente no brasil, angola, cabo verde e por ai a fora?este acordo vem precisamente, solucionar situaçoes como estas, que de todo nao fazem sentido!…por outro lado tambem entendo a ala anti-acordo, que nao é mais do que nacionalismo exacerbado, que teme uma “colonizaçao” da lingua portuguesa…desenganem-se meus caros

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  37. PKS's avatar
    PKS permalink
    17 Abril, 2008 08:34

    O fa(c)to de o acordo ortográfico ter sido assinado pelo Pedro Santana Lopes, decredibiliza o ortografia.

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  38. Paulo Frexinho's avatar
    22 Abril, 2008 01:14

    Como autor de Palavras Cruzadas, vejo o acordo como uma “oportunidade”.
    Como português, não gosto do acordo. Há quem diga que irá ajudar a combater o analfabetismo em África e no Brasil?!…

    Há dias, ouvi uma jornalista brasileira dizer que a Globalização tem destas coisas e que Portugal tinha os livros muito caros…

    ou seja: “senhores editores… não se cuidem não!”

    Eu falei em “oportunidade”, como isto anda, estou mesmo a ver que os jornais começam mas é a publicar Palavras Cruzadas de autores brasileiros…

    Cumprimentos,
    Paulo Freixinho

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  39. Paulo's avatar
    Paulo permalink
    6 Maio, 2008 19:54

    Há por aqui muito disparate!!! Que eu saiba no Brasil não há “pato do atlântico”, mas pacto. E que eu saiba aqi em Portugal vamos continuar a escrever “facto”. Somos realmente muito pequeninos. Ainda há 50 anos escreviamos “victória” e “dictado”. Os pombinhos conta o acordo, são os mesmo que diziam que o portugues tem acentos a mais…ao contrário do inglês.

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  40. Paulo's avatar
    Paulo permalink
    6 Maio, 2008 20:02

    Os velhos do restelos andam por aí. Normal!!!! E, à falsa fé, dizem que vamos escrever “fato”!!!! Dizem que uma língua não se impoem por decreto!!! Ehehehhehehehe….. entao quem resolveu mudar a ortografia há menos de 100 anos? exemplos como se escrevia: ella, elle, dictado, victória, sciencia, portuguez, mae, pae, . Quem mandou mudar? Os brasileiros? Na, na….foram os portugueses!!!! Não o povo, mas o governo de 1911. Ora se mudaram “dictado”, para ditado, porque nao querem mudar estes pombos o actual para atual???? Somos tão giros!!!!!

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  41. Feio's avatar
    Feio permalink
    6 Maio, 2008 20:24

    Subscrevo o que escreve a Isabel Coutinho. Pela negativa estão por aí un(ms) Paulo(s) muito iluminados (só hoje a lampada está fundida). Quantas voltas já deu o Camões lá no tumulo?

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  42. Nelson's avatar
    7 Maio, 2008 13:15

    Portugal país bonito. Portugal país tão belo. Metade é de Jorge de Brito. Outra metade de Jorge de Melo. Rima, não rima? E agora de quem é Portugal? De umas centenas de apocapolíticos, que a todo o custo tentam vender e destruir esta Nação há quase nove séculos de existência. Pois eu sou português e se um dia, esta Quinta à beira-mar plantada e também conhecida por República das Bananas, voltar a ser Portugal. Podem ter a certeza que a vingança vai ser incontestável. Xuxas e comunas que se tratem, pois não têm cá lugar, não são portugueses, mas sim terroristas disfarçados. Não a qualquer tipo de acordo ortográfico, só por cima do meu cadáver. Sou Patriota demais para ver em Portugal falar-se brasuca, ou creoulo. Isto é Portugal e assim sendo, é dos portugueses. Fora os miguéis de vasconcelos, já.

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  43. MAT's avatar
    MAT permalink
    20 Maio, 2008 19:13

    Que acordo é este que nos pretende obrigar a matar meia dúzia de cês e pês “para nos entendermos melhor”? Todos os portugueses sabem identificar, seja qual for o nível de escolaridade, um texto na variante brasileira e outro na variante portuguesa. E porquê? Por causa destas letrinhas? Claro que não. Porque é uma forma de escrever ESTRANHA.
    Que mentira é esta que querem contar ao mundo? Que existe só uma forma de escrever português, quando o acordo permite a utilização de grafia dupla e até mesmo tripla em muitos casos? Porque que não deixar a língua, seja qual for a sua variante, evoluir conforme a vontade dos seus falantes, do uso que lhe dão? Isto só vai servir para termos uma variante abrasileirada híbrida de português.
    Dizer que existe só um Português significa que, futuramente, a tradução dos diversos produtos seja feita nesse idioma único, que será o brasileiro, já que o real vale bastante menos que o euro – será, obviamente, o mercado brasileiro o favorecido.
    Não tenhamos ilusões: o material impresso num só português representará a forma de escrever do Brasil – a forma como falam os brasileiros, cheia de gerúndios, pronomes trocados e palavras desconhecidas. E será esta, mais tarde ou mais cedo, a língua imposta aos portugueses.
    Não quero ir ao dicionário quando comprar um produto para descobrir o que é “pimbolim”, cardaço, planilha, bate-papo, tela e muitos mais.
    Este acordo ortográfico NÃO é porreiro, pá!!!

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  44. Rui Nunes's avatar
    30 Maio, 2008 20:16

    A verdade é que Portugal agora está a se tornar uma colônia Brasileira.
    O BRIC (Brasil, Índia, China e Rússia) é uma designada para definir um grupo de nova potencias mundiais.
    Portugueses e portuguesas, a verdade dói, mas tem que ser dita e aceita, quem manda agora no mundo Lusófono é o Brasil.
    Portugal uma nova colônia Brasileira, bem como os países da América do Sul vizinhos do Brasil que estão sendo sofrendo uma grande influencia Brasileira.
    Vejam o lado bom, alguns países sul americanos estão adotando o Português como segunda língua e ensino obrigatório nas escolas. Até alguns países do Oriente Médio estão a ensinar a Língua Portuguesa nas Universidades.

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  45. Nuno Caldeira's avatar
    18 Agosto, 2008 20:05

    Como simpatizante do povo brasileiro, não é contra ele que estamos, no que se refere ao recente emergir do assunto polémico em que se tornou o Acordo Ortográfico.
    Escrevo “emergir” porque a discussão agigantou-se com a intenção de aplicar, em definitivo, o acordo assinado em 1990! Parece, afinal, que esteve adormecido!
    Antes de se querer legislar o modo de escrever certas palavras, de uso de “apenas” umas poucas dezenas de milhões de pessoas, entre portugueses, africanos e asiáticos, e assimilar as imposições vindas do Brasil, onde estão 180 milhões de falantes de tão “nobre” idioma, dever-se-ia fazer o seguinte:
    – Tendo em conta a fonética da palavra, qualquer escrita que se lhe associasse deveria ser correcta, com ou sem uma determinada consoante ser muda, ou servir para que a vogal que lhe antecede ser “aberta” ou “fechada”. Com o uso que as sucessivas gerações dessem às palavras em questão, todas essas “incómodas” palavras iriam sofrer alguma alteração. Exemplos: – ACÇÃO ou AÇÃO (qual é o problema de escrever as 2 formas? Pessoalmente prefiro a 1ª); ACTUAL e ATUAL, e as suas variantes (realmente o “c” é mudo e não se altera a fonética, portanto qualquer das formas se aceita, na minha opinião); ÓPTIMO e ÓTIMO (vendo bem, o “p” não está lá a fazer nada, já que o acento no “o” já faz a função pretendida, mas acho que a modificação passaria primeiro pelo acento antes da letra); BAPTISMO e BATISMO (outro caso do “p” ser realmente mudo, e concordo que se retire); FACTO e FATO (ninguém pode dizer que o “c” é mudo, porque além de se pronunciar, acontece quase uma pausa na dicção da palavra, portanto FACTO É FACTO); APOCALÍPTICO e APOCALÍTICO (o “p” lê-se e não há discussão, deriva de APOCALIPSE, ou alguém diz “apocalise”?). Mas já que a guerra está em subtrair letras, porque no Brasil ninguém quer tirar 2 letrinhas à palavra “caminhão”? Em português um veículo pesado é um CAMIÃO. Um “caminhão” pode ser um caminho longo e duro de percorrer.
    E por falar em longo caminho a percorrer, acho que este acordo ortográfico vai ser um rotundo falhanço e quase ninguém o vai seguir. Mais depressa aceitamos que se retirem acentos do que letras, e mais depressa dizemos e escrevemos “calinadas” do que português correcto. Analisando bem esta discussão, quem pode dizer que fala e escreve 100% correcto e puro português lusitano? NINGUÉM o pode fazer!
    Legislar uma suposta uniformização dum idioma soa a um assumir de um poder que nenhum simples grupo de pessoas, ou uma nação de entre um grupo de nações se pode prestar. Não somos como os espanhóis, que têm lá a Real Academia Española, e tendo em Espanha menos falantes de “castelhano” do que toda a América do Sul, são eles que “mandam” no idioma! Acho que em Portugal devia fazer-se o mesmo, e acabava o problema. Foi daqui que saíu o idioma e se deu a conhecer ao mundo, é justo que sejamos nós a modificá-lo ou não. É um povo que o traz na boca e escreve no papel, é o mesmo povo que deve ter o direito de o moldar e adaptar às verdadeiras necessidades e reais conjuncturas do dia-a-dia.
    Já cometemos erros ortográficos que bastem, e querem os brasileiros tentar corrigi-los. Só respondo: NÃO, OBRIGADO!
    Todos os acordos ortográficos que venham a acontecer não incomodam, porque o povo vai continuar a escrever como aprendeu, como sabe, e para alguns, como lhe apetece e der na real gana!

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  46. yuri's avatar
    yuri permalink
    15 Março, 2010 05:33

    O que percebo é uma grande generalização acerca dos brasileiros, em achar que todos escrevem errado, e por isso essa resistência em ler textos em português brasileiro, chegando ao ponto de traduzir. Pessoas que escrevem errado existem em vários países. Entendo que não é nem um pouco confortavel um monte de “autoridades” da academia de letras mudar a forma de escrever que você já utiliza há anos. Resistência existe e sempre existirá quando alguém tentar mudar tudo aquilo que já está sistematizado. A maior diferença na escrita entre ambos as normas (brasil/portugal) acredito que é o léxico. Isso existe até mesmo no próprio brasil! Acredito que ai em portugal também deve existir alguma palavra que se usa no sul e quando usada no norte causa algum estranhamento. Também não gostaria ter que “reaprender” a escrita de palavras que já estou habituado há anos, mas sou a favor de as 2 formas serem aceitas. Acho um grande exagero em portugal algumas pessoas escolherem o Inglês, como falaram em um post anterior,ao Português brasileiro pois é perfeitamente inteligível a escrita na norma brasileira.Isso é puro preconceito, orgulho no sentido de que o Português brasileiro está crescendo , e várias pessoas já admitiram tal fato. Emfim, não acho que Portugal deva ser submetido a tal mudança, pois muitas pessoas já estão habituadas à forma que sempre usaram, entretanto gostaria também que essa falta de confiança nos linguístas e escritores brasileiros acabasse,pois como já disse, gente que escreve errado existe em todo lugar, mas também há muitas pessoas no brasil que preserva o bom uso da gramática, e são muitas,posso garantir.

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