Quando os ingleses por aqui (Algarve) me perguntam como falo tão bem inglês e como aprendi, eu costumos responder:
-“from subtitles”.
Eles ficam encantados com a resposta, mas se repararem nós somos o povo da Europa que na generalidade fala melhor inglês e sem sotaque, e acho que as legendas são uma das razões.
Apenas o “th” do inglês nos atraiçoa sendo poucos os que o dizem correctamente.
Ver um filme dobrado em Português é ridiculo, e normalmente não é feito correctamente a nível de banda sonora.
Eu passei grande parte da minha infância a ouvir filmes dobrados em francês e não achava nada estranho, pelo contrário, achei estranho quando mais tarde via os mesmos filmes em portugal só que falados em inglês. É uma questão de hábito.
A grande questão das dobragens é mais profunda: o trabalho de um actor é um todo, que inclui corpo e voz. Ora, se a determinada altura lhe mudamos a voz, perdemos parte do seu trabalho. O que aparece é um outro trabalho em que depois do actor (dirigido claro) fazer o seu trabalho, chega outra pessoa que, com outros critérios, lhe dá outra voz. É uma composição, diferente do original.
Por exemplo, o actor Josh Brolin, escolhido para interpretar Bush no filme “W” de Oliver Stone, foi sujeito a uma minuciosa aprendizagem do sotaque texano, tão característica em Bush.
Reduzir este trabalho a zero com uma dobragem, não é o mesmo filme.
A não ser que seja dobrado pelo próprio Bush a falar estrangeiro.
“Eles ficam encantados com a resposta, mas se repararem nós somos o povo da Europa que na generalidade fala melhor inglês e sem sotaque, e acho que as legendas são uma das razões.”
O caro Gato Preto deve ser duro de ouvido… 🙂
Na generalidade os portugueses estão entre os europeus (UE15) que menos línguas estrangeiras falam, apenas superados pelos britânicos (dados algures num relatório da União). Os portugueses têm (temos) sotaque e bastante irritante diga-se de passagem.
Verdade seja dita, um sotaque bastante simpático ao lado de Espanhóis, Franceses, Alemães e Italianos -países onde os programas estrangeiros são dobrados (não estou certo quanto à Itália.)
Desde que vi um James Bond dobrado em castelhano, não quero outra coisa :-).
E a publicidade à Gillette “Es-stealth”? Precisosa, no?
GostarGostar
Vejam o Exterminador dobrado em francês ou espanhol e riam-se um bom bocado.
Procurem quando o Sr. Governador da California diz “I’ll be back!”
GostarGostar
pior só as dobragens feitas na Polónia
GostarGostar
Quando os ingleses por aqui (Algarve) me perguntam como falo tão bem inglês e como aprendi, eu costumos responder:
-“from subtitles”.
Eles ficam encantados com a resposta, mas se repararem nós somos o povo da Europa que na generalidade fala melhor inglês e sem sotaque, e acho que as legendas são uma das razões.
Apenas o “th” do inglês nos atraiçoa sendo poucos os que o dizem correctamente.
Ver um filme dobrado em Português é ridiculo, e normalmente não é feito correctamente a nível de banda sonora.
Gato.
GostarGostar
Dos filmes de Manoel de Oliveira que vi até ao fim, só me lembro de um que era dobrado em espanhol.
GostarGostar
Os filmes de Manoel de Oliveira e César Monteiro são os únicos que até dobrados são bons. Mesmo a “Branca de Neve”.
GostarGostar
Bienvenida a casa “nena”! 🙂
GostarGostar
Eu passei grande parte da minha infância a ouvir filmes dobrados em francês e não achava nada estranho, pelo contrário, achei estranho quando mais tarde via os mesmos filmes em portugal só que falados em inglês. É uma questão de hábito.
GostarGostar
“pior só as dobragens feitas na Polónia”
Na Polónia não são. São leituras. Alguém lê todo o diálogo por cima do som original, a mesma voz para todos o filme. dobragens
GostarGostar
O hábito resulta com tudo, bom ou mau.
A grande questão das dobragens é mais profunda: o trabalho de um actor é um todo, que inclui corpo e voz. Ora, se a determinada altura lhe mudamos a voz, perdemos parte do seu trabalho. O que aparece é um outro trabalho em que depois do actor (dirigido claro) fazer o seu trabalho, chega outra pessoa que, com outros critérios, lhe dá outra voz. É uma composição, diferente do original.
GostarGostar
Pior que as dobragens só mesmo as telenovelas portuguesas e brasileiras.
GostarGostar
Por exemplo, o actor Josh Brolin, escolhido para interpretar Bush no filme “W” de Oliver Stone, foi sujeito a uma minuciosa aprendizagem do sotaque texano, tão característica em Bush.
Reduzir este trabalho a zero com uma dobragem, não é o mesmo filme.
A não ser que seja dobrado pelo próprio Bush a falar estrangeiro.
GostarGostar
“Eles ficam encantados com a resposta, mas se repararem nós somos o povo da Europa que na generalidade fala melhor inglês e sem sotaque, e acho que as legendas são uma das razões.”
O caro Gato Preto deve ser duro de ouvido… 🙂
Na generalidade os portugueses estão entre os europeus (UE15) que menos línguas estrangeiras falam, apenas superados pelos britânicos (dados algures num relatório da União). Os portugueses têm (temos) sotaque e bastante irritante diga-se de passagem.
Verdade seja dita, um sotaque bastante simpático ao lado de Espanhóis, Franceses, Alemães e Italianos -países onde os programas estrangeiros são dobrados (não estou certo quanto à Itália.)
GostarGostar