Falta de concorrência nas refinarias?
Henrique Raposo acha que o monopólio que a GALP detém na refinação em Portugal é relevante para os preços dos combustíveis praticados em território nacional. O problema desta tese é que o preço médio da gasolina praticado em Portugal está a cerca de 2 cêntimos da média europeia. Pode-se licenciar uma nova refinaria em Portugal para ganhar 2 cêntimos por litro, mas eu sei de uma bomba da Repsol onde se pode poupar 4 cêntimos por litro. Para alem de que vai abrir uma nova refinaria em Badajoz.
Três notas adicionais:
1. A existência de um monopólio ou de um cartel quanto muito poderia explicar o valor absoluto dos preços. Não serve para explicar a subida dos preços.
2. O mercado da gasolina é europeu. As refinarias europeias direccionam os seus produtos para onde eles tiverem mais procura (depois de considerados os custos de transporte). Logo, o número de refinarias a nível nacional é pouco relevante. E é por isso que os preços não variam de país para país.
3. Sendo as diferenças de preços entre Portugal e o resto da Europa tão baixo, não adianta insistir numa questão lateral. Um eventual aumento da concorrência teria um efeito muito baixo.
BLASFÉMIAS 
Olhe que a diferença final de preço ao consumidor entre Portugal e Espanha não é assim tão baixa. Digamos que será de 15%. É dispiciendo?
Depois, se entrarmos em linha de conta com a paridade do poder de compra, é suportávle às empresas 8os particulares aqui deverão ser secundarizados) suportar a gasolina mais cara da Europa, tendo em conta o poder de compra?
Quanto a mais uma Refinaria em Portugal, é concerteza um disparate.
Mas, separar o negócio da distribuição, da propdução, já se impõe há muito, mas os Srs. Amorim, Murteira Nabo e mesmo Cavaco Silva, não querem….porque será?
E separar a distribuição da refinação, quanto custará ao Estado, sobretudo tendo em conta que o monopólio Eni (italiano) não aceitará isso fácilmente….
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Alguêm me ajuda? Como se traduzirá para português: “Message force multiplier”?
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“Um eventual aumento da concorrência teria um efeito muito baixo.”
Caro JM
Primeiro é contra a baixa de impostos.
Agora acha que o aumento da concorrência não tem efeitos no mercado.
Ainda bem que eu é que não sou liberal.
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“Quanto a mais uma Refinaria em Portugal, é concerteza um disparate.”
Se o risco e os custos forem de privados, qual é o disparate ?
.
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Pois é, a vida não está cara, eu é que estou ganhando pouco.
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««Agora acha que o aumento da concorrência não tem efeitos no mercado.»»
E posição que fundamentei no post e que o Mentat não desmente. A concorrência que existe está próxima do máximo possível.
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João Miranda,
A falta de concorrência com impacto é no retalho. Barreiras à entrada e limitações ao funcionamento. Um modelo económico útil é o de Hotelling.
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O anonimo que refere hotelling sou eu.
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“E posição que fundamentei no post e que o Mentat não desmente.”
Claro que não desminto, provavelmente o JM até tem razão.
Mas se um privado a quisesse construir, qual era o problema ?
Quem lhe diz que a concorrência não geraria ganhos de eficiência?
Ou agora o JM já está como a ASAE que acha que pode discorrer sobre a viabilidade económica de actividades privadas ?
.
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“A Comissão Europeia aplicou uma multa de 8,6 milhões de euros à Galp Energia por concertação de preços no mercado de betume para asfalto em Espanha, anunciou o executivo comunitário em comunicado.
……
Além da Galp, Bruxelas também condenou a BP, Repsol, Cepsa e Nynas por concertação de preços, aplicando multas num valor global de 183 milhões de euros.
A Comissão Europeia argumenta que entre 1991 e 2002, estas empresas partilharam o mercado do betume para asfalto em Espanha e concertaram os preços.”
In: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=300779&visual=26
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In: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=300779&visual=26
“Bruxelas aplica multa de 8,6 milhões de euros à Galp Energia
A Comissão Europeia aplicou uma multa de 8,6 milhões de euros à Galp Energia por concertação de preços no mercado de betume para asfalto em Espanha, anunciou o executivo comunitário em comunicado.
Bruxelas infligiu no total uma multa de 183 milhões de euros às cinco empresas envolvidas na concertação de preços: BP, Repsol, Cepsa, Nynas e Galp.
A Comissão Europeia argumenta que entre 1991 e 2002, estas empresas partilharam o mercado do betume para asfalto em Espanha e concertaram os preços.”
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http://www.youtube.com/watch?v=f8mvo9XQ1CU&eurl=http://www.futebolcontraocancro.com/
Grande equipa!
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“Se o risco e os custos forem de privados, qual é o disparate ?”
Percebo-o. Mas, em Portugal os decisores privados almoçam todos com os decisores públicos…… e temo que mais uma nova Refinaria, sobretudo tendo em conta a dos Espanhóis a construir em Badajoz…..
Preferiria a discussão de uma central nuclear, que nós não temos e se calhar poderia vir a ser uma alternativa ao petróleo e gaz.
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Olá,
só para informar que ontem comprei em Espanha gasóleo a € 1,083 o litro!
Façam as contas.
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««Mas se um privado a quisesse construir, qual era o problema ?
Quem lhe diz que a concorrência não geraria ganhos de eficiência?
Ou agora o JM já está como a ASAE que acha que pode discorrer sobre a viabilidade económica de actividades privadas ?»»
Só estou a dizer que uma nova refinaria não trá grande efeito no preço ao consumidor.
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quando é que a asae entra porta dentro da concorrência e preços?
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Soluções para a crise?
Aqui vão:
Investimento e Mudança total na Politica de Transportes nos EUA. (para o carrito poder ser dispensavel nas deslocações pro emprego etc.
Melhor regulação do mercado evitando especulações perigosas.
Assinatura do protocolo de Quioto EUA
E desistirem (EUA) de uma vez por todas com esta ideia de tentar empurrar o mundo para a “perfuração tipo queijo suiço do Artico”. Com os custos ambientais que isso traria. Mas que EUA nao querem saber tal é o desespero
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“Assinatura do protocolo de Quioto EUA”
Mas, o seu período de vigência não está a acabar? Assinar para o passado?
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Acho que começa a ficar claro que não há forma de reduzir os preços actuais. Já se analisaram todas as vertentes da questão e esbarramos sempre em qualquer coisa. Agora até ter monopólio, ou não, é irrelevante para o caso. A ser assim ( e pelos vistos é mesmo) o Mário crespo é que tem razão: deve-se nacionalizar a Galp.
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A nacionalização da Galp tinha a grande vantagem de os seus milhões de lucros serem repartidos por todos os portugueses. Quem sabe se com esses lucros não se poderia reduzir os impostos!
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E, então?
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J Diz:
29 Maio, 2008 às 12:11 pm
“Assinatura do protocolo de Quioto EUA”
Mas, o seu período de vigência não está a acabar? Assinar para o passado?
Sobre esta materia (Quioto) os EUA nem querem ouvir falar e perante a proximidade do final da vigência querem fazer aprovar um protocolo totalmente diferente do de Quioto em vez de apoiarem a continuidade de algo semelhante (quioto)
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A nacionalização da Galp tinha a grande vantagem de os seus milhões de lucros serem repartidos por todos os portugueses. Quem sabe se com esses lucros não se poderia reduzir os impostos!
Repartidos por todos os portugueses? Não seria antes convertido em mais umas reformas douradas, têgêvês e otas?
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“Não adianta insistir numa questão lateral.”
A liberalização dos mercados é uma questão lateral?
Nuspirit: no curto prazo, teria de subir os impostos para poder pagar a Galp aos accionistas. A não ser que considere legítimo o roubo, quando operado pelo Estado. Mas nesse caso também teria de subir os impostos para compensar a redução de PIB provocada pela saída em massa de capital estrangeiro (e nacional) do país. De resto, ao que todos sabemos, o Estado é accionista da Galp (7%), e definiu quem eram os actuais accionistas. Pelo que o Governo tem conhecimento de toda a estratégia da Galp.
Mas eu tenho uma proposta melhor: vamos nacionalizar os bens do Nuspirit. A nacionalização dos bens do Nuspirit tinha a grande vantagem destes serem repartidos por todos os portugueses. Quem sabe se com esses bens não se poderia reduzir os impostos!
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PMS,
Antes de mais não me importo que nacionalizem os meus bem desde que seja a um preço justo, o de mercado basta. Por isso não passou pela cabeça o estado não ter que pagar os 16€/accção. Isso que fique claro. Resta o problema onde ir buscar o dinheiro. É de facto um problema: nunca se deveria ter privatizado ( agora percebe-se a burrice, no afã de tudo liberalizar…. modas!!?). Seja como for estou convencido que vale bem a pena pagar os 13 mil milhões porque daqui a 1 ano, não mais, a Galp valerá certamente para cima de 20 mil milhões. Seria um excelente negócio para todos os portugueses.
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“Repartidos por todos os portugueses? Não seria antes convertido em mais umas reformas douradas, têgêvês e otas?”
Pois!! Esse é que seria o grande problema. Como garantir que não seria assim?
Em todo o caso acho que com imaginação se conseguiria encontrar uma solução para evitar essas tramóias.
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E ainda ha quem fale em “nacionalizações”, “lucros escandalosos”, “controlo de preços”, etc !….
“Um eventual aumento da concorrência teria um efeito muito baixo.” JM
Também acho !
Mas se a concorrencia ainda esta condicionada não se perderia nada em liberta-la de todo.
Que eu saiba, não existem impedimentos legais à construção e exploração de uma nova refinaria em Portugal. Nem à entrada no circuito de distribuição de produtos refinados importados. Ou estou enganado ?
Não sei qual é a situação no que se refere à relação entre a produção de produtos refinados e a distribuição grossista dos mesmos. Existe algum instrumento legal e administrativo que de um monopolio à Galp e que condicione o numero de operadores ?
Quanto ao retalho, que foi “liberalizado” ha uns anos. Com os naturais protestos dos operadores ja existentes. Havera ainda alguma margem para uma maior liberalização ?
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O consumo baixa,a oferta mantem-se,os preços sobem!
Como se explica isto? Especulação?
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««Que eu saiba, não existem impedimentos legais à construção e exploração de uma nova refinaria em Portugal. »»
É necessário negociar com o governo.
««Nem à entrada no circuito de distribuição de produtos refinados importados.»»
O problema é o custo do canal de importação. Depende de como são geridos os portos e se existem oleodutos de Espanha.
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J Diz: ” Olhe que a diferença final de preço ao consumidor entre Portugal e Espanha não é assim tão baixa. Digamos que será de 15%. É dispiciendo? ”
José Farinha Diz: ” Olá, só para informar que ontem comprei em Espanha gasóleo a € 1,083 o litro! ”
J e José Farinha, têm toda a razão, mas que querem ?
Factos reais não interessam . O que interessa é brincar com “minds games” . Estes podem ter piada em contextos não-importantes, mas aqui ?
Portanto, falar de realidades, não interessa . Muito menos achar soluções. Curiosamente com tanta brincadeira, o mais certo é qualquer dia nem conseguirem pensar . Quanto mais acharem soluções reais.
Como dizia o Ant-c, “é portugal a afundar-se”.
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Mentat Diz: Caro JM Primeiro é contra a baixa de impostos.
Agora o aumento da concorrência não tem efeitos no mercado.
Ainda bem que eu é que não sou liberal.”
Nuspirit Diz: ” Acho que começa a ficar claro que não há forma de reduzir os preços actuais. Já se analisaram todas as vertentes da questão e esbarram(os) sempre em qualquer coisa. Agora até ter monopólio, ou não, é irrelevante para o caso.
A ser assim ( e pelos vistos é mesmo) o Mário crespo é que tem razão: deve-se nacionalizar a Galp.”
Ehe, é o que dá seguir teses neo-liberais. Vai sempre dar ao comunismo.
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Eu acho cada vez mais piada às análises parcelares com vista à obtenção de uma conclusão. Aqui é referido que os refinados, antes de taxados, são mais baratos em 2% que a média europeia. Como se isso fosse sinal de que estão baratos. Os países onde os refinados sem taxas são mais caros e é ligeiramente, que em Portugal são países ultra desenvolvidos com custos de mão de obra 4 a 5 vezes superiores aos de Portugal. Haja paciência para tanta falta de seriedade intelectual. O que tenho lido aqui é confrangedor, mas esta conclusão assume o topo da manipulação de dados. O que é visível é que há, por cá, quem viva muito bem apesar dos 2M de pobres e das dificuldades da classe média e esses de tudo fazem para baralhar os que reivindicam, pois têm medo de perder os seus benefícios. Só que mesmo nos pobres há quem saiba ler e quem perceba os truques de raciocínio.
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Caro João Miranda, permita-me uma pequena correcção: a nova refinaria de Badajoz não é da Repsol, mas sim do grupo Balboa, de Alfonso Gallardo. Trata-se de um novo player no ramo, sem qualquer ligação, até aqui, ao negócio da refinação. A nova refinaria, a primeira a ser construída de raiz na Península Ibérica nos últimos trinta anos, tem um projecto state-of-the-art e uma capacidade de destilação de 110 kbbl/d, cerca de metade da refinaria de Sines.
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