Levantai hoje de novo *
12 Junho, 2008
No Euro’2000 estive na Holanda com a Selecção. No Portugal-Inglaterra fiquei separado do meu grupo. Vi-me no meio de emigrantes em França já de segunda ou terceira geração, equipados dos pés à cabeça com as cores nacionais mas que mal sabiam falar português. Esfuziantes, abraçaram-me com um difícil ‘françoguês’ – mas o que é que isso importa num jogo de bola?
Aos 18 minutos já perdíamos por 2-0. Embora desolado, dei por mim a consolar homens graúdos, alguns ainda mais barrigudos do que eu, que choravam copiosamente.
Depois, o melhor de todos nós, Figo, deu um pontapé na má sorte e Portugal arrancou uma vitória inolvidável. Ao meu lado ainda se chorava mas já não era fado – era um orgulho cantado em Hino com um delicioso sotaque.
14 comentários
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Pois se fosse a Genéve via alemães (sim alemães) e escoceses a gritaem Portugal, Olé. Mas,para si a seleccção parece ter acabado em 2002.
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agora que o ogre se vai embora talvez possamos voltar a olhar para a selecção
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“agora que o ogre se vai embora talvez possamos voltar a olhar para a selecção”
Não ser capaz de olhar para a selecção por causa do treinador é triste e ridículo.
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Então, então e não contou quantos deles eram adeptos do FCP?
Oh, que falha imperdoável!
Ah, já sei, eram todos.
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Olha, olha. Também lá estive. Ainda é o Jogo da minha vida. Pela emoção e por ter levado uma lição prática do que é ser emigrante portugu~es! Inesquecível!
PS: Ó CAA, que tanto se queixa da má imprensa relativa ao FCP, como é que interpreta esta notícia:http://www.ojogo.pt/Directo/NoticiaHoraFutebolNacional_FCPortoJuriApelo120608_77377.asp
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O meu filho trabalhava na Holanda e assistiu a esse jogo.Ele que não gosta de futebol estava maavilhado,pai os holandeses e alemães dizem que somos os melhores,inchado de orgulho ele, que é bastante enxuto nas emoções!
Esta selecção faz muito por Portugal,nenhuma campanha “all” qualquer coisa atinge uma parcela mínima de audiência.
E que gozo me deu ver aquele jogo!
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Meu caro amigo;
Óptimo “post”.
Há e sempre houve desde o século XII, uma afectividade enorme entre a gente portuguesa e Portugal! Talvez seja esse o segredo de sermos a mais velha Nação da Europa constituída em Estado.
Cito um texto que li há poucos dias de um autor do Porto:
«O patriotismo é como a justiça; abandona antes os palácios opulentos do que as humildes choupanas.
Demais entre os que brilham no mundo há muitos Cristovãos de Moura – ou Miguel de Vasconcelos, diria eu!… -, que encobrem a tibieza dos seus princípios com o manto de ideias avançadas e liberais».
Amorim Viana, 1822-1900.
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Ant O Opinocrata, ele é um ogre exactamente porquê?
Pelos maus resultados? Pelas más escolhas nas convocatórias? Por construir maus grupos nas fases finais?
Parece-me que um verdadeiro ogre é aquele que apoia a selecção com base em preferências pessoais.
Mas isso sou eu, vá Deus perceber o cerebro destes bairristas…
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Isto é o país dos pieguinhas.
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Uma coisa é certa, com a saida de Scolari:
Vou passar a utilizar mais a Caixa Geral de Depósitos.
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“Ó CAA, que tanto se queixa da má imprensa relativa ao FCP, como é que interpreta esta notícia:http://www.ojogo.pt/Directo/NoticiaHoraFutebolNacional_FCPortoJuriApelo120608_77377.asp”
Essa notícia está de acordo com a linha editorial do referido jornal. Aonde, como sabemos, um senhor que se diz jornalista tem uma coluna com o sugestivo nome de “Pato” que publicou falsas notícias a pedido do dono (não do jornal, mas esse senhor é a voz do dono) para branquear chuteiras voadoras.
Por isso, essa notícia destina-se a acalmar as hostes portistas, preparando-as para a má notícia de amnhã.
PS: O Jornal “A Bola” não é melhor. O dono é que é outro.
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A imprensa inglesa está a fazer uma recepção a Scolari, que ainda vai achar que os portugueses eram uns bacanos.
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Mr. CAA,
Só agora recuperei da leitura deste post. Lacrimejei, chorei, solucei, voltei a chorar, tanta a emoção. Não pelo jogo por si recordado, nem pela selecção, mas simplesmente porque li o post.
E estou nisto desde as 04H05, com um brevíssimo intervalo recuperador ao saber que “o meu futuro político(de Sócrates) depende do resultado do referendo na Irlanda” (nova crise, mas de ansiedade e de soluços).
Porque o almoço e o jantar foram magníficos, anormalmente fartos, não me tenho rido muito sobre este post-tipo-mea culpa de Mr.CAA sobre a “selecção nacional”. OK! Fica-lhe bem. Scolari vai embora, novas esperanças surgirão com Manuel José.
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Olha! É a raça, afinal!
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