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O Prós & Prós sobre a equipa de todos vós

17 Junho, 2008
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Hoje teve contras. E, ironia do destino, ainda não fui capaz de discordar do Daniel Oliveira. Então aquela sua dissertação sobre o “nós”, dava um excelente manifesto anti-colectivismo. O que me sossega: é ele que está a evoluir e não eu a regredir…

28 comentários leave one →
  1. Levy permalink
    17 Junho, 2008 01:39

    O Daniel Oliveira vai acabar no PS ou no PSD. Já faltou mais…

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  2. 17 Junho, 2008 02:11

    Um Prós&Prós a favor da abertura dos telejornais com conferências de imprensa ultrapassando 15′ e muitas inócuas, um P&P onde se afirmou que se não gostam do que estão a ver e a ouvir num canal podem mudar para outro (como se toda a gente neste país tivessa cabo…), um P&P onde se afirmou que o futebol, o mundo do futebol não aliena, etc&tal.

    Mau demais.

    O governo (este, e no futuro qualquer outro) agradecem.

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  3. simon permalink
    17 Junho, 2008 02:19

    Está bem, LR, também eu estive hoje com DO, force na sua defesa do espírito crítico, algo arredio do “nós” forçoso.

    Sim, mas também há dias, quando ia a caminho de Bilbao, todo lampeiro, lhe critiquei a assunção de aficionado en la Fiesta de Toromaquia, entre os pares heróicos do Eixo.
    Lembrei-lhe a insensibilidade manifestada em tal arrimo e mais a provável ignorância de injustiça cruel cometida contra o “touro”, logo nos preparativos que lhe impõem, de modo a sedentá-lo, a tolher-lhe a identidade e o equilíbrio, a cansá-lo e a turvar-lhe a visão e os sentidos, num sofrimento acrescido de químicos que lhe irritam a boca, o ânus, deixando-o num farrapo vivo.
    Enquanto o DO, hole, esbraceja.

    E ora eu fiz-lhe essa simples crítica, em meia dúzia de palavras simples. Mas DO não deu o flanco. Ora vá-se lixar este gajo, algum intelectualóide, terá dito, e não publicou a piquena crítica.

    E hoje, ouvindo-o e concordando, disse com ele, eh, cada “nós” tem muita gente, ainda bem, diversa.

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  4. simon permalink
    17 Junho, 2008 02:27

    E também vendo ali o nosso caro CAA entendi por que ainda não chegou cá à blasfémia uma certa pontinha de festa devida ao nosso campeão FC Porto.

    Mas, se como lá diz in Italiano il filme, “domani sarà un altro giorno”, então também amanhã será ainda bom tempo.

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  5. 17 Junho, 2008 03:20

    apesar de nunca ter concordado com o DO em questões de economia ou economia política a verdade é que há nele uma veia liberal (quanto ao individuo) que muito aprecio. então quanto ao debate de hoje, nunca discordei dele em nenhum ponto.

    o debate foi muito bom. o CAA esteve brilhante, embora não tivesse concordado com ele nenhuma vez. e até acho que o tal historiador costa neves deu um baile de bola quando falou de futebol. pelo menos esse pensa o mesmo que eu: não há nem nunca houve nem “raça espanhola” a jogar futebol, nem “estilo inglês” nenhum… mas isso estavamos aqui o resto da vida a discutir.

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  6. 17 Junho, 2008 03:22

    Não sei LR, em certos momentos senti uns laivos de puro sofismo (ou puro portuguesismo?) no DO. Reparou, por exemplo, na forma como o DO deconstruiu aquela ideia do Durão Barroso e do Mateus Rosé, argumentando/entendendo isso como uma formatação do pensamento, de que o Carlos Coelho estaria a sugerir que todos deviamos achar a mesma coisa sobre certo assunto… Terá “ganho” nesse momento, porque o Carlos Coelho não terá grande prática frente às câmaras. Mas se tiver aguentado até ao fim, terá reparado, perfeitamente, que o DO ficou sem resposta em relação ao argumento do Obama e do yes we can, por exemplo. Por isso… o DO diz muitas coisas, mas nem se apercebe bem do alcance do que diz às vezes. No fundo, acho que estava a ser o português que afirma “nós” todos sermos. Foi bonito.

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  7. 17 Junho, 2008 03:49

    Essa, do Mateus Rosé, foi ainda uns resquícios de afectos por Saddam Hussein, como é sabido, grande apreciador desse vinho.

    O P&Prós de hoje parecia encomendado por uma central de alienação do poveco-amainado-pela-selecção…

    O mesmo poveco inculto, estúpido, ignorante, que por exemplo (entre muitos outros), nunca reagiu (e possivelmente até participou) localmente perante a destruição da paisagem urbana ou rural, que permite a perturbação do ambiente, etc&tal.

    Pobrecos miolos.
    E Mr. CAA,
    entusiasmado a embalar a “criança”…

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  8. balde-de-cal permalink
    17 Junho, 2008 05:53

    passei pelo programa durante 10 min.ouvi o eixo e o caa. palavrosos, confusos, falaciosos.para culto da personalidade basta o zé chavez.a tv só transmite programas de sarjeta

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  9. Enolagay permalink
    17 Junho, 2008 09:06

    Pareceu-me que havia por ali muita imaginação fértil. Desde fazer força para “puxar os portugueses” e o espírito nacional, um discurso pseudo anti-derrotista, um esforço para branquear o uso indiscriminado do futebol como arma política… O Sr. CAA pareceu-me demasiado colado a este lirismo redondo e barroco, esqueceu-se da lógica e da razão… Foi pena. Já DO foi quase sempre bem racional e honesto na argumentação que utilizou.
    Como português sinto que estamos a exagerar plenamente na questão da selecção nacional. Eu quero ver é os jogos, que me interessa cá “os anónimos” todos pintados e pitorescos que acham que o cristiano é o maior! Que me interessa cá o Sr. Scolari e as suas crenças pessoais! O aspecto interior e exterior do autocarro e do hotel da selecção! O passeio matinal da equipa técnica?
    Olhe que para ouvir uma la palissada ao nível do “sou de portugal desde pequenino” ou “sou português até morrer” é preciso ter-se estofo, não acha? Eu gostava de ver era uma explicação, pelo próprio, do timing para o anúncio da sua saída da selecção! Lá está… Em vez de focalizar-mos no jogo em si, focaliza-mos no acessório.

    Essa conversa do português que está sempre a dizer mal dos seus compatriotas é de uma demagogia atroz…

    Queres ver que só para não contrair os desejos e sonhos de alguns vamos ter que estar calados e não dizer aquilo que é evidente: o futebol, por intermédio da comunicação social, serve neste momento (como já o fez noutros alturas) interresses políticos muito bem definidos. Pessolamente, já me satura tanta cobertura mediática.

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  10. 17 Junho, 2008 09:08

    Creio que a produção do programa encontrou alguma dificuldade em recrutar convidados do contra. Faltou ali um Pacheco Pereira, ou alguém com estofo anti-futebol.
    O senhor que estava ao lado Daniel de Oliveira ficou-se por uma pálida prestação, reforçado por débil presença televisiva e uma péssima dicção. Mais valia terem lá colocado um dos jóvens da plateia, que mostraram mais à vontade no discurso.
    O CAA foi um autêntico tribuno, que meteu todos os outros num bolso.
    Sobre o tema, há uma frase do jovem historiador da primeira fila que encaixa:
    “O nacionalismo é já uma alienação.”

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  11. Anónimo permalink
    17 Junho, 2008 09:24

    Só vi a parte final porque estive alienado a ver o jogo Turquia Checos no eurosport. Que jogo! Aqueles jogadores turcos estavam eléctricos. Pobres checos que levaram com o maior balde de água fria.
    Do que vi achei que estavam todos bem. Uns queriam acabar a festa outros queriam fazer festa, mas mesmo os que queriam que a festa acabasse queriam na mesma ir festejar para a rua e dar abraços a quem nao conheciam só que nao podem porque andam de luto. Morreu-lhes o gato.

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  12. Elcaseiimunitates permalink
    17 Junho, 2008 09:38

    Hoje na RTP manhã cedinho entrevista a propósito de exames nacionais a aluno com especifica de Português e História pois vai seguir Direito.
    Repetia o jovem três vezes que o exame era “supérfluo”.
    Depois de bem torneado pelo jornalista lá o rapaz dizia que não estava muito preocupado pois o exame afinal era generalista e por isso mais superficial, apesar de ele o considerar bastante importante e ter estudado para isso.
    “PORTANTEEES” de “supérfluo” só tinha a aproximação fonética, digo eu,……….
    Mas dei comigo a perguntar quem terão sido os educadores/ensinadores de um canditado a jurista/advogado/juíz do nosso futuro que não ensinaram ao jovem a diferença enre o que anda á superfície e aquilo que se pode considerar inútil.

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  13. Anónimo permalink
    17 Junho, 2008 09:39

    ..Nao entendi bem o final do jogo turco. O guarda redes é expulso e é substituido por um dos jogadores que veste uma camisola preta por cima e vai para a baliza agitar os braços? Aquilo foi cómico. O que lhes valeu foi só faltar 1 minuto.. grande cena.

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  14. 17 Junho, 2008 10:12

    A meio do programa pareceu-me estar aassistir a uma saudosa RGA dos anos 70.
    Era o jovem historiador a afirmar que as massas tem sempre razão quando devidamente enquadradas pelas vanguardas, o DO a dizer que era elite embora gostasse de massas, mas não de Mateus Rosê (se calhar já gosta de Martini, mas isso é outro vinho).

    A Campos Ferreira tinha afixação nas coxas do Ronaldo, interrompendo a torto e a direito quando a conversa ficava mais séria.

    Enfim, mais um programa sobre futebol género Donos da Bola (só que com mais gente)

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  15. 17 Junho, 2008 10:16

    Só faltou mesmo que tivessem convidado aqueles gajos com sorrisos imbecis que andam a empurrar o autocarro da galp.

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  16. Anónimo permalink
    17 Junho, 2008 10:28

    Como se demonstra até do programa pros e contras em que se discute que andam sempre a dizer mal de tudo e a desvalorizar, desvalorizam e dizem mal. Todas as semanas dizem mal do pros e contras seja de que tema for, chamam-lhe pros e pros para o minimizar, mas todas as semanas o veem já no intuito de ter alguma coisa de mal a dizer nem que seja da Fátima Campos Ferreira. É o fadinho. Toca a dizer mal!! Vamos ficar sem o Scolari… oh tragédia, era alguém que era tao bom para cascar e dizer mal!!!!

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  17. Anónimo permalink
    17 Junho, 2008 11:05

    “A Campos Ferreira tinha afixação nas coxas do Ronaldo, interrompendo a torto e a direito quando a conversa ficava mais séria”
    Mas interromper não é o que ela faz sempre?

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  18. 17 Junho, 2008 11:24

    O melhor prós e contra de sempre. O programa prós e contras da RTP1 sobre a problemática do futebol foi muito interessante.

    Concordei na generalidade com Salgado de Matos e Daniel Oliveira. O futebol não é factor de coesão social, há um exagero nos excessos de patriotismos e de importância do jogo, o futebol é uma festa passageira que se vivi no momento e após umas horas. E, depois há o dia seguinte. Um entertenimento ocasional. Não pode haver futebol de Segunda a segunda, isso é alienação.

    José Neves esteve bem, definiu que não há o nós ( Portugal), mas vários nós. A transversalidade de interesse de um jogo não faz de um país um unidade nacional nem pode. A individualidade e ou os grupos, e a critica são motores duma diversidade fundamental há saúde mental do País.

    Pela 1ª vez valeu apena assistir até ao fim. Os defensores do Sim deram luta argumentativa, mas não me convenceram. Há muito mais vida para lá do futebol.

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  19. Anónimo permalink
    17 Junho, 2008 12:04

    Depende. Por exemplo se a equipa nacional for uma desgraça, há um grupo de nós que fica coeso porque assim pode dizer mal do país, de tudo. Se a equipa nacional começa a ganhar é uma desgraça e viram-se contra o futeboil alienador de massas. É a vida.

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  20. Lololinhazinha permalink
    17 Junho, 2008 12:07

    O tema não tinha interesse nenhum.
    Tirando esse pequeno revés, parabéns ao CAA que esteve simplesmente brilhante. O momento de inspiração poética foi um grande instante de televisão.

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  21. Anónimo permalink
    17 Junho, 2008 12:10

    Por acaso vi o fim. Aquela historinha na Malásia no final foi comovente.

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  22. acoral permalink
    17 Junho, 2008 12:12

    MJRB Diz:
    17 Junho, 2008 às 3:49 am
    E Mr. CAA,
    entusiasmado a embalar a “criança”…

    Na mouche…

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  23. 17 Junho, 2008 12:20

    O que estava em discussão neste Prós e Contras não fazia sentido nenhum e como tal reuniu-se ali uma verdadeira selecção: A selecção dos patetas Portugueses. Só para dar uma ideia do nível da coisa, os intervenientes eram quase todos sociólogos, historiadores ou jornalistas, e como seria de esperar era barbaridade atrás de barbaridade. No meio daquele grupo até o CAA parecia moderamente inteligente. O meu momento favorito foi quando aquele senhor ao lado do Daniel começou a argumentar que estatisticamente, Portugal não tinha hipóteses de vencer o Euro 2008. O CAA não lhe sabia perguntar quantas vezes o Euro 2008 já foi realizado para que ele pudesse ter dados estatísticos?
    Quanto ao Daniel Oliveira, esteve ao seu nível habitual: Só disse merda. Só lhe faltou mesmo propor que se proibam os Portugueses de festejar os golos da selecção para não segregar os imigrantes que vivem em Portugal.

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  24. 17 Junho, 2008 12:45

    É claro que o Sr. CAA, um liberal funcionário público que grita contra a despesa do Estado, tinha que vir com o Salazar e o Benfica!

    Será que ele não reparou que o flatulento mór que preside à agremiação corrupta nortenha é mil vezes pior que o Salazar? Porque o pdc faz o que o salazar fazia, mas em democracia? Na actualidade do séc. XXI e não no tempo da outra senhora???

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  25. 17 Junho, 2008 15:00

    Como pode uma instituição ser gloriosa, com especímens deste jaez (Comentário 24.)?
    Quando é o próprio presidente Vieira o inspirador de tais comportamentos, algo vai de muito mau no reino da águia.

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  26. PLus permalink
    17 Junho, 2008 15:17

    Devo dizer que só vi o inicio.
    E não sendo nada interessante estava até a ser bastante divertido.

    O CAA revelou a sua veia religiosa demonstrando ser um verdadeiro homem de fé. ( o que o futebol faz, CAA … 😉 )
    Já o DO estava mais à vontade para defender a sua posição -e se de facto foi estranho( ou nem por isso) estar qs sempre de acordo com ele – as suas posições foram as expectáveis.

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  27. 17 Junho, 2008 18:54

    Acreditem ou não… adormeci! Penso nada ter perdido de importante. A não ser, pelos vistos, a unanimidade de opinião ali existente.
    Que bom seria que na “política aplicada” a este país estivéssemos todos de acordo…

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  28. mariarroba permalink
    18 Junho, 2008 04:03

    Posso enganada mas tenho muitas dúvidas que em qualquer outro país da Europa Ocidental fosse possível fazer um programa dedicado a semelhante tema: futebol, alucinação ou coesão.É de atrasadinhos mentais continuar a bater na tecla de que o futebol é o opio do povo. Arre que é demais.

    Confesso que estranhei ver ali o CAA. Louvou-lhe a pachorra para tanto licenciado em ciências sociais a debitar vulgaridades e jornalistas/comentadores/bloquistas a acusarem jornalistas de vestir a camisola da selecção. Da minha. Pelos vistos, convém individualizar. A partir de agora é proibido dizer ‘o nosso’ país. Como será que este pessoal explica às respectivas descendências que são os progenitores. Deve ser cá com um palavreado : nós, família, origens, laços, história comum, tipo ‘temos os mesmos ascendentes’ deve ser conversa banida nestes lares. Nã, nem pensar. Aliás, ‘lares’ deve ser um termo que lhes agrada pouco. Nem de próposito, há dois ou três dias, passou no 60 minutos uma reportagem sobre uma escola na Asia (julgo) profunda. E no meio daquela criançagem toda, está um puto com a camisola da selecção portuguesa. A criança cá de casa, mais atenta que eu, aponta imediatamente para a televisão e diz : “Olha nós”. Se fosse filha do Daniel Oliveira já estava a levar uma sapatada. va lá, sapatada não que horror mas de lição de sociologia não escapava seguramente.

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