À moda antiga *
No Estado da Nação pouco se falou do País – o que não é surpresa. Os partidos crêem-se o rosto exclusivo da ‘Nação’ e, na acepção básica que partilham, ‘Estado’ e ‘Nação’ confundem-se numa turbulência conceptual alegremente ignorante. Os partidos debateram-se a eles mesmos, os seus equívocos nunca resolvidos e as suas lideranças feitas de desconcertantes ‘déjà vu’ – julgam, em uníssono, que, assim, a questão da ‘Nação’ fica arrumada.
Deram-se três choques de realce:
(i) Louçã parece apostado em fazer Sócrates brilhar forçando-o a corrigir-lhe os destemperos;
(ii) Portas fez o melhor discurso da tarde – só que já ninguém o parece ouvir, num drama teatral em que se tornou vítima do seu próprio veneno;
(iii) por último, Rangel defrontou Sócrates. O líder do PS é um profissional da política conhecedor de todos os truques do catálogo. Rangel é um universitário com uma cultura sólida e uma visão clássica da política. “É um deputado à moda antiga”, ouvi desdenhar – mas foi o melhor elogio possível. Rangel só perdeu quando teve de sustentar a táctica manhosa de Ferreira Leite sobre as obras públicas – mas acudir ao que não tem defesa sempre foi tarefa penosa.

Rangel tem capacidade e tem visão.Falta-lhe veneno.Todos perceberam que quando Sócrates lhe mostrou os estudos de 2003/4,estavam reunidas as condições para estocada final (sem ofensa)!Todos iriam perceber que este governo,tal como no caso da OTA, não tem estudos nenhuns!
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É bem verdade.
Sócrates não convenceu ninguém ao mandar a oposição para a Net ou para documentos de 2003/2004.
Faltou a P.Rangel um pouco mais de agressividade para mandar Sócrates limpar o rabo aos papelotes com que fazia a palhaçada, e exigir os verdadeiros estudos (de 2008 com o crude a 147$ !).
Sócrates tem muita prática de cábula, desde a Universidade Independente, quando passou sem mostrar provas… Neste caso, não passou e o caso não está encerrado. É obrigação do PSD exigir os documentos até que Sócrates confesse que alguém o enganou, ou que se trata de mais uma mentirinha…
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Escusam de ser uns simplórios:
Quanto mais o crude sobe mais rentável se torna a relação custo x benefício do TGV!!
Se o crude baixasse, é que seria inconveniente fazer um investimento concorrente com o avião…
Reparem que só agora este ano é que o Túnel da Mancha se tornou rentável de per si.
Mas pretender olhar para um estudo de custo x benefício num empreendimento estruturante como o TGV sem atender aos benefícios indirectos, os regionais, os de caracter social, os que se refletem na agricultura e nos serviços, é realmente um exercício que demora mais do que a própria construção do equipamento e apenas vai acresentando valor ao prato da balança dos benefícios…
É bom entender que os custos da obra não variam mais de
3 ou 4 % ao ano e que os benefícios duram décadas e sempre a aumentar!
Quanto às barragens, nem vale a pena falar: a energia que produzirem, ou é aqui consumida ou é exportada. Os benefícios são esses mais as reservas estratégicas de água doce, mais toda a agricultura diferenciada, mais a fixação de gente nessa agricultura…
De facto, exigir estudos do próprio ano, depois de estarem feitos estudos com 5 ou 6 anos e após de todos os terem aprovado não passa de um exercício de mau caracter e de irresponsabilidade política. Ele que tivesse pedido isso ao Sócrates que a resposta seria para nos rirmos todos!
Não vale a pena tentar agora estas manobras de dilação.
Tarde piaste!
MFerrer
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“Falta-lhe veneno.”
claustrofia democratica. Dirigismo economico.
se calhar fez férias no Brasil. lol.. falta-lhe veneno… pois
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Começo a suspeitar que a culpa nao é dos políticos. É dos comentadores dos políticos. Safa.
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menezes pimba e pumba. acabou a ribaudaria. sobrou o intelectual bota
“tristezas não pagam dívidas”. carpe diem
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“Rangel só perdeu quando teve de sustentar a táctica manhosa de Ferreira Leite sobre as obras públicas – mas acudir ao que não tem defesa sempre foi tarefa penosa.”
.
Depreendo que é defensor do Programão de Obras Públicas…
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manhosas são sim as tais obras públicas anunciadas … umas não fazem falta nenhuma
vão para Angola construir ,se querem ajudar a construção e a banca , aqui já chega de destruir o ambiente …
e não venham com tretas do multiplicador e keynesianismos de trazer por casa .
definam lá o que é qualidade de vida ?
é dar mais a ganhar para alguns terem viaturas de alta cilindrada ? ou tentar construir uma vida sustentável provendo ao essencial
no limite se o que conta é aumentar a riqueza destruindo tudo o que é natural , não há necessidade de valores nenhuns … vendam tudo … pessoas tb
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que já vendem afinal …
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«Depreendo que é defensor do Programão de Obras Públicas…»
Não. Nunca o fui.
Ao contrário de MFL e de toda a sua Comissão Política que vivem dessa indústria.
O ponto, que V. não quis perceber, é que MFL e seus acólitos NÃO ESTÃO CONTRA O PROGRAMA DAS OBRAS PÚBLICAS de que são, aliás, co-autores – apenas pretendem fazer ruído à volta do assunto fingindo que são o que não são nem nunca foram, fingindo que vão estudar a coisa para, mal consigam chegar ao Governo, fazerem exactamente o mesmo que agora fingem criticar.
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Concordo em absoluto com a sua análise do discurso de Portas. De facto, dei por mim a pensar exactamente o mesmo enquanto o ouvia discursar. Foi dos discursos mais brilhantes que escutei em muitas legislaturas. Contudo, pensei que, de facto, já ninguém o ouve. Pena que ao longo do seu percurso político Portas tenha dado tantas cambalhotas, porque talento, é obvio que nunca lhe faltou. Credibilidade é que já era! Pena. Foi um prazer escutá-lo naquele discurso articulado, claro, conciso, certeiro e elevado!
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Paulo Duarte,
Foi um discurso muito bom que noutro protagonista teria feito mais mossa. Sócrates ficou tão incomodado ao ser confrontado com os dislates, seus e dos seus ministros, face à vizinhança da crise que saiu da sala a correr…
Mas PPortas está em estado de lástima quanto a credibilidade – nem que recite a tabuada certinha as pessoas irão sempre duvidar…
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Se pedisse as continhas de 2008 todos ficavamos a saber que não tinham feito o trabalho de casa.Quanto ao TGV com oil caro ou não é sempre um elefante.Aliás, que se saiba os actuais pendulares tambem são movidos a electicidade,não se percebendo o seu raciocínio !
O TGV de Madrid a Barcelona é um sucesso, mas o de Madrid a Valhadolid é um desastre.Sabe porquê? Porque Madri/barcelona têm uma população superior a 5 Milhões de pessoas,massa crítica mínima para o TGV ser rentável e distam 600 Kms o que permite a velocidade que torna o TGV competitivo.Nada disto se conjuga cá no burgo!Como vê quanto a comentadores estamos conversados!Com provas concretas!
Com excepção das barragens,neste momento, nas condições nacionais e internacionais tudo o resto é mais uma aventura sem nexo!
Betão!Com as consequências que estão á vista!
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«Se pedisse as continhas de 2008 todos ficavamos a saber que não tinham feito o trabalho de casa.»
É verdade.
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Pois é MFerrer ainda ontem o apoiei aqui mas você ficou convencido que dizer que o aumento do crude viabiliza o TGV era um grande argumento !Deve ter sido tambem por isso que apoiou as autoestradas.O preço do crude nesse caso já não interessa para nada! E o preço do crude para o novo aeroporto tambem não interessa!
Então, na base do preço do crude não pede contas nenhumas ao governo?
Como vê um bocadinho de humildade só lhe fica bem !
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Parabéns, CAA.
Mais uma vez, quando o cérebro escreve, escreve bem.
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Diga lá CAA o que o move contra Ferreira Leite, parece-me que o PSD melhorou o seu desempenho com a sua eleição, ou será que estou enganado?
È bom que se ponham cá fora as continhas a começar pelo desnivelamento ferroviário que se pretende fazer em Santos é já a Mota Engil a facturar (boa Coelhone).Não sei qual a prioridade desta última obra para Lisboa.
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O caro MFerrer apressa-se a chamar simplórios a quem exige estudos que fundamentem os gastos astronómicos (50 MIL MILHÕES de EUROS) com que este governop quer endividar o país, só depois de 2014 quando já responder pela irresponsabilidade.
Espero que o PSD ( ou a CIP como fez com a OTA) mandem fazer estudos actuais para provar a má aplicação de verbas em obras deficitárias.
Não se está a falar da escola ou do hospital necessário… que o PS e seus acólitos usam demagógicamente por falta de argumentos. Fala-se desde já no TGV, no Aeroporto (não sendo modular e complemento da Portela), da nova ponte, da frente ribeirinha, do museu dos coches e de mais umas tantas frescuras…
O aumento do crude pode inviabilizar o novo aeroporto. Mas afecta igualmente qualquer obra de betão onde a componente energia é determinante na formação do preço final.
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