Uma boa lei *
Um ano após a entrada em vigor da lei que despenaliza o aborto até às dez semanas o balanço é positivo. Após um período de adaptação, o sistema de saúde respondeu às solicitações. A maioria das intervenções é feita através de medicamentos. E, sobretudo, um dos dramas maiores deste problema, as complicações pós-abortivas, diminuíram drasticamente: as infecções e perfurações de órgãos baixaram mais de metade. Embora os números disponíveis sejam pobres, tudo indica que o aborto clandestino está em franco retrocesso.
Esta lei protegeu a saúde e a liberdade das mulheres. Não há argumentos contra estes factos. Seria bom que alguns dos que insistiram no contrário durante a campanha do referendo o reconhecessem.
Da humildade também nasce a redenção.

Que bom! E precisamos nós de mais 50.000 nascimentos para mantermos o actual índice demográfico. Menos sorte têm outros doentes que estão meses sem obterem consulta ou intervenções cirúrgicas e veêm estas senhoras serem imediatamente atendidas. Alguns até tiveram que viajar para Cuba. E com tantos meios de contracepção à disposição e de distribuição gratuita…
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O CAA adora criar argumentos fictícios para assim poder atacá-los sem contemplação.
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isso não é tapar o sol com uma peneira? dentro de 8 aos espero novo referendo…
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Por oposição aos milhares de crianças mortas por via de votação popular. Coisa de que obviamente não preocupa CAA. Até ao dia em que o acharem dispensável e menos humano.
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Matar com higiene e segurança é um progresso civilizacional.
Já agora, baixaram para menos de metade.. De 34 para 12. Aonde estão as milhares de mulheres afectadas pelas complicações do aborto clandestino? Se baixaram para metade devem continuar a ser milhares.
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«isso não é tapar o sol com uma peneira?»
Se se refere aos comentários que envolvem o seu, estou completamente de acordo.
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Lucklucky
“Por oposição aos milhares de crianças mortas por via de votação popular.”
Isso é uma conversa demagógica porque sabe tão bem como eu que essas “crianças mortas” não iam nascer de qualquer forma.
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“Esta lei protegeu a saúde e a liberdade das mulheres. Não há argumentos contra estes factos. Seria bom que alguns dos que insistiram no contrário durante a campanha do referendo o reconhecessem.
Da humildade também nasce a redenção.”
CAA, essas tuas ideias geniais ja promoveram o assassinio LEGAL de aprox. 16 000 vidas humanas.
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Gostaria que alguns dos pios que ainda insistem nos argumentos, ainda mais pios, se recordassem daquilo que disseram que iria acontecer caso o ‘sim’ vencesse.
E pedissem desculpa pela sua insensatez.
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O CAA tem razão.
Foi anunciada uma epidemia de abortos.
Houve quem jurasse a pés juntos que depois do referendo o aborto ia ser o método anticoncepcional de eleição.
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Subscrevo as suas palavras.
As mulheres ficaram a ganhar em saúde, em dignidade e em liberdade.
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Caro CAA,
Concordo parcialmente. Foi há dias dito que:
1) As perfurações foram reduzidas para cerca de metade.
2) A actividade ilícita é agora RESIDUAL.
Eu perguntaria como é que depois de substituir a actividade ilícita sem quaisquer condições por outra devidamente licenciada e com todas condições (como foi apresentado) ainda se consegue a proeza de fazer metade das perfurações que antes se faziam. Mais: a maioria das intervenções é medicamentosa, o que ainda torna a explicação mais difícil. Possivelmente os números são mesmo pobres, em qualidade, em quantidade ou nas duas coisas.
Nota solta: Entretanto nasceu mais um doutorado pelo processo “independente”, desta vez com direito a anúncio prévio no Expresso, e ainda não caiu a ministra da educação.
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«Eu perguntaria como é que depois de substituir a actividade ilícita sem quaisquer condições por outra devidamente licenciada e com todas condições (como foi apresentado) ainda se consegue a proeza de fazer metade das perfurações que antes se faziam. Mais: a maioria das intervenções é medicamentosa, o que ainda torna a explicação mais difícil.»
A resposta, de acordo com o que li, reside na margem de abortos clandestinos que ainda subsistem, designadamente nas gravidezes que ultrapassaram as 10 semanas. Espero que os ‘peritos’ tenham razão e que a tendência seja a quase extinção do aborto clandestino – para desgosto de muitas ‘clínicas’, ´médicos’ e artistas, que fizeram fortunas com essa desgraça.
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Como aditamento ao meu comentário nº 9, refira-se que os números divulgados revelam que cerca de 700 mulheres que se dirigiram aos serviços de saúde para abortar desistiram dessa intenção após a 1.ª consulta.
O que nunca aconteceria com a hipócrita repressão prévia à actual lei.
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por mais voltas que se dê, o que o aborto faz é tirar uma vida humana, era isso que estava em causa no referendo, vidas humanas!!
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Olhe Tric,
Já não há paciência para esse moralismo.
Nos abortos ilegais as vidas deixam de ser humanas, é?
como sempre disse quem estivesse preocupado com a defesa da vida humana deveria preferir um sistema em que as mulheres, em vez de entrarem directamente na clandestinidade, ainda tivessem um processo prévio que fosse possível evitar alguns abortos.
Pelos dados que o CAA refere, a prática demonstra que esse processo prévio evita abortos. Que mais tem para dizer contra a lei?
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“Já não há paciência para esse moralismo.”
se é moralismo, defina-me vida humana?
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Caro Sr.Tric,
Suponho que o senhor também é contra o uso de contraceptivos, como o preservativo.
Já não há paciência para estas ideias retrógadas.
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«se é moralismo, defina-me vida humana?»
Faça uma aproximação negativa ao conceito e contemple-se a si mesmo.
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“Suponho que o senhor também é contra o uso de contraceptivos, como o preservativo.
Já não há paciência para estas ideias retrógadas.”
supõe errado!! logo…
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Lololinhazinha Diz:
17 Julho, 2008 às 5:39 pm
“Já não há paciência para esse moralismo.
Nos abortos ilegais as vidas deixam de ser humanas, é?”
A vida é secundária e passageira, importante é a alma, que é imortal.
É com essa alma que se devia preocupar, se continua a fazer comentários desses.
Já o CAA com este post desbaratou qualquer oportunidade de salvação eterna.
Não habia nechechidadezzzzz!
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«se é moralismo, defina-me vida humana?»
Faça uma aproximação negativa ao conceito e contemple-se a si mesmo.”
O CAA, bla bla bla
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Tric,
…logo…explique ou reflicta sobre as suas contradições.
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“Marco Alves Diz:
17 Julho, 2008 às 6:06 pm
não existe contradição, logo…
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“É com essa alma que se devia preocupar, se continua a fazer comentários desses.”
Isto está perigoso. pensava que só contavam as acções e não as convicções. Estou feita!
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Aborto é homicídio!
Masturbação é genocídio!
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E onde estão os direitos dos homens? E se um homem quiser o filho que gerou? Qual a razão de o homem não poder ter opinião? É só por não ter útero? Haverá geração espontânea? É um homem agora um dador de esperma fresco? E os direitos dos que foram concebidos? E as complicações (septicemias) que têm aparecido? E os fetos que continuam a ser encontrados por aí? Qual a razão de se encontrarem anúncios “conheça o sexo do seu filho às 8 semanas”?
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Tudo muito bem, mas a esses casos que existem de complicaçoes devido a abortos clandestinos, ainda tem de somar os 7% dos casos que correm mal via medicamentosa e que acabam por ter de recorrer a intervencão cirúrgica. É de facto incrível que deixem as mulheres irem para casa e se depois ocorrer uma hemorragia daí a 7 ou 15 dias, que venham a correr para o hospital para serem operadas. Pode não ser tão mau como antigamente, mas o horror continua e ainda por cima é oficializado.
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xiça…
Nota-se logo quando o CAA acaba um pacote de bolachas. Revolta-se logo contra o teclado e qualquer fragmento de razão que o pudesse contaminar.
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Rafael Ortega Diz:
17 Julho, 2008 às 7:36 pm
“Aborto é homicídio!
Masturbação é genocídio!”
e felação é canibalismo!
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A jornalista que descreveu o seu próprio aborto na revista NS não queria acreditar que a pudessem ter deixado ir para casa passar aquelas dores todas sem nenhuma assistência. Assim compreende-se que as mulheres pensem duas vezes antes de usar a via medicamentosa como método de contracepcão. Se fosse tão simples como fizeram crer, haveria muitos mais segundos, terceiros, etc abortos.
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Abortistas para a prisão.
Abortistas gordos para a prisão e sem bolachas…
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O CAA tem com cada uma, mas o que é que interessam essas coisas da saúde e da liberdade das mulheres?
“Seria bom que alguns dos que insistiram no contrário durante a campanha do referendo o reconhecessem.” Adorei o seu lirismo 😉
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14000 mortos. Repito, catorze mil seres humanos mortos. O caa acha bem.
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O CAA, quando prescinde de escrever sobre temas regionais, “tribais” ou futebolísticos, ainda se lê com agrado.
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Axioma:
Nenhuma conversa racional pode vir deste tema, nem de um lado nem do outro.
PS: Nem a maioria das pessoas está interessada numa…
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“14000 mortos. Repito, catorze mil seres humanos mortos. O caa acha bem.”
O problema reside muito no facto do número dos abortos legais ser conhecido, mas o dos abortos ilegais que antigamente se faziam ser estimado… assusta não assusta? A mim assusta-me igualmente supor que para além de 14000 vidas não desejadas que provavelmente seriam extintas legal ou ilegalmente, 14000 mulheres (ou perto) iria sujeitar-se a um procedimento cirúrgico (a legalidade ou ilegalidade não lhe retira o carácter cirúrgico) muitas vezes em locais sem condições e sem acompanhamento médico posterior…
Penso que quem é contra o aborto – e acho que TODOS somos – devia preferir que fossem evitadas gravidezes não desejadas e que as famílias tivessem capacidade para cirar os filhos que concebem, do que querer obrigar a todo o custo outros a tomar as opções que eles acham serem as mais morais ou as mais correctas… Moral e correcto era defender um planeamento familiar decente, educação sexual nas escolas (teórica, porque prática já vai havendo) e no espaço familiar (aconselhar os pais a falar abertamente com os filhos e a procurar eles mesmos respostas para dúvidas que também possam ter), etc, etc…
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CAA Diz:
17 Julho, 2008 às 5:52 pm
“Faça uma aproximação negativa ao conceito e contemple-se a si mesmo.”
O CAA acabou de definir-se.
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Qual é a diferença entre 14000 abortos feitos legalmente ou clandestinamente?
A diferença é muito simples, esses 14000 abortos foram feitos nos hospitais públicos, ou em clínicas privadas, para onde se deslocaram rapidamente as abortadeiras de outrora. Tudo pago com o dinheiro dos nossos impostos, e passando à frente de pessoas que realmente precisam de cuidados de saúde, mas que continuarão em lista de espera, porque não há dinheiro para as ajudar. Se o sector da saúde funcionasse bem em Portugal, parecer-me-ia menos grave esta eficácia abortista, mas sabendo que é um sistema cheio de problemas, e muito pouco eficiente para ajudar quem realmente ESTÁ DOENTE, não deixa de ser um pouco estranho a felicidade com que 14000 abortos foram recebidos.
O que dizer a uma mulher que aborta legalmente 3 ou 4 vezes:
“Continue, que está a ir bem.”
“Não se preocupe, que a malta paga.”
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Que bom CAA
Agora já se pode matar em segurança e higienicamente.
Fantástico CAA. Vocês é brilhante!..
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Quando uma sociedade deixa de proteger os direitos dos seus membros está condenada. Veja-se o que sucedeu em Nuremberga: vários alemães foram condenados e enforcados por terem feito abortos para fins científicos, apesar da lei alemã de então o permitir — isto é, não era lei mas anti-lei, segundo o que foi consensual entre USA, UK, França e URSS.
O que está em causa, por onde tudo começa, o elemento principal é a pessoa que não vai nascer; a mulher é igualmente elemento principal mas a seguir ao embrião ou feto.
Quem se sente bem com ideologias de morte poderá ser considerado assassino.
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Incrível! Criam o problema do aborto ilegal com muito dinheiro de fundações e depois eles vem propor a legalização do mesmo para combater o problema que criaram. Vejam como o abortismo foi criado e teve apoio de fundos do governo americano e da Ford Foundation. Procurem informação acerca da “Planned Parenthood” e da sua fundadora, Margareth Sanger. A ligação dela com eugenistas pode vos dar uma maior luz acerca da questão.
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Notícias fictícias:
“Total de X mortos e Y feridos por ano entre as vítimas de crimes violentos que tentam reagir aos agressores.”
“Após referendo, o Parlamento aprova a Lei que penaliza com pena de prisão efectiva e multas avultadas todos os que tentem reagir – com ou sem sucesso – quando vítimas de crimes violentos. Se a resistência fôr bem sucedida, as vítimas ficam também obrigadas a indemnizar os assaltantes num valor equivalente a 2 vezes o valor que poderia ter-lhes sido subtraído por estes e a suportar todas as suas despezas médicas e/ou legais.”
“Passado um ano, o número de feridos e mortos entre as vítimas de crimes violentos baixou de forma dramática.”
“CAA exulta.”
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Passado um ano, CAA insiste em que o único aspecto a considerar na questão do aborto é se as mulheres que o pratiquem, independentemente das circunstâncias, ficam ou não feridas.
E “independentemente das circunstâncias” inclui situação financeira, familiar, profissional e da gravidez. Não interessa se a gravidez foi planeada ou não, se o outro progenitor concorda ou não com o aborto (nem sequer se está ou não disponível para assumir sózinho a responsabilidade pela criança), se existe alguma razão médica ou outra – além da vontade da mulher – que justifique o aborto.
Não o incomoda minimamente que determinadas mulheres abortem sucessivamente (algumas abortaram 3 vezes em apenas um ano), que o Estado pague os abortos até das senhoras ricas que os pratiquem, que quem quer realizar um aborto apenas “porque sim” tenha prioridade nas consultas (as consultas para quem quer ter uma sexualidade responsável são menos prioritárias).
E, naturalmente, não vem sequer ao caso que, por definição, um aborto seja acabar com uma vida humana em formação. Ainda não independente mas indiscutivelmente vida e humana.
Da humildade nasce a redenção? Então talvez deva considerar ser mais humilde.
Podia começar por aceitar que os factos não se limitam aos que “justificam” a sua opção/posição e que alguns dos que decidiu ignorar não são propriamente irrelevantes. Ou, pelo menos, considerar o facto incontornável de que a liberdade é indissociável da responsabilidade.
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