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Tráfico de terrenos *

26 Julho, 2008
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A demolição do Aleixo foi uma ideia de Nuno Cardoso que, no fim, parecia mais um vendedor de apartamentos do que um autarca. Mas nem assim se entende a abstenção do PS na Assembleia depois dos socialistas terem aprovado o ‘novo’ plano de Rui Rio na Câmara. O PS-Porto age com a firmeza de uma barata tonta e é o maior trunfo de Rio.
O negócio parece simples: os terrenos do Aleixo serão cedidos a privados que construirão habitações para os desalojados, quase generosamente.
Só que, segundo os peritos, quem construir as casas irá gastar cerca de sete milhões de euros – ora, só o terreno dado em troca valerá quase o dobro…
Afinal, parece que a cedência de terrenos não é feita por causa da demolição mas sim esta que acontece para permitir o negócio.

* Correio da Manhã, 25.VII.2008

30 comentários leave one →
  1. jose manuel faria's avatar
    26 Julho, 2008 13:22

    O Boavista vai descer de divisão e o PC apanha dois anos.

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  2. Piscoiso's avatar
    26 Julho, 2008 13:57

    Ou seja, terminou o prazo de habitação para desalojados no Aleixo.

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  3. pedro oliveira's avatar
    26 Julho, 2008 14:17

    Não tem nada que ver com o post,apesar da pertinencia do mesmo, mas como se celebra o dia dos avós hoje, fica o convite para irem ao http://vilaforte.blog.com para comentar a homenagem lá feita pelo joão carlos de 10 anos.Obrigado!

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  4. Trinta e três's avatar
    26 Julho, 2008 14:20

    “A demolição do Aleixo foi uma ideia de Nuno Cardoso que, no fim, parecia mais um vendedor de apartamentos do que um autarca”.

    Mas a maioria dos autarcas mais não têm sido do que vendedores de apartamentos…

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  5. Desconhecida's avatar
    LVL permalink
    26 Julho, 2008 14:21

    Caro CAA,

    Nao concordando com a politica autarquica do dr Rui Rio em quase nada, esta medida parece-me bem decidida. Só os burros é que não mudam de opiniao, e o actual executivo mudou e a meu ver bem neste tema. Para além de que o negocio para o promotor so esta na venda dos apartamentos e nao na especulaçao imobiliaria, como passarei a explicar:

    – 305 fogos novos a construir, a um valor minimo de 50.000 euros por fogo dá um valor aproximado de 15 milhoes de euros.

    Ora este valor é o que se estima como avaliaçao para o terreno onde actualmente o bairro se encontra.

    Digo isto porque o dr Paulo Morais terá muitas qualidades, que eu nao lhe reconheço, mas pelos vistos percebe pouco de habitaçao social.

    E só tenho pena que o CAA acabe por perder com essa desinformaçao, dando abertura a que os apaniguados do dr. Rui Rio tenham argumentos para o criticar, por uma vez, com alguma razão.

    Neste processo deve-se por em causa a intençao, que nao foi a AM, de que 20% dos moradores fossem para a baixa, contaminando o actual processo de recuperaçao urbanistica e social em que a zona se encontra.

    Um abraço,

    LVL

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  6. luikki's avatar
    26 Julho, 2008 14:29

    mas alguém acredita que a demolição é feita por caridade – para acabar com o tráfico (trabalho para polícias) e porque as “barracas” estão degradadas – e não para permitir a “investidores” (que normalmente pagam chorudas comissões) encherem as contas ?
    além de que acrescenta mais um problema urbanistico e de circulação viária a uma zona, que há muito, rompeu todos os limites…

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  7. CAA's avatar
    26 Julho, 2008 14:38

    LVL,

    Obrigado pela opinião. Mas os dados que tenho não a suportam. Mais: este negócio está arquitectado há mais de uma década, como mais tarde se comprovará.

    Mas o que importa é estarmos, todos, atentos.

    Abraço,
    CAA

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  8. Desconhecida's avatar
    PLus permalink
    26 Julho, 2008 15:36

    Diga-me, o CAA não concorda com o quê ?

    Com modelo subjacente a esta troca de terrenos?
    Com um hipotético mau negócio que a CMP estará prestes a realizar dadas as contrapartidas conhecidas entre as partes ?
    Ou o CAA apenas não acredita nas reais motivações apresentadas para a troca do terrenos e por isso é contra ?

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  9. Desconhecida's avatar
    CMO permalink
    26 Julho, 2008 15:45

    A palavra negócio é em Portugal pejorativa por vários motivos, quase todos maus.

    Agradeço ainda assim o uso do termo NEGOCIATA em casos como o que parece descrever.

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  10. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    26 Julho, 2008 15:52

    “Mas a maioria dos autarcas mais não têm sido do que vendedores de apartamentos…”

    Vendedores e pseudo-compradores, e descendentes.

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  11. Desconhecida's avatar
    CMO permalink
    26 Julho, 2008 15:53

    Seria interessante que deixássemos de insistir em processos de intenções e analisássemos as coisas com alguma objectividade.

    Algumas perguntas são:

    Fisicamente o bairro é viável ou atingiu o limite da recuperabilidade?
    Têm de ser demolidos os edificios, etc, ou não?
    As redes sociais e de trabalho dos moradores são intrabairro e distantes ou são na zona que rodeia o bairro.
    Existe um plano racional de integração / promoção / combate à criminalidade que faça parte da nova localização ou não. Desse plano fazem parte medidas que partam a espinha aos gangs que operam na zona dispersado-os ou a policia “doesn’t have a clue”?

    Quanto á motivação / intensão /”real” desejo do Rui Rio . . . deixemo-nos de tretas terceiro-mundistas.

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  12. Desconhecida's avatar
    CMO permalink
    26 Julho, 2008 15:53

    Intenção

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  13. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    26 Julho, 2008 15:53

    CAA,

    Nesse caso garanto-lhe que não faltarão outros interessados em dar muito mais.
    E Rio prefere-os, tenha a certeza. Parece óbvio!

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  14. Desconhecida's avatar
    Pêndulo permalink
    26 Julho, 2008 15:56

    LVL

    Há uns dias, num post anterior, coloquei o link para a portaria que define os preços de compra de apartamentos ” a custos controlados”. É um tipo de negócio em que actuam algumas empresas, por vezes em parceria com empresas espanholas.Será, rentável ou não haveria empresas interessadas.
    Na portaria não é referido se a câmara dá o terreno pelo que deduzo que está incluído no preço.

    Permita-me que lhe sugira a leitura do meu comentário desse dia com algumas contas de merceeiro que fiz

    Pêndulo Diz:
    24 Julho, 2008 às 7:28 pm

    Quanto a custos o melhor é ler isto antes de falarem

    Click to access 0864108642.PDF

    vamos supor que em mádia cada uma das 300 famílias vai ter um T3
    300X72543= € 21.762.900 Quase 22 milhoes de euros .
    É muito, não?
    Só um pequeno pormenor: se se tratar de reabilitação de casas em zonas históricas, etc. aquele valor multiplica-se por 1,5= € 32.644.350

    Parece que a poupança de Rio vai por água abaixo.

    Aqueles valores incluem o valor do terreno, ora a Câmara do Porto tem terrenos, no Aleixo, por exemplo.

    É uma negociata sim senhor, mesmo que não sejam os 7 milhões de que Paulo Morais fala.

    Pelo que diz, o terreno valerá 15 milhões, coisa que eu desconhecia, é da câmara. A minha estimativa de custo, incluindo o terreno, são 22 milhões. A diferença são exactamente os 7 milhões de que Paulo Morais fala.
    Note-se que as pessoas vão ser realojadas em locais menos privilegiados, logo com terrenos mais baratos.
    A câmara dá um terreno de quinze milhões e recebe em troca 7 milhões de construção e um terrenos muito menos valiosos.
    Para além do lado humano, em que se trata uma comunidade (que tinha de ser intervencionada, note-se bem) como automóveis velhos de um parque de sucata que se decide mudar de lugar, para além disso, é também um mau negócio.

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  15. Bravo's avatar
    Bravo permalink
    26 Julho, 2008 16:25

    «este negócio está arquitectado há mais de uma década»
    Não nos admiremos.
    O negócio do novo aeroporto de Lisboa, está arquitectado há quase quarenta anos (Marcelo Caetano).
    Que andaraim lá a fazer certos políticos, a maioria, se não se dedicassem a certos negócios?
    Ou conselheiros e assessores de ministros?

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  16. CAA's avatar
    26 Julho, 2008 16:50

    Plus,

    As três.

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  17. Tiago Azevedo Fernandes's avatar
    26 Julho, 2008 17:04

    Aconselho a ler o que se tem escrito sobre isto n’A Baixa do Porto:
    http://www.porto.taf.net/dp/

    Há aqui muita confusão. Lembro que a CMP não dá casas a ninguém no âmbito de realojamentos, apenas se propõe arrendar os espaços de que é proprietária. O negócio de Aleixo é uma venda do terreno com “pagamento em géneros”, no âmbito de um concurso público. Não é uma venda a preço fixo. Não estou com isto a defender este modelo de solução para o bairro. Acho, aliás, que não faz sentido tratar as pessoas “em manada” e que cada agregado familiar devia ter a liberdade de escolher ele próprio a habitação para onde mudar no mercado normal de arrendamento, sendo a renda subsidiada pela autarquia. Assim a CMP deixava de ser o senhorio.

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  18. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    26 Julho, 2008 17:59

    o que dirá o microcéfalo do parecer do prof freitas sobre o seu amigo pinto do apito
    prefiro antonio aleixo «sei que pareço um ladrão»

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  19. caodeguarda's avatar
    26 Julho, 2008 18:57

    ” Tiago Azevedo Fernandes Diz:
    Acho, aliás, que não faz sentido tratar as pessoas “em manada” e que cada agregado familiar devia ter a liberdade de escolher ele próprio a habitação para onde mudar no mercado normal de arrendamento,”

    Até aqui estamos de acordo…

    “sendo a renda subsidiada pela autarquia. Assim a CMP deixava de ser o senhorio.” agora eu pergunto… subsidiada por alma de quem? quantos dos moradores do Aleixo são de facto casos necesitados de apoio social? chega de subsidiodependência!!!

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  20. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    26 Julho, 2008 19:04

    Estas negociatas de terrenos só acontecem no Porto e em Bulawayo.

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  21. Tiago Azevedo Fernandes's avatar
    26 Julho, 2008 20:12

    “subsidiada por alma de quem?”

    Escrevi eu:
    “O que a autarquia devia fazer era subsidiar (quando, e enquanto, se justifique) as rendas a essas pessoas”
    http://porto.taf.net/dp/node/4226

    Já agora, “As minhas sugestões para o Aleixo”:
    http://porto.taf.net/dp/node/4270

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  22. Desconhecida's avatar
    26 Julho, 2008 20:12

    CAA,

    qual é a sua sugestão para esta questão?

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  23. Manuel Moreira da Silva's avatar
    Manuel Moreira da Silva permalink
    26 Julho, 2008 20:19

    Apenas para contribuir um pouco para a discussão gostaria de dizer duas coisas:

    A primeira é que também ando a tentar desmontar os valores que a CMP anda a referir e escrevi sobre este assunto no blog do TAF (www.porto.taf.net) dois posts (o primeiro tem duas versões, das quais apenas a segunda interessa porque a primeira tinha um pequeno grande erro de matemática e o segundo post ainda não foi publicado mas não tardará). Os meus cálculos apontam para que o terreno venha a ser alienado por cerca de metade do valor de mercado dele. Uma grande evolução, já que no caso da alienação do Palácio do Freixo ao Grupo Pestana, a CMP receberá em prestações a 40 anos cerca de 20% do que investiu para o recuperar.

    A segunda é que existe um caso que se deveria estudar antes de fazer asneiras. Em França, onde existem milhares de bairros sociais em péssimas condições, começou-se a pensar (e julgo que se terá concretizado alguma coisa) em demolir muito do que estava feito. No meio deste processo uma dupla de arquitectos franceses fez um estudo dos custos que teria recuperar os edifícios existentes, dando-lhes condições adequadas aos níveis de conforto expectáveis para o século XXI e concluiu que seria muito mais barato do que alienar os terrenos e construir outros bairros. (Claro que seria muito mais barato destruir os bairros e despejar todos os habitantes, mas essa opção está fora da mesa). O estudo chamou a atenção do Governo Francês que está a reequacionar a opção que havia tomado. Esse estudo entretanto chegou a livro e está à venda em todo o mundo (por cá já o vi na Bertrand, na Fnac, na leitura, …) e pode ser visto aqui (http://www.lacatonvassal.com/index.php?idp=46). Por cá também na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, no âmbito de uma prova final de licenciatura uma aluna (Ana Lima) fez uma adaptação dessa abordagem ao caso do Bairro do Aleixo há cerca de um ano (foi noticiado e recentemente ganhou uma menção honrosa na Bienal Ibero-americana de arquitectura e urbanismo).

    Talvez fosse sinal de inteligência que aparecessem alternativas e que a discussão fosse informada. Por exemplo, seria útil e coerente que a CMP apresentasse os estudos que levaram a esta solução e a estes valores (como pede a direcção nacional do PSD para todas as obras públicas), mas, mais uma vez, parece que as decisões se baseiam mais em ideologia e em interesses particulares do que no interesse público.

    Estou mesmo a ver que, caso o PS ganhe as eleições, acontecerá com o Bairro do Aleixo o que aconteceu com a IMOLOC e o parque da Cidade quando o PSD ganhou o primeiro mandato. Não tarda a cidade está bloqueada com tanto lastro…

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  24. Desconhecida's avatar
    26 Julho, 2008 20:33

    Nos bons tempos os terrenos ainda passariam primeiro para o FCP… Agora cada um faz o que quer…

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  25. Tiago Azevedo Fernandes's avatar
    26 Julho, 2008 21:32

    Dados concretos e planta em http://porto.taf.net/dp/node/4296

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  26. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    26 Julho, 2008 22:08

    apito, como nas casas de tias ou tiedo: engulo ou deito fora!

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  27. Desconhecida's avatar
    André permalink
    27 Julho, 2008 12:39

    Quando não se consegue combater a medida inventam-se supostas e obscuras intenções.

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  28. CAA's avatar
    27 Julho, 2008 13:58

    Manuel Moreira da Silva,

    Muito obrigado.

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  29. Manuel Moreira da Silva's avatar
    Manuel Moreira da Silva permalink
    27 Julho, 2008 23:58

    Caro CAA

    É com prazer que tento contribuir para a discussão que se deve fazer sobre estas opções. Quando os critérios (a Dra. Ferreira Leite chamar-lhes-ia os “estudos”) não são públicos, perde-se toda a hipótese de haver uma discussão racional. Fica de um lado o autoritário (quem tem o poder de decisão) e do outro, o país. Já quando foi da vergonhosa alienação do Palácio do Freixo tentei obter as informações quanto aos critérios utilizados. Mesmo depois de vários telefonemas, e-mails e deslocações aos serviços da CMP não consegui receber da parte deles qualquer informação (tento desde 2005 e ainda há uns meses lá fui). As tentativas que fiz para o Governo, para o Parlamento, para os arquitectos do projecto e para a Comunidade Europeia foram todas respondidas e consegui ter acesso a toda a informação que necessitei (toda a que é de livre acesso pelo menos). Isso permitiu-me perceber que o Palácio do Freixo, que há menos de dez anos foi recuperado (o projecto é dos mais interessantes do Arq. Fernando Távora e é estudado no mundo inteiro como exemplar aplicação das mais modernas teorias de restauro) com custos superiores a 25 milhões de euros foi alienado sem qualquer concurso público ou consulta alternativa à ENATUR. Porque é que isto acontece? Porque a Enatur, apesar de ser gerida pelo Grupo Pestana, segundo consegui saber ainda é 51% controlada pelo Estado (o consórcio que é liderado pelo Grupo Pestana detém os restantes 49%) e por isso, apesar de o edifício sair do domínio público, juridicamente, é como se não tivesse acontecido. A melhor surpresa é que a cedência que durará pelo menos 40 anos (não consegui verificar mas julgo que o contracto prevê que possa ser prolongada ad eternum) vai render à CMP, na melhor das hipóteses, 6 milhões de euros, pagos em prestações mensais.

    Ao André do comentário 27 gostaria apenas de fazer notar que nada do que eu disse tanto no primeiro como neste comentário (ou nos que fiz no porto.taf.net) vai contra a solução apresentada. Apenas questiono, como o faz o CAA ou o Paulo Morais, o método pelo qual se chega a ela e, acima de tudo, os valores a que se chegam. A CMP estima que os activos (o terreno é o único activo) que vão passar para o Fundo Imobiliário que se vai constituir para esta operação valem entre 11 e 13 milhões de euros. Eu, com as contas que fiz e apresentei no porto.taf.net, julgo que poderei dizer sem exagero que valem, pelo menos, o dobro. É esta a minha primeira contribuição para a discussão. A segunda, como ficou já escrito no meu primeiro comentário a este post do CAA é que o Dr. Rui Rio não pode, em consciência, afirmar qualquer coisa como “recuperar o Aleixo é errado (…) mesmo que lá se gastasse dinheiro aquilo daqui a uns anos estava igual” (cito de memória mas o vídeo está no site da CMP) porque, como referi acima, há já estudos que afirmam ser menos dispendioso e mais adequado recuperar os bairros do que demoli-los e transferir outra vez as populações.
    Depois de ter acesso aos critérios ou aos estudos que levaram a esta solução, até pode ser que concorde mas a fé guardo-a para outras áreas da minha vida.

    Cumprimentos

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  30. Justiniano's avatar
    Justiniano permalink
    28 Julho, 2008 10:16

    Por momentos o CAA parece-me o Teixeira Lopes!!
    Já tem preços e tudo!!
    Pelo que depreendo dos seus últimos posts acerca do Bairro do Aleixo seria de deixar tudo na mesma…era o que se fazia no tempo de Gomes e Cardoso…a CMP fazia de conta que não era proprietária dos Bairros e os moradores faziam de conta que não existia CMP!!

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