Agosto chegou – fiquemos atentos!
Entramos hoje em Agosto, o mês que este regime tão transparente em que vivemos escolheu, há muito, para fazer publicar em Diário da República as grandes mudanças legislativas deste País.
A coisa vai a tal ponto que seria bom que os cidadãos interessados ganhassem o hábito de leitura estival do DR, muito estimulante, por certo, para não se desactualizarem fatalmente no regresso ao trabalho.
Alguns, cinicamente, poderão supor que tal se deverá a um esforço do poder para apanhar os portugueses distraídos enquanto a Nação está a banhos – mas, claro, não pode ser esse o caso. Tratam-se de meras questões de agenda, de organização interna dos serviços competentes, do escoamento normal do material a ser publicado, que, por mera casualidade, deixa permanentemente para Agosto a publicação de muitas das leis mais importantes do ano. Em concorrência desmesuradamente leal com os últimos dias de Dezembro, bem entendido…

próximo passo: governo de salvação nacional?
não estava mal
vamos pela escada abaixo. acabei de ver passar o incontinente menezes
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Ah, também já deu por isso… Decretos todos assinados pelo verdadeiro primeiro-ministro, o ministro de estado e dos impostos, o Santos. Aposto que esta minudência lhe tinha passado despercebida! E daí talvez não… 😉
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Permitam-me que faça aqui descaradamente – portanto sem vos apanhar distraídos – publicidade ao último postal lá pelo meu sítio. Acho que a causa merece. Espero que muitos de vocês concordem e participem.
http://umjardimnodeserto.nireblog.com/post/2008/08/01/deixa-me-vivermama-let-me-live-mommy
Constituição da República Portuguesa
Artigo 1.º – (República Portuguesa)
Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
…
Artigo 3.º – (Soberania e legalidade)
1.A soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na
Constituição.
2.O Estado subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade democrática.
3.A validade das leis e dos demais actos do Estado, das regiões autónomas, do poder local e de
quaisquer outras entidades públicas depende da sua conformidade com a Constituição.
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Permitam-me avançar com explicação bem mais prosaica: Assinam e publicam em Agosto porque, de facto, estão preocupados com a fluidez da aplicação das coisas…É que, atentem …depois de Julho tudo fica maia fácil porque….entra a gosto!
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Parabéns pelo post.
Revelador
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Alguém me quer explicar porque é que a EDP está com lucros ESCANDALOSOS e me dizem que estamos a pagar a electricidade uns 20% abaixo do preço justo?
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Convém começar a leitura do DR trinta segundos antes de fazer a sesta.
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Anónimo Diz:
1 Agosto, 2008 às 1:08 pm
Alguém me quer explicar porque é que a EDP está com lucros ESCANDALOSOS e me dizem que estamos a pagar a electricidade uns 20% abaixo do preço justo?
Porque a diferença está a acumular numa dívida do Estado à EDP. Como a energia que consumimos está mais barata do que o preço real nós não estamos a poupar (como fizemos nos combustiveis) permitindo à EDP maiores lucros. Acabaremos por pagar de outras formas, não como clientes, mas como contribuintes. E provavelmente com juros.
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Bom post, não obstante a verrinosa suspeita que lança sobre o impoluto governo do sr. Sócrates.
De passagem, cumpre-me perguntar:
– “legistavivas” é gralha ou neologismo para legislativas?
– “Tratam-se de meras questões (…)” é uma imposição do acordo ortográfico, em substituição de “Trata-de de meras questões (…)”?
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««Alguém me quer explicar porque é que a EDP está com lucros ESCANDALOSOS e me dizem que estamos a pagar a electricidade uns 20% abaixo do preço justo?
Porque a diferença está a acumular numa dívida do Estado à EDP. Como a energia que consumimos está mais barata do que o preço real nós não estamos a poupar (como fizemos nos combustiveis) permitindo à EDP maiores lucros. Acabaremos por pagar de outras formas, não como clientes, mas como contribuintes. E provavelmente com juros»»
Continuo a não perceber.
Aquilo que me está a dizer não é que o Estado está a comprar a EDP muito acima do preço justo?
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Muito interessante, pela mafiosidade do tema, cada vez mais actual e socialista, como aliás se viu pela prosa do PR, certamente muito mais informado – formal e informalmente – do que a esmagadora maioria dos portugueses e até analistas que ainda não perceberam a “mensagem” de ontem, e muito menos a “massagem” açoreana do PS.
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E uma outra pergunta: Eu sou cliente do Estado ou da EDP?
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A notícia do JN sobre os tão desejados custos das obras públicas (só 56.000 milhões) também saiu ontem, e não houve ondas. Ninguém quer saber disso para nada, à excepção daquele senhor chamado Medina Carreira, que ainda vê qualquer coisinha lá da sua ilha no meio do oceano.
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Ao 10,
O preço não traduz o custo real, dizem eles.
Os lucros astronómicos sobem a taxas muito interessantes e atípicas durante anos seguidos.
Como diz um amigo meu, quem tentar compreender isto vai parar ao Conde Ferreira.
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Uma pausa para testemunhar o meu singelo mas indefectível apreço, a uma patriótica, quiçá mártir, velhinha e trôpega cadeira de 40 anos.
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Nao me lembro de nenhuma das leis promulgadas à socapa e perigosas de Agosto dos ultimos anos. Quais foram as mais gritantes?
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Sou favorável a este tipo de medidas.
Por natureza o povo português não aceita ser governado, não tem a mente aberta para qualquer tipo de mudança. Quer que tudo no país mude, excepto o seu sector. Assim, a melhor forma de governar o país é quando os portugueses não estão cá. Se a avaliação dos professores fosse publicada agora não seria contestada. Prevaleceria o princípio jurídico romano: quem cala consente.
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Ó Ti Américo, já só faltava mais essa!
A culpa de termos o pior governo de sempre não é dos governantes, é do Povo…
No outro dia, o Primeiro Ministro passou o tempo na Assembleia a dizer que a culpa do pântano em que nos meteu é… da Oposição. Agora a sua tese ainda é melhor! A culpa é minha!
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a Lei da PJ, a única Lei orgânica (completa) que ainda não viu a luz do dia….
Na blogoresfera não há um alminha que saiba algo de concreto?
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afinal foi antes:
Foi uma verdadeira chuva de concursos públicos o que se verificou nos dias que antecederam a entrada em vigor do novo Código dos Contratos Públicos (CCP) – quarta feira, 30 de Julho. Trezentos nos últimos dois dias, uma média de 40 por dia no últimos dois meses. Em períodos normais, a média de concursos públicos anunciados por dia no Diário da República é de cerca de uma dezena.
(Público)
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Gosto particularmente do título do seu poste, Carlos Abreu Amorim.
Tanto que, com a sua permissão, faria dele também o título deste comentário, mais um reavivar de memória de uma promessa sua, velha de seis meses e entretanto reiterada por si, de proceder a uma investigação sua sobre a eventual personalidade múltipla ou simples de um autor de blogue chamado Miguel Abrantes.
Ainda outro dia tive oportunidade de o ler, severo e rigoroso como sempre, no Correio da Manhã a intitular um artigo seu de “Assobiar para o lado”. E uma mente menos caridosa que a minha levou-me a que lhe deixasse aqui este apontamento antes que o Carlos pusesse os lábios a jeito…
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Parabéns, A. Teixeira, V. escreve muito bem…
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O Governo antecipou em cerca de um ano e meio a utilização alargada da gravação digital às cerca de 760 salas de audiência dos tribunais de primeira instância, em substituição dos obsoletos gravadores de cassetes
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