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Conta-me como foi *

2 Agosto, 2008
by

A série televisiva portuguesa mais elogiada de sempre (apesar de ser uma adaptação de uma série espanhola) faz-nos reflectir sobre o presente. Tudo parece diferente – o vestuário, os costumes, os pudores e o medo.
Mas se demandarmos para além da aparência é fácil concluirmos que as discrepâncias com o momento actual não são assim tão grandes. Também hoje o Estado e o seu mau Governo são o principal problema de todos nós. Também hoje o País está fraccionado em corporações de interesses. Também hoje dizer a verdade constitui um acto próprio de quem parece estar prestes a perder o juízo.
Já não há guerra e a liberdade mais alguns direitos fundamentais estão assegurados – mas contarem-nos como foi é uma boa forma de entendermos como ainda somos.

* Correio da Manhã, 29.VII.2008

61 comentários leave one →
  1. MJRB's avatar
    2 Agosto, 2008 14:59

    Não sei que série é essa, mas só por saber que é sobre a criatura (eleita ! Em 2007 !! Como o maior português de sempre !!!…), recuso-me a vê-la parcialmente que seja. Bastou-me a parte final do seu regime; basta-me sentir ainda hoje, não em mim mas noutros –daí a tal “eleição”–, consequências do salazarismo.

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  2. MJRB's avatar
    2 Agosto, 2008 15:24

    Mr. CAA,

    Foi muito pior do que o meu amigo imagina.

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  3. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    2 Agosto, 2008 15:41

    A série nao é sobre Salazar.

    Diria que a verdade é que os salazarentos querem colocar a foto de Salazar em todo o lado e disfarçam. Se quer colocar a foto do Salazar coloque à vontade.

    Nao é preciso comparar com a actualidade porque nao tem mesmo nada a ver.

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  4. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    2 Agosto, 2008 16:31

    Os espanhois possuem uma série de séries de tv originais que sao uma autentica delicia. Um prazer ver. É essa, é a série policial contagem decrescente, uma de jovens numa escola de artes, uma que se passa num hospital que nao me lembro o nome, uma outra que se passava numa empresa farmaceutica que andava a matar toda a gente e os jornalistas. Sou fa das séries espanholas.

    Mas essa adaptaçao para Portugal está muito bem feita. A melhor adaptaçao que me lembro.

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  5. Desconhecida's avatar
    Troglodita permalink
    2 Agosto, 2008 20:49

    MJRB

    Você é engraçado, de que é que se queixa que o Salazar lhe possa ter feito?
    Recusar-se a ver uma série, só porque fala sobre outro tempo e outras pessoas, mostrando aos de agora, como se vivia nessa altura, só mostra quão tacanho você é.
    Se calhar também não vê filmes ou séries sobre a “2ªgrande guerra”, porque óbviamente, desgosta do Hitler.
    Enfim, realmente agora é que é bom, vivemos neste tempo socratiano, os melhores tempos de sempre, mergulhados na maior corrupção, vigarices, sem justiça, é só escolher…
    Voçê é o maior, já deve estar a dizer “biba o fcp” e o seu papa.

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  6. MJRB's avatar
    2 Agosto, 2008 20:51

    Troglodita,

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  7. Dasse's avatar
    2 Agosto, 2008 21:12

    O MJRB fala do que não sabe.
    Desde logo, da série, que é boa. É mesmo das raríssimas coisas boas que a RTP exibiu ultimamente.
    Depois, do tempo a que a série se reporta. Vivi-o e lembro-me bem. Foi um tempo triste e pobre.
    Mas não havia a um Sócrates arrogante e iletrado a endrominar diariamente o País, com mentiras e trapalhices sem conta.
    Olhe, MJRB, informe-se e não diga patacoadas.

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  8. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    2 Agosto, 2008 21:24

    A maior mentira é que Socrates é arrogante e iletrado. É uma coisa doentia a palhaçada que fazem para colocar etiquetas nas pessoas às pessoas, dasse… dasse!!!

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  9. MJRB's avatar
    2 Agosto, 2008 21:29

    No meu comt. 1, escrevi:

    “Não sei que série é essa, mas só por saber que é sobre a criatura (…) recuso-me a vê-la parcialmente que seja”. E a seguir, digo porquê.

    Depois, o anónimo 3,

    informa que a série não é sobre o Salazar.
    E eu, não mais toquei no assunto.
    Repare, Dasse,
    Não mais toquei no assunto Salazar.
    Até que surgiu troglodita e Vc., sobretudo Vc, a insinuar que eu não sei do que falo, e pior, coloca Sócrates “ao barulho” — Sócrates que tanto eu tenho criticado pelas suas mentiras, arrogância, mas nunca poderia chamar-lhe…”iletrado”.

    Eu, soube bem –senti-os !!– o que foram os últimos anos do regime de Salazar e os de Marcello Caetano.
    Dasse,não diga patacoadas.

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  10. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    2 Agosto, 2008 21:53

    Nao é sobre Salazar. A série é uma delicia para recordar a infancia. ATé o raio das paredes sao iguaizinhas às do corredor da minha casa. As latas do açucar… lol o decor é uma coisa magnifica. Vale a pena ver.

    Já agora a espanhola passa às quintas no tve internacional ou quartas. O ano passado vi o episodio do 25 abril de 75 e outro com assalta à embaixada de espanha em Lisboa na versao espanhola que já começou em 2001. É uma serie magnifica. E a portuguesa também está muito bem.

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  11. MJRB's avatar
    2 Agosto, 2008 21:58

    Anónimo 10,

    Grato pela informação.

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  12. Desconhecida's avatar
    2 Agosto, 2008 22:16

    Bem, antes de mais muitos parabéns ao CAA, pelo “post”.

    A série é muito boa e retrata bem os tempos do “Marcelismo”: a falta de liberdade, a emigração forçada pela miséria e pela Guerra, a mediocridade instalada, o nepotismo o corporativismo, os “bons costumes”, etc.

    Naturalmente, que só pela Liberdade, os tempos actuais são bem diferentes.

    Contudo, o corporativimo, a falta de oportunidades, o nepotismo, a mediocridade, são iguais aos tempos actuais, quer sejam do Sócrates (arrogante e iletrado) ou do Barroso (novo rico e cionzento).

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  13. MJRB's avatar
    2 Agosto, 2008 22:30

    J,

    De acordo: hoje, há corporativismo, sim senhor ! Com outros rostos, sob –e com a “candura”– dum outro regime, e…muito mais intenso. Em praticamente todas as áreas de actividade, e, com uma preocupante quantidade de protagonistas em todas as classes sociais.

    Culpado: não o 25 de Abril, não a Liberdade, não a Democracia, mas as pessoas que deste regime o têm aproveitado e desvirtuado.

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  14. Desconhecida's avatar
    Troglodita permalink
    2 Agosto, 2008 22:39

    MJRB

    Conte lá aqui ao pessoal, o que é que sentiu na pele nos últimos tempos do salazarismo?
    Olhe a mim, esse porco do Mário Soares e seus pares, tiraram tudo aos meus pais que estavam em África. Para mim isso é razão suficiente para os achar uns merdosos.
    Quanto à série é muito gira.

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  15. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    2 Agosto, 2008 22:41

    Não senti nenhuma falta de liberdade no tempo do Marcelo Caetano e andava metida em organizações politicas e nas greves dos estudantes, às vezes aparecia a polícia e a malta fugia, tal como fugia do revisor, no eléctrico, para não pagar bilhete. Belos tempos! Os tempos do Salazar não os conheci, mas o meu pai gostava dele, havia ordem e progresso. Os tempos do pós-guerra foram de emigração em Portugal e em todos os países do sul para o norte da Europa, em reconstrução. Metade do orçamento do estado ia para a guerra do ultramar e aí é que o Salazar se perdeu, devia ter feito como os ingleses. È claro que os comunistas queriam um regime soviético e não um regime capitalista. Eu vivia melhor e com 25 contos mensais dava volta ao mundo. Emigração? E os nossos jovens agora? Agora ou se tem uma cunhazita ou não há nada para ninguém. Eu sempre trabalhei onde me apeteceu e sem cunhas.

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  16. Paulo's avatar
    2 Agosto, 2008 22:52

    Vão-me matar por eu dizer o que vou dizer, mas nunca senti nenhuma repressão no tempo do Marcelo Caetano e andava em organizações políticas e em greves. Não sei se não perseguiam os jovens, só sei que quando aparecia a polícia era uma festa e a malta fugia, tal como fugia do revisor do eléctrico para não pagar bilhete. Dos tempos do Salazar lembro-me apenas que o meu pai não queria que eu lê-se o Crime do Padre Amaro ( que eu lia ao serão), parece que havia livros que eram proibidos, mas agora também chateiam os donos de alguns blogs. Emigração? No pós guerra os países do norte da Europa recebiam os do sul. Muita emigrção era clandestina e agora os jovens são, por vezes, obrigados a sair. O mal do Salazar foi gastar muito dinheiro com as colónias (metade do orçamento) e devia ter feito como os ingleses.

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  17. Paulo's avatar
    2 Agosto, 2008 22:52

    Retire um , se faz favor PORQUE ESTÀ repetido

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  18. Desconhecida's avatar
    Troglodita permalink
    2 Agosto, 2008 23:05

    MJRB

    Estou à espera da sua douta intervenção em relação ao que sofreu nesses tempos.

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  19. MJRB's avatar
    2 Agosto, 2008 23:13

    Se a sua pergunta não fosse própria dum tolinho e xico-espertinho desrespeitador, talvez –talvez….- lhe contasse algo.

    Assim sendo, tenha juízo !!!

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  20. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    2 Agosto, 2008 23:23

    “o velho abutre é sábio”
    sophia

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  21. Desconhecida's avatar
    2 Agosto, 2008 23:26

    “Culpado: não o 25 de Abril, não a Liberdade, não a Democracia, mas as pessoas que deste regime o têm aproveitado e desvirtuado”.

    As pessoas? Quais pessoas? Sem querer saber da sua vida, pergunto-lhe quem é que implementa o rigor, a disciplina ou os valores em sua casa?

    Não culpe o “Zé” português. Esse, bem trabalhado, faz maravilhas.

    O topo da piramide, esse sim, é uma miséria. Desde as Reitorias, aos Desembargadores, dos militares aos empresários.

    Quem dirige o rebanho, não são as ovelhas……claro que as ovelhas se podem revoltar contra o “pastor”. Esta “alegoria” aplica-se a Rehimes Democráticos e a Ditaduras.

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  22. MJRB's avatar
    2 Agosto, 2008 23:26

    Anónimo 20,

    Exactamante. Sophia.

    E eu nunca ignorei nem deixei de lhe reconhecer inteligência, apesar de ditador e retrógrado.

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  23. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    2 Agosto, 2008 23:28

    Tentando meter um bocadinho de fervura devo dizer que tenho realmente a ideia de que os tempos do Salazar eram bem diferentes dos do Marcelo. Havia a censura e os presos políticos (sobretudo lideres), que eram massacrados para dizer outros nomes, daí que os comunistas tenham , ainda hoje um grande mérito, raramente são bufas.

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  24. MJRB's avatar
    2 Agosto, 2008 23:30

    J,

    São pessoas , como diz e bem, “do topo da pirâmide”.

    Mas as pessoas também têm, ontem como hoje, o direito à revolta, ao protesto, e como certa vez afirmou Mário Soares, “direito à indignação” ! — e por vezes sofrem e não reagem….

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  25. MJRB's avatar
    2 Agosto, 2008 23:32

    J,

    O povo português, se bem tratado, “faz maravilhas” — de acordo consigo. Infelizmente não tem sido bem tratado.

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  26. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    2 Agosto, 2008 23:44

    Estou consigo, CAA.

    Penso que daqui a uns anos, quando olhármos para os anos Sócrates, iremos apenas recordar as imensas promessas não cumpridas, a esperança mais uma vez defraudada, o autoritarismo regressado e o convite à denúncia nos empregos e na sociedade.

    As novas polícias políticas (Fisco e Asae) estão a causar danos irreper+aveis na iniciativa privada e no futuro do nosso país.

    Digo eu…

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  27. Desconhecida's avatar
    2 Agosto, 2008 23:52

    Basta um cheirinho do “Botas” e é um fartar de lombrigas a espevitar a cabeça, pra fora do cu do fascismo.
    Casca de romã ou pevides de abóbora, de manhã, em jejum, são vermífugos de eleição.

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  28. Desconhecida's avatar
    2 Agosto, 2008 23:56

    “As novas polícias políticas (Fisco e Asae) estão a causar danos irreper+aveis na iniciativa privada e no futuro do nosso país”.

    A máquina do fisco e da segurança social estão a aniquilar muito empreendedorismo. Quando se acabar muito deste empreendorismo, queremos ver para onde se virarão……apenas e só para do deserto.

    ———————————-

    “Mas as pessoas também têm, ontem como hoje, o direito à revolta, ao protesto, e como certa vez afirmou Mário Soares, “direito à indignação” ! — e por vezes sofrem e não reagem….”

    Porque o Sol quando nasce não é para todos, como disse o General Eanes (disse que o “Sol quando nasce é para todos”). Quando as pessoas insistem, contestam, protestam e nada acontece, têm duas soluções: acomodam-se ou emigram.

    Os emigrantes voltarão um dia, como disse Salazar.

    Os acomodados não levam a lado algum.

    Ou seja, estamos no caminho da pobreza.

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  29. MJRB's avatar
    3 Agosto, 2008 00:05

    J,

    É, será, mais ou menos isso.
    Mais pobreza para muitos, alguns que hoje nem a pressentem; mais, muitíssima riqueza para outros (para além dos demais) sem escrúpulos.

    Não me sinto nada bem –e revolto-me !– por ver e saber tanta pobreza neste infeliz país.

    Anónimo 20,

    Concordo consigo: as magnas consequências dos últimos tempos surgirão, aterradoras, daqui a poucos anos.

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  30. MJRB's avatar
    3 Agosto, 2008 00:08

    Boas noites
    e
    boas férias para todos os comentadores e blasfemos.

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  31. Tiago Moreira Ramalho's avatar
    3 Agosto, 2008 00:17

    Eu não vivi no tempo do Salazar, mas digo-lhe caro CAA que prefiro a “miséria” em que vivo do que a “miséria” em que viveram os que viveram no tempo do Salazar. Só para dar um exemplo, é muito bom ter um blogue onde expresso a minha opinião sem que a polícia me investigue.

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  32. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    3 Agosto, 2008 01:31

    A polícia não o investiga a si, mas é sempre possível saber, em casos graves, CASOS GRAVES disse eu, de quem é o computador de onde escreve. Além disso sabe que o dono deste blog teve de mudar de morada, O do Portugal Profundo é o que toda agente sabe, o Jumento também está com problemas e no Mais Évora nota-se uma repressão imensa, pois acho que o presidente da Camara também meteu o sujeito em tribunal. Pode falar até certa medida, se se estica muito, mesmo com verdades, cortam-lhe o pio.

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  33. Piscoiso's avatar
    3 Agosto, 2008 02:21

    Deixe-se de tretas. Não tem comparação. Uma coisa são os Tribunais comuns, como os de hoje. Outra bem diferente eram os Tribunais Especiais da ditadura, que mandavam para o Tarrafal quem ousasse discordar da política do ditador.
    O comentário 14., a ser feito a Salazar, no seu tempo, já a PIDE teria encontrado o seu autor, sovado e aprisionado em calabouço.
    Hoje, o insulto gratuito é quase um desporto por alguns blogues.
    Às vezes os visados reagem, com a legitimidade que a lei lhes confere.
    Vão insultar o catano.

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  34. OLP's avatar
    OLP permalink
    3 Agosto, 2008 09:35

    A metade do orçamento gasto na guerra é curiosa.
    O mesmo era feito com as receitas da metropole, sendo tudo o resto vindo das colónias ignorado e afastado do dito cujo.
    Só as despesas entravam.
    Isto para não falar da economia real do rectangulo que vivia de matérias primas a preço de custo irrisórios assim como a exclusividade (quase) dos mercados das ditas, permitindo contruir aquilo a que muito depois do 25A se foi chamando a “grande industria portuguesa”.
    Era assim como nos utimos tempos tem sido as ajudas da UE. Não entram no orçamnento mas não deixam de ser uma pilhagem.

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  35. Desconhecida's avatar
    Aldina permalink
    3 Agosto, 2008 09:49

    Para a esmagadora maioria dos portugueses, a revolta da tropa em 28 de Maio foi uma acção libertadora – e a chegada de Salazar ao poder foi um alívio.

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  36. Piscoiso's avatar
    3 Agosto, 2008 10:32

    Alívio que foi também a sua saída do poder.
    Quanto às “esmagadoras maiorias”, só têm legitimidade em eleições livres.

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  37. Desconhecida's avatar
    3 Agosto, 2008 11:12

    Assinarei gostosamente qualquer petição que vise a canonização da cadeira.

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  38. CAA's avatar
    3 Agosto, 2008 17:11

    Hoje de manhã o Fernando Dacosta esteve na Sic-N, numa pequena mas brilhante entrevista, e contou que não era cadeira nenhuma mas sim uma espreguiçadeira que, depois do ‘crime’, uma das figuras mais representativas do regime de então, a D. Maria, quebrou em pedaços que lançou ao Mar…

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  39. Desconhecida's avatar
    3 Agosto, 2008 17:54

    Ao mr. hyde (27) das lombrigas, eu diria que, o tal das botas, tinha classe e foi um grande político, quer o sr. escondido o queira ou nao, ao contrário dos seus “benettons” de hoje, que não passam de sortudos rapazolas a quem o papá deu um Partido… para brincarem às políticas.
    Aqui sim, cheira a “bichas” – sem segundo intenção, sou dos antigos para quem bichas e lombrigas eram “gado do mesmo cú”…
    Tenha juizo sr. escondido e deixe de falar do que não sabe.

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  40. MJRB's avatar
    3 Agosto, 2008 18:26

    Mr. CAA.,

    Essa, da D.Maria, eu não sabia. Certamente lançou-a (a cadeira), no Mar da Palha ! Da Palha !

    Pois eu sei (oh, se sei, pesa um bocado), onde está também um “marco” exemplar:
    Américo Thomaz tinha agendada uma visita a uma cidade. O município, obviamente mandou fazer uma lápide para assinalar a visita. Seis dias antes ocorreu o 25 de Abril.
    Não está à venda.

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  41. Desconhecida's avatar
    zé da burra permalink
    3 Agosto, 2008 19:47

    Há coisas em que concordo como o rapaz:
    1. FOI PARA ISTO QUE FIZERAM O 25 DE ABRIL?
    Antes do 25 de Abril de 1974 (o que foi apresentado como negativo):
    – Ausência de liberdade
    – Prisões políticas
    – Guerra colonial
    – Monopólios económicos
    – Grandes divisões sociais, com pessoas muito ricas e outras muito pobres
    – Miséria
    – Empregos baseados na cunha e nos conhecimentos pessoais
    – Privilégios sociais só para alguns
    – Subserviência aos detentores do poder
    – Grande emigração, por ausência de expectativas de vida
    E hoje? O que temos?
    – Liberdade condicionada
    Porquê? Porque são cada vez mais as situações em que as pessoas se calam, ou falam muito baixo, para não perderem os seus empregos. É visível em muitas circunstâncias, a arrogância, a má educação, a falta de respeito, de quem dirige instituições, empresas, departamentos, secções, perante os subordinados. Há uma nova classe de dirigentes que confundem liderança, com chefia, e fazem do desprezo dos seus colaboradores o lema da sua afirmação. São temidos, mas não são respeitados e caso existissem alternativas, muitos dos que se calam sairiam do local onde trabalham. Se é inteiramente verdade o facto de existirem pessoas que não gostam de trabalhar e preferem viver às custas de subsídios, também é real a situação de trabalhadores desmotivados e pouco produtivos, em função de más direcções.
    – Censura
    Porquê? Porque ao contrário do que se apregoa nem todos têm acesso, de igual modo, aos órgãos de comunicação social. E ainda porque a dependência do Estado é tal, que o receio de incomodar os governantes, ministros ou autarcas, pode conduzir a ignorar, e até silenciar, muitas vozes críticas do poder.
    – Novos monopólios económicos
    Porquê? Porque é visível a ausência de liberdade de escolha por parte dos consumidores, como é ainda visível a concentração decisória dos que anunciam os preços dos bens colocados à disposição dos cidadãos. Desiludam – se os que supõem existir em Portugal liberdade económica, livre oferta e livre procura. É falso que elas existam. Que o digam os consumidores da EDP, da maioria dos Transportes, dos Correios, dos inúmeros serviços prestados por empresas como a PT, com uma posição de quase monopólio em inúmeros domínios, etc. Estes novos monopólios conduziram à criação de uma nova classe de gestores pagos acima da média praticada em diversos países desenvolvidos. Muitos desses gestores são os novos marajás de Portugal, comportando-se como príncipes de abastada fortuna diante a desproporção salarial da maioria dos quadros das suas empresas.
    – Empresas privadas com actividade dependente do Estado
    Porquê? Porque é patente o nível de intervenção público nos negócios de muitas empresas, de muitos escritórios, de muitos consultores. Apesar de se afirmarem como arautos da iniciativa, do dinamismo, da modernização, do risco, todos sabemos como muitos destes “empreendedores” são grandes e vistosos em função dos contratos que fazem com a Administração Pública. Por isso a sua suposta independência é igual à que existia entre os vassalos e os antigos senhores feudais.
    – Enormes divisões sociais
    Porquê? Porque nunca como agora o fosso entre muito ricos e muito pobres foi tão evidente. A nossa proximidade com o que se passa em vários países da América Latina é total e não fora a natural propensão dos portugueses para gritarem muito, mas não abraçarem a violência e a ruptura da ordem instalada poderia dar – se.
    – Cunhas nas colocações
    Porquê? Porque, salvo honrosas excepções, sem cunha não há emprego
    – Retorno em massa da emigração
    Porquê? Porque as fábricas fecharam, os campos desapareceram, a miséria está aí e os portugueses voltaram a seguir os passos dos seus Avós e dos seus Pais procurando lá fora o que não sentem poder alcançar em território nacional
    – Corrupção com total impunidade
    Porquê? Porque as leis foram feitas para proteger os corruptos, dificultando a vida aos investigadores criminais e colocando pedras no caminho das autoridades policiais.
    – Leis modificadas para proteger pedófilos
    Porquê? Porque o regime, vá – se lá saber porque razão, esteve mais preocupado em proteger os pedófilos do que em descobrir a verdade e acusar os responsáveis pela violação a que os menores à guarda do Estado, na Casa Pia, foram sujeitos. O escândalo é tal que nem os publicamente suspeitos foram incriminados, nem aqueles que os incriminaram foram alvo de exemplar punição por difamação e atentado ao bom nome. Conclusão: tudo bons rapazes que na paz do sistema continuam impávidos e serenos, como se nada de grave tivesse sucedido.
    – Sistema político clientelar
    Porquê? Porque os eleitores mandam cada vez menos e nos partidos de sempre as lutas são entre novos barões, contra velhos barões que desejam o seu protagonismo, o seu lugar, o seu poder. Se outrora só uma pequena clientela aspirava a ocupar os cargos de governação, hoje só uma reduzida classe se sente no direito de alcançar o governo.
    – Negócios no Estado, em nome de todos mas apenas para benefício de alguns
    Porquê? Porque são inúmeros os casos de propriedades, de terrenos, inseridos em reservas ecológicas e agrícolas, que após a venda se transformam em terrenos urbanizáveis. Porque são várias as situações de compra de equipamentos cuja inutilidade é total, apesar do inequívoco benefício dos intermediários no negócio. E porque, pese embora as notícias de denúncia sobre muitas dessas compras, as investigações se arrastarem e serem, na maior parte das vezes arquivadas.
    Perante o que fica dito faço uma pergunta simples: foi para isto que fizeram o 25 de Abril?
    Manuel Monteiro
    Lisboa, 26 de Maio de 2008

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  42. Desconhecida's avatar
    3 Agosto, 2008 20:58

    Sr. Manuel Monteiro… exactamente! É isso mesmo – isto voltou ao “antigamente” ou ainda pior. Até para não ficarmos atrás do Ballet Rose… já temos a “nossa” Casa Pia e, esta sim, muito “pinkose”!…
    Bem podem limpar as mãos à parede…

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  43. Isabel Coutinho's avatar
    Isabel Coutinho permalink
    3 Agosto, 2008 21:05

    “é muito bom ter um blogue onde expresso a minha opinião sem que a polícia me investigue”

    Tem a certeza?

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  44. Desconhecida's avatar
    zé da burra permalink
    3 Agosto, 2008 21:42

    P1, estou distante do sr. M.M. na área política mas gostaria de saber se algum dia lhe foi apontado algum desvio de conduta, algum laivo de corrupção, algum comportamento ilícito.
    Uma coisa é concordar ou discordar das pessoas, outra é atirar com labéus robotizados para cima de qualquer um de que não se gosta, próprios da esquerdalha infame.

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  45. Desconhecida's avatar
    rxc permalink
    3 Agosto, 2008 23:19

    Já começaram a fechar blogues…Mas a malta dá-lhes a volta. A necessidade aguça o engenho.

    Já temos um Robin Hood, que se delicia a imaginar-se em collants, coisa moderna e própria de gente sofisticada, enquanto assalta a bolsa de quem trabalha, para comprar insígnias para pôr ao peito. E o aplaude, que assim ainda lhe volta algum ao bolso, daqui a pouco já nem para o pão lhe chega. E nessa altura virá o herói, cheio de si próprio, em gesto magnânimo, dar-lhe uma côdea e um afago na moleira. E o pobre agradece, tiraram-lhe a cana mas sempre lhe cai uma espinha de vez em quando.

    O garrote continua a apertar…até quando?

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  46. Desconhecida's avatar
    3 Agosto, 2008 23:33

    Sr. Zé da Burra, não o estou a perceber, deve-me “ter pegado” mal…
    Ou, então, sou eu que não o estou a entender… esquerdalha infame…?! O que é isso? Existe?! Pois eu penso que não se distinguem mais uns dos outros – direitalha, centralha, etc&talha… tudo da mesma forja, portanto, ferro da mesma têmpera.
    Já agora, e para seu regalo, ao contrário de si eu sinto-me próximo deste sr. M.M., que não conheço de lado nenhum, mas com quem, me parece, partilho do mesmo pesar…
    Poderia ter poupado o seu “labéu”… fora o sr. Zé mais atinado na leitura…
    Também para sua conveniência, lhe devo dizer que “burro velho” sou eu, ex-combatente do Ultramar Português e com mais de metade da minha existência vivida em África…
    Desculpe lá ó Zé, mas… é melhor levar a burra ao veterinário.

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  47. ordralfabeletix's avatar
    3 Agosto, 2008 23:54

    “Enfim, realmente agora é que é bom,”

    Confeso que raramente vejo a serie. MAs ha dias vi uns minutos. E fiquei surpreendido. Entao a esposa tinha de ter aassinatura do marido para ter um contrato de trabalho? Ja sabia que para sair do pais era necesario a aytorizacao do marido, mas para trabalhar…

    De facto, so um troglodit para achar que nessa altura e que era bom.

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  48. Carlos III's avatar
    Carlos III permalink
    4 Agosto, 2008 00:02

    Não há dúvida de que a simples menção da palavra “Salazar” ainda dá volta ao miolo de muita gente. Calma rapaziada!

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  49. ordralfabeletix's avatar
    4 Agosto, 2008 00:05

    ” nunca senti nenhuma repressão n…só sei que quando aparecia a polícia era uma festa e a malta fugia”

    De vez em quando a policia dava uns tiros e a festa era ainda maior. As eleicoes eram como as do Mugabe. Que festanca.O lider da oposicao ( um perigoso … homem dos americanos ) que ganhara as eleicoes era assassinada. Que festanca. Morriam soldados portugueses na guerra como tordos. Melhor que o Iraque. Que divertimento. As mulheres precisavam de autorizacao para sair do pais e assiar um contrato de trabalho, que podia ser dissolvido unilateralmente pelo marido. Que festa. Parecia a Arabia Saudita. Uma esmagadora maioria da populacao nao sabia ler nem tinha electricidade. Que festim.

    Era mesmo, mesmo muito divertido. Pelo menos para mim, que tinha 6 anos e era de boas familias. E afinal, na TV passava o Franjinhas e existia a revista Tintin.

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  50. ordralfabeletix's avatar
    4 Agosto, 2008 00:13

    “mas gostaria de saber se algum dia lhe foi apontado algum desvio de conduta, algum laivo de corrupção, algum comportamento ilícito”

    Laivo de corrupcao certamente que nao. O homem via o cargo como uma missao. Isso ninguem lhe diz que nao.

    Agora, madar matar Humerto Delgado e na sua douta opiniao “algum desvio de conduta… algum comportamento ilicito”?

    PS:Se o Fidel Castro nao for corrupto isso torna-o um grande timoneiro? E o Hitler, era corrupto?

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  51. MJRB's avatar
    4 Agosto, 2008 01:03

    Ordralfabeletix,

    Isso mesmo ! E como Vc. sabe, muito mais retrógradas leis imperaram durante 45-48 anos…

    Ainda hoje, parte significativa da sociedade portuguesa pensa e age com resquícios do salazarismo.

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  52. Desconhecida's avatar
    Tribunus permalink
    4 Agosto, 2008 14:56

    Noutro tempo, Salazar, encheu os cofres do Constancio de ouro, tinha-os encontrado vazios, para depois os abrilistas os esvaziar!
    Para alem dos supermercados, que não existiam, a economia atingiu alvos, que nunca mais cosegui, veja-se como se vive hoje com Socrates…..

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  53. Miucha's avatar
    Miucha permalink
    4 Agosto, 2008 16:15

    Caro CAA, não sei se ainda lerá este comentário uma vez que a sua posta já está passada, mas não resisti a achegar que nem é preciso ir “tão perto” – basta, como sabe ler Eça ou o grupo todo das Farpas e estamos lá todos, principalmente os senhores do autocarro (o Estado e o Governo). Até aconselho a ler o “Império à deriva” para rir primeiro e chorar depois – vai decerto reconhecer os mesmos tiques estatais e estatistas com que hoje nos defrontamos. Boa silly season para si mas continue a postar para animar as hostes deprimidas.

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  54. Desconhecida's avatar
    zé da burra permalink
    4 Agosto, 2008 16:19

    P1, desculpe peguei-o mal, já fui ao veterinário e estou bastante melhor. O mesmo não podem dizer muitos dos que vão ao centro de saúde, tratadas abaixo de cão.

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  55. MJRB's avatar
    4 Agosto, 2008 16:44

    Miucha,

    Se quiser juntar a Eça, Raúl Brandão, temos um coktail explosivo….

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  56. Desconhecida's avatar
    Português Velho permalink
    5 Agosto, 2008 08:16

    Gosto da série e já tinha dito o que escreve.
    Todavia, algo sim se alterou e para pior: perdeu-se a inocência das crianças, a educação de todos e o respeito pelas hierarquias naturais da família e da sociedade.

    PS – Muito interessante o episódio em que um militante do PCP, clandestino há mais de 20 anos, arrisca tudo para ver ao vivo o seu (e meu) adorado BENFICA! É isto que torna o clube diferente de todos no mundo! É de todos e para todos os portugueses; quer sejam de esquerda ou de direita; quer sejam ricos ou pobres; quer sejam do norte ou do sul; quer sejam negros ou brancos. É, quer se queira quer não, o mais popular de PORTUGAL! É o GLORIOSO!

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  57. visitealte's avatar
    visitealte permalink
    5 Agosto, 2008 15:34

    Tanto me falam que aqui vim parar, sem arrependimento e com algum sorriso nos lábios respondo ao anónimo do dia 2 de Agosto;
    Diz que: Eu vivia melhor e com 25 contos mensais dava volta ao mundo.
    “Eu vivia melhor e com 25 contos mensais dava volta ao mundo”.

    A vida nesse MUNDO, está assim tão barata?

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  58. ordralfabeletix's avatar
    6 Agosto, 2008 02:39

    “Eu vivia melhor e com 25 contos mensais dava volta ao mundo.” Esses 25 contos significavam oito meses de ordenado de um professor.Hoje, com o ordenado de 8 meses de um Professor tambem da a volta ao Mundo.

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  59. Maria Martins's avatar
    Maria Martins permalink
    28 Agosto, 2008 00:14

    Curioso como um um morto, há perto de 4 décadas, ainda dá tanto que fazer aos vivos!
    Dá que pensar!
    Quem nos dera que os “vivos” de agora nos tirassem do “atoleiro” em que estamos. Ou alguém está contente com o actual “estado da nação”? O medo, a repressão, a pobreza, a miséria (fome) e outras misérias, aí estão. Ah, não estão? Com tantos assaltos, assassinatos, burlas e corrupção, todo o cidadão tem motivos de sobra para se perguntar atemorizado: quando é a minha vez?
    E o dinheiro ao fim do mês? Ao fim do mês? E os muitos a quem o dinheiro não chega ao fim do mês? O que comem? Como se sentem?
    Ah! Mas as revistas em cada quiosque consolam-nos, com as casas de luxo de uns tantos, os iates, as festas sumptuosas, os fatos exclusivos: vemos e distraímo-nos.Sonhamos e enganamos as nossas frustrações… até à próxima semana quando aparece a próxima revista, com outras casas de luxo, outras férias de sonho, outras festas chiques … Tudo nosso: em sonho!
    Maria Martins

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  60. Edgar's avatar
    12 Janeiro, 2009 22:23

    Maria Martins, saúdo quem pensa assim!

    Não se combate o Salazarismo com Maníequismos infantis, estilo “antes era tudo mau, agora é tudo bom”.

    Combate-se o Salazarismo, combatendo o Nepotismo de todos nós, nepotismo que apodreceu o Salazarismo, antes apodreceu a 1ª Reública, que de resto, não era flor que se cheirasse…

    E agora, também apodreceu a Democracia, que, apesar de tudo, até estava a ir bem, até ao triste episódio do Durão Barroso a dar o salto para um tacho maior, abandonando-nos à bicharada.

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  61. Carlos Pereira's avatar
    6 Abril, 2009 01:27

    Caros amigos:

    Visto que sou responsável pelo projecto de uma enciclopédia das Terras de Portugal e sendo fã da série, informo que poderão conhecer melhor o local de filmagens do episódio especial deste domingo, dia 5 de Abril. Se alguém conhecer bem Castro Laboreiro, por favor, ajudem-me a aumentar a informação enciclopédica sobre aquela belíssima localidade!

    Aqui estão os links:
    terrasdeportugal.wikidot.com/castro-laboreiro
    terrasdeportugal.wikidot.com/conta-me-como-foi

    Visitem-nos, consultem e participem!

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