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Martírio de Jesús *

16 Agosto, 2008
by

Jesús Neira, professor de 55 anos, esperava pela família num hotel perto de Madrid quando viu um homem a espancar uma mulher. Em vez de olhar para o lado, recriminou o agressor. Este reagiu mas pareceu acalmar-se. Poucos instantes depois, o energúmeno aproximou-se por detrás e desferiu-lhe um soco. Jesús caiu e foi pontapeado violentamente. Mesmo assistido várias vezes no hospital, caiu em coma e teme-se o pior.
Esta também é uma crónica sobre duas mulheres: a de Jesús e a do criminoso. A primeira mostra uma dignidade na dor que espanta. A segunda nega que tenham existido maus tratos: fiel ao guião do estereótipo, garante que se Jesús não tivesse interferido nada teria acontecido.
São elas que os escolhem assim ou vice-versa?

* Correio da Manhã, 15.VIII.2008

67 comentários leave one →
  1. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    16 Agosto, 2008 01:04

    Esta é das tais que sabe porque leva embora o energumeno não faça ideia nenhuma. E um homem bom está a morrer.

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  2. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    16 Agosto, 2008 06:13

    “quanto mais me bates mais gosto de ti”
    foi sempre o lema da maior parte das mulheres que conheci
    e não gostava de mim por não usar as mãos e pés para manifestações de carinho
    lamento a situação o agredido

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  3. filomeno's avatar
    16 Agosto, 2008 07:20

    Sandra, la Ingratitud Personificada

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  4. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    16 Agosto, 2008 09:16

    Este assunto deve ser apresentdo ao Conselho de Segurança da ONU.

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  5. Piscoiso's avatar
    16 Agosto, 2008 09:17

    Lá está. Nos filmes, o homem que vai em socorro da mulher ganha sempre. Isto não devia ter acontecido.

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  6. Ressaca's avatar
    16 Agosto, 2008 10:06

    Pedindo antecipadas desculpas pela “invasão” e alguma usurpação de espaço, gostaríamos de deixar o convite para uma visita a este Espaço que irá agitar as águas da Passividade Portuguesa…

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  7. Orabolas's avatar
    Orabolas permalink
    16 Agosto, 2008 10:35

    “Entre marido e mulher, não metas a colher”… Não era assim que diziam os mais velhos? E, á excepção da tecnologia, em que ponto das ditas “ciências sociais” progrediu a raça humana? Aliás, pelo que me consta entre a juventude, até está a regredir á farta: p.ex. 1/3 da putalhada considera normal dar e levar nas trombas dos namorados….orabolas…

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  8. Ibn Erriq's avatar
    Ibn Erriq permalink
    16 Agosto, 2008 11:07

    É muito fácil criticar os outros, alguém já se questionou porque a mulher do agressor nega o facto? Será que é assim tão fácil de compreender?

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  9. Desconhecida's avatar
    16 Agosto, 2008 14:16

    Se aparece aí o José ou o João Miranda, ainda são capazes de dizer que o energúmeno não tinha nada que ser incomodado por ninguém, nem pela polícia, nem mesmo por Jesus.

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  10. Da-se!!!'s avatar
    16 Agosto, 2008 14:19

    Jesus, embora tenha assento no céu, não tem acento, pá.
    É só asneira atrás de asneira, da-se!!!

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  11. CAA's avatar
    16 Agosto, 2008 14:32

    »Jesus, embora tenha assento no céu, não tem acento, pá.
    É só asneira atrás de asneira, da-se!!!»

    Siga os links antes de resvalar na asneira – Jesús, com acento, é o nome da pessoa.

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  12. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 14:41

    ó Q- nem toda a gente é estúpida e funciona por reflexo condicionado.

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  13. Sofia Ventura's avatar
    16 Agosto, 2008 14:41

    Claro que o Jesús é que está em coma, no hospital.
    Diz muito da justiça divina.

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  14. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 14:42

    Esse tipo de previsões de grunhice por etiqueta serve apenas para quem o faz se ver ao espelho.

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  15. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 14:44

    Está a ver- já tivemos uma entrada do género- Jesú=Jesus- a culpa é da ICAR.

    Será reflexo pavloviano da minha parte poder mandar a boca que de um jacobino não se pode esperar outra coisa?

    Creio que não. Porque estes jacobinos já os conheço. Têm departamentos muito humanísticos mas é só para causas restritas- das “fracturadas”

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  16. Desconhecida's avatar
    16 Agosto, 2008 14:45

    boa pergunta. Para a qual mesmo sendo mulher não tenho resposta. tenho algumas, mas não chegam. e como diz um outro comentário: o mal é que a juventude actual continua nos mesmos caminhos. não todos, claro.

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  17. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 14:46

    Diz ainda mais da justiça jacobina embandeirarem em arco se for morte de ladrão. Para eles uma vida não vale nada. Vale a cotação do mercado ou a etiqueta que lhe queiram colocar, ao acaso.

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  18. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 14:48

    Já referi a história várias vezes. A Agustina Bessa Luís, uma vez disse isto em directo televisivo- claro que levam porque lá acham que merecem.

    Isto foi há uns bons anos. Hoje em dia não teria passado esta boca em directo televisivo- Passa mais facilmente um directo de abate com aplauso das mesmas pessoas que se indignam por palavras e eram capazes de arrancar os cabelos insultando a Agustina pelo dito.

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  19. Desconhecida's avatar
    Lopes da Silva permalink
    16 Agosto, 2008 14:57

    “Já referi a história várias vezes. A Agustina Bessa Luís, uma vez disse isto em directo televisivo- claro que levam porque lá acham que merecem.”

    É bem verdade e constatável pelo que tenho conhecido.

    Há aqui uma questão: então e aquelas que se fartam e se vão embora? Há direito ao divórcio ou são pequenas vicissitudes que não podem comprometer a indissolubilidade do matrimónio?

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  20. Sofia Ventura's avatar
    16 Agosto, 2008 15:11

    «A Agustina Bessa Luís, uma vez disse isto em directo televisivo- claro que levam porque lá acham que merecem.»

    O que só prova aquilo que um amigo me dizia: até a pessoa mais inteligente tem direito ao seu momento de estupidez. Diga lá a Zazie se a “tolerância jacobina” não é uma coisa linda.

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  21. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 15:18

    A intolerância jacobina é estúpida. Diga lá que o não é. A Sofia Ventura andou por aqui a chorar baba e ranho por achar que o João Miranda era uma pessoa insensível ao questionar uma matança em directo.

    Como a Sofia Ventura é uma mera jacobina feminista, só acha estúpido o dito da Agustina.
    Sem sequer perguntar em que é que se enquadrou esse dito, o que se passou no programa e o que ela queria dizer com isso.

    É assim- os jacobinos são muito estúpidos.

    Ora diga lá se não sou capaz também de a mandar enfiar a viola no saco

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  22. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 15:20

    A tolerância jacobina e fracturada de causas de treta, é tão inteligente que até chama insensível a quem demonstra o contrário e não chama estúpido a quem acredita que um assalto a um banco não era um assalto a um banco mas um sequestro.

    Era chato se o fizesse, porque tinha de se insultar a si própria.

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  23. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 15:27

    O programa em que a Agustina disse isto, tinha até convidada em directo. E o que ela disse respondia à noção de “culpa e castigo merecido” que entra na “lógica” dessas relações degradadas.

    Claro que não entra em fase de namoro e não entra para assim “pedirem a mão”. Por cá não existem mulheres vendidas em casamento sem o seu consentimento.

    A degradação é uma espiral que parte sempre de uma primeira vez e de uma “lógica” de culpa que nunca pode ter continuidade se não for a mesma por parte de quem permite. A primeira, a segunda, a terceira, por aí fora.

    Para além disso é claro que também existem fetichismos kinkys e por isso mesmo nunca este tipo de “relação amorosa” pode ser tomado como mais importante que a defesa de crianças que são espancadas de igual modo, por pais ou por mães (pensa-se até que a crueldade feminina das mães que matam filhos é maior).

    O género vende para lobbie de caça ao poder ou de proselitismo a que se adere,como se poderia aderir ao clube das “minhotas de bigode” mas não vende para mais nada.

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  24. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 15:30

    Um dos factores que melhor comprava esta lógica de culpa é o facto de a violência ser idêntica independentemente da classe social. Há muita senhora bem, brutalmente espancada por muito senhor bem, sem que nenhum precise do dinheiro do outro para saltar fora desse aviltamento.

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  25. filomeno's avatar
    16 Agosto, 2008 15:35

    Profesor Dr. Don Jesús Neira Rodríguez, Gallego de Ferrol

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  26. Piscoiso's avatar
    16 Agosto, 2008 15:37

    Ou seja, é uma prática que não é própria de jacobinos, esquerdalhos, mongos e estúpidos, para utilizar o vocabulário zazienesco.

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  27. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 15:46

    Exactamente. Cada um lá tem direito aos seus ódios de estimação.

    Há quem tenha pó a pretos e há quem tenha pó a crentes, eu tenho a jacobinos.

    Sorte a minha que não vem no catálogo da linha da denúncia. Já tinha ido de cana por xeno-fracturância e jacobino-fobia.

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  28. Castello-Preto's avatar
    16 Agosto, 2008 17:33

    Ó Zazie, isso é falta de homem…
    Olha, eu, por acaso, agora tenho um 23x7cm, que delícia!
    Se quiseres, digo-te onde há.

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  29. Ibn Erriq's avatar
    Ibn Erriq permalink
    16 Agosto, 2008 18:18

    Zazie,
    “porque no te callas??”

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  30. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 18:58

    Pois, no v. caso nota-se que é excesso deles. Os gajos são uns brutos e rebentam-vos os pára-choques.

    Dêem as mãozinhas e deitem-se de bruços que isso passa.

    As melhoras

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  31. Desconhecida's avatar
    Aldina permalink
    16 Agosto, 2008 19:45

    Segundo o esquema mental do Miranda aqui do Blog, o Jesus é que é o criminoso porque não tinha nada que se meter numa simples discussão familiar. A maior parte das mulheres gosta de apanhar no focinho. Ela pediu-lhe ajuda?

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  32. banditagem à solta's avatar
    banditagem à solta permalink
    16 Agosto, 2008 19:59

    banditagem à solta

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  33. Sofia Ventura's avatar
    16 Agosto, 2008 20:31

    «Como a Sofia Ventura é uma mera jacobina feminista, só acha estúpido o dito da Agustina.
    Sem sequer perguntar em que é que se enquadrou esse dito, o que se passou no programa e o que ela queria dizer com isso.

    É assim- os jacobinos são muito estúpidos.»

    Cara Zazie,

    Deduzo do que agora escreve que fiz mal em dar-lhe o benefício da dúvida. Quando citou, sem enquandramento, uma frase da Augustina, presumi a sua boa fé e, portanto, que a clareza da mesma dispensava mais comentário. Vejo agora que se insurge por não ter levado em consideração a sua má fé e/ou falta de rigor.

    “e não chama estúpido a quem acredita que um assalto a um banco não era um assalto a um banco mas um sequestro.

    Era chato se o fizesse, porque tinha de se insultar a si própria.”

    Pois… não tenho onde estou nenhum código penal para lhe dizer qual é o artigo que tipifica o crime de sequetro, mas prometo-lhe que manter alguém refém (ie, circunscrito a determinado espaço, contra a sua vontade) constitui, de facto, crime de sequestro.
    Se calhar estamos a falar de incidentes diferentes.

    Como é que dizia? “Ora diga lá se não sou capaz também de a mandar enfiar a viola no saco”?

    PS1: Obrigada por ter, tão rapida e assertivamente, resolvido os meus problemas identitários. Agora já sei: sou feminista;
    PS2: Obrigada não me ter presentiado com um raide de nomes feios.

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  34. Sofia Ventura's avatar
    16 Agosto, 2008 20:34

    “presenteado” – antes que venha a brigada da ortografia.

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  35. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 20:44

    Sofia,

    Se quer dizer alguma coisa acertada em relação a tretas de lei, vá à GL e aprenda.

    Se quer bater palmas pelo estado caótico de criminalidade impune em que vivemos e gosta de ser engrominada com com palhaçadas destas, é ao seu gosto.

    A palhaçada do assalto ao banco nada teve a ver com um sequestro. Um sequestro acontece quando se toma algo de assalto e se fazem exigências em troca.

    Não existem directos televisivos que mostrem qualquer verdade em si mesma- existem sempre “directos para serem vistos”. Há sempre uma intenção e uma leitura.

    Neste caso decidiu-se criar a fantasia do sequestro a partir do sequestro que foi provocado pela polícia ter cercado, a meros 50 metros, o banco.

    Apenas isto- o resto aconteceu no seguimento do aproveitamento político do caso.

    Quanto às mulheres e ao feminismo, passo. O que por aí mais há feministas e pedirem sangue por umas coisas e a fazerem fitas por outras.

    E até a dizerem que nem se metem quando os pais espancam os filhos, como li por aí, a propósito do caso Fritzl. O que mais há é feminista e activista de esquerda, cheia de pruridos em meter-se na vida dos outros e até a ter a lata de dizer que já viu bater forte e feio em crianças, à sua frente, e nada fez nem nunca faria. Porque respeita muito a vida privada de cada um.

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  36. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 20:56

    Quanto aos códigos penais e a outras tretas para embrulhar o caso, como lhe disse, se quer saber tem até a explicação correcta na Grande Loja do Queijo Limiano.

    Por mim, dispenso casuística que apenas é usada num caso, criado, para ser tomado como norma, quando o que se faz de há anos a esta a parte é criar as condições ideias para que a criminalidade aumente.

    Este caso pode ser contado, sem palavras embrulhadas de forma simples.

    Deu-se um assalto, como os assaltos diários que se dão em Portugal, e que já fazem parte do estado de normalidade a que ninguém dá mais atenção, caso não esteja envolvido.

    Um roubo que a única diferença que teve foi a polícia chegar mais cedo que o costume, já que estava ali a 2 passos.

    O que os assaltantes fizeram também nada teve de gravidade maior que a diária. Antes pelo contrário, nem houve feridos ou agressões, como é também habitual e se pode ler diariamente nos jornais.

    A diferença consistiu apenas na actuação da polícia. Como eles estavam lá dentro, decidiram fazer um cerco demasiado apertado ao banco.
    Uma hora depois do assalto ainda nem sabiam quantos eram. Nunca a polícia lá entrou.

    A seguir foi o que se sabe, acharam que era mais inteligente transformar a coisa em “ataque terrorista” e dar show em directo televisivo, usando atiradores que até falharam um dos tiros. Podia ter acontecido uma tragédia, caso o disparo do outro ladrão tivesse acertado no sequestrado.

    A história foi vendida a partir do fim e não do princípio.

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  37. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 21:03

    Fora isso, a minha boca ia apenas num sentido- quem tem agenda de esquerda e passa o tempo em permanente indignação por causa de “humanismos” de toda a espécie- de falsos humanismos de causas de treta que não passam de folclore irresponsável, então mais valia que fosse consequente e não viesse agora dar mais importãncia a “vítimas de maus tratos que não se queixam” do que à lei que temos que alimenta a criminalidade que v.s negam.

    Porque a inconsequência hipócrita está apenas nisto- pela lei frouxa votam, defendem, dão cobertura de apoios de toda a espécie.

    Porque acham sempre que a “paranóia securitária” é da famigerada “direita facista”, mas, quando têm a esquerda apaniguada no poder, engolem todos os sapos e até são capazes de defender actos militaristas que costumam servir para caracterizar os opositores.

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  38. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 21:07

    A própria Sofia andou por aqui com grandes indignações à custa do politicamente correcto aquando da Quinta da Fonte.

    Grave, para si, não eram os actos criminosos dos marginais envolvidos- grave era o racismo de quem dizia que eles eram negros e ciganos.

    No v. critério de sacos de enxer, contam sempre mais as palavras que os actos.

    Salvo quando os actos são praticados, ou autorizados, pelos bons dos “humanistas” de esquerda- os frouxos- os verdadeiros responsáveis, aqui, como em toda a parte, pela barbárie a que abrem portas.

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  39. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 21:07

    saltou, errata: encher.

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  40. Sofia Ventura's avatar
    16 Agosto, 2008 21:10

    Quanto aos códigos penais e a outras tretas para embrulhar o caso, como lhe disse, se quer saber tem até a explicação correcta na Grande Loja do Queijo Limiano.

    Zazie,

    Não leve a mal, mas depois de 5 anos a sofrer a Faculdade de Direito, 2 de estágio e quase 2 de exercício da advocacia, sinto-me à vontade para – mesmo sem exercer em penal e sem ler o que está escrito na GL – lhe dizer que o que a Zazie diz que lá está escrito não corresponde à verdade.
    O que aconteceu na dependência do BES foi:
    1. 1 crime de roubo, na forma tentada; e
    2. 1 crime (consumado) de sequesto.

    (Agora vou tentar perceber o que é que está escrito na Grande Loja do Queijo Limiano).

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  41. Sofia Ventura's avatar
    16 Agosto, 2008 21:17

    Zazie,

    Neste post http://grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/2008/08/o-havai-no-aqui.html, o que retiro é que o blogger faz, exactamente, a mesma avaliação jurídica do caso que eu. Se quiser, pode ler a partir de: «Escrevi que o sequestro do salteador sobrevivente, seria julgado e os crimes, já estavam à vista: roubo “praticamente provado”.»

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  42. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 21:25

    Esse havai é um idiota e o José já desmontou tudo isso.

    De toda a forma pode-se falar deste caso sem andar com refúgios na lei que nem funciona.

    Eu já a contei. A Sofia também.

    A diferença está apenas em que a Sofia se agarra a esta morte como um exemplo de justiça e sintoma de que estamos bem defendidos e eu digo-lhe de caras que este caso aconteceu, com um único intuito-

    atirar areia para os olhos do povo, fazer propaganda, safar-se o ministro que fez a lei, da irresponsabilidade e do clima de violência diária em que vivemos.

    E safou-se apenas com grande sorte, já que os bandidos nem eram grandes bandidos e não fizeram mal a ninguém

    Tivessem tido bandido a sério pela frente e aquele segundo tiro tinha morto o refém.

    E depois, sim, queria ver se v.s diziam que tinha sido óptimo porque foi tigro limpo farinha amparo.

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  43. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 21:30

    Nota-se que v. tem o tal treino da casuística. E a casuística serve para isso, para tudo e o seu contrário.

    Eu tenho outros treinos- um deles de pensar e não enrolar com palavras.

    A própria palavra “refém” que v.s usam não corresponde ao ocorrido quando se manieta alguém apenas para que fique quieto. Como foi o caso- para eles poderem levar o dinheiro, para mais nada.

    Não havia qualquer sequestro quando a polícia chegou. A polícia, sim, pela actuação burra, provocou um sequestro. E o resto, os tais GOE que falharam em Setúbal e que têm por finalidade atirar a matar sobre gente verdadeiramente perigosa, em situações de verdadeiro sequestro e não de um mero roubo, também falharam em metado.

    O resto, foi pura sorte.

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  44. Sofia Ventura's avatar
    16 Agosto, 2008 21:30

    «A própria Sofia andou por aqui com grandes indignações à custa do politicamente correcto aquando da Quinta da Fonte.»

    Sim, claramente.
    Dois pontos:

    1.º Não sei se cai no domínio do politicamente correcto dizer-se que o que se passou foi um conflito entre grupos com interesses comuns (leia-se tráfico de drogas). A constatação de que, naquele caso, a étnia dos implicados não teve nada a ver com os desacatos é só uma questão de se tirar 2 segundos para pensar;
    2.º Cada vez mais me parece que o que está “in” é, precisamente, ser-se politicamente incorrecto. Neste momento, o pseudo-argumento do “politicamente correcto” cada vez que é usado, sai pela culatra e vira-se o feitiço contra o feiticeiro.

    Mais este:
    Para a Zazie, escrever isto: “Grave, para si, não eram os actos criminosos dos marginais envolvidos- grave era o racismo de quem dizia que eles eram negros e ciganos.”, acerca do que eu aqui disse, só pode querer dizer que leu os meus comentários com a pressa com que leu o post da GL.
    Para que conste: a)acho que o que se passou é gravíssimo e que todos os implicados devem ser responsabilizados – acho mesmo que isto é o mais importante; b)acho que é mau jornalismo forçar a informação acerca da étnia dos sujeitos, deixando a ideia que o que estava em causa era o racismo entre os moradores do bairro.

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  45. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 21:35

    errata: metade.

    E v. insiste nessa treta do sequestro e enrola burros com ela, mas não me enrola a mim.

    De facto, houve um sequestro- mas não consistiu na intenção de quem apenas foi fazer um roubo.

    Houve um sequestro pura e simplesmente para se safarem, depois de a polícia os ter encurralado dentro de um banco com uma data de pessoas lá dentro.

    E só houve 2 pessoas em risco de vida porque eles é que libertaram os restantes, enquanto a polícia se mantinha a 50 metros em frente.

    Teria bastado terem feito cerco mais alargado, para terem apanhado cá fora.

    Nada nesta porcaria teve inteligência, a não ser show televisivo que deu para engrominar em propaganda o que na realidade não se quer resolver por via do poder.

    Quem faz as leis são eles- o principal responsável por este alívio legal que faz com que ninguém acabe por ir preso é o ministo do interior. O mesmo que depois dá ordens para abate.

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  46. Sofia Ventura's avatar
    16 Agosto, 2008 21:38

    «A diferença está apenas em que a Sofia se agarra a esta morte como um exemplo de justiça»

    Está enganada Zazie.
    Tudo o que eu acho é que é plausível (nó não conhecemos informação essencial para sabermos, com propriedade, se a intervenção do GOE se justificava ou não – uns têm optado por PRESUMIR que não; eu, com semelhante legitimidade, opto por PRESUMIR que sim) que, para afastar um perigo real para a vida dos reféns, fosse necessária uma intervenção daquele tipo.
    Não se tratou se “fazer justiça”, essa nunca se faz pelas armas. Tratou-se, simplesmente, de afastar um perigo real e nada despiciendo.

    Quanto a isto:”Nota-se que v. tem o tal treino da casuística. E a casuística serve para isso, para tudo e o seu contrário.
    Eu tenho outros treinos- um deles de pensar e não enrolar com palavras”, eu podia ser mázinha e lembrá-la de, alternativamente, duas coisas:
    a) que há quem consiga fazer mais que uma coisa ao mesmo tempo;
    b) que tem de considerar não ser eu a “enrolar as palavras”, mas a Zazie a lê-las demasiado depressa.
    E que escreva isto: “A própria palavra “refém” que v.s usam não corresponde ao ocorrido quando se manieta alguém apenas para que fique quieto. Como foi o caso- para eles poderem levar o dinheiro, para mais nada.” depois de me acusar, a mim, de “enrolar as palavras”, é um bocadinho à frente…

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  47. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 21:44

    Da Quinta da Fonte o que disse deve-se apenas a ter lido o que aqui escreveu.

    Mais gente lhe fez o reparo quando a Sofia se saiu com aquela de dizer que não havia racismo porque não houve incitamento a ele como no caso dos skins.

    Foi isto- para a Sofia racista é propaganda- é coisa que sabe identificar com a tal dialéctica erística onde arruma as pessoas.

    E é algo para si, mais grave que um acto com esse ou outro teor- matar, para si, é menos grave que ser-se skin ou defender ideias ditas de extrema-direita.

    De qualquer forma não é nada de pessoal, nem tenho a menor animosidade em relação a si.

    Seria preciso ser muito estúpida para não entender que a Sofia fala e pensa assim, como pensam e falam e militam, milhares de pessoas que seguem a mesma cartilha.

    Apenas “disparo” sobre esses, quando têm responsabilidades de poder e lá estão, a fazer o que bem entendem, à custa de quem os elege.

    E ninguém, nenhum ser humano sensato, que não partilhe do bolo do poder, é capaz de defender o que defendem os betos de costas de quentes, irresponsáveis que criam os monstros que depois não sabem resolver.

    As pessoas sensatas não querem nem racismos nem que se meta o lixo debaixo do tapete e se chamem depois os atiradores furtivos para a maquilhagem.

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  48. Sofia Ventura's avatar
    16 Agosto, 2008 21:44

    «De facto, houve um sequestro- mas não consistiu na intenção de quem apenas foi fazer um roubo.
    »

    E as tiras de plástico que levaram para o banco (e com que prenderam as mãos aos reféns) eram para palitar os dentes, enquanto esperavam que trouxessem o dinheiro do cofre, certo?
    Já agora, a Zazie já se apercebeu da ironia que ser eu, normalmente, acusada de eduquesa?

    E, por último, quanto a isto:”E só houve 2 pessoas em risco de vida porque eles é que libertaram os restantes, enquanto a polícia se mantinha a 50 metros em frente.”, parece que eles não libertaram ninguém. Parece que, enquanto um os assaltantes estava no cofre com a gerente, entrou um polícia na agência e o segundo usou o funcionário do banco como escudo e foi para o cofre também – nessa altura, aproveitando que nenhum dos sequestradores estava na zona comercial da dependencia, os 4 reféns fugiram.

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  49. Sofia Ventura's avatar
    16 Agosto, 2008 21:46

    zazie Diz:
    16 Agosto, 2008 às 9:44 pm

    Não tenho dúvida que foi isso que a Zazie leu; mas não foi, com certeza, isso que eu escrevi.

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  50. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 21:47

    devia ter dito, para empalharem. Já que um morto como exemplo da eficácia da nossa lei e utilidade dissuasora, só mesmo se o empalharem e andarem para aí a com ele à porta de bancos, de casas de cada um, de automóveis, de portas de escola, de transportes colectivos, de campanhas eleitorais que se avizinham.

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  51. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 21:48

    Ok, se me diz que não o escreveu, retiro já o que disse.

    E agora vou tratar do meu tatu do tempo das Descobertas.

    Inté.

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  52. Sofia Ventura's avatar
    16 Agosto, 2008 21:49

    Quem me conhecesse mal, até podia acreditar no que aqui escrevia ser aquilo que, eu própria, aqui escrevi, mas depois sai-se com esta:

    «E é algo para si, mais grave que um acto com esse ou outro teor- matar, para si, é menos grave que ser-se skin ou defender ideias ditas de extrema-direita.»

    E, pronto. Assim já ninguém acredita. Bendito o seu excesso, senão tinha mesmo de me explicar!

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  53. Sofia Ventura's avatar
    16 Agosto, 2008 21:50

    Inté, Zazie.

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  54. Pensando bem's avatar
    16 Agosto, 2008 21:55

    Ó Sofia, francamente, como é que V. ainda liga a uma alucinada que, sem qualquer formação jurídica, se permite dar lições de Direito a toda a gente?

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  55. Pensando bem's avatar
    16 Agosto, 2008 22:09

    “Pensando bem:
    Ó Sofia, francamente, como é que V. ainda liga a uma alucinada que, sem qualquer formação jurídica, se permite dar lições de Direito a toda a gente?”

    É assim uma espécie de José, mas de saias.

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  56. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 22:18

    Pois, o povo a quem v.s vendem a propaganda é todo doutorado em direito.

    Aliás, só pode debitar palavra sobre o que lhe vendem para bater palmas e dizer que sim, que é preciso ser-se doutor para lá fazer a merda que faz.

    E isso é verdade. Se não fossem doutores da mula ruça não faziam a merda que andam a fazer ao nosso país há décadas. E sempre de papel passado, salvo quando acham que ser-se “inginheiro” com canudo aldrabado, também serve.

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  57. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 22:21

    Sofia, não se estique, não se estique, senão ainda vou às caixinhas e escarrapacho aqui o que andou a dizer aquando da Quinta da Fonte.

    E foi precisamente isso- até deu o exemplo do Skin do PNR- que aí sim, havia racismo porque havia propaganda a incitar ao ódio de acordo com a raça, enquanto que na Quinta da Fonte tinha havido apenas desacatos.

    Não se estique e não aproveite a minha folga.

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  58. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 22:22

    O treino das cadeiras de Direito deve dar muito jeito para a demagogia. Deve ser por isso que temos tantos demagogos políticos a escaparem-se da trampa com a retórica.

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  59. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 22:25

    Muito gostam de engrominar escudados em códigos. Bem que o Quevedo destinou o último patamar do Inferno aos advogados.

    “Animais de letras” como lhes chamou o Goya- sempre de garras prontas e agarrados aos livros, por onde sabem que se podem escapar lestos.

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  60. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 22:26

    Por isso é que depois temos códigos processuais que dão sempre para tudo e o seu contrário. Foram feitos para isso- pelos “animais manhosos de letras”.

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  61. Pensando bem's avatar
    16 Agosto, 2008 22:28

    Esta gaja é uma espécie de sarna.
    Já agora, o que é “engrominar”, srª Juíza Conselheira?

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  62. zazie's avatar
    16 Agosto, 2008 22:38

    “Pensando bem”, vai lá catar-te para outro lado que por aqui já se topou a mudança de nick para a agit prop e não há pachorra.

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  63. Lololinhazinha's avatar
    Lololinhazinha permalink
    16 Agosto, 2008 22:44

    CAA,

    Ou vice versa.

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  64. Pensando bem's avatar
    16 Agosto, 2008 23:36

    Pelos vistos, és fiscal dos “nicks”…
    Cata-te tu, que a sarna não te deixa sossegar.

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  65. CAA's avatar
    17 Agosto, 2008 16:13

    «Lololinhazinha Diz:
    16 Agosto, 2008 às 10:44 pm»

    Claro que se escolhem uns aos outros. E a preceito, pelos vistos…

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  66. filomeno's avatar
    2 Setembro, 2008 13:11

    Y las declaraciones de Violeta Santander a “Interviú”……..

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  67. espanhol's avatar
    espanhol permalink
    1 Outubro, 2008 11:20

    Violeta Santander, entrevistada en “La Noria”, Tele Cinco

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