Saltar para o conteúdo

15 alunos por turma II

4 Setembro, 2008

Como melhorar o ensino?

Solução: reduzir o número de alunos por turma para 15.

Objecção óbvia: O quadro de professores teria que ser alargado, e dado que os melhores prfessores são os que estão neste momento a dar aulas, isso implicaria adicionar piores professores ao sistema. Os alunos passariam a ter uma probabilidade maior de ter um mau professor.

Contra-argumento: Esse efeito só ocorreria se os professores fora do sistema fossem de facto piores que os que estão no sistema. Na realidade, o método de selecção de professores é tão mau que um mau professor tem tanta probabilidade de estar fora do sistema do que dentro do sistema.

Vamos então reformular o problema inicial: Como melhorar o ensino?

Resposta: tornando o método de selecção de professores mais rigoroso, de forma a que os maus professores fiquem fora do sistema e os bons dentro. Essa solução tem um impacto maior que reduzir o número de alunos por turma, para alem de ser mais racional e mais barato.

185 comentários leave one →
  1. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 11:11

    «« Essa solução tem um impacto maior que reduzir o número de alunos por turma »»

    Porquê?

    Gostar

  2. 4 Setembro, 2008 11:14

    Deve vir água no bico…

    A favor: é fácil de implementar (escrutínio da aptidão vocacional, bem como das capacidades de raciocínio lógico, relacionamento interpessoal e dotação académica)

    Contra: os “tiranetes dos gabinetes” teriam que ser postos na rua primeiro; dada a fraca qualidade da amostra populacional, continuaria a haver falta de bons professores; e haveria um risco acrescido de “aprofessorismo” nas escolas geograficamente mais remotas.

    Que ideias tem o JM para que o post, aparentemente interessante, fuja ao non-sequitur do costume?

    Gostar

  3. Yoda permalink
    4 Setembro, 2008 11:16

    Sabe qual foi a resposta do governo austríaco aos resultados do PISA 2006?

    Gostar

  4. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 11:17

    «««« Essa solução tem um impacto maior que reduzir o número de alunos por turma »»

    Porquê?»»

    Porque é preferível ter 30 alunos a ser ensinados por 1 professor garantidamente bom do que 15+15 alunos por 2 professores com tanta probabilidade de serem bons como maus. Aliás, a redução do número de alunos tem o grande defeito de permitir que os alunos fiquem mais atentos às más aulas. Se a aula é má, é preferível que as turmas sejam grande para que ninguém lhe preste grande atenção. Pior que um aluno que não aprende nada, é um aluno que aprende coisas erradas numa má aula.

    Gostar

  5. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 11:21

    «« tornando o método de selecção de professores mais rigoroso, de forma a que os maus professores fiquem fora do sistema e os bons dentro. »»

    Presumo que isso seria conseguido com a liberalização do sistema. Se for por aí estou de acordo, se não seria bom saber exactamente como será esse método de selecção mais rigoroso.

    Gostar

  6. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 11:21

    Até podiam ter 15 alunos por turma sem contratar mais professores. Há quantidade de professores que nem dao aulas ou dao um minimo.

    Gostar

  7. 4 Setembro, 2008 11:24

    “Aliás, a redução do número de alunos tem o grande defeito de permitir que os alunos fiquem mais atentos às más aulas.”

    E de permitir que bons alunos se apercebam que a aula é má procurando desde logo reagir em conformidade.

    “Se a aula é má, é preferível que as turmas sejam grande para que ninguém lhe preste grande atenção. Pior que um aluno que não aprende nada, é um aluno que aprende coisas erradas numa má aula.”

    E pior ainda é aumentar o risco de contaminação dos bons e médios alunos, por parte de maus alunos (se o JM quer ser estatístico, não se esqueça que o problema das turmas grandes tende a ser mais grave nos meios suburbanos do tipo Amadora, Miratejo e afins, onde 75% dos alunos, por força da cultura que trazem de casa, só vão às aulas desgraçar os outros).

    Gostar

  8. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 11:24

    Depois com 15 alunos por turma ainda nem cabiam as turmas para o número de salas disponiveis e lá vinham as queixas da falta de condiçoes… e mais manifs.

    Gostar

  9. 4 Setembro, 2008 11:24

    Em suma, para JM o problema do ensino são os professores.

    Gostar

  10. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 11:27

    «« Porque é preferível ter 30 alunos a ser ensinados por 1 professor garantidamente bom do que 15+15 alunos por 2 professores com tanta probabilidade de serem bons como maus. »»

    Não respondeu à pergunta. Como é que sabe que é preferível ter 30 alunos a serem ensinados por um professor bom do que 15+15 com um professor que pode ser pior?

    «« Se a aula é má, é preferível que as turmas sejam grande para que ninguém lhe preste grande atenção. »»

    O professor mau não está necessariamente a ensinar coisas erradas, pode apenas não ser tão bom a ensinar.

    Gostar

  11. Goodfeeling permalink
    4 Setembro, 2008 11:28

    E JM que tal uma conjução das duas opções: melhor selecção de professores, com menos alunos?

    E como seleccionar os professores?
    por avaliação? com que critérios e por quem?
    Isso não é o que está a ser feito?

    Gostar

  12. Yoda permalink
    4 Setembro, 2008 11:29

    Repito: “Sabe qual foi a resposta do governo austríaco aos resultados do PISA 2006?”

    Gostar

  13. 4 Setembro, 2008 11:29

    Antes que me pergunte, eu defendo a segregação total de alunos: os bons para turmas de bons, os maus para turmas de maus. Não nascemos nem crescemos todos iguais, e como é preciso garantir a todos uma vida e integração condignas, sendo cada um propício à excelência em profissões diferentes (porquê ter um lote de bons cirurgiões em potencial a serem martirizados durante 12 anos por um lote de bons vigilantes em potencial?) haveria que PERMITIR desde bem cedo a criação, e consequente opção por, turmas (e até escolas) diferenciadas. De borla, sim.

    Gostar

  14. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 11:30

    Vou pôr a questão de outra maneira: o que interessa saber é se o alegado aumento da qualidade das aulas com menos alunos compensa a diminuição da qualidade de uma parte dos professores.

    Gostar

  15. Mª Irene permalink
    4 Setembro, 2008 11:36

    enquanto a tetinha der leite…. a “festa” continua…..

    Gostar

  16. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 11:40

    E que tal se os professores ganhassem consoante o número de alunos que leccionam e nao o número de aulas?

    Gostar

  17. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 11:57

    ««E JM que tal uma conjução das duas opções: melhor selecção de professores, com menos alunos?»»»

    Creio que já ficou claro que essa opção obriga à entrada de piores professores no sistema.

    Gostar

  18. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 11:59

    ««Vou pôr a questão de outra maneira: o que interessa saber é se o alegado aumento da qualidade das aulas com menos alunos compensa a diminuição da qualidade de uma parte dos professores.»»

    Deixo o ónus da prova a quem defende a redução do número de alunos por turma. Até ao momento, quem defende a redução do número de alunos por turma tem baseado as suas teses na hipótese de a qualidade dos professores se manter.

    Gostar

  19. 4 Setembro, 2008 12:04

    Como diz? Posta depois de posta, e o ónus da prova em quem o lê? Que raio de investigador… 🙂

    Gostar

  20. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 12:07

    E como fazer essa selecção? Através da imposição de critérios “universais” (estipulado pelo ME, após estudo encomendado à camarilha do ISCTE?), ou dando liberdade à comunidade local para essa escolha, passando assim a responsabilidade do sucesso/insucesso para os mais directos interessados? O estado actual do ensino (digo ensino e não educação, porque a educação é para ser dada em casa, pelos pais) é um importante factor a ter em conta, para a escolha do método de selecção.

    E já agora, onde estão os estudos e estatísticas em que baseia as suas firmes convicções, caro JoaoMiranda?

    Gostar

  21. Laranjo permalink
    4 Setembro, 2008 12:11

    FMS,

    Nem mereces resposta. Já agora, para castigo, nas escolas dos corrécios, só deviam ensinar os maus professores?

    No fundo, para quem anda nestas coisas há muitos anos, essa segregação sempre se fez. Subtilmente, mas sempre se fez.

    Gostar

  22. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 12:12

    ««Como diz? Posta depois de posta, e o ónus da prova em quem o lê? »»

    Como é evidente, o ónus da prova é de quem defende que a redução do número de alunos melhora o ensino. Eu não tenho nenhuma tese sobre o assunto. Limito-me a ter uma tese sobre uma parte do problema: a redução do número de alunos por turma obriga ao alargamento do quadro docente, que, em sistemas selectivos, obriga à contratação de piores professores.

    Gostar

  23. Yoda permalink
    4 Setembro, 2008 12:15

    Não, o JM é que, ao contrário daquilo que a generalidade das pessoas que conhecem e pensam a educação em Portugal e no mundo, acha que o único factor que determina a qualidade de uma aula é a qualidade do professor (é típico da sua visão romana do mundo), quando este factor é apenas um de muitos, tão relevante como os demais. O ruído, a indisciplina, a heterogeneidade resultantes da presença de 30 (um pouco menos na realidade) alunos numa sala terão, porventura, mais influência na qualidade de uma aula do que a substituição de um professor com um grau universitário por outro professor com um grau universitário. A prova é fácil. Coloque-se o mesmo professor a ensinar 30, 20 ou 10 alunos e o resultado aparece. Obviamente o JM sabe-o, a questão está, portanto, a jusante disso.

    O JM afirma que a qualidade dos professores não aumentaria com o aumento do seu número. É um argumento razoável, mas é sobretudo um argumento fácil que não acrescenta nada à solução. Não acrescenta porque o essencial é repensar o ensino com os recursos que se possui e, garantidamente, com o actual corpo docente, uma redução do número de alunos por turma teria resultados positivos, tal como teve em países onde a medida foi e é implementada (a generalidade dos países da UE têm um rácio alunos/turma inferior ao português) sem que se tivesse de importar professores melhores que os disponíveis no momento.

    Gostar

  24. 4 Setembro, 2008 12:15

    Era um avanço!
    Mas não resolvia o problema…

    Gostar

  25. 4 Setembro, 2008 12:16

    A turma até pode ter 50 alunos. Assim, teríamos 50 alunos e um excelente professor!

    Só há um “piqueno” problema: os alunos não são máquinas. Precisam de atenção. Precisam de interacção. Ora, claro está, que … na Finlândia a média de alunos por adulto (podem ser “assistentes”, técnicos de informática, não necessariamente professores) é aproximadamente de 11.

    Gostar

  26. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 12:16

    «« Deixo o ónus da prova a quem defende a redução do número de alunos por turma. »»

    Aí concordo, mas não devia dizer que o impacto da selecção mais rigorosa é maior do que o da diminuição do número de alunos por turma, porque nesse caso o ónus da prova seria seu. Devia dizer apenas que não acredita que a diminuição do número de alunos por turma compense a eventual diminuição da qualidade média dos professores.

    Gostar

  27. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 12:17

    ««Não, o JM é que, ao contrário daquilo que a generalidade das pessoas que conhecem e pensam a educação em Portugal e no mundo, acha que o único factor que determina a qualidade de uma aula é a qualidade do professor »»

    Onde é que leu isso? O Yoda não consegue perceber um texto?

    Gostar

  28. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 12:18

    ««Não acrescenta porque o essencial é repensar o ensino com os recursos que se possui e, garantidamente, com o actual corpo docente, uma redução do número de alunos por turma teria resultados positivos»»

    Explique-me como é que se reduz o número de alunos por turma sem aumentar o corpo docente?

    Gostar

  29. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 12:20

    ««Aí concordo, mas não devia dizer que o impacto da selecção mais rigorosa é maior do que o da diminuição do número de alunos por turma,»»

    E onde é que eu digo isso?

    Gostar

  30. Yoda permalink
    4 Setembro, 2008 12:20

    Quer a prova? A prova existe, o JM é que sabe tanto de educação como de apanha do grão de bico e, como se não fosse suficiente, ainda acha que os demais têm de provar-lhe o óbvio. A sua postura é a mesma de alguém que exige a um teinador de futebol que lhe prove que jogar com 15 jogadores contra os 11 do adversário lhe dará vantagem. A única prova que resulta disto é que o JM sabe pouco sobre aquilo que está a discutir. Leia os relatórios do PISA se tiver vergonha na cara.

    Gostar

  31. Ibn Erriq permalink
    4 Setembro, 2008 12:20

    o JM faz as perguntas e dá as respostas? Onde é que aprendeu isso, não fui seguramente neste sistema de ensino, pois jamais teria conseguido atingir tal patamar.

    Com tanta resposta terá direito a pelo menos um lugar de Secretário de Estado.

    “Resposta: tornando o método de selecção de professores mais rigoroso, de forma a que os maus professores fiquem fora do sistema e os bons dentro. Essa solução tem um impacto maior que reduzir o número de alunos por turma, para alem de ser mais racional e mais barato.”

    Esta não tem direito a contra argumento, porque é a verdade absoluta ou porque o JM não o sabe? Até sabe o impacto de uma suposta medida, e como o mediu? Talvez gostasse que fosse assim….

    Uma outra ideia era deixar os maus alunos fora dos sistema

    Gostar

  32. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 12:21

    ««Quer a prova? A prova existe»»

    Eu ainda pensei que o Yoda ia apresentar provas. Já agora, quando as apresentar não se baseia em estudos em que a qualidade do professor se mantém. A redução do número de alunos por turma implica que a qualidade do professor não se mantém.

    Gostar

  33. 4 Setembro, 2008 12:22

    Já agora, a ideia que mais professores nas escolas significa decréscimo de qualidade nos profissionais que entram é no mínimo triste. Se assim é, vamos colocar todos os alunos do País apenas com o melhor professor a nível nacional. E terá que ser assim, porque seguindo a ordem de ideias, se dividissem, posteriormente, a totalidade dos alunos por dois professores este segundo era mais “fraquinho” que o primeiro, portanto decréscimo na qualidade de ensino.
    há um termo em economia que é oportunidade de custo. i.e. até que ponto compensa comprar/obter algo. É uma especie de balança entre o que se gasta (investimento) e o proveito que se vai retirar desse investimento. Terá que se fazer algo do género na educação.

    Gostar

  34. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 12:22

    ««Esta não tem direito a contra argumento»»

    Estou à espera do seu conta argumento. Se tiver algum …

    Gostar

  35. 4 Setembro, 2008 12:22

    O JM ilustra aqui claramente uma das piores cartacterísticas dos portugueses: Apresentar soluções sobre problemas que não conhecem.

    Tenho dito. Não responderei a provocações.

    Gostar

  36. Yoda permalink
    4 Setembro, 2008 12:23

    “Explique-me como é que se reduz o número de alunos por turma sem aumentar o corpo docente?”

    No contexto daquilo que disse, o corpo docente inclui os colocados e os não colocados. Naturalmente haveria lugar a mais contratações, mas essas seriam feitas com aqueles que já estão formados, ou seja, os recursos existentes. Parece-me óbvio que é isso que torna possível dizer que o aumento do número de professores poderia incluir maus professores no sistema.

    Gostar

  37. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 12:23

    «« E onde é que eu digo isso? »»

    No post:

    “tornando o método de selecção de professores mais rigoroso, de forma a que os maus professores fiquem fora do sistema e os bons dentro. Essa solução tem um impacto maior que reduzir o número de alunos por turma”

    Gostar

  38. Yoda permalink
    4 Setembro, 2008 12:24

    “Eu ainda pensei que o Yoda ia apresentar provas. Já agora, quando as apresentar não se baseia em estudos em que a qualidade do professor se mantém. A redução do número de alunos por turma implica que a qualidade do professor não se mantém”

    PISA

    Gostar

  39. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 12:24

    ««Já agora, a ideia que mais professores nas escolas significa decréscimo de qualidade nos profissionais que entram é no mínimo triste. »»

    Eu não quero saber se é triste ou feliz. O que quero saber é se é uma ideia verdadeira. Só será uma ideia falsa se os professores do quadro forem piores que os candidatos a professores. Mas nesse caso, sugiro que os professores do quadro sejam substituídos pelos candidatos a professores.

    Gostar

  40. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 12:25

    ««PISA»»

    Explique lá o que é o PISA prova.

    Gostar

  41. Yoda permalink
    4 Setembro, 2008 12:25

    “O JM ilustra aqui claramente uma das piores cartacterísticas dos portugueses: Apresentar soluções sobre problemas que não conhecem.”

    E sobretudo um dos seus melhores talentos…

    Gostar

  42. 4 Setembro, 2008 12:26

    P.S: há bons professores no desemprego!
    P.S2: Mesmo que não os houvesse, possivelmente um decrescimo na qualidade dos professores (que obviamente é alterada se houver mais professores a entrarem nos quadros) não seria um problema. Pois o ensino também se tornava diferente, mais fácil para os professores.
    P.S3: Há sempre variaveis que se alteram. As coisas não são lineares, será dificil perceber isso~? Quando se mexe numa variavel todas as outras são afectadas. Causa/Efeito…

    Gostar

  43. Miguel permalink
    4 Setembro, 2008 12:27

    “Pior que um aluno que não aprende nada, é um aluno que aprende coisas erradas numa má aula.”

    Uma má aula no conteudo da materia? Na forma?
    Um bom professor sabe tudo mas nao tem grande aptidao educativa? Ou grande aptidao educativa e menor capacidade intelectual?
    Se der para ter tudo optimo. Mas nao estamos ha espera disso pois nao?

    Gostar

  44. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 12:27

    ««No contexto daquilo que disse, o corpo docente inclui os colocados e os não colocados.Naturalmente haveria lugar a mais contratações, mas essas seriam feitas com aqueles que já estão formados, ou seja, os recursos existentes.»»

    E o salário seria pago com os recursos existentes? Ou seja, a massa salarial paga pelo ME seria redistribuída por mais professores?

    Gostar

  45. Yoda permalink
    4 Setembro, 2008 12:28

    “Explique lá o que é o PISA prova.”

    Ainda acha que lhe vou responder? Você não faz a mínima ideia do que lá diz! A sua odisseia é semelhante à de um analfabeto que tenta demonstrar que os Irmãos Karamazov são fraca literatura.

    Gostar

  46. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 12:29

    ««No post:

    “tornando o método de selecção de professores mais rigoroso, de forma a que os maus professores fiquem fora do sistema e os bons dentro. Essa solução tem um impacto maior que reduzir o número de alunos por turma»»

    Se quiser eu mudo para: Essa solução tem, possivelmente, um impacto maior que reduzir o número de alunos por turma

    Gostar

  47. 4 Setembro, 2008 12:29

    João Miranda, o problema é que o metodo de selecção do professores (e até o de avaliação) não é eficaz. Quando digo que essa idea é triste, o que reafirmo, é na medida que não é uma ideia coerente! É pobre e incompleta, que se sutenta em permissas falsas (infelizmente. antes você tivesse razao)

    Gostar

  48. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 12:30

    ««Ainda acha que lhe vou responder? Você não faz a mínima ideia do que lá diz!»»

    Por isso é que perguntei. O Yoda até ao momento ainda não provou a sua tese. Disse apenas “PISA”. Isso nem sequer prova que tenha lido o que diz que leu.

    Gostar

  49. V.C.I. permalink
    4 Setembro, 2008 12:30

    Mas o que o João sugere elementarmente é que se avaliem os professores!!! HERESIA!!! BLASFÉMIA!!!

    Como toda a gente sabe, os professores são os mais corporativistas da sociedade, e como li por aqui “equanto a teta der leite” não vão aceitar esta evolução/revolução nos cargos que desempenham. Preferem continuar a desempenhar os medíocres desempenhar os cargos mediocramente.

    E nem se podem desculpar com falta de verbas, porque o ensino tem sido já há muitos governos um dos sectores mais beneficiados de orçamentos de estado. Um pouco ao jeito político de atirarem com dinheiro aos problemas, mas mesmo assim, não se podem queixar disso.

    Vi também por aí alguém que perguntava se se achava que a culpa seria dos professores. Bem… SIM! É perfeitamente conhecido o raciocínio de “quem tem canudo, se não consegue emprego, vai para o ensino”. Ou seja, assim ao estilo de um biscate enquanto não se consegue realmente emprego. E são estas gentes sem vontade, vocação ou gosto pelo que fazem que temos encarregues de ensinar as bases essenciais a futuras gerações de Portugueses? Preocupados menos com o que os alunos aprendem do que com o cheque ao fim do mês e regalias da função?

    Continuem a convocar “manifes” e greves. É uma boa forma de fugirem com o rabinho à seringa que vos acabava com esse sarampo.

    Claro que há mais interessados para que tudo continue assim: ao lado de quem iam os sindicatos e os PCP, Bloco e outros oportunistas aparecer nas manifestações, nos telejornais? Há que manter a ilusão ao povo.

    Pena que à custa das futuras gerações…

    Gostar

  50. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 12:32

    ««João Miranda, o problema é que o metodo de selecção do professores (e até o de avaliação) não é eficaz.»»

    Já respondi a isso neste post. Se o método de selecção de professores não é eficaz, então a melhor forma de melhorar o ensino não é reduzindo o número de alunos por turma, mas melhorando o sistema de selecção de professores. O número de alunos por turma é um falso problema que visa esconder outros mais importantes.

    Gostar

  51. V.C.I. permalink
    4 Setembro, 2008 12:35

    Perdão pelo typo. Queria dizer: Preferem que os medíocres continuem a desempenhar os cargos mediocramente.

    E peço também perdão por não citar ou conhecer a fraca escritura dos irmãos Karamazov, ou PISA ou coisa do género, mas considero que são apenas argumentos de quem quer fugir à questão que é simples qb, sem lançar argumentos que façam sentido.

    Gostar

  52. V.C.I. permalink
    4 Setembro, 2008 12:37

    Um bom professor é um que consegue pegar numa turma, seja de 15, 20, 30 ou 40 e mantê-los interessados no que tem que ensinar. Isto requer trabalho.

    Um mau professor, nem a ele próprio se consegue motivar, quanto mais um aluno que seja.

    Gostar

  53. 4 Setembro, 2008 12:38

    É verdade já o tinha feito (erro meu)!
    E atenção que eu não defendo de todo a redução de alunos por turma! Acho que cada turma é uma turma, e que cada caso é um cao. Só quis deixar claro que mais professores não significaria obrigatoriamente que isso viesse prejudicar o ensino.
    No entanto tenho de dar os meus parabens por estes debates que aqui se têm vistos. Significa que ainda há portugueses que vão tendo uma opinião propria (se é que isso existe) sobre os diversos temas. Isso é importante.

    Gostar

  54. Nuspirit permalink
    4 Setembro, 2008 12:38

    De fora do sistema encontra-se apenas uma pequena parte dos professores, 10%, se tanto. È bem provável que, dentro deste grupo de professores, existam de facto bons professores (alguns). Mas mesmo que se arranjasse uma forma desses entrarem no sistema, tirando obviamente de lá os piores professores, isso teria um efeito negligenciável na melhoria do ensino. Sorry, não é por aí que se melhora o ensino.

    Gostar

  55. Yoda permalink
    4 Setembro, 2008 12:39

    A análise dos resultados do PISA (ou de outros estudos de sondagem de resultados escolares), que apresenta os desempenhos escolares dos alunos de um grande número de países, quando confrontada com os dados sobre uma variedade de factores que influenciam os mesmos mostra que, por exemplo, os sistemas que apresentam um menor número médio de alunos por turma produzem, descontando as restantes variáveis, melhores desempenhos escolares. Desvalorizar o papel do rácio que aqui se discute e dizer que um bom professor ensina melhor 30 alunos do que 2 professores menos bons ensinam 30 é não saber do que se fala, tanto mais que com 15 alunos há muito mais bons professores do que com 30 alunos por turma.

    Gostar

  56. rxc permalink
    4 Setembro, 2008 12:41

    Explique-me como é que se reduz o número de alunos por turma sem aumentar o corpo docente?

    Conheço pessoalmente o caso de uma escola onde professores que têm um total de 100+ alunos por ano (relativos a vários níveis de ensino, básico e secundário incluído) trabalham lado a lado com colegas que apenas têm 30 alunos (referentes ao secundário apenas). De referir que a única diferença aparente é o facto de uns terem apenas estado mais alguns (poucos) anos a dar aulas (têm “direito” a escolher as turmas e os horários).
    Penso que isto pode ajudar a responder à sua dúvida.

    Gostar

  57. 4 Setembro, 2008 12:41

    Quem defende a redução do número de alunos/aula, a que nº quer chegar?
    20-16-12-10-4…2 ?
    E, claro, com horários compatíveis com a vida dos alunos, as actividades extra-curriculares, a vida dos pais e dos professores que também são pais, etc, etc.
    E onde é que estariam as salas de aula para esse desperdício de meios? Só inventando!
    Qual seria o custo desse ensino/explicações privadas?
    O ideal seria os alunos ficarem em casa e os professores irem lá dar aulas, não era? Poupava-se nas instações. Gastava-se um bocado mais nos transportes e por cada aula os profs tinham direito a subsídio de deslocação e tempo pago para as fazerem…
    Quem defende estes disparates ou está de mangação ou é de compreensão lenta.
    O nº de alunos/aula, em Portugal, está ao nível do melhor que há no mundo!
    Quantas vezes é que é preciso afirmar isto? estamos ao nível da França. da Finlândia e da Irlanda. Os outros estão pior!
    Os pais que comecem agora interessar-se pela vida escolar das crianças.
    Há-os que nem sabem em que ano eles estão!
    Comprem-lhes menois telemóveis e menos play-stations e exijam estudo e trabalho!
    Que os pais comecem a ser responsabilizados pela educação dos filhos: No dia em que sofrerem cortes nas futuras pensões de reforma, em função da escolaridade obtida pela prole, tudo mudaria.
    Mas enquanto continuarem a cobrar do Estado – leia-se Contribuintes – aquilo para que nunca contribuiram – a situação manter-se-á.
    Lembro que os emigrantes portugueses na Suiça ou se submetem à legislação rígida que lá existe , ou enviam os filhos para estudarem em Portugal onde só vai à escola quem quer. Posso contar que um casal português com dois filhos e cuja mãe ainda se encontrava em licença de lactação que é de um ano, pediu para arranjar um part-time, nocturno, a distribuir jornais. Foi-lhe autorizado, caso o marido e ela garantissem que um deles estaria em casa com as crianças às 06:30h da manhã ( um a sair e outro a entrar do trabalho) e depois a Seg. Social Suiça foi lá a casa TODOS os dias a ver se, de facto, quando o marido saía para o emprego, ela já tinha chegado da distribuição dos jornais. Até ao dia que tal não se verificou e ela foi obrigada a ficar em casa a tratar das crias. Lá não há a “liberdade” de fazer o que se quer.
    Se estão de baixa para tratar de crianças é o que são obrigados a fazer… É apenas a Suiça! Por cá, não senhor! Quando se exige a um professor que cumpra as 22 h. para que é pago, a ficar na Escola, “é o Fascismo” e vêm todos para a rua aos gritos! Aos insultos aos governantes.
    Se se exige avaliação de desempenho, aqui del-rei que este é um governo que persegue os professores…
    Se o Ministério atribui mais e mais responsabilidades e autonomia às Escolas, ninguém está preparado, e demitem-se dos C. Executivos.
    Se a indisciplina campeia, se as alunas de 14 anos aparecem grávidas e se o abandono escolar é de de mais de 40%, os professores encolhem os ombros e dizem que o defeito é do Ministério. Se há livros únicos, é a Liberdade de escolha que está coartada. Se os professores com horários zero , há anos, são mandados para as biobliotecas ou para outros serviços administrativos, é o desrespeito pela função docente!
    Se TODAS as esdcolas chegam a Setembro e dispõe de todos os professores que pediram para as actividades da escola, em função das salas de aula e do nº de alunos e de disciplinas, de que é que se queixam?
    Quando TODO o parque Escolar está a ser melhorado da cabeça aos pés e atribuidos os melhores equipamentos que há no mundo, e sei do que falo !!, o que é que querem mais?
    É caso para perguntar “qual é a jogada?”
    MFerrer

    Gostar

  58. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 12:42

    ««A análise dos resultados do PISA (ou de outros estudos de sondagem de resultados escolares), que apresenta os desempenhos escolares dos alunos de um grande número de países, quando confrontada com os dados sobre uma variedade de factores que influenciam os mesmos mostra que, por exemplo, os sistemas que apresentam um menor número médio de alunos por turma produzem, descontando as restantes variáveis, melhores desempenhos escolares.»»

    Como é que nesses estudos é controlada a qualidade dos professores?

    Gostar

  59. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 12:43

    «« Se quiser eu mudo para: Essa solução tem, possivelmente, um impacto maior que reduzir o número de alunos por turma »»

    Com essa frase concordaria em absoluto. O problema é que isso o obriga a ser um pouco mais contido nas suas afirmações. Por exemplo, como é que sabe que “a melhor forma de melhorar o ensino não é reduzindo o número de alunos por turma, mas melhorando o sistema de selecção de professores”? Ou que o “número de alunos por turma é um falso problema que visa esconder outros mais importantes”? Afirmações como essa atraem o ónus da prova para si. E nem seria assim tão difícil evitá-las.

    Gostar

  60. Mialgia de Esforço permalink
    4 Setembro, 2008 12:44

    A questão inicial do João Miranda é esta: Como melhorar o ensino?

    53 comentários depois ainda ninguém falou nos conteúdos programáticos. Extraordinário!

    Gostar

  61. 4 Setembro, 2008 12:45

    e dado que os melhores prfessores são os que estão neste momento a dar aulas

    No post anterior perguntei-lhe onde é que se baseia para fazer semelhante afirmação.
    Esqueceu-se de dar a resposta?

    Gostar

  62. Nuspirit permalink
    4 Setembro, 2008 12:48

    Discutir se é melhor ter um Bom professor a ensinar 30 alunos do que 2 professores (que o poderão ser ou não) a ensinar 15 +15 , pode ser bom para a meninge, mas é uma discussão inconsequente que não conduz a nada. O que é um bom professor?

    Gostar

  63. Yoda permalink
    4 Setembro, 2008 12:48

    “Como é que nesses estudos é controlada a qualidade dos professores?”

    Não é nem tem de ser, estes estudos (o PISA é iniciativa da OCDE) apenas visam aferir o desempenho escolar dos alunos. O resultado mostra que, por exemplo, a Finlândia, a Holanda ou a Áustria, que têm um rácio menor, produzem melhores resultados que Portugal.

    Gostar

  64. joão viegas permalink
    4 Setembro, 2008 12:49

    Magnifica demonstração. Vamos ver se percebi :

    Se o MEN despedisse todos os professores à excepção do melhor (escolhido pelo João Miranda) e fizesse uma turma gigantesca composta por todos os alunos de Portugal (os quais passariam todos a ter aulas com esse super-prof), a probabilidade dos alunos terem piores professores seria nula e ainda por cima a educação ficava muitissimo mais barata.

    João Miranda para ministro ja !!!

    Gostar

  65. Nuspirit permalink
    4 Setembro, 2008 12:52

    De resto, a redução do número de alunos por turma Não obriga ao alargamento do quadro docente. Na verdade, não seria necessário contratar mais professores. Para tal, basta que os professores trabalhem 35 horas semanais, como qualquer mortal, e assim até seria possível ter turmas de 12 alunos.

    Gostar

  66. JoaoMiranda permalink*
    4 Setembro, 2008 12:54

    ««“Como é que nesses estudos é controlada a qualidade dos professores?”

    Não é nem tem de ser»»

    Se a qualidade dos professores não é controlada, como é que se prova que a redução do número de alunos melhora a qualidade do ensino?

    ««O resultado mostra que, por exemplo, a Finlândia, a Holanda ou a Áustria, que têm um rácio menor, produzem melhores resultados que Portugal.»»

    Isso não prova que um rácio menor em Portugal teria o mesmo efeito que na Finlândia, nem prova que o aumento do rácio na Finlândia reduziria a qualidade do ensino.

    Gostar

  67. V.C.I. permalink
    4 Setembro, 2008 12:57

    Mialgia de Esforço Diz:
    4 Setembro, 2008 às 12:44 pm
    A questão inicial do João Miranda é esta: Como melhorar o ensino?

    53 comentários depois ainda ninguém falou nos conteúdos programáticos. Extraordinário!

    Falou o amigo e bem. Mas quem faz os conteudos programáticos? Professores. E o que há a ensinar aos alunos muda assim tanto de ano para ano? Não.

    Os conteúdos programáticos, são, na minha modesta opinião, mais uma forma de os professores sacudirem a água do capote e declinarem responsabilidades para o ministério.

    Já fui aluno e posso falar com experiência, que se tenho algum jeito para as línguas Portuguesa, Inglesa, Francesa (notarão que escrevo correctamente e sem erros, coisa impensável no estudante do ensino superior) e pouco para a Matemática e Ciências, foi por ter tido excelentes professores de Línguas e medíocres Professores de Matemática e Ciências, com canudos em algum campo relacionado com estas matérias, mas nenhuma vocação para o ensino. Como eles próprios assumiram.

    Gostar

  68. mariana permalink
    4 Setembro, 2008 12:58

    antes preferia agar a mais professores, bons ou maus, do que andar a deitar dinheiro ao lixo com portáteis para canalha. tenho dito.

    Gostar

  69. Nuspirit permalink
    4 Setembro, 2008 12:59

    O ensino melhora-se responsabilizando os professores, pedindo-lhes contas e resultados, portanto. Eu sei, isso é stressante. Mas tem que ser. É que só com uma cultura assim é que nos poderemos aproximar dos indicadores europeus. E, diga-se desde já, para se conseguir um sistema com esse espírito, i.e., que garanta que os professores sintam que quanto melhor trabalharem mais gratificados serão, não é necessário privatizar o ensino.

    Gostar

  70. V.C.I. permalink
    4 Setembro, 2008 13:01

    Há que avaliar o desempenho dos que estão ao serviço do ensino. Isto é tão óbvio como uma empresa pública necessitar de avaliar os seus funcionários a cada momento, premiando os bons desempenhantes e descartando os maus.

    A mentalidade de funcionário público de chuchar na teta do estado, sem dar nada em troca tem que mudar. Sob pena de este país não ser viável!

    Gostar

  71. mariana permalink
    4 Setembro, 2008 13:02

    *pagar.

    ps. só por causa das coisas, para nao dizerem logo que o que eu queria era um portátil, já tenho um, comprado há 3 anos quando estava quase a acabar a universidade. de resto, não são todos os alunos universitários que conseguem ter um portátil. nem os de informática. mas esses não precisam, ao contrário dos putos do secundário, esses podem fazer os seus próprios computadores. e os outros, mesmo que paguem 1000€ de propina por ano, podem sempre fazer filinha para aceder a um pc da faculdade. afinal, precisar mesmo mesmo mesmo, são os miúdos que agora estão a aprender a escrever. só com x’s e ‘s, como pede a boa escrita cibernética. viva o futuro.

    Gostar

  72. V.C.I. permalink
    4 Setembro, 2008 13:04

    Os computadores do Engenheiro Sócrates são tão demagógicos como as “manifes” dos professores. É tudo para aparecer no telejornal das 20h. Mas utilidade prática nenhuma na resolução do problema.

    Gostar

  73. Yoda permalink
    4 Setembro, 2008 13:05

    Analisando os dados através da caixa de comentários de um blog não. É por isso que os resultados são, normalmente, tratados de forma estatística e confrontados com uma panóplia de variáveis por pessoas muito mais qualificadas que eu e os demais participantes nesta discussão. É um pouco assim que as equipas responsáveis pela educação por esse mundo fora trabalham e não consta que aquelas que tentam a todo o custo sobrevalorizar uma suposta incopetência dos professores sejam as mais bem sucedidas.

    É por isto que decido não dizer mais nada, porque é cansativo discutir com alguém que tem de provar uma tese a todo o custo, de forma, diria, infantil. E ainda por cima uma tese que visa apenas diminuir e desdenhar das competências de milhares de outras pessoas e que foi formulada por alguém cuja competência, aparentemente, não se vislumbra no meio da dos restantes, é uma das incoerências do individualismo talibã que o JM professa.

    Gostar

  74. Nuspirit permalink
    4 Setembro, 2008 13:20

    Caro(a) Yoda,

    Não amues. Toda a gente percebeu que és um tipo cheio de boas intenções (e até simpático, digo eu). O JM só está a tentar encontrar uma forma de melhorar o ensino sem que para isso seja necessário tirarem-nos mais dinheiro do nosso bolso para, de seguida, o despejar no sistema. O Yoda não se deveria insurgir com este anseio do JMiranda. Convenhamos que é perfeitamente legitimo.

    Gostar

  75. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 13:23

    O quadro de professores nao teria necessariamente de ser alargado. Podiam dar o dobro das aulas, já que a preparaçao era a mesma , só que tinham de repetir mais vezes o mesmo. Já ocupavam mais o tempo a dar aulas e menos nos papeis.

    Gostar

  76. 4 Setembro, 2008 13:24

    Sem querer parecer leviano julgo que a qualidade dos professores e a dimensão das turmas são variáveis independentes entre si. Nenhuma delas pode ser implícita da outra, matematicamente falando. O JM lembra-se das aulas de Cálculo, ou Análise, Infinitesimal, do que são variáveis implícitas…

    Gostar

  77. JoaoMiranda permalink
    4 Setembro, 2008 13:31

    ««O quadro de professores nao teria necessariamente de ser alargado. Podiam dar o dobro das aulas, já que a preparaçao era a mesma , só que tinham de repetir mais vezes o mesmo. Já ocupavam mais o tempo a dar aulas e menos nos papeis.»»

    Mais trabalho pelo mesmo dinheiro? Duvido que os professores que visitam o Blasfémias tenham isso em mente quando defendem turmas mais pequenas.

    Gostar

  78. JoaoMiranda permalink
    4 Setembro, 2008 13:32

    ««a qualidade dos professores e a dimensão das turmas são variáveis independentes entre si. »»

    Só serão se a qualidade dos professores do quadro for aleatória, o que, diga-se, não abonará muito a favor dos actuais professores do quadro.

    Gostar

  79. 4 Setembro, 2008 13:38

    “««a qualidade dos professores e a dimensão das turmas são variáveis independentes entre si. »»

    Só serão se a qualidade dos professores do quadro for aleatória, o que, diga-se, não abonará muito a favor dos actuais professores do quadro.”

    Nevertheless, assim é.

    Gostar

  80. 4 Setembro, 2008 13:41

    E assim é por duas vias de argumentação possíveis:

    – a dispersão é tanta, pelas alterações a que foram sujeitos critérios, concursos e amostra humana desde há umas décadas, que é como se fosse aleatória a qualidade

    – a dispersão não é tanta, mas ainda assim a heterogeneidade da combinação grupos/médias (quantos professores há oriundos de Física, como eu, e com média-a-concurso de 19 (como não-eu :)) ao contrário do que sucede em Letras) que anula o seu argumento.

    Gostar

  81. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 13:46

    Regra nos países civilizados de facto: com uma turma de quase 30 alunos não há sistema de ensino que funcione e atinja os seus objectivos. Ponto final. Não há discussão! O resto é folclore e se não há professores há que arranjá-los e se não são bons há que os formar. Nunca abordar o tema na forma de fatalidades e questões orçamentais, que é o que está a ser feito. Aliás, toda esta discussão é desnecessária, porque o resultado está à vista. Um país que faz de conta que a gramática da própria língua não existe, mas que depois quer ensinar o inglês e outras línguas, não tem discussão possível porque nunca vai dar nada. É uma palhaçada.

    Gostar

  82. JoaoMiranda permalink
    4 Setembro, 2008 13:52

    ««Regra nos países civilizados de facto: com uma turma de quase 30 alunos não há sistema de ensino que funcione e atinja os seus objectivos. Ponto final. Não há discussão!»»

    Uma boa lição para os seus alunos. Nunca lhes criar a ideia de que a ciência, a literatura, a economia, as políticas públicas etc são questões discutíveis que possam ser decididas pela qualidade dos argumentos.

    Gostar

  83. JoaoMiranda permalink
    4 Setembro, 2008 13:53

    ««E assim é por duas vias de argumentação possíveis:»»

    Claro que se a qualidade dos professores é aleatória, nada justifica que se pague mais a uns que a outros.

    Gostar

  84. Ibn Erriq permalink
    4 Setembro, 2008 13:57

    Como poderia eu ter contra argumento? mas se ler com atenção o que escrevi pode ser que tenha a resposta!

    Gostar

  85. tancredo permalink
    4 Setembro, 2008 13:57

    Consegue-se mais qualidade no ensino, com mais exigência tanto a professores como a alunos, partindo do princípio que o Estado já criou as condições para que a Escola funcione em pleno.

    Gostar

  86. Filipe permalink
    4 Setembro, 2008 14:01

    Já se chega a alguns caminhos:

    -O nº de alunos por turma influencia a aprendizagem.
    -A qualidade do professor influencia a aprendizagem.
    -O dinheiro disponivel influencia tudo.

    Também se tocaram noutros pontos como os programas lectivos, o tipo de alunos, a discriminação de alunos e a logistica da escola.

    Agora é só fazer um gráfico aí com umas 10 dimensões e tirar o maior ponto óptimo que consigamos pagar.

    Gostar

  87. 4 Setembro, 2008 14:03

    81: a que propósito vem isto?

    (recebem mais, como em qualquer carreira de resto, os que uma vez lá dentro tenham dado provas de mérito, de permanência e de adequação – qual é a parte que não percebi?)

    Gostar

  88. Filipe permalink
    4 Setembro, 2008 14:04

    “(recebem mais, como em qualquer carreira de resto, os que uma vez lá dentro tenham dado provas de mérito, de permanência e de adequação – qual é a parte que não percebi?)”

    Ironia? Piada? Ou é mesmo a sério?

    Gostar

  89. JoaoMiranda permalink
    4 Setembro, 2008 14:06

    FMS,

    Se a qualidade dos professores é aleatória, como é que justifica a diferenciação de salário entre os professores do quadro há vários anos e o dos professores recém entrados?

    Gostar

  90. Filipe permalink
    4 Setembro, 2008 14:08

    “Se a qualidade dos professores é aleatória, como é que justifica a diferenciação de salário entre os professores do quadro há vários anos e o dos professores recém entrados?”

    Justifica-se pela lei.

    Gostar

  91. JoaoMiranda permalink
    4 Setembro, 2008 14:08

    ««recebem mais, como em qualquer carreira de resto, os que uma vez lá dentro tenham dado provas de mérito, de permanência e de adequação»»

    Isso contraria a tese de que a qualidade dos professores é aleatória. Tem que se decidir. Ou a qualidade dos professores é aleatória, ou a diferenciação de salário é merecida. Se é merecida, a redução do número de alunos por turma conduzirá inevitavelmente à entrada para o sistema de ensino de professores de pior qualidade que aqueles que lá estão.

    Gostar

  92. JoaoMiranda permalink
    4 Setembro, 2008 14:09

    ««Justifica-se pela lei.»»

    E como é que se justifica a lei?

    Gostar

  93. Goodfeeling permalink
    4 Setembro, 2008 14:13

    “Creio que já ficou claro que essa opção obriga à entrada de piores professores no sistema.”

    não me demonstrou nada, como é costume. Porque mais professores não implica menores valencias para o ensino…

    “Como é evidente, o ónus da prova é de quem defende que a redução do número de alunos melhora o ensino. Eu não tenho nenhuma tese sobre o assunto. Limito-me a ter uma tese sobre uma parte do problema: a redução do número de alunos por turma obriga ao alargamento do quadro docente, que, em sistemas selectivos, obriga à contratação de piores professores.”

    não tem tese nem cabeça, como tem sido costume. alias nem ponta por onde se lhe pegue. ter uma tese sobre parte do problema, é enviesá-lo.Está a ser cego ao Problema.. como é costume não lhe interessa nada. Post(as) de bacalhau de JM, que nunca fundamenta o que diz e atira o barro à parede a ver se cola.

    Como sempre insipiente nas respostas, e a fugir para a frente…

    confunde os difersos tipos de ensino (se calhar nunca pôs os pès nas aulas), tem umas teorias mancas e que nunca prova, porque não lhe convém…

    Tomando a sua lógica, que não explorou devidamente, deveria-se era reduzir os número de alunos, pois só aos melhores deveriam ser dadas aulas, melhorando-se o ensino e a sua qualidade. Se não havia alunos para dar aulas, podia-se fechar escolas.A solução de deixar de haver alunos nas escolas “… tem um impacto maior que reduzir o número de ‘professores’ por turma, para alem de ser mais racional e mais barato.” è de certeza a via a considerar.

    E o que faziam os putos que não estivessem na escolas? iam com os pais ao ferro-velho.

    E faça o favor de provar o contrario, porque não tou para ter de provar o que digo.

    Gostar

  94. Goodfeeling permalink
    4 Setembro, 2008 14:14

    Sabe bem subverter as ideias talharoucas do JM.

    Gostar

  95. 4 Setembro, 2008 14:15

    Bem visto, mau tempo, Miranda. Já tens os professores, aliás, deves ter um excedente próximo de 35%. A selecção que deveria ter sido feita, não foi e, tudo quanto não era o bom o suficiente para que fosse pago por alguém, entrou no ensino por ser aceitável por lei. De qualquer forma, dizeres que 30 alunos num bom professor é melhor que 15 num mau, é uma extrapolação baseada em porra nenhuma da qual não tens qualquer dado para o sustentar.

    Gostar

  96. Filipe permalink
    4 Setembro, 2008 14:17

    “««Justifica-se pela lei.»»

    E como é que se justifica a lei?”

    🙂 talvez pelos votos

    Gostar

  97. Goodfeeling permalink
    4 Setembro, 2008 14:17

    MENOS ALUNOS NO SISTEMA EDUCATIVO, MAIOR QUALIDADE DE ENSINO.

    Isto sim, é que é provocação.

    Gostar

  98. permalink
    4 Setembro, 2008 14:27

    «« Se a aula é má, é preferível que as turmas sejam grande para que ninguém lhe preste grande atenção. »»

    Se isto não é argumentação típica da conversa de café, vou ali e já venho…

    Gostar

  99. Nuspirit permalink
    4 Setembro, 2008 14:29

    A progressão na carreira de professor faz-se pela antiguidade. Quanto mais antigo mais se ganha. Na progressão, pouco importa se os professores deram provas de competência ou não. Por isso, num sistema assim, em que a antiguidade é o único critério de progressão, é completamente impossível diferenciar os bons dos maus professores.

    Gostar

  100. Nuspirit permalink
    4 Setembro, 2008 14:35

    E, a bem da qualidade do ensino, era fundamental arranjar uma forma de fazer essa diferenciação. Obviamente que a partir do momento que se caminhe para avaliação, algumas injustiças surgirão. Mas, não tenhamos dúvidas, nunca seriam tão graves como aquelas que hoje existem.

    Gostar

  101. Rui permalink
    4 Setembro, 2008 14:35

    Portugal é um país de má fortuna… somos razoavelment maus em quase tudo íamos agora ser bons na educação?! (ok, talvez a maior causa do outros grandes males…)

    com pais muitas vezes displicentes e ausentes, alunos pouco dados ao trabalho e ao esforço, alguns professores de qualidade duvidosa, políticos de pouca coragem, queriam que o resultado fosse qual?

    turmas de 30 alunos?? peanuts… Acabei este ano a minha vida escolar (ao fim d 17 anos) e nunca tive turmas dessa dimensão, e mesmo nas que se aproximavam disso a diferença não vinha muito daí. é óbvio que era óptimo baixar o rácio alunos/professor, mas seria ainda melhor professores de maior qualidade! Ah, desculpem, os professores são todos bons, só a ministra é que é uma incompetente e ignorante! (e o jmiranda que se atreve a pensar um pouco fora do status quo…)

    cumprimentos

    Gostar

  102. Rui permalink
    4 Setembro, 2008 14:37

    adenda: até ao 12º, claro. Na faculdade o número chegou a ultrapassar a centena…

    Gostar

  103. 4 Setembro, 2008 14:38

    Uma coisa eu posso dizer, sou professora por vocação e opção.
    Sempre amei dar aulas, a escola e a miudagem. Mas hj em dia com tudo o q está a acontecer só queria ser mais velha para me poder reformar mm com penalização.
    As melhores professoras da minha escola e q têm mais de 55 anos, estão todas a reformarem-se, apesar de penalização.
    Podem crer, q conforme as coisas estão feitas vão restar os maus profs, q fazem papeis mt lindos pra inglês ver………
    Fála quem está no terreno…….

    Gostar

  104. 4 Setembro, 2008 14:42

    89: não contraria nada.

    A qualidade dos professores é aleatória, mas os mecanismos pelos quais se rege a sua carreira funcionam por forma a que alguns ganhem mais do que outros, independentemente das valências que eu ou o JM pudéssemos atribuir-lhes.

    Gostar

  105. 4 Setembro, 2008 14:43

    (dito, o que ganham não é função da sua qualidade, mas isso o JM sabe melhor do que eu, porque acontece no ensino e em quaisquer outras instituições)

    Gostar

  106. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 14:44

    “Mais trabalho pelo mesmo dinheiro? Duvido que os professores que visitam o Blasfémias tenham isso em mente quando defendem turmas mais pequenas.”

    Os professores o que os preocupa mais é a qualidade do ensino que administram. Assim nao vejo porque nao optariam por dar duas aulas a 15 alunos cada em vez de 1 a 30. O que lhes importa mais é os seus alunos. Os professores só lhes preocupa é a qualidade do ensino que administram. Nao digam que querem turmas pequenas para terem menos trabalho. Querem ter trabalho mas bom trabalho.

    Gostar

  107. 4 Setembro, 2008 14:45

    Muito bem.
    Esqueçamos o ensino e apliquemos o mesmo raciocínio na medicina (ou na Justiça, ou em qualquer outra área).

    Segundo a Objecção óbvia do JM, segundo a qual adicionar profissionais diminui a qualidade do exercício,
    nunca mais deve ser admitido mais nenhum médico, mais nenhum juiz, mais nenhum engenheiro, padeiro, electricista, trolha, picheleiro.
    Os melhores já estão na profissão e os que vêm de novo diminuem a sua qualidade!

    Gostar

  108. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 14:46

    … Se os professores de uma escola acham que turmas de 15 melhora a qualidade.. entao força aí. Organizem-se para dar aulas a turmas de 15. Porque nao o fazem? Se quisessem afziam isso, desde que conseguissem salas suficientes para tal, nao vejo que nao o pudessem fazer. Estao tao empenhados na qualidade de ensino.

    Gostar

  109. 4 Setembro, 2008 14:46

    Filipe,

    desculpa a demora na resposta. Era a sério, defendo mesmo a segregação de alunos por aferição das suas capacidades, vontade de evoluir e resposta sob avaliação. Não faz sentido obrigar um sargento-instrutor ou um electricista natos a estudarem os mínimos para que possam vir a ser, digamos, técnicos radiologistas quando acabarem o percurso.

    Gostar

  110. Nuspirit permalink
    4 Setembro, 2008 14:48

    “Fála quem está no terreno…….”

    De quem está no terreno encontram-se opiniões para todos os gostos, senhora professora. Mas concedo: a resistência à mudança é uma característica intrinsecamente humana.

    Gostar

  111. Miguel permalink
    4 Setembro, 2008 14:52

    Ora se o teu salario não é sustentado no teu merito, porque achas que deve ser o de um professor? Ou de qualquer profissional?

    Gostar

  112. 4 Setembro, 2008 14:53

    Há 2008 anos atrás um rabi judeu (que significa mestre) decidiu tomar um grupo de discípulos (12) e transmitir a Sabedoria. Os discípulos que escolheu contavam-se entre os que já tinham sido postos fora do sistema de ensino judaico, pois já se encontravam a seguir a profissão dos pais (pescadores, principalmente). Aquilo que este rabi (Yeshua ou Jesus) era diferente do que ensinavam os outros mestres. A forma como o fazia também era completamente diferente. Dois mil anos depois ninguém sabe exactamente quem eram ou o que ensinavam os mestres “do quadro” que lhe eram contemporâneos, mas há milhares de escolas pelo mundo que ensinam o mesmo que ensinava este mestre.
    Pergunta para o JM: Quem foi “bom” professor então? Os mestres ou O Mestre? E quem é é agora “bom” professor?
    Está a ver porque é que lhe digo que não percebe nada do assunto? A sua pergunta pode ser bem intencionada, mas não deixa de ser uma má pergunta, porque parte de premissas erradas. Os rabis, ainda hoje, só tomam para si (de cada vez) um número muito limitado de discípulos, suponho que entre 12 e 15 de cada vez, mas podem ser mais ou menos – basta ver os grupos de judeus ortodoxos que viajam entre Israel e os EUA para perceber – e não me parece que isso seja determinante na qualidade do ensino ou na “bondade” do mestre.

    Gostar

  113. antiantitretas permalink
    4 Setembro, 2008 14:55

    Chega de tantos treinadores de bancada, pelos vistos foram todos fazer treinos à grande Escola de Educação do PS

    Gostar

  114. JoaoMiranda permalink
    4 Setembro, 2008 14:57

    ««A qualidade dos professores é aleatória, mas os mecanismos pelos quais se rege a sua carreira funcionam por forma a que alguns ganhem mais do que outros, independentemente das valências que eu ou o JM pudéssemos atribuir-lhes.»»

    Volto a dizer o que disse vários comentários acima: se qualidade dos professores é aleatória então não há razão nenhuma para diferenciar os salários.

    Gostar

  115. 4 Setembro, 2008 14:59

    104. Q Diz:
    4 Setembro, 2008 às 2:45 pm

    Segundo a Objecção óbvia do JM, segundo a qual adicionar profissionais diminui a qualidade do exercício,

    Espero ter demonstrado, no meu comentário anterior, que é verdade exactamente o contrário.

    Gostar

  116. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 15:00

    Até podiam os professores organizarem-se para dar aulas a 15 alunos uns dias e alguns dias a 45 e fazer a festa educativa, a ver quem tinha aprendido mais em menos tempo. Se querem melhorar a coisa educativa que o façam.. andam sempre a choramingar pelos cantos e a protestar e nada. Assim compensavam horaraios e lutavam pela qualidade de ensino.

    Gostar

  117. Limpezas permalink
    4 Setembro, 2008 15:01

    A questão não é se temos dinheiro para melhorar o ensino mas sim se o queremos melhorar.
    Um bom professor tanto dá aulas para 15 como para 100? Claro, se o método expositivo for o utilizado. Toda a gente sabe que é o mais barato. Mas já encontraram uma plateia de 100 pessoas caladas e interessadas 5 horas por dia e 5 dias por semana nalgum sítio? Claro que encontraram: foi no tempo em que os animais falavam. Ninguém parava de se espantar com tais oradores.

    Sabem como é que esta discussão melhorava? Era o pessoal que em geral passa menos de 3 horas por dia com os seus 2 filhos fosse obrigado a interagir com 28 gaiatos durante 5 horas por dia.
    Mas tudo bem. Vamos tendo o que merecemos enquanto discutirmos com tanta perspicácia.

    Gostar

  118. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 15:11

    ” por dia com os seus 2 filhos fosse obrigado a interagir com 28 gaiatos durante 5 horas por dia.”

    É por isso que nao tenho 28 filhos nem fui para professor. Quem segue a carreira de professor é porque gosta de interagir com 28 crianças o dia todo. É por isso que é professore de gaiatos. Ou entao toda a gente podia ser professor. Eu nao. Por isso nao segui a carreira de professor.

    Gostar

  119. 4 Setembro, 2008 15:11

    114: não me recordo do momento em que passámos a discutir salários, para mim ainda estávamos na dimensão das turmas.

    Gostar

  120. eduardo correia permalink
    4 Setembro, 2008 15:20

    “Objecção óbvia: O quadro de professores teria que ser alargado, e dado que os melhores prfessores são os que estão neste momento a dar aulas, isso implicaria adicionar piores professores ao sistema. Os alunos passariam a ter uma probabilidade maior de ter um mau professor.”

    Ou seja, para ano, ano de concursos para QZP, e vinculando-se mais professores (os mesmos que o João afirma piorarem o ensino), o sistema de ensino vai agravar-se ainda mais?
    Adjectivando-o não vou lá, mas por vezes você lembra-me alguns dos personagens do Underground do Kusturica.

    Gostar

  121. eduardo correia permalink
    4 Setembro, 2008 15:23

    Passe aqui e verifique as classificações dos “maus professores”..
    http://www.dgrhe.min-edu.pt

    Gostar

  122. eduardo correia permalink
    4 Setembro, 2008 15:26

    Tenho pena que quem lhe atribui as bolsas de investigação não obrigue à redução de pessoal. Talvez assim, pelo sua “tese”, mais artigos científicos fossem publicados…

    Gostar

  123. 4 Setembro, 2008 15:26

    Ó João não pode ser! Não vê que eles não podem ser avaliados?

    Desde sempre que penso exactamente isso, que muitas vezes bons professores estão no desemprego e autênticas bestas velhas estão nas salas de aula a fingir ensinar. O problema surge com a impossibilidade, na actual situação, de uma verdadeira reestruturação: as carcaças não podem sair porque pertencem aos quadros, os contratados é uma autêntica roleta russa. Mas digo-lhe, gostava de ver o sistema reformado mas a avaliação não pode ser feita nestes moldes: colegas não podem avaliar colegas. Quem deveria avaliar era uma entidade superior e externa que não conhecesse nem tivesse qualquer relação com os avaliados. Aí sim, haveria uma boa avaliação e aquilo que propõe seria possível!

    um abraço

    TMR

    Gostar

  124. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 15:30

    JM,

    Chegados aqui, porque razão é que a solução final para quem tem problemas de aprendizagem reside em aulas individuais, ditas “explicações”, que são dadas pelos mesmo professores?

    Gostar

  125. 4 Setembro, 2008 15:31

    Ah, uma comissão. Formada por gente isenta e impoluta, claro, como as muitas comissões que caracterizam governos macrocéfalos como os que temos tido.

    Gostar

  126. eduardo correia permalink
    4 Setembro, 2008 15:33

    * “alguns dos personagens”
    algumas das personagens.

    Gostar

  127. eduardo correia permalink
    4 Setembro, 2008 15:37

    “as carcaças não podem sair porque pertencem aos quadros”

    Mas para o João o problema não é esse.
    É este: “O quadro de professores teria que ser alargado, e dado que os melhores prfessores são os que estão neste momento a dar aulas, isso implicaria adicionar piores professores ao sistema. Os alunos passariam a ter uma probabilidade maior de ter um mau professor.” João Miranda

    Farto de aleivosos, passem bem..

    Gostar

  128. Goodfeeling permalink
    4 Setembro, 2008 15:42

    Se os professores não podem ser avaliados, avaliem-se os alunos, e isto já se faz, e tirem-se do sistema os que não forem bons.

    resolve-se vários problemas de uma cajadada só:
    – Só ficam os melhores alunos. Mantendo o númerod e alunos por sala, diminui-se os professores.
    – Diminiuem-se os alunos por turma , como o número de alunos também diminuiu, mantém-se o número de professores
    – Diminuem-se o número de escolas e auxiliares (menos gastos financeiros)
    – Só mantendo os bons alunos no sistema, mantém-se ou melhora-se a qualidade deste.

    A solução de um melhor ensino passa pelos alunos e não pelos professores, como o JM faz crer.
    os alunos são as unicas variáveis do sistema que podem ser controladas e avaliadas.

    Ou seja, reduzir a população escolar é a unica resposta para o problema do ensino, ao contrario do que o JM diz.

    Gostar

  129. 4 Setembro, 2008 15:43

    124. Anónimo Diz:
    4 Setembro, 2008 às 3:30 pm

    JM,

    Chegados aqui, porque razão é que a solução final para quem tem problemas de aprendizagem reside em aulas individuais, ditas “explicações”, que são dadas pelos mesmo professores?

    Não sei se o JM vai responder mas, mesmo correndo o risco de parecer mal educado, eu respondo ao Anónimo 124. ( que provavelmente é uma pessoa, com nome e tudo).

    Porque aí, finalmente, o aluno quer aprender. QUER. Ele, ou os pais dele QUEREM, EXIGEM que ele aprenda, porque estão a pagar um balúrdio para isso mesmo. Esta é a razão mais forte que pode usar-se contra o ensino gratuito e universal, infelizmente.
    Não existe vontade de ensinar, só existe vontade de aprender.

    Gostar

  130. 4 Setembro, 2008 15:47

    Ó joão miranda, o processo educativo não corresponde a um dimensionamento de um fermentador, em que melhorando os equipamentos e os reagentes, aumenta-se o rendimento. É bem mais complexo do que isso e eu até já passei por ambos os casos.
    Um bom professor não melhora os resultados de medíocres alunos se estes não tiverem o apoio social e a premência da motivação para aprender alguma coisa. O que é estranho é que eu, antes de estar no ensino, também pensava o mesmo que você. Deve ser defeito de investigador ausente da micro-realidade das escolas. Pelo menos eu lá estive 5 anos antes de “correrem” comigo por causa do défice. Não houve problema, eu fui porque quis e sai para algo igualmente melhor. Mas a experiência fez alterar muitas das minhas concepções alternativas…

    Gostar

  131. JEM permalink
    4 Setembro, 2008 15:50

    Aconselho a leitura de um estudo exaustivo sobre o ensino, em vários países, patrocinado pelo Economist

    Os países com maior sucesso têm em comum os seguintes aspectos:
    – Ser professor é nessa sociedade algo muito valorizado socialmente. Isto atinge-se através do acesso limitado à função, apenas reservada aos melhores
    – Os professores recebem um treino permanente durante toda a sua vida profissional (quanto mais professores houver, maior será o custo de terem uma formação permanente).

    – Ter mais ou menos alunos por professor (até um limite razoável, claro, mas bem acima dos 15) não tem qualquer impacto.

    Sendo assim, o que o João Miranda preconiza encaixa perfeitamente nos melhores modelos de ensino: menos professores, com elevadas capacidades, e muito bem treinados e preparados.

    Gostar

  132. 4 Setembro, 2008 15:57

    Só mais uma achega ao meu post 130. Um dia, para demonstrar que numa turma de 30 alunos durante uma actividade experimental, era impossível estar um tempo decente com uma turma vulgaríssima em termos de qualidade ( não, não são turmas das escolas de elite de Portugal, mas sim de um lugarejo perdido no meio do Ribatejo), fiz a medição do tempo de interacções professor-aluno que fossem válidas para o que se pretendia ensinar/aprender ( não contabilizei o normal 1/3 de tempo de aula para repor a disciplina na sala de aula). E o que constatei, é que nem com 20 alunos iria conseguir, para aquela turma de marmanjos, que eles conseguissem aprender alguma coisa de jeito. Aqui não se trata de reduzir todas as turmas até 15 alunos. O problema é a generalização: há turmas que deveriam ter 10 e outras onde 30 não tem problema de maior.
    E infelizmente, com os níveis de indisciplina que grassam nas escolas(bem piores que aquela famigerada luta por um telemóvel), são bem mais as que precisam de ser pequenas do que as maiores.
    PAra além de que a maioria dos alunos portugueses com mais de 12 anos, nascidos e criados na balbúrdia sob a alçada da pedagogias ministeriais, já não vão lá nem com falinhas mansas, nem com computadores caídos do céu, nem com a polícia à porta…a mesma que anda a “levar uma banhada” ( dito no bom calão escolar) dos criminosos…

    Gostar

  133. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 16:04

    o José Silva se está assim tao desiludido com os marmanjos desista da profissao. Já nao se aguenta professores com tantas queixinhas dos alunos.

    Gostar

  134. Goodfeeling permalink
    4 Setembro, 2008 16:06

    “E infelizmente, com os níveis de indisciplina que grassam nas escolas(bem piores que aquela famigerada luta por um telemóvel), são bem mais as que precisam de ser pequenas do que as maiores.
    PAra além de que a maioria dos alunos portugueses com mais de 12 anos, nascidos e criados na balbúrdia sob a alçada da pedagogias ministeriais, já não vão lá nem com falinhas mansas, nem com computadores caídos do céu, nem com a polícia à porta…a mesma que anda a “levar uma banhada” ( dito no bom calão escolar) dos criminosos…”

    Mais uma prova irrefutável que quem torna o sistema mau são os alunos. Se esta maioria de alunos não estivessem na escola, a escola seria certamente melhor e a prestar um bom ensino, com um nível qualitativo elevado.

    Gostar

  135. Alexis permalink
    4 Setembro, 2008 16:27

    A minha experiência como professor:

    Uma turma boa/muito boa, pode funcionar bem com 28 alunos.

    Uma turma fraca, para funcionar tem de ter menos de 15.

    Na práctica isto já acontece, as turmas de cursos alternativos e cursos de educação e formação, distinados aos alunos mais fracos, por regra não tem mais de 15 alunos, em muitos casos até tem menos de 10.

    Já agora, no ensino privado, o n.º médio de alunos por turma é bem superior ao do ensino público.

    Um exemplo: http://www.osj.salesianos.pt/public/UserFiles/Downloads/Turmas_7_ano.pdf (no final de cada página tem o n.º de alunos de cada turma)

    Legalmente, no 1.º ciclo as turmas não podem ter mais de 24 alunos, do 5.º ano em diante no ensino regular, as turmas devem ter entre 24 e 28 alunos, isto nos anos iniciais de ciclo: 5.º, 7.º e 10.º ano, nos outros anos não há limite minimo). No ensino profissional não podem ter mais de 23 alunos.

    As turmas de 28 alunos, estão longe de ser a regra.

    Gostar

  136. Nuspirit permalink
    4 Setembro, 2008 16:27

    “Quem deveria avaliar era uma entidade superior e externa que não conhecesse nem tivesse qualquer relação com os avaliados.”

    De facto já seria um avanço. Mas também não seria lá grande coisa. Melhor seria arranjar uma forma de avaliar mais objectiva – é fundamental eliminar as subjectividades e discricionariedades do sistema de avaliação. Uma forma de o fazer é avaliar os professores pelos resultados que os seus alunos obteriam em exames a nível nacional. Obviamente que se teria de criar factores de correcção que reflectissem a localização onde as escolas inseridas. Claro que não é um sistema perfeito. Mas incomensuravelmente melhor do que a situação actual.

    Gostar

  137. Nuspirit permalink
    4 Setembro, 2008 16:29

    Mas o melhor mesmo seria o cheque-ensino. Deixar a cargo das famílias fazerem a sua própria avaliação ao terem liberdade para escolher a escola dos seus filhos.

    Gostar

  138. Alexis permalink
    4 Setembro, 2008 16:29

    tornando o método de selecção de professores mais rigoroso, de forma a que os maus professores fiquem fora do sistema e os bons dentro. Essa solução tem um impacto maior que reduzir o número de alunos por turma, para alem de ser mais racional e mais barato.

    Quanto a mim esse é o grande problema do ensino: a não existência de métodos de selecção e professores.

    Está previsto no novo estatuto um exame de acesso à profissão.

    Gostar

  139. bene dixit permalink
    4 Setembro, 2008 16:31

    Cá na minha, ó JM, a solução passava mais por uma selecção rigorosa dos alunos, que de há muito se processa na América e por cá, na maioria de escolas particulares, também.

    Gostar

  140. 4 Setembro, 2008 16:38

    A OCDE DESMENTE O MINISTÉRIO

    O que o Ministério sabe mas esconde cobardemente, de forma a virar os portugueses menos esclarecidos contra os que trabalham dia a dia para dar um futuro melhor aos filhos dos outros.

    “Os PROFESSORES em Portugal não são assim tão maus…”

    Consulte a última versão (2006) do Education at a Glance, publicado pela OCDE, em http://www.oecd.org/dataoecd/44/35/37376068.pdf.

    Se for à página 58, verá desmontada a convicção generalizada de que os professores portugueses passam pouco tempo na escola e que no estrangeiro não é assim.
    É apresentado, no estudo, o tempo de permanência na escola, onde os professores portugueses estão em 14º lugar (em 28 países), com tempos de permanência superiores aos japoneses, húngaros, coreanos, espanhóis, gregos, italianos, finlandeses, austríacos, franceses, dinamarqueses, luxamburgueses, checos, islandeses e noruegueses!

    No mesmo documento de 2006 poderá verificar, na página 56, que os professores portugueses estão em 21º lugar (em 31 países) quanto a salários!
    Na página 32 poderá verificar que, quanto a investimento na educação em relação ao PIB, estamos num modesto 19º lugar (em 31 países) e que estamos em 23º lugar (em 31 países) quanto ao investimento por aluno.
    E isto, o M.E. não manda publicar…
    Não tem problema. Já estamos habituados a fazer todos os serviços.
    Nós divulgamos aqui e passamos ao maior número de pessoas possível, para que se divulgue e publique a verdade.

    Gostar

  141. 4 Setembro, 2008 16:40

    AVALIAÇÃO CIENTÍFICA E PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES

    Compete às instituições de Ensino Superior – Universitário e Politécnico – a formação científica e a avaliação dos alunos dos Cursos Superiores e a obtenção do grau académico correpondente. Todos os professores possuem um Curso Superior, nalguns casos equiparado, no mínimo, para a docência. O Ministério da Educação reconhece os Cursos Superiores ministrados nas Universidades e Politécnicos como habilitação científica para a docência nos vários graus – 1º/2º/3º ciclos do Básico e níveis Ensino Básico e Ensino Secundário. É através dessa habilitação académica e científica que recruta os professores para a leccionação na área disciplinar com base na habilitação superior.

    http://www.mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/2008/09/avaliao-cientfica-e-pedaggica-dos.html
    Está legislado pelo Ministério da Educação que a habilitação para x,y,z das Universidades f,g,h dos anos de formação i,j,l, confere, por exemplo, habilitação para a leccionação da disciplina de Francês no 3º ciclo. Assim, todos os professores do País a leccionar a disciplina de Francês no 3º ciclo do Básico têm competência académica e científica reconhecida pelo Ministério da Educação para leccionar essa disciplina. A juzante encontra-se o Curso Superior, a avaliação e nota do curso, bem como a competência das Instituições Universitárias, dos seus professores, peritos e matérias.
    A minha perplexidade é, pois, total quando oiço meio-mundo a falar em avaliar competências científicas. É com base no que acabei de introduzir que fico espantada com afirmações de professores que utilizam argumentos do tipo “x professor não é da minha área disciplinar”.
    Continuando no exemplo referido, do Francês no 3º ciclo, vai-se avaliar se o Curso de Românicas da Faculdade de Letras de Coimbra é melhor ou pior do que o Curso Superior de Línguas e Literaturas Modernas, variante Francês, da Universidade de Lisboa? O professor do Ensino Básico e Secundário vai avaliar se os professores universitários sabiam das matérias das disciplinas que leccionaram aos seus actuais colegas!?

    A formação científica dos professores está toda certificada e avaliada pelas universidades e devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação. Contudo, para se exercer a profissão não basta essa habilitação. É necessária a habilitação pedagógica e habilitação profissional. Os modelos de obtenção de habilitação profissional para a docência foram, e são, muito variados: vias ensino com estágio profissional integrado, pedagógicas, profissionalização em exercício e outros. Formação altamente especializada para o exercício da profissão!
    Um denominador é comum a toda a formação especializada para a docência que confere habilitação profissional ou profissionalização: toda é ministrada nas universidades, por professores do ensino universitário ou politécnico, com estágios profissionais realizados em contexto real profissional, de sala de aula, com planificações, trabalhos, aulas observadas, etc.
    O meu estágio foi de um ano lectivo. Muitos outros foram de dois. O candidato a professor, caso já esteja no Ensino, é testado e avaliado pela universidade que lhe reconhece aptidão profissional.
    De novo, a minha perplexidade é, pois, total quando oiço meio-mundo a falar em avaliar competências profissionais.
    É justamente por possuir habilitações profissionais/pedagógicas que um professor é professor. Vai avaliar-se a Universidade que creditou o professor? Um professor do Ensino Básico e Secundário vai avaliar se os professores universitários sabiam das matérias de conteúdo pedagógico e se o estágio profissional, entretanto realizado, avaliado e certificado, do seu colega está bem atribuído? Mas foi o Ministério da Educação que aprovou essa formação e a reconheceu!
    É por estas razões que um professor é … professor.

    Gostar

  142. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 16:41

    Parece que as escolas e o ensino é feito para os professores e assim seleciona-se os alunos para os professores. Fixe. Que grande ideia. O objectivo nao é ensinar é ser capaz de aprender aprender. Sendo assim era melhor os alunso receberem ordenado e os professores pagarem para darem aulas.

    Gostar

  143. 4 Setembro, 2008 16:45

    Anónimo 133, não sabe ler com calma. Eu saí há 4 anos por causa do défice. É que o sistema do ensino secundário prefere um recém-licenciado profissionalizado a um professor não profissionalizado mas um doutoramento e um pós-doutoramento. Uma situação ridícula nos países civilizados (aqui concordo com o João Miranda, as escolas deveriam poder ter maior liberdade na escolha de professores mais adequados para a sua tipologia, tipo de alunos, etc.).
    Fui preterido na famosa lista de ordenação e graças à diminuição de contratos cega feita pelo Ministério.
    Todavia, apesar de já ter tido vários e diversos empregos desde então, estou num emprego em que faço o que gosto. E se tivesse ficado no sistema de ensino também o faria sem problemas.
    Mesmo com os marmanjos, gostei da profissão sem problemas de maior. Aliás, o que mais me irrita é ver pessoas falarem de educação sem perceberem patavina do que estão a falar. E isso inclui até mesmo alguns professores…

    Gostar

  144. 4 Setembro, 2008 16:48

    Isso mesmo Anabela, excelente post.
    Faz-me lembrar um grande amigo meu quadro de um banco (famoso pelas piores razões), que ficou de boca aberta quando lhe mostrei os dados reais e não os vociferados pelos comentadores papageantes. Ele também acreditava na conversa mítica até ele ter lido com calma o documento. Felizmente, ele ainda sabe pensar por si próprio.

    Gostar

  145. 4 Setembro, 2008 16:49

    Ideia genial, a proposta por João Miranda!!! Ele há cada cromo!!! A sua lógica é a da batata.O Liberalismo é isto???

    Gostar

  146. 4 Setembro, 2008 16:51

    Continuação do meu comentário 140!

    Os professores do E.Basico e Secundário frequentam obrigatoriamente ao longo da carreira formação creditada pela entidade habilitada do ministério da Educação para o fazer. Pelo que são obrigados a permanentes actualizações nas áreas científicas e pedagógicas. Mais uma vez. Um qualquer professor vai avaliar se o formador creditado pelo Conselho Científico da Formação de Professores (sede em Braga) creditou correctamente a bolsa de formadores que possui (o processo é/era totalmente credível)? Vai avaliar se o Conselho Científico é competente!? …

    Se existissem modelos de avaliação de desempenho profissional credíveis, e não político-ideológicosa como este proposto pelo ME, todos os sistemas de ensino na Europa os teriam adoptado!
    Ora, um dos poucos países da Europa que tinha avaliação formal de desempenho dos professores era justamente o sistema português!!!! Colocarei aqui neste forum o site para que constactei a veracidade do que estou a dizer.

    Gostar

  147. Goodfeeling permalink
    4 Setembro, 2008 16:54

    “Um professor do Ensino Básico e Secundário vai avaliar se os professores universitários sabiam das matérias de conteúdo pedagógico e se o estágio profissional, entretanto realizado, avaliado e certificado, do seu colega está bem atribuído?”

    há algum professor universitáriocom algum curso de formador, pedagógico ou que os ensine a ensinar?
    Ensinam os alunos a papaguear as suas ideias e ai de quem pense o contrario…

    Gostar

  148. Goodfeeling permalink
    4 Setembro, 2008 16:58

    Existe algum professor universitário com formação pedagógica?

    Alguns tem jeito para a coisa, outros só vivem no seu mundo de teses e teoremas, por melhores técnicos e cientistas que sejam.

    O ensino universitário também tem as suas belas-donas, que julgam ser capazes de ensinar. Raramente tem professores.

    Gostar

  149. 4 Setembro, 2008 17:01

    Na sequência do meu comentário 146!

    A Avaliação do Desempenho Docente: Má-Fé, Brejeirice e Mentira Pública!

    O ME e o Governo que o tutela insistem em veicular para a opinião pública a falsa ideia
    de que em Portugal, antes da “geração Sócrates”, os professores não estavam sujeitos
    legalmente à avaliação do seu desempenho profissional.

    Com efeito, muitas têm sido as inoportunas ocasiões em que, publicamente, a ministra da
    educação e até mesmo o primeiro ministro, têm ardilosa e falsamente invocado, em seu
    benefício, aquele argumento.

    Perguntemo-nos: É ou não verdade que os docentes portugueses não eram (não são) avaliados?

    Resposta possível número 1: SIM, os professores em Portugal são avaliados!

    Na óptica oficial da União Europeia e dos governos que em Portugal antecederam o do
    amnésico Governo do Engº Sócrates, no sistema educativo nacional vigorava um sistema de
    avaliação do desempenho docente, fazendo-se Portugal integrar no restrito grupo de países
    europeus em cujo sistema educativo se reconhecia oficialmente a existência e
    funcionamento de um efectivo sistema de avaliação dos seus professores.

    Perguntar-se-á como é que isto se prova(?). É fácil, basta consultar a base de dados
    oficial da UE (Eurydice) e verificar-se-á que nela se reconhece o óbvio: em Portugal, ao
    contrário de muitos outros países europeus, os professores eram efectivamente avaliados!
    (crf:
    http://www.eurydice.org/portal/page/portal/Eurydice/EuryPage?country=PT〈=PT&fragment=248
    ).

    Eu sei que a Ministra MLR sabe disto e também sei que ela simula não o saber. Logo, das
    duas uma, ou ela assume publicamente a sua indecorosa mentira ou…

    …ou então a ministra não é nem portuguesa nem europeia mas, quiçá, chilena.

    É claro que este facto não a desculpabiliza de tanta insensatez e malfeitoria, mas num
    País “democrático e moderno” como o nosso(?) esta reiterada brejeirice e mentira
    políticas deveria conduzir natural e necessariamente à sua demissão. (Obs.: A este
    propósito recordo-me do episódio triste do ex-ministro do ambiente António Borrego, o
    qual, por publicamente, algures no interior do norte de Portugal, ter contado uma anedota
    de mau gosto, foi de imediato demitido por Cavaco Silva… Imaginem o que não teria já
    acontecido a Maria de Lurdes Rodrigues se o decoro democrático e a decência política
    fossem outros no Governo do Engº Sócrates);

    Resposta Possível nº2: Para a União Europeia, o governo nacional diz que “sim, está
    instituído em Portugal um sistema de avaliação do desempenho dos docentes”; para os
    portugueses, o mesmo governo, diz que “não”. Conclusão: “NIM!”

    Fernando Cortes Leal

    Gostar

  150. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 17:35

    Uma avaliaçao que nao servia para coisa nenhuma a nao ser gastar papel e tempo e dar mais uns ordenados a alguém.

    Gostar

  151. 4 Setembro, 2008 17:40

    Que giro, procura-se ver a árvore olhando para o ramo. Funcionaria com fractais mas no contexto da educação como é possível só olhar para os professores para encontrar soluções que melhorem resultados educativos? Então e os alunos não têm que trabalhar? E os pais não têm que apoiar os seus filhos? E o patrão (ME) não tem que motivar os seus funcionários?

    Aplicando a lógica do seu texto à investigação científica, campo que julgo ser familiar ao JM, devemos então concluir que o baixo número de patentes que possuímos tem origem na pouca qualidade dos nossos investigadores?

    Gostar

  152. 4 Setembro, 2008 17:49

    Anónimo (150),

    Temos em acção o típico labrego nacional, xico esperto portuga … “Uma avaliaçao que nao servia para coisa nenhuma a nao ser gastar papel e tempo e dar mais uns ordenados a alguém.”

    É tão idiota que não sabe que o artigo do ECD (estatuto da carreira docente) que não foi regulamentado foi justamente aquele que iria diferenciar os professores a nível da classificação profissional (Bom, Muito Bom/Excelente), SABIA? Só foi objecto de regulamentação no anterior ECD, o “satisfaz” e “não satisfaz”. Sabia? Agora não me diga que isso também é culpa dos professores …

    Este teve uma má relação, na infancia, com o pai ou com algum professor!!! Está traumatizado como o Sócrates e a professora primária Maria de Lurdes Rodrigues… Portugal está repleto de patetas alegres e de “traumatizados” … coitados!

    Gostar

  153. Nuspirit permalink
    4 Setembro, 2008 17:51

    “Que giro, procura-se ver a árvore olhando para o ramo. Funcionaria com fractais mas no contexto da educação como é possível só olhar para os professores para encontrar soluções que melhorem resultados educativos? Então e os alunos não têm que trabalhar? E os pais não têm que apoiar os seus filhos? E o patrão (ME) não tem que motivar os seus funcionários? “

    Tanta arrogância para dizer nada. A ignorância sempre foi muito atrevida, já se sabe.
    São os país e os alunos que pagam aos professores para estes cumprirem bem a sua função. Quem não percebe esta coisa elementar, nunca perceberá nada.

    Gostar

  154. Nuspirit permalink
    4 Setembro, 2008 17:52

    “Uma avaliaçao que nao servia para coisa nenhuma a nao ser gastar papel e tempo e dar mais uns ordenados a alguém.”

    100% correcto. Bem podem vir para aqui com teorias que essa é a crua verdade.

    Gostar

  155. 4 Setembro, 2008 17:59

    Esclareço o forum que sou professora. A minha admissão para frequentar o primeiro Curso Superior na Instituição Do Ensino Superior em que me licenciei (1ª licenciatura), obrigava a uma selecção rigorosíssima para entrar: provas escritas específicas e de cultura geral escritas e orais!!! De um total de mais de 600 candidatos ingressámos para tirar o curso … 42!!!!!!

    Diga lá. Por que será que as instituições do Ensino Superior não continuam a fazer o mesmo que faziam!???????????? …

    Tornou-se um bom negócio. O sector do E. Superior é que está TODO DESREGULADO em todos os sectores. Porque não questiona, do mesmo modo, todas as outras formações superiores? Diga lá. TODAS.

    Mais um traumatizado … !

    Gostar

  156. Nuspirit permalink
    4 Setembro, 2008 17:59

    …devemos então concluir que o baixo número de patentes que possuímos tem origem na pouca qualidade dos nossos investigadores?”

    Obviamente.

    Gostar

  157. 4 Setembro, 2008 18:00

    Nuspirit (154)

    Outro traumatizado …

    Gostar

  158. Tribunus permalink
    4 Setembro, 2008 18:02

    Este miranda, acha que os contribuintes devem aguentar 40.ooo
    professores que não são necessários?porque não são convertidos onde o seu grau académico seja aproveitado? a VONTADE DE TRABALHAR NÃO È NEHUMA!

    Gostar

  159. 4 Setembro, 2008 18:08

    Uma das áreas que qualquer psicólogo domina é a Avaliação. Os psicólogos sociais, ou empresariais, são chamados a criar os itens de avaliação de desempenho e modelos de avalição das profissões.

    Trabalhei na criação de modelos de avaliação profissionais, pagos por grandes empresas, a empresaas de consultores nestas áreas …

    As suas frases da treta vieram (mesmo) bater á porta “certa” … não acha?

    Gostar

  160. 4 Setembro, 2008 18:16

    Tribunus (158),

    Estes professores vão ser, com raras excepções, todos necessários ao sistema. Têm sido. Mão de obra barata e subjugada. O que acontece é que este ano resolveram iniciar mais cedo o trabalho com os alunos (início das aulas) e não estão os professores colocados para esse efeito. Pior. As colocações estão mais atrasadas do que é hábito, há uma enormidade de erros grosseiros de colocações via serviços centrais (esses gaijos não são do ME e estão-se total/ borrifando para tudo)e as direcções regionais estão sob grande pressão das escolas que querem professores para lançar o ano lectivo.

    Gostar

  161. 4 Setembro, 2008 18:34

    “Tanta arrogância para dizer nada.”

    Arrogância, Nuspirit? Há cada uma.

    “São os país e os alunos que pagam aos professores para estes cumprirem bem a sua função.”

    Mas no que escrevi encontra algo em que eu sugira o contrário?
    E do que escreve, devo depreender que os restantes actores na educação têm papel nulo, certo?

    Sabe Nuspirit, a mim o que me parece é que é fácil arranjar bodes expiatórios.

    Gostar

  162. 4 Setembro, 2008 18:39

    Sócrates contenta-se
    Somos governados por um BURRO.
    Ontem, o 1º Ministro foi visitar escolas em Lisboa. Escolas essas que estão em obras. Quando viu uns contentores disse do alto do seu distinto canudo de engenharia:
    “É ali que os alunos vão ter aulas? Pensei que fossem os contentores das obras.” KA BURRO!!!!!!!!!!!!!!
    Então, como é possível um 1º Ministro não conhecer a realidade do país que governa. Então não sabe que este país está cheio de “contentores de obras” que de provisórios passaram a definitivos. Há escolas onde as salas são estes ditos barracos há 20 anos.

    http://www.democraciaemportugal.blogspot.com/

    Gostar

  163. 4 Setembro, 2008 18:40

    Pois ha “108, e anónimo”, como convem qd se trata de emitir opiniões.
    Mas pode acreditar, q só vão ficar os piores, e quem não tem idade p se reformar mm penalizado.
    E não é a resistência à mudança, nós mudamos todos os anos, de horário, de nivel de ensino, de alunos, e mts até de escola…

    Acaso fala com conhecimento de causa? ou é o q houve dizer?!

    Gostar

  164. 4 Setembro, 2008 18:52

    Hoje, passei duas horas e meia a tentar explicar a 10 professores os conceitos visão, missão, objectivo estratégico e mapeamento estratégico. Sozinha.
    Depois de ter recebido uns mimos sobre a minha mania das coisas vanguardistas (como se fossem!), a maioria decidiu que o projecto educativo deve continuar a ser aquele calhamaço de dados estatísricos locais, a que se segue meia dúzia de pontos vagos, contraditórios e inavaliáveis que designaram por metas. Enfim, optou-se por cumprir as directivas da administração da escola, que remetem para a completa aleatoriedade. A mesma aleatoriedade que se quer para a avaliação.

    A propósito: Por acaso sabem que uns milhares de cobaias foram avaliados no ano lectivo que findou? E não vos interessa saber como? Ah! Sois iguaizinhos aos sindicatos: Tudo está bem, desde que não toque no respectivo umbiguinho…

    Gostar

  165. activia permalink
    4 Setembro, 2008 19:28

    Contentores Pedagógicos – Escola Secundária Aurélia De Sousa

    P.S: Climatizados!!

    Gostar

  166. 4 Setembro, 2008 19:33

    Tt (164),

    “Por acaso sabem que uns milhares de cobaias foram avaliados no ano lectivo que findou? E não vos interessa saber como? Ah! Sois iguaizinhos aos sindicatos: Tudo está bem, desde que não toque no respectivo umbiguinho…”
    Quem lhe disse a si que o não sei? Até sei nomes e tudo…
    E etc. Etc.

    Tt, estou curiosa em saber se é formador/a creditada para fazer formação a professores …

    Gostar

  167. 4 Setembro, 2008 19:33

    Peço desculpa, não era para o “108” a minha resposta mas para o “110”…….. é q com tanta resposta baralhei-me!!

    Gostar

  168. A. R permalink
    4 Setembro, 2008 19:34

    Já agora. Quanto custaria avaliar de forma objectiva os professores?

    Gostar

  169. Aldina permalink
    4 Setembro, 2008 19:44

    E o que é um “Bom” professor e um “Mau” professor? O que chumba muito é o Bom? O que pertence ao partido no poder é o “Bom”? Se se aplicasse metade do rigor a que estão sujeitos os professores aos políticos e aos jornalistas, não havia país nem jornais!

    Gostar

  170. Aldina permalink
    4 Setembro, 2008 19:47

    Exemplo de “Bom” Político e Presidente

    “O mais difícil nessa altura era escolher entre os que se queriam associar ao projecto lançado e apadrinhado por Mário Soares (…). Com muitas dezenas de milhares de contos ‘oferecidos’ por Maxwell em 1987 e 1988, com consideráveis verbas oriundas do ex-MASP e uma importante contribuição de uma empresa próxima de Almeida Santos, houve o suficiente para aumentar o capital da Emaudio de 5 para 100 mil contos” – Rui Mateus

    “A integridade física de Rui Mateus estaria alegadamente ameaçada, havendo fortes indícios de que terão sido feitos contactos com indivíduos ligados ao mundo do crime, para se encarregarem desta «operação» (…). As pressões eram muitas, a começar com as «recomendações de amigo» de Almeida Santos, que o Presidente da República enviara apressadamente de Marrocos e com quem reuniríamos regularmente a partir do dia 17 de Maio em sua casa. Por outro lado eu estava a ser «olhado» como um traidor à causa «soarista» (…).
    Rui Mateus

    Exemplo de “Bons” procuradores!

    “A Procuradoria-Geral da República manteve sempre um silêncio sobre estas actividades criminosas” – Dra. Quitéria Barbuda in “O Patife”, Revista “Espírito”, nº 16, 2005.

    Gostar

  171. 4 Setembro, 2008 19:51

    A. R (168),

    Só existem duas formas de avaliação de desempenho profissional do professorado: a técnica e a política. Como a profissão é das mais enquadradas adiministrativamente, tecnicamente das mais exigentes e a profissão tida com de maior “risco”, os programas e tudo o resto é para cumprir totalmente e á risca, muito escutinada dentro e fora da escola, muito exposta a todo o tipo de treinadores de bancada (como no futebol9, aqueles que não aguentam ou não conseguem aguentar na primeira oportunidade saiem do Ensino. Foi o que se passou com a actual ministra (professora primária durante vários anos) e com o sercetario de Estado Valter Lemos (leccionou poucos anos no Secundário e mal pode tornou-se “formador e consultor). Os maus professores não se encontram no sistema … simplesmente porque saiem.

    A modelo de avaliação existente até agora, aperfeiçoado, é o único que permite uma avaliação tecnica com maior objectividade. A prova pública a meio da carreira também foi retirada.
    Isto foi substituído por este desgoverno por uma avaliação política.
    Grave. Muito grave. A Democracia está em causa … seguramente.

    Gostar

  172. bene dixit permalink
    4 Setembro, 2008 21:09

    Curioso, ó jota miranda, aqui e ali, sobre essa de bons e maus professores. Que ainda me dirá você que é isso, tá? Se será tipo a gorda ministra ou o nosso socrates. Não? Então, talvez vocemecê e assim algum dos muitos entendidos na matéria de entre os seus apaniguados coriféus? Anh?!
    E ai como o falar vai queixos, meu!

    Gostar

  173. Anónimo permalink
    4 Setembro, 2008 21:27

    “Este teve uma má relação, na infancia, com o pai ou com algum professor!!! Está traumatizado como o Sócrates e a professora primária Maria de Lurdes Rodrigues… Portugal está repleto de patetas alegres e de “traumatizados” … coitados!”

    nota-se logo que a Anabela é uma boa professora. E muito bem educadinha.

    Gostar

  174. Tita permalink
    4 Setembro, 2008 22:37

    Sem rodeios: eu sou melhor professora de Inglês do que 90% dos professores que estão dentro do sistema e estou fora (ocupadíssima no privado, diga-se). Acontece que tirei a minha licenciatura (nota final 16) numa universidade a sério (na Universidade do Minho há oito anos atrás) e isso não chega! Se tivesse “estudado” em Macedo de Cavaleiros…

    Gostar

  175. tancredo permalink
    4 Setembro, 2008 22:58

    O problema são mesmo os alunos.Quem devia mandar eram os professores e não os alunos,mas como estamos no tempo do pensamento complexo…..Estamos exactamente a sofrer as consequências do PREC.Nessa altura,sendo todos,ou quase alinhados com a U.E.C.,.sempre houve alguns resistentes como eu, que ainda hoje não sofre desse síndroma.

    Gostar

  176. 4 Setembro, 2008 23:06

    Pegando na pergunta que JM coloca, “Como melhorar o ensino?”, aqui vai algo de concreto:

    http://news.bbc.co.uk/2/hi/talking_point/3815691.stm

    «Police, Local Education Authorities and head teachers are allowed to issue the fines without having to take the parents to court.

    The initial fine of £50 rises to £100 if not paid within 28 days. If parents refuse to pay they face prosecution and a possible jail sentence

    Parents may also be fined if they take their children out of school on term-time holidays without permission. »

    Já agora, o texto completo contém opiniões contrárias e favoráveis à medida!

    Pessoalmente, eu seria a favor da penalização monetária dos pais perante o mau comportamento dos filhos. Compreendo que não seja fácil para os pais trabalharem ambos um dia inteiro e depois ainda educarem os seus filhos. Mas por outro lado há pais que parecem fazer todas as vontades aos filhos e depois surpreendem-se perante as birras deles.

    Como já referi mais a cima, na educação há vários actores com diversas responsabilidades. Além do direito de terem os seus filhos adequadamente formados, os pais também têm deveres. Convém não esquecer.

    Gostar

  177. 4 Setembro, 2008 23:24

    Sobre os profs e a sua avaliação e sobre o próprio ME, já muito escrevi no Fliscorno sobre o assunto, sendo inadequado encher esta caixa de comentários com esses textos. Aos eventuais interessados, destaco estes dois textos:

    http://fliscorno.blogspot.com/2008/04/o-que-poderamos-mudar-na-educao.html

    e

    http://fliscorno.blogspot.com/2007/07/laboratorio-me.html

    Terminando: penso que encontrar soluções implicará olhar para todas as faces dos problemas.

    Gostar

  178. 5 Setembro, 2008 00:24

    Tt (164),

    Como se “esqueceu” de responder ao meu comentário 166…

    “Tt, estou curiosa em saber se é formador/a creditada para fazer formação a professores … (166)”

    deixo um post com comentários MUITO INTERESSANTES sobretudo a partir do meio até ao final para que perceba uma simples coisita – o maior número de portuguses com formações de nível superior en contra-se no Professorado. E no seio da classe resiste uma geração de professores com vasta cultura geral e política. Quiçá a elite intelectual actual. Justamente das idades do Sócrates e de MLR …

    ISCTE connection …
    http://www.educar.wordpress.com/2008/09/02/mas-quantos-professores-tiraram-o-curso-na-independente/

    É sempre bom, começar-se cedo a curtar as pernas do polvo. O polvo asfixia …

    …É por essa simples razão, e sabendo que trabalham com jovens, que os professores são temidos pelo poder político (por uma excelente razão!). Quando se perfila a instalação de uma ditadura, os professores estão na mira do primeiro e grande ataque á sociedade, às populações, prepertado pelos futuros ditadores com sua numenKlatura. É histórico. Nada de novo.

    Gostar

  179. 5 Setembro, 2008 00:37

    RV (177),

    Creio que não o fez por má fé, ao contrário de outros. Mas o seu enumerado pouco terá a ver com os problemas de facto. Peço-lhe desculpa de o dizer.

    Têm sobretudo a ver com a forma como cada individuo que se sentava na cadeira da 5 de Outubro pretendia mostrar serviço, para depois se transferirem para alguma fundação, organismo internacional … esfarrapavam umas leis, uns despachos pouco ou nada articulados com qualquer realidade existente. E vitimizavam-se, dizendo que o ME era muito difícil e tal. Tretas. Eram completamente incompetentes em todos os aspectos, não eram professores, não lhes doia no “pêlo”.

    Na Escola, coexistem uma sobreposição de reformas espartilhadas ao longo de todos estes anos. E estes do actual ME vieram piorar a coisa a 200%. Modelos completamente “opostos” na concepão e na pragmatização coexistem no SNE. Trespassam toda e qualquer intervenção. É meio para doidos.
    Duas coisas contraditórias ao mesmo tempo…

    Gostar

  180. bene dixit permalink
    5 Setembro, 2008 00:44

    Anabela,

    Nada que não possa rever de uma penada, mas acontece que a coment 171 lhe sai a pequena gralha pa dizer “saem”, se escreve ‘saiem’, por duas vezes, e não é bem. Nada que alguém não tenha já feito alguma vez. O caso que, dada a elevação de discurso que ali tem, nota-se mais.

    Gostar

  181. Problemas permalink
    5 Setembro, 2008 02:27

    Querem métodos expositivos e a disciplina do “tá caladinho ou levas no focinho”?
    Se não querem como pretendem conseguir o milagre de conciliar grupos de 25 alunos com metodologias mais viradas para a investigação, a pesquisa e o debate? Pensam que é na faculdade que isso se inculca nas cabecinhas? É demasiado tarde. Se eu dividir 24 alunos em grupos de 2 disponho aprox. 7 minutos de atendimento para cada grupo numa aula de 90 minutos. Experimentem aí em casa ver o que se consegue fazer. Extrapolem para uma situação em que os 12 grupos coexistem no espaço fechado de uma sala. Penso que é nesta base que temos de começar a procurar soluções. Quanto custa vê-se depois. Até porque dinheiro há! Pode é ser gasto em mordomias ou num sistema de educação com edifícios escolares decentes (a actual campanha não vai cobrir sequer metade do parque do ensino secundário e contamos com verbas da CE para isso; nem quero pensar no que se seguirá)

    Quanto à falta de qualidade dos professores só vejo um responsável: a tutela do ensino superior.

    Quanto à falta de motivação dos alunos … bem “de manhã é bom para estar na caminha”, e se as perspectivas são acabar no callcenter … Se eu me levantasse às 10 horas e fosse para a TV ganhar 20.000 dele por mês é claro que teria motivação. Mas para isso não precisava de um bacharelato. Bastava-me um estojo de make-up.

    Gostar

  182. 5 Setembro, 2008 03:52

    Com a proposta de visionamento de um “videoclip”, senhor JMiranda, I rest my case, pois já teve os seus minutinhos da nossa atenção. Veja e pode ser que entenda finalmente a falácia do tópico que propõe: o campo está minado e Vossa Excelência limita-se a propagar a diabolização contra os professores que aquele projecto de Minsitra do M.E. tão eficazmente levou a cabo (Deus lhe perdoe, que nós, nunca!).

    MINUTOS 1’08 a 3’44, p.f.

    Créditos a

    O feitiço, os feiticeiros e os aprendizes

    Gostar

  183. Ricardo Santos Pinto permalink
    5 Setembro, 2008 13:21

    Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
    Deve-se submeter candidatos a professores a exames rigorosos de admissão, sim. Mas também se deve reduzir o número de alunos por turma. É impossível dar uma aula em condições a trinta crianças!

    Gostar

  184. 5 Setembro, 2008 13:26

    PORTUGAL A CAMINHO DO SUCESSO…

    90 mil adultos obtiveram certificação no programa Novas Oportunidades
    Notícia Público Online
    Com este “purgama” vamos conseguir a glória prometida! O sucesso está garantido e os males do país resolvidos…
    Imagem daqui

    http://www.sinistraministra.blogspot.com/2008/09/portugal-caminho-do-sucesso.html

    Gostar

  185. 5 Setembro, 2008 14:31

    A pergunta a vermelho (que falta de educação, chefinho) era “como melhorar o ensino”.

    Isto é uma caixa de comentários, não é? Serve para as pessoas darem a sua opinião, não serve? Portanto, aqui também se responde a perguntas, certo?

    OK.

    Não tem nada que saber: Adopta-se de novo tudo o que estava em vigor antes da reforma de Veiga Simão (1972?): notas de 0 a 20 em todos os escalões, escola primária para todos, ensinos liceal e “politécnico” conforme as capacidades de cada qual, ensino superior apenas para os mais capazes; disciplina a sério, com faltas a vermelho (o que também pode ser sinal de boa educação), faltas de material e, evidentemente, faltas de presença com efeitos no aproveitamento; valorização do mérito, do esforço, das capacidades de trabalho; manuais únicos, alterados apenas quando absolutamente necessário, com edições e editoras controladas pela Estado. Regra única para tudo funcionar como deve ser: os professores ensinam, os estudantes aprendem, os funcionários funcionam, os burocratas reduzem-se à sua insignificância.

    O sistema actual, feito de sucessivos enxertos – cada qual mais imbecil e inoperante do que o anterior -, já provou à saciedade que não funciona e que é incomensuravelmente pior do que o sistema de ensino “fascista”. Portanto, trata-se de escolher aquele que sempre funcionou melhorzinho e, com ele, sem o trabalho de inventar seja o que for, restaurar um sistema de ensino no lugar de uma palhaçada.

    Gostar

Indigne-se aqui.