Um misto d’el rei Dom Sancho, plano quinquenal e vanguardas
Da estrutura com “contornos algo indefinidos” que Helena Roseta vai liderar com vista a “repovoar a cidade” não se conhece uma única ideia além da firme crença que a realidade se faz no Boletim Municipal. Lendo o artigo que o PÚBLICO de hoje dedica ao assunto dá-se conta desta espécie de fé:
«A perder habitantes para os subúrbios há várias décadas, Lisboa precisa de voltar a ter casas a custos compatíveis com os rendimentos da maioria. É aqui que entram medidas tão polémicas como obrigar os promotores imobiliários a alugar uma percentagem dos fogos dos seus empreendimentos a preços controlados – uma medida anunciada pela câmara há cerca de um ano e logo contestada pelos representantes do sector. “Em Espanha é obrigatório por lei”, frisava ontem o vereador que António Costa seduziu em primeiro lugar para se juntar à maioria socialista, Sá Fernandes, eleito pelo BE. “E em Lisboa essa obrigação vai fazer parte do novo Plano Director Municipal.” »
Ou seja, ideia nenhuma. Além claro das obrigações referidas que por junto se referem aos promotores imobiliários. Não discutindo sequer a eficácia deste tipo de legislação temos de convir que se é para incluir esta obrigação no Boletim Municipal não valia a pena criar uma estrutura. Bastava aprovar a obrigação.
Enfim com a vereadora Roseta devidamente entretida e “rendida” segundo o JN não sei se o presidente da CML vai ter uma vida mais sossegada mas não deixa de ser tocante a candura de José Sá Fernandes, definido pelo PÚBLICO como «o vereador que António Costa seduziu em primeiro lugar para se juntar à maioria socialista» quando declarou na apresentação desta “estrutura” : «”Já só falta o PCP” acrescenta, numa referência aos convites aos comunistas para assumirem também responsabilidades na governação da autarquia. »
Por fim apenas uma dúvida: Lisboa tem um vereador para a multiculturalidade? Segundo esta notícia do PÚBLICO Manuela Júdice «assumirá funções na área da multiculturalidade e passará a ganhar o ordenado de vereadora a tempo inteiro». Como desconfio sempre de quem exerce funções sem receber ordenado, não me parece nada mal que Manuela Júdice usufrua ordenado, seja ele de vereadora ou de presidente. O que não sabia – mas vou querer saber – é se Lisboa tem um pelouro para a multiculturalidade ou para a organização de festas. Pois se segundo o DN e o CM, Manuela Júdice «assumirá a liderança do projecto “Lisboa, encruzilhada de mundos“, que visa «colocar a capital na vanguarda da implementação de políticas intermunicipais para a cooperação e o desenvolvimento.» já para o JN « Manuela Júdice ficará com a tarefa de organizar um evento multicultural, que reforce as relações Europa-África-América»
É em momentos como este que percebo porque o fisco, ao contrário dos exércitos, nunca caiu na patetice de admitir a figura da objecção de consciência
“(…)obrigar os promotores imobiliários a alugar uma percentagem dos fogos dos seus empreendimentos a preços controlados”
Isso quer dizer que a EPUL (www.epul.pt) vai começar a fazer arrendamentos nas suas construções novas ou isto é só para “os outros”? 🙂
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Para isso a EPUL teria de controlar os seus próprios gastos
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A partir do momento que essa obrigação é completamente ridícula…esta gente armada em modernaça não percebe que incentivando o arrendamento só está a contribuir para a concentração da propriedade ?
Aliás, ao Deputado Pedro Nuno Santos já o ouvi defender que as pessoas deviam morar em casas arrendadas em vez de comprarem casa, “porque é assim que as pessoas fazem na Holanda”. Mais ridículo que o Abel defesa direito do Sporting.
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Creio que, pelo menos, a Helena terá a seu favor uma inaudita capacidade de ouvir e ouvir sugestões de todos os quadrantes. De esse ponto de vista, ela pertence a um tipo moderno de administração que não funciona por autismo e brilhantismo auto-assumido à partida. E, sim, a estrutura que liderará é incipiente, tem uma aura off-the-record porque não constitui uma vereação, quando muito uma vereação de intencionalidades, mas não me atrevo a destruir a ideia. A Helena é uma lufada de ar fresco num multipolarismo administrativo. Dever-se-iam envergonhar os que em Portugal, pelo contrário, aposta mais no autoritarismo para fazer valer muitas vezes ideias boas por processos maus.
O levantamento dos devolutos na cidade de Lisboa concluído em Novembro de 2007 identificou 4.681 imóveis devolutos, dos quais 322 pertencentes ao município e 60 pertencentes a instituições públicas.
Recorde-se que o prédio que ardeu na Avenida da Liberdade estava devoluto à espera de licença para obras.
O levantamento concluiu que existem 730 prédios devolutos com processos em apreciação na CML.
Entre Novembro 2007 e Julho 2008 entraram mais 261 processos referentes a edifícios devolutos.
Em Julho deste ano, havia 895 processos de prédios devolutos em tramitação, dos quais 226 processos concluídos, que aguardam o pagamento da licença para levantamento do alvará.
Além dos 98 prédios devolutos só na Baixa, existem mais 16 na Av. da Liberdade, onde recentemente se verificou um incêndio que destruiu completamente um prédio e danificou profundamente o prédio contíguo.
PALAVROSSAVRVS REX
http://joshuaquim7.blogspot.com/
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proximo PDM? Quando? Quando? A actualização do existente decorre a velocidade das obras da Sta Engracia…
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Valia a pena alargar a discussão para tentar perceber como é que o mercado da habitação (compra e arrendamento) funciona e quais as distorções que ainda existem, nomeadamente na nova lei das rendas. Isto para não se cair na tentação de pensar que partimos de uma situação ideal ou que tudo o que foi até agora feito foi obra de mentecaptos.
Alguns links sobre este assunto noutro contexto:
http://en.wikipedia.org/wiki/Rent_control
http://www.econlib.org/library/Enc/RentControl.html
http://www.cato.org/pubs/pas/pa-274.html
http://law.justia.com/newyork/codes/emergency-tenant-protection-act-576.74/
http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9B07E4DD1138F930A15755C0A967948260&sec=&spon=
http://www.forbes.com/2007/10/24/manhattan-apartments-economics-markets-marketsp07-cx_er_1025rental.html
http://www.lewrockwell.com/bresiger/bresiger20.html
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Palmas para a próxima bomba a cair sobre Lisboa. Não sobra pedra sobre pedra.
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helenafmatos Diz:
“Para isso a EPUL teria de controlar os seus próprios gastos”
O que, sendo uma EP, está fora de questão. Restam “os outros” como habitualmente 🙂
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««obrigar os promotores imobiliários a alugar uma percentagem dos fogos dos seus empreendimentos a preços controlados»»
Isto vai ser óptimo para estimular a construção em todos os cencelhos vizinhos de Lisboa.
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Um argumento defendido por promotores da Galiza, é que esta
medida faz incrementar os preços do mercado “normal”, pois os
promotores não podem descer na margem de lucro…Pessoalmente
tb duvido muito que habitações obrigatoriamente destinadas a
aluguer mantenham os niveis de qualidade máximos.
Mais um tiro de pólvora seca…
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Vai ser uma maravilha.
“Vai uma licença de construção , se derem umas casitas para arrendamento.”
Estamos a ver os candidatos á Baixa, Chiado, Belém, e Restelo para as tais casinhas .
Todos sem gravata , de pullover assim a modos JS .Ou então arrendam a “primos” e “afilhados” do promotor.
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Perguntaram á Banca ?
É que ideias destas podem “fazer” abanar o edificio do credito esclavagista com que enrolam os portugueses.
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Que tal :
Queres um Shopping Mall ? Dá cá uma torre para arrendamento.
Queres um Hipermercado ? Dá cá uma torre para arrendamento.
Queres um Parque Éolico ? Dá cá umas casinhas terreas para arrendamento ( esta é a versão rural )
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Nos dezasseis meses que faltam até final do (primeiro) mandato de António Costa, do impossível “repovoamento” de Lisboa e da fácil criação do evento multicultural (veremos como, com quem e seus resultados), o presidente “lava as mãos”.
Helena Roseta e Manuela Júdice “ilibam”, com a aceitação desses cargos, as incapacidades de ACosta.
Não acredito numa impalcial e “translúcida” atribuição desses espaços residenciais sob condições especiais. Alguns “meninos” e “meninas” estão já posicionados para a cunha, o favor, a recompensa. Tal como aconteceu nalguns casos, na EPUL…
Helena Roseta vai queimar as intenções iniciais e a imparcialidade do movimento Cidadãos por Lisboa, que em Novembro de 2009 já não será o que foi. A confiança dos munícipes no CLisboa será a mesma ?
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“Apostamos” em como o projectado e inadequado edifício para o Largo do Rato vai ser mesmo edificado ?
Alguns arquitectos e construtores estão desde ontem mais “confiantes”…
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14 – Dois a três meses antes das eleições a vereadora Roseta zanga-se, desata a chorar e a dizer que o presidente da CML não a deixou passar á prática esse maravilhoso plano. Aí recandidata-se e o seu eleitorado rejubila com tanta lágrima e tanta declaração de candidatra alternativa
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A actualização do existente decorre a velocidade das obras da Sta Engracia…
É um bocadinho pior.
Quando cheguei a Lisboa em Agosto de 1974 os jornais traziam na primeira página a notícia que ia ser feita a remodelação da Praça de Espanha.
Trinta e quatro anos depois aguarda um qualquer plano de pormenor.
Aposto que daqui a outros trinta e quatro estará na mesma.
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“Dever-se-iam envergonhar os que em Portugal, pelo contrário, aposta mais no autoritarismo para fazer valer muitas vezes ideias boas por processos maus.”
“obrigar os promotores imobiliários a alugar uma percentagem dos fogos dos seus empreendimentos a preços controlados”
Autoritarismo
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Miss Helena Matos, 16,
É uma hipótese, sem choro, mas com pequena “golpada palaciana”.
A mim, não mais me enganará.
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E Manuel Alegre congratulou-se hoje com essa liderança de Roseta…
(Óbvio. Putativo candidato a PR, pelo PS…?)
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A candidata, é autor do post, com a putativa presidencia do choramingas? vareadora com um nome esquesito, como é que se chama? mas os cidadãos não são todos iguais. para o que serve as assistentes socias? enfim, é mais do mesmo.
Um Alentejano em Lisboa quem o apoia?
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