Superioridade ética (II). Algumas questões.
Naturalmente, não está em causa o facto de Mª José Morgado ser alguém dotado de ética, mesmo de uma superioridade ética (sic)……Agora, a pretexto, precisamente, de ética, julgo que há, por vezes, alguma confusão (sobre a ética). Particularmente visível, por exemplo, em alguns comentários a este post antecedente.
É claro que a ética é sempre, seja lá para o que for, necessária e requerida. Mas, por vezes, subsistem algumas dúvidas e sobreposições de domínios. Dito de outro modo, confusões sobre o que é a própria ética !
Pode ser preocupante, sobretudo, a confusão entre o domínio do jurídico, do judicial e da investigação (para efeitos judiciais) e o domínio da ética. Quer dizer, só poderá investigar quem tem uma superioridade ética? Isso pressupõe que quem é investigado não tem, então, ética, ou, pelo menos, não tem tanta ética? O ilícito significará, então, ausência de ética?
Mas, investiga-se a prática de crimes (factos e comportamentos com relevância criminal) ou a falta de ética de cada um? Já agora, e a moral? Um investigador e um magistrado também deverão, necessariamente e por decorrência, ter uma moral distintiva e superior? Também investigam e julgam a moral de cada um? E a Justiça? No meio da ética e da moral, qual o papel, no domínio do judicial, da Justiça?!
Há alguma medida (objectiva) para a ética de cada um? Existe alguma entidade que passe certificações de ética, tipo ISO….ética2008 ?

Ética é representa uma atitude-acção que visa tomar as melhores decisões baseadas em discussões metódicas e bem estabelecidas com regras próprias; não é um estado de alma nem uma qualidade garantida por alguém.
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É a modéstia dos grandes homens… perdão, mulheres.
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O que mói o PMF e o Blasfémias não é a frase da Dra. Morgado mas o contexto em que ela o disse. E de facto, naquele contexto a superioridade ética da senhora é inegável. O dela e o de uma qualquer invertebrada minhoca.
Isso não há qualquer dúvida.
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Caro lisboeta,
não sei se será valerá a pena responder-lhe, mas, enfim, por um “imperativo ético” vou tentar, uma vez que já está no domínio das pseudo-interpretações justificativas do seu preconceituoso reflexo pavloviano! Pois agora é o contexto! E mais, eu incomodei-me, diz você, do alto da sua superioridade (não só ética, seguramente), mas interpretativa!
Ora, o que me incomoda são as pessoas que se levam demasiadamente a sério, a si próprias! Aquelas que, normalmemte, acham que prosseguem uma missão na terra! E que, ainda por cima, se arrogam de uma superioridade moral sobre os outros. Isso, de resto, é típico de uma certa esquerda!
No caso da Dra. M J Morgado – como referi, sem querer por em causa a ética dela e por ela afirmada – marcou-me a frase porque ela é jurista e, ainda por cima, é uma magistrada do MP! É que, além do mais, não sei de que ética é que falamos (há várias éticas, a empresarial, a profissional, etc., etc.) Claro que percebi o que pretendeu dizer (acho eu!), mas estas confusões e falta de rigor incomodam-se sempre….sobretudo de quem tem uma função judicial da importância da sua!
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For me, too,
não há fanático
nem fanática possível
sem a sua superioridade ética.
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Mr. PMF,
A vida portuguesa está conluiada até ao tutano !
Felizmente só uns quantos (cada vez mais…) usam, abusam e estão já reféns do favor, da cunha, da corrupção, do tráfico. Mas sobre praticamente todos nós caem como lâminas as consequências deste ar irrespirável e inquinado !
Nada a fazer nos próximos anos. A economia e a política não podem ser perturbadas…
(“Isso” da honorabilidade de figuras públicas entretanto acusadas de crimes ou “descuidos”, e que por tal se suicidam, ainda acontece…no Japão. “Lá”, bem longe…).
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Caro PMF
«Ora, o que me incomoda são as pessoas que se levam demasiadamente a sério, a si próprias! Aquelas que, normalmemte, acham que prosseguem uma missão na terra! E que, ainda por cima, se arrogam de uma superioridade moral sobre os outros. Isso, de resto, é típico de uma certa esquerda!
Permita-me acrescentar ao seu comentário apenas isto:
– Presunção e água benta cada um toma a que quer…
Mais, a mim, o que realmente incomoda, é haver tanta gente a deixar-se levar na esparrela. Repetem-se meia dúzia de clichés e as massas assimilam-nos como verdades insofismáveis.
Vamos acreditar que um dia o Messias voltará! É o que nos resta.
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A minha tia Harménia fez uma peculiar aliança entre ética e aritmética. Tem um carro.
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Evidente.
No plano da subjectividade, quem quer que tenha “estabelecido” as regras para um determinado padrão ético (um colectivo de “juízes” que a minha «superioridade ética» me permitirá contestar) pode não estar propriamente em condições de as observar – ou de responder perante elas -. Logo aí, e do ponto de vista conceptual, o padrão estabelecido encontra-se à partida viciado.
No plano da objectividade, o senso comum aconselha a que sejam observadas as regras que o legislador estipula para o bom funcionamento das instituições que asseguram a salutar convivência entre os vários elementos da sociedade. De outro modo seria, e com tantas cabecinhas bem pensantes, uma espécie de “tudo ao molho e fé em Deus”.
A meu ver, a «superioridade ética» de MJM já deu provas suficientes de não estar contaminada pelo vírus da viciação…
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O que ninguém pode negar é que quem mais “partiu” neste país saiu a ganhar.Parece que o crime compensa…
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ética caquética
in occulum descansum est
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Caro PMF!
Devemos distinguir entre o Magistrado do MP e o Juiz!!
O Juiz é por inerencia da função, destacado da pessoa por dentro da função, a figura da virtude!
É-o por natureza da função! Não podemos observar aquele a quem incumbimos a tarefa de exercer censura e consequentemente o poder de julgar os seus concidadãos sem o incorporar na figura da virtude!!
Coisa distinta é a pessoa por dentro das vestes da função!
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Em Inglaterra por vezes os Advogados chamam os Juízes de “Nossa Virtude” em vez de Meritíssimo ou….
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Deixo apenas uma sugestão, depois de ler o post e respectivos comentários: Seria oportuno, mais que não fosse para que não se perca tempo em discussões estéreis, pseudo-qualquer coisa e que possam confundir quem, regularmente, visita este blog, explicitar os conceitos e os contextos antes de se assumirem “profundas” explanações sobre os assuntos em questão. Assim, o conceito de ética deve ser axplicado antes de ser sujeito a qualquer discussão, assim como o de deontologia e moral. Não sendo conceitos equivalentes mas, distintos, penso que mereceriam uma dilucidação adequada e correcta.
Grata pela atenção.
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Nota: onde se lê ” axplicado” dever-se-á ler : EXPLICITADO.
Obrigada.
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“certificações de ética, tipo ISO….ética2008 ? ”
o problema é que a entidade certificadora ISO, não tem ética.
http://www.groklaw.net/staticpages/index.php?page=20080719233709726
rjnunes
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Qual foi o organismo que certificou a não viciaçao da mizé?
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PMF,
o que significa – presidente do Conselho para a Ética e Segurança?
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Caro PMF : deixemo-nos de rodriguinhos que apenas servem para fazer fumaça e mascarar a questão em apreço. A M. José Morgado tem, ou não tem, uma superioridade ética relativamente ao Pinto da Costa? Para mim tem. Para um fanático portista, que aprecie o comportamento do sujeito, provavelmente não tem.
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