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A Verdadeira Fé

23 Setembro, 2008
by

O que salta à vista deste artigo do Rui Tavares, é que o autor não faz a mais pequena ideia do modo como funcionam os diversos sistemas de segurança social, dos riscos subjacentes a cada modelo e muito menos dos impactos das crises nos fundos de pensões, sejam eles públicos ou privados. Não poderia ser mais naif esta ideia subjacente à lógica de RT de que as pensões geridas pelo sector público não são afectadas pelas quedas dos mercados, como se não fossem arrastadas em períodos de crise, tal e qual as de gestão privada.

 

Já Pedro Sales, no Arrastão, tinha embarcado na mesma lógica. Chegou ao ponto de aplaudir a performance do fundo de capitalização da Segurança Social, que foi de uns medíocres 4% em 2007, apesar de ser um fundo isento de impostos, e complementando com a afirmação de que “os privados estão mais expostos à flutuação dos mercados”. Como é óbvio, se as regras forem idênticas para públicos e privados, a exposição seria idêntica mas também não viria mal ao mundo se cada um de nós pudesse escolher o nível de risco a que deseja submeter parte da sua reforma, na expectativa de um maior retorno. A longo prazo, eu queria mais risco mas infelizmente já não tenho um prazo longo nem eles me deixam.

 

 

O mais caricato destas linhas de pensamento, é fazer a defesa do sistema público, argumentando que por ser um simples sistema redistributivo não está sujeito às crises. Como se o facto de ficarmos todos mais pobres não tivesse nenhuma influência no que vamos ter para redistribuir amanhã. Como se a demografia não fosse uma crise permanente do sistema. Como se as nossas futuras reformam passassem incólumes a todas as crises, ignorando-se que, a golpes de mudanças de fórmula, já perderam quase metade do valor nas últimas décadas. Como se o sacrifício futuro que estamos já hoje a impor aos nossos filhos pudesse alguma vez ser aceite por eles quando chegarem aos níveis de consciência que lhes permitam fazer bem as contas. Chamamos-lhe solidariedade intergeracional. Não é. Estamos apenas a sacaneá-los e a penhorar-lhes uma fracção absurda dos seus futuros rendimentos.

 

Fé não é acreditar nos mercados, porque esses estão à vista e sabem-se quais as suas vantagens e desvantagens. Fé é acreditar neste sistema que, de mentira em mentira, nos vai aumentando a idade da reforma ao mesmo tempo que nos corta o valor do prometido cheque. E quando chegar a nossa vez de sermos castigados, perdoamos ao Estado porque é o Estado e o castigo é divino. E alguém há-de dizer que a culpa é do sistema e os Rui Tavares da altura vão acreditar e pedir mais regulação. Em nome do Estado, amén.

42 comentários leave one →
  1. simon's avatar
    simon permalink
    23 Setembro, 2008 13:37

    O RT é aquele grandão acima dos pequeninos?

    Não admira, jcd, que olhando-o cá de baixo te pareça tão desfocado de vistas.

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  2. Desconhecida's avatar
    Oh homem permalink
    23 Setembro, 2008 14:01

    Ó JCD, fazia melhor que assobiasse para o lado e não se pusesse ainda a perder mais.
    É que foi buscar um exemplo mesmo filho da mãe…
    Eu, geralmente, identificava-me muito mais com o RAF e sempre achei que ao RT lhe faltava um cromossoma.
    Mas você foi buscar o raio duma posta em que, com honestidade intelectual, não se pode mais discordar do RAF, em forma e conteúdo.

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  3. simon's avatar
    simon permalink
    23 Setembro, 2008 14:04

    Isto, quem sabe sabe e nestas coisas de banqsters, entre outros, o Michael Hudson, como se vê daqui, é que sabe:

    http://www.counterpunch.org/hudson09202008.html

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  4. Desconhecida's avatar
    Filipe permalink
    23 Setembro, 2008 14:10

    “tinha embarcado na mesma lógica”

    Este embarque tem mais lógica:

    http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=332384

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  5. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Setembro, 2008 14:12

    A questão JCD é que os 4% são razoáveis e reais,enquanto os dois dígitos por cento são o que são, na maior das vezes mentiras do tamanho da ambição de gente sem escrúpulos.Aqui o que é fundamental é a segurança, e enquanto a isso, nos privados estamos conversados.O RT ( que só leio, nunca o vi) sabe muito disto.Sabe tanto que consegue por Liberais a aplaudir mercados convertidos em selvas!

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  6. Pedro Sales's avatar
    23 Setembro, 2008 14:17

    Claro que “os privados estão mais expostos à flutuação dos mercados”. O fundo público está limitado por lei no investimento que faz nos mercados internacionais, não podendo ultrapassar os 25% e investindo maioritariamente em dívida pública. Os privados investem mais de metade dos seus fundos em acções. Se a flutuação destas é bem maior que os título da dívida pública,como é, não vejo onde possa estar o problema no que disse.

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  7. Zé's avatar
    permalink
    23 Setembro, 2008 14:18

    Segurança Social, Saúde… é tudo muito bonito.
    Mas no Eldorado (os EE.UU, claro) morreram, em 2006, 22 milhões devido a não terem acesso a cuidados de saúde.

    Mas… é o mercado a funcioanar.

    É preciso não ter vergonha na cara mesmo para defender posições assim. O que vale é se um dia tiverem o infortunio de estar a meio de uma terapia oncológica e a seguradora cancelar o seguro, logo mudam de opinião.

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  8. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    23 Setembro, 2008 14:21

    ««Claro que “os privados estão mais expostos à flutuação dos mercados”. O fundo público está limitado por lei no investimento que faz nos mercados internacionais, não podendo ultrapassar os 25% e investindo »»

    Pedro Sales,

    E onde é que foi buscar a ideia de que os fundos privados podem correr os riscos que lhes apetecer? Como é evidente, estão limitados por contrato.

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  9. tonibler's avatar
    23 Setembro, 2008 14:31

    “O fundo público está limitado por lei no investimento que faz nos mercados internacionais, não podendo ultrapassar os 25% e investindo maioritariamente em dívida pública”

    Acho uma graça do cacete a este tipo de limitação. E depois abrem-se as carteiras e estão repletas de obrigações do tesouro turcas, cazaques, chilenas,…mas não assumem risco, claro. 🙂 E depois vêm os ilustres economistas dizer que é preciso mais regulação…

    O investimento em acções, ou melhor, em índices principais, bate em qualquer circunstância o investimento em obrigações de dívida pública por uma razão muito simples. Os índices principais, nos horizontes temporais de um plano de reformas terão sempre um spread médio de 7-12% relativamente às taxas de mercado, enquanto a dívida pública com baixo risco (não aquela de países manhosos, claro) terá sempre um spread negativo. Se a economia subjacente ao índice não tiver esse spread, a dívida pública dos estados nela contida então terá o mesmo risco nesse horizonte temporal. Agora não me venham dizer que a dívida pública cazaque a 10 anos tem um risco menor que o euronext100 nos mesmos 10 anos e tem certamente uma rendibilidade muito menor.

    Significa isto que essa regra é daquelas que leva a broncas como a que se está a passar com as MBS americanas.

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  10. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Setembro, 2008 14:31

    Os fundos privados também dependem da demografia.
    O dos estados unidos chegaram à conclusao que nao possuem dinheiro para cumprir os contratos. É trágico.

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  11. jcd's avatar
    23 Setembro, 2008 14:38

    “Os fundos privados também dependem da demografia.”

    Obviamente que não dependem.

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  12. tonibler's avatar
    23 Setembro, 2008 14:39

    Todos os fundos de pensões dependem dos contribuintes do fundo. Porque a única forma de ser sustentável é ter oscilações de curto e médio prazo que têm que ser compensadas pela redistribuição simples. Ao fim do dia, a primeira justificação para a segurança social ser pública é que é a única forma sustentável de existir em países com baixo número de habitantes (trabalhadores).

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  13. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Setembro, 2008 14:39

    O Marocas veio culpar o Bush pela crise financeira(aliás para ele Marocas o Bush é culpado de tudo…)quando afinal a crise se deve a um excessivo apoio a minoritÁRIOS QUE COMO CÁ CADA VEZ FICAM MAIS CAROS AOS CONTRIBUINTES.
    Extensos bairros sociais a RSI, atribuição de nacionalidade para ir sentando cada vez mais pobreza do mundo na mesa do orçamento vai levar a que fim?
    Ainda bem que os capitalistas portugas se estão a habituar ao socialismo até contratando os mais famosos inimigos do capitalismo para os seus jornais, que é para demonstrarem que também desejam distribuir da sua riqueza…

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  14. tonibler's avatar
    23 Setembro, 2008 14:42

    jcd,

    “Obviamente que não dependem.” Claro que dependem.

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  15. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Setembro, 2008 14:47

    “Os fundos privados também dependem da demografia.”

    Obviamente que não dependem.

    lolol
    é preciso te mesmo muita fé
    ainda por cima entram em falencia no tempo actual e continuam a bater na mesma tecla.

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  16. Zé's avatar
    permalink
    23 Setembro, 2008 14:57

    “é preciso te mesmo muita fé
    ainda por cima entram em falencia no tempo actual e continuam a bater na mesma tecla.”

    Eu por mim nunca vi nenhum cão morder a mão que o alimenta…

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  17. jcd's avatar
    23 Setembro, 2008 14:59

    jcd,

    “Obviamente que não dependem.” Claro que dependem.”

    Num fundo tipo PPR, não depende. Num fundo como o da SS portuguesa, depende porque ninguém é dono de ‘partes’ do fundo.

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  18. tonibler's avatar
    23 Setembro, 2008 15:11

    “Num fundo tipo PPR, não depende.”

    Das duas uma, ou assumes a volatilidade dos activos, ou ficaste pelos de baixa volatilidade. Nos de baixa volatilidade perdes dinheiro e, no fim do dia, não consegues pagar-te a ti e ao pensionista. Nos de alta volatilidade precisas de liquidez para compensar os períodos de baixa para pagares pensões. Ou seja, ou não é rentável ou estás dependente do número de contribuintes/pensionistas.

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  19. Desconhecida's avatar
    23 Setembro, 2008 15:25

    “O RT ( que só leio, nunca o vi) sabe muito disto”.

    O Rui Tavares sabe muito de mercado de capitais e de Economia? Não sabia. Parece-me que a formação dele é bem diferente…..

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  20. Desconhecida's avatar
    23 Setembro, 2008 15:27

    Esta gente está esquecida de que o Banco de Portugal (essa vetusta entidade acima de qualquer suspeita…..), investiu na célebre Drexel, que rebentou nos idos de 80. E só o ouro que lá estava, fez arder aos portugueses uns milhões largos de contos

    Ai cabecinha pensadora!!!!

    E os prejuízos do Lehman, também são suportados pelos Contribuintes? Não. É suportado sobretudo pelos accionistas.

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  21. Desconhecida's avatar
    23 Setembro, 2008 15:30

    Vejam lá o que os gestores públicos do dinheiro podem fazer com ele:

    Além das junk bonds a Drexel também estava envolvida, com igual sentido de alta rentabilidade e de alto risco, no mercado físico e de derivativos do ouro, de que era depositária e com que negociava. Assim, quando o esquema das junk bonds eclodiu e conduziu ao colapso da Drexel em 1990, o Banco de Portugal perdeu 17 toneladas de ouro que havia entregue à Drexel. Só posteriormente foi possível recuperar uma parte delas, com o auxílio de autoridades financeiras norte-americanas.

    http://resistir.info/rui/imperio_do_dolar.html

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  22. Desconhecida's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    23 Setembro, 2008 16:07

    O Rui Tavares é uma cebola preta .

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  23. Desconhecida's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    23 Setembro, 2008 16:09

    ” e de chorar de rir das bojardas que debita na SICN, embrulhado naquela mortalha negra que lhe assenta no esqueleto”

    o programa tb é muito bom … o Luís Delgado tb nos alegra imenso…

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  24. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Setembro, 2008 16:20

    Pois é, mas no momento em que tudo se esboroa vir com mais do menos, basta o bom senso para ter bons argumentos.Com as broncas gigantescas a que assistimos,em que as empresas abrem falência,quando nos mostram,durante anos, que estão a crescer a dois dígitos, ter realmente 4% é uma grande notícia.Se eu tivesse descontado para um qualquer PPR a esta hora eatava a dormir mal.

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  25. jcd's avatar
    23 Setembro, 2008 16:32

    Tonibler

    Estás a partir do princípio que o fundo te dá um direito a um montante fixo no futuro. Estou a partir do princípio que o montante a receber aquando da reforma depende exclusivamente do que contribuí e do valor/rendimento dos activos nesse momento.

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  26. tonibler's avatar
    23 Setembro, 2008 16:40

    jcd,

    Isso não é um fundo de pensões, é um fundo, e mais ajudas ao argumento da obrigatoridade de contribuires para um fundo estatal. Repara que existe um compromisso nosso (do país) na tua saúde e no teu bem estar social, não porque sejas uma beleza de hortaliça, mas porque não queremos que andes a roubar, a pedir e a cagar as nossas ruas quando fores velho. Portanto, o não querer contribuir e, ainda por cima, não apresentares garantias da tua sustentabilidade, ainda me parece pior. Isto sendo absolutamente liberal…:)

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  27. Dinis's avatar
    23 Setembro, 2008 16:40

    E onde é que foi buscar a ideia de que os fundos privados podem correr os riscos que lhes apetecer? Como é evidente, estão limitados por contrato.

    Nota-se!! Realmente desde Março/Abril que temos constatado que quem gere os Fundos de investimento está mesmo LIMITADO. E também temos constatado a forma irrepreensível com que obedecem aos Contratos…!!!

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  28. jcd's avatar
    23 Setembro, 2008 16:46

    Tonibler

    Isso não faz sentido nenhum. Uma parte dos fundos de pensões constituem uma base fixa, aplicada em títulos do tesouro de longo prazo. Essa base garante-me um montante mínimo da idade da reforma que pode ser “vendida” na altura em troco dum rendimento mensal ou paga na íntegra, caso se entenda que é essa a melhor opção.

    Este montante não pode estar dependente da demografia nem pode ser dividido por todos. A outra parte é a do rendimento variável, onde devo poder assumir mais ou menos risco.

    Nada disto impede que haja um sistema distributivo plafonado na base ou que haja colecta de impostos para pagementos a quem não contribuiu.

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  29. tonibler's avatar
    23 Setembro, 2008 17:15

    jcd,

    “aplicada em títulos do tesouro de longo prazo”. spread negativo, compensa a inflacção, mais nada. Significa que ou ficas a pagar por uma quantidade enorme de tempo ou uma quantidade enorme por um tempo mais curto. Mas, espera lá, isto é igual à segurança social, se continuares a pagar impostos para tirar os velhos da rua. Certo?
    O resto é até é bom, mas para isso é preciso que cubras o risco de ser mesmo no longo prazo, isto é vais mesmo não receber durante uma boa carrada de anos. Ou seja, continuo (eu, país) com o risco na mesma…

    Fora de brincadeiras, a única forma sustentável de segurança social é índices bolsistas no longo prazo com redistribuição a compensar no curto e no médio e, por isso, é sempre necessária a cardinalidade dos contribuintes para que esta redistribuição de curto prazo seja garantida. Isto independentemente de quem gere os fundos. A tua opção por outro sistema qualquer não retira o risco ao país e, portanto, a tua opção terá que ser limitada.

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  30. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    23 Setembro, 2008 17:19

    Espanta-me esta ideia que os fundos públicos estão mais protegidos. Só se for com os nossos impostos.

    1 – Se a Segurança Social tivesse investido apenas no Índice Dow Jones, em 1987 antes do crash estava a 2700 pontos agora está a perto de 11000.
    Ao contrário por cá a Segurança Social só tem vindo a perder capacidade. Mas a isso o Rui Tavares e o Pedro Sales nada dizem.

    2 – Existe também a ideia bizarra que se a economia estiver mal a SS escapa. Metam na cabeça que se a bolsa estiver a zero o Estado estará zero também. Os Estado e a Segurança Social só existem porque tiram dinheiro da Economia.

    3 – Depois ainda mais bizarro se não se investe em fundos e bolsas estrangeiras onde raio está a produtividade da economia portuguesa que permita algum crescimento das reformas? Isto já sem contar com o problema demográfico.

    4 – É preciso parar com a Solidariedade Forçada Intergerações. É um roubo á mão armada. As pessoas devem ser responsáveis pelo seu futuro e não obrigar os filhos a pagar.

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  31. Uma mentira muitas vezes repetida passa a ser verdade's avatar
    Uma mentira muitas vezes repetida passa a ser verdade permalink
    23 Setembro, 2008 17:25

    Zé em nº 7 diz: “Mas no Eldorado (os EE.UU, claro) morreram, em 2006, 22 milhões devido a não terem acesso a cuidados de saúde.”

    Zézinho, para tua informação, até ontem, 22 de Setembro de 2008, nos EE.UU, nenhum hospital publico podia recusar cuidados de saúde a ninguém qualquer que seja o motivo, seja ele falta de dinheiro ou outro. A tua informação está atrasada pelo menos uns 50 anos, mas não faz mal, porque dizer mal dos EE.UU é que é bem.

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  32. berto's avatar
    berto permalink
    23 Setembro, 2008 17:57

    É pá, está tudo certo com essa coisa do privado e não sei quê, mas alguém me pode informar o que vai acontecer ao meu cacau investido num PPR da AIG?
    É que já ando a investir há uns anitos, pá, e não me dava jeito nenhum que a coisa falisse…

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  33. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    23 Setembro, 2008 18:21

    Para: Uma mentira muitas vezes repetida passa a ser verdade Diz

    Não vale a pena ligar a um tipo que diz que morreram 22 milhões de pessoas nos EUA num só ano. Só pode ser um louco.

    —-

    “É pá, está tudo certo com essa coisa do privado e não sei quê, mas alguém me pode informar o que vai acontecer ao meu cacau investido num PPR da AIG?
    É que já ando a investir há uns anitos, pá, e não me dava jeito nenhum que a coisa falisse…”

    Eu sei que é difícil com os nossos ordenados mas diversificação é uma das regras de ouro.

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  34. simon's avatar
    simon permalink
    23 Setembro, 2008 19:40

    Olha, eu, se fosse a vocês, ia ali e já vinha:
    http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/

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  35. Desconhecida's avatar
    Zenóbio permalink
    23 Setembro, 2008 19:57

    “Uma mentira muitas vezes repetida passa a ser verdade”

    Essa dos hospitais públicos nos States receberem os doentes é fabulosa. E por acaso sabe que médicos estão nesses hospitais e que tratamentos dispensam?

    (Adoro quando vejo alguém a insultar a nossa inteligência)

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  36. Desconhecida's avatar
    Zenóbio permalink
    23 Setembro, 2008 20:01

    Alguns factos inegáveis:

    * Nearly 47 million Americans, or 16 percent of the population, were without health insurance in 2005, the latest government data available.1
    * The number of uninsured rose 2.2 million between 2005 and 2006 and has increased by almost 9 million people since 2000.1
    * The large majority of the uninsured (80 percent) are native or naturalized citizens.2
    * The increase in the number of uninsured in 2006 was focused among working age adults. The percentage of working adults (18 to 64) who had no health coverage climbed from 19.7 percent in 2005 to 20.2 percent in 2006.1 Nearly 1.3 million full-time workers lost their health insurance in 2006.
    * Nearly 90 million people – about one-third of the population below the age of 65 spent a portion of either 2006 or 2007 without health coverage.3
    * Over 8 in 10 uninsured people come from working families – almost 70 percent from families with one or more full-time workers and 11 percent from families with part-time workers.2
    * The percentage of people (workers and dependents) with employment-based health insurance has dropped from 70 percent in 1987 to 59 percent in 2006. This is the lowest level of employment-based insurance coverage in more than a decade.4, 5
    * In 2005, nearly 15 percent of employees had no employer-sponsored health coverage available to them, either through their own job or through a family member.6
    * In 2006, 37.7 million workers were uninsured because not all businesses offer health benefits, not all workers qualify for coverage and many employees cannot afford their share of the health insurance premium even when coverage is at their fingertips.1
    * The number of uninsured children in 2006 was 8.7 million – or 11.7 percent of all children in the U.S.1 The number of children who are uninsured increased by nearly 610,000 in 2006, the second year that the number of uninsured children increased.
    * Young adults (18-to-24 years old) remained the least likely of any age group to have health insurance in 2005 – 29.3 percent of this group did not have health insurance.1
    * The percentage and the number of uninsured Hispanics increased to 34.1 percent and 15.3 million in 2006.1
    * Nearly 40 percent of the uninsured population reside in households that earn $50,000 or more.1 A growing number of middle-income families cannot afford health insurance payments even when coverage is offered by their employers.

    Why is the number of uninsured people increasing?

    * Millions of workers don’t have the opportunity to get health coverage. A third of firms in the U.S. did not offer coverage in 2006.4
    * Nearly two-fifths (38 percent) of all workers are employed in smaller businesses, where less than two-thirds of firms now offer health benefits to their employees.7 It is estimated that 266,000 companies dropped their health coverage between 2000-2005 and 90 percent of those firms have less than 25 employees.
    * Rapidly rising health insurance premiums are the main reason cited by all small firms for not offering coverage. Health insurance premiums are rising at extraordinary rates. The average annual increase in inflation has been 2.5 percent while health insurance premiums for small firms have escalated an average of 12 percent annually.4
    * Even if employees are offered coverage on the job, they can’t always afford their portion of the premium. Employee spending for health insurance coverage (employee’s share of family coverage) has increased 143 percent between 2000 and 2006.8
    * Losing a job, or quitting voluntarily, can mean losing affordable coverage – not only for the worker but also for their entire family. Only seven (7) percent of the unemployed can afford to pay for COBRA health insurance – the continuation of group coverage offered by their former employers. Premiums for this coverage average almost $700 a month for family coverage and $250 for individual coverage, a very high price given the average $1,100 monthly unemployment check.9
    * Coverage is unstable during life’s transitions. A person’s link to employer-sponsored coverage can also be cut by a change from full-time to part-time work, or self-employment, retirement or divorce.10

    (fonte:http://www.nchc.org/facts/coverage.shtml)

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  37. Desconhecida's avatar
    23 Setembro, 2008 20:59

    “Essa dos hospitais públicos nos States receberem os doentes é fabulosa. E por acaso sabe que médicos estão nesses hospitais e que tratamentos dispensam?”

    Não me diga, que no hospital de tipo A, os Médicos são licenciados nos EUA; e nos hospitais de tipo B, os médicos são licenciados em Angola? É isso que quer dizer? Ou que nos hospitais de tipo B, não há raio-x, ou TAC?

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  38. Desconhecida's avatar
    Zenóbio permalink
    23 Setembro, 2008 21:05

    J

    Quero dizer que os médicos com menos habilitações, menos prática, com piores notas de curso e “pagos à peça” são o comum no Público dos EUA.
    Os tratamentos prestados são os mais elementares e os medicamentos dispensados são os mais baratos. Experimente ser asmático e vá a um desses hospitais e vai ver a carrada de cortisona que lhe administram porque é mais económico, quando no resto do mundo civilizado se recorre a esse tipo de medicamento só em casos de extrema urgência.

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  39. escrotorectal's avatar
    escrotorectal permalink
    23 Setembro, 2008 21:47

    http://br.youtube.com/watch?v=IWO4JxM3nDc&feature=user
    KILL THE POORS…
    a ESQUERDA E A DIREITA SÓ FALAM ASSIM POR SÃO AMBas Kevlar…é mais seguro ..

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  40. berto's avatar
    berto permalink
    23 Setembro, 2008 22:34

    LuckLucky:

    Diversificar é bom quando se tem pastel para isso. Agora eu aderi ao PPR para equilibrar as finanças quando receber a minha triste reforma da SS. Continuo a perguntar: se a AIG falir e se a SS não tem o que é meu por direito a acreditar nos ilustres comentadores, o que resta? Assaltar um banco? Traficar droga? Vender os putos para experiência científicas? Pôrra, pá, isto são alguns exemplos de investimento privado que poderão ter algum sucesso embora com riscos evidentes. Mas investir numa multinacional porque não sei quê no privado é bom e mais o mercado e a economia e o subprime da treta e o camandro…é pá não me lixem mais que isto já me chega.

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  41. Desconhecida's avatar
    Portela menos um permalink
    24 Setembro, 2008 00:18

    J Diz:
    23 Setembro, 2008 às 3:25 pm :
    (…)O Rui Tavares sabe muito de mercado de capitais e de Economia? Não sabia. Parece-me que a formação dele é bem diferente (…)

    parece que JoaoMiranda não pode escrever sobre economia! e já agora um ferreiro nem tem que saber como se forma o preço do pão….há cada um !

    jcd diz:
    (…) A longo prazo, eu queria mais risco mas infelizmente já não tenho um prazo longo nem eles me deixam (…)

    uma frase muito parecida e atribuida a John Maynard Keynes (… a logo prazo estamos todos mortos…) esse vosso odiozinho de estimação mas verdadeiramente ESTIMADO por muitos.

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  42. Pedro Sales's avatar
    24 Setembro, 2008 10:29

    tonibler

    As carteiras públicas em Portugal estão limitadas, por lei, ao investimento em países da OCDE. E lá se vai o argumento das economias manhosas e do investimento na dívida pública cazaque.

    João Miranda,

    Nunca disse que os fundos privados correm os riscos que lhes apetece, apenas que o seu portfolio tem uma maior percentagem de investimento nos mercados de acções e esses são mais voláteis que a dívida pública dos países da OCDE.

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