Consciência
25 Setembro, 2008
Os deputados do PSD vão ter liberdade de voto na questão do casamento entre homossexuais. Parece que se trata de uma questão de consciência. Mas se é uma questão de consciência, porque é que o que conta é a consciência dos deputados e não a consciência do eleitor? Se os deputados não estão no parlamento a representar os eleitores, votam em nome de que legitimidade?

Parece que votam em consciência, conforme ao espírito da igualdade tendencial de direitos, que reza a Constituição, de forma a ajudarem a crescer, saudavelmente, os demais cidadãos, meros eleitores, ainda que com direito à sua opinião atrasadinha e reacionária, mais vezes. E assim o mundo lá pula e avança, mesmo que devagar.
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Atenção! Os deputados estão no Parlamento a defender o “Partido”!!!!! somente isso!…
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“Atenção! Os deputados estão no Parlamento a defender o “Partido”!!!!! somente isso!…”
Exacto. Os partidos são organizações a quem o poder é dispensado para fazerem tudo aquilo que lhes apetecer, ainda que vá contra os princípios e ideias de quem os elegeu e dos que representam. Círculos uninominais é que nunca, porque isso estraga o esquema todo.
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Bom ponto.
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Por isso é que existe disciplina de voto. Em bom rigor, não havendo liberdade de voto, quem discorde da orientação do seu partido por razões de consciência deve sair da sala.
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“Mas se é uma questão de consciência, porque é que o que conta é a consciência dos deputados e não a consciência do eleitor?”
Em política não há consciência. Há interesses.
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Até que enfim, JM.
Totalmente de acordo. Quem vota “em consciência” vota de acordo com “a sua” consciência, e a consciência de um deputado não representa a consciência de mais ninguém, nem ninguém lhe deu essa deputação.
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Muito bom post. Embora perceba a “agenda” que o JM tem por trás desta crítica, em termos gerais concordo em pleno.
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Questão de consciência é uma desculpa esfarrapada. Qual consciência qual carapuça!! Bom post.
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Eh, se o eleitor herdou da Idade Média, da Igreja e da cultura sequente preconceitos de todo o tamanho, entre os quais o da homofobia, essa doença sectária, impregnada de ignorância, também os deputados devem permanecer assim preconceituosos e estúpidos, como a maioria que aqui acha estupendo o post do JM.
E ora eu entendo que os deputados representam os seus eleitores, mas na qualidade dos melhores e mais preparados para bem interpretarem o q1ue deles necessita a sociedade de eleitores. Não para os secundarem na doença do atraso.
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“Eh, se o eleitor herdou da Idade Média, da Igreja e da cultura sequente preconceitos de todo o tamanho, entre os quais o da homofobia, essa doença sectária, impregnada de ignorância,”
Na china nao aceitam e nao sao catolicos A cultura do simon é pequena
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“Se os deputados não estão no parlamento a representar os eleitores, votam em nome de que legitimidade?”
Tens razão no que dizes João. No entanto, caso a questão do casamento homossexual não faça parte de nenhum elemento ideológico ou programático do PSD, o PSD não poderá ter uma posição que represente os seus eleitores. Assim, a liberdade de voto é a melhor amostra do pensamento dos eleitores do PSD, um pouco como tu tens falado sbre a regulação global dos mercados financeiros: na ausência de se saber qual é o voto “certo” uma posição em bloco é possivelmente a pior posição.
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Bem visto.
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Perguntas pertinentes e inteligentes postas pelo JM. Há lá mais?
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Mas quando o PSD se apresentou a eleições, apresentou-se como um partido que repudia as ligações homossexuais?
O casamento é uma coisa que só diz respeito às pessoas que se casam, o estado que se ocupe de outros assuntos.
Tanta regulamentação inútil, tanta estupidez. Esta discriminação é uma anormalidade.
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