Imagem do ‘socratismo’ *

No seu discurso de tomada de posse, em 12 de Março de 2005, José Sócrates citou a situação das farmácias como um mau exemplo a que iria pôr cobro.
Estranhamente, foi após a legislação que o seu Governo elaborou que Portugal foi processado pela Comissão Europeia por violação da concorrência. Os sinais contraditórios avolumam-se: a Autoridade da Concorrência, em 2006, defendia que “a liberdade de acesso é um requisito para um mercado concorrencial”. Mas em 2008 já diz que a instalação e a localização de farmácias são matérias apenas reguladas pelo Ministério.
Desde que este Governo está em funções não abriu um único concurso para novas farmácias. Definiram-se regras de sorteio que imitam, desajeitadamente, o Euromilhões. Mas qualquer pretexto, por mais pueril, serve para adiar a abertura de novos concursos – agora, o Infarmed diz que estão à espera de uma tômbola…
O mercado que iria ser livre, afinal, nunca esteve tão fechado. O preço dos trespasses atingiu níveis astronómicos.
O caso é um paradigma desta governação – brada-se “em frente” ao mesmo tempo que se recua. Jura-se defender o consumidor enquanto se favorecem os interesses instalados.
ADENDA: na blogosfera, quem tem estado mais atento ao assunto é o Impressões de um Boticário de Província.

http://www.farmacia.com.pt/index.php?name=News&file=article&sid=4152
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http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1309525
Novas farmácias só em 2009 já era noticia em 2007
Não entendo como é possível tanta lentidão. Devem ser exigencias da concorrencia. Que coisa!
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Sabe mais o João Cordeiro a dormir, que o Sócrates com os olhos todos abertos.
Esse, por acaso, marca o mote do “embuste” como política oficial do “Engenheiro”.
Ou dito de outra forma, toda a governação dos últimos 3 anos, ainda conseguem ser piores do que a do Guterres. Guterres era só conversa e despesismo, mas ao menos não anganava. Era franco e piedoso. Sócrates é só “maneirismos”, no INE, BdP, IEFP e afins.
A propósito, algum Responsável do estado veio a público reconhecer quais eram as perdas efectivas do Fundo de Pensões da Segurança Social? Nope. Ninguém diz nada. Ora……são os “jogos de casino”, assumidos pelo “Grande Líder da treta”.
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Ai que medo (!) do PM, ao vê-lo assim na fotografia.
Imagine-se que Mr.CAA, para nos assustar, a tinha ampliado a toda a largura !…Hoje, algumas farmácias teriam mais clientes comprando calmantes para acelerações cardíacas….
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Adenda:
segundo parágrafo, “toda a largura da ‘página’/ecran”.
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Onde é que a AdC diz que
“Mas em 2008 já diz que a instalação e a localização de farmácias são matérias apenas reguladas pelo Ministério.”
A AdC não pode dizer isso!!!
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— brada-se “em frente” ao mesmo tempo que se recua —
Isto não é bem assim. Houve um progresso, embora insuficiente. Por um lado, a posse de farmácias deixou de ser necessariamente de licenciados em farmácia. Por outro, abriram-se farmácias nos hospitais.
Isto é certamente insuficiente para assegurar a proteção do consumidor e a livre concorrência – mas é certamente muito melhor do que aquilo que qualquer governo anterior foi capaz de fazer.
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«Onde é que a AdC diz que
“Mas em 2008 já diz que a instalação e a localização de farmácias são matérias apenas reguladas pelo Ministério.”
A AdC não pode dizer isso!!!»
Mas diz:
http://www.ordemfarmaceuticos.pt/scid/ofWebInst/defaultArticleViewOne.asp?categoryID=1492&articleID=2409
“Os argumentos utilizados pela OF para questionar a violação ao direito nacional da concorrência, nomeadamente a sua localização privilegiada e o horário mais alargado de funcionamento foram também alvo de análise por parte da AdC.
No seu entender, “a instalação e a localização de farmácias é um processo regulado pelo Ministério, numa perspectiva do interesse gera, baseada em critérios de saúde pública, sendo por isso exógeno a um processo concorrencial”
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O pessoal quer é discursos.
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Ainda me lembro de sair com o meu filho pequeno das urgências hospitalares a meio da noite e de ter que me meter no carro para andar à procura da farmácia de serviço.
Atualmente isso já não se passará, pois passou a haver farmácias nos hospitais continuamente abertas.
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Luís Lavoura,
«Isto não é bem assim.»
Mas é: em 2005 Sócrates prometeu acabar com o mercado fechado das farmácias e corrigir outras situações erradas nesse sector. Dois anos e meio depois, surgiu ma legislação muito aquém do prometido. Ainda por cima, a Comissão diz que é anti-concorrencial.
E desde 2005 até agora, Outubro de 2008, NÃO ABRIU NENHUMA FARMÁCIA NOVA (há apenas farmácias trespassadas ou que mudaram de instalações) NO TERRITÓRIO NACIONAL.
Fez Show do costume coms as farmácias hospitalares, mas o mercado geral que prometeu abrir nunca esteve tão fechado.
Falei com profissionais que garantem que a actuação deste Governo mais do que duplicou o preço dos trespasses…
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Mas entao não estao previstas 350 novas farmacias para 2009? 2009 não é 2008. Não sei porque se tem de esperar por 2009, mas como já se sabia que era em 2009 porque no fim de 2008 se queixam que não há farmácias?
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“Atualmente isso já não se passará, pois passou a haver farmácias nos hospitais continuamente abertas”.
Em quantos Hospitais?
Parece que apenas no Hospital de Santo André, Leiria!
Tanto fuma, que é só flatulência!
E sempre com o argumento da treta:
“certamente muito melhor do que aquilo que qualquer governo anterior foi capaz de fazer”.
O Partido do Governo governou 10, dos últimos 13 anos. Não chegou?
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Desculpem a interrupção.
“Rendimentos do Conselho de Estado
CM revela rendimentos do Conselho de Estado
Jorge Sampaio – Rendimentos de trab. dep. 132 534,22€ – Rend. prediais 5951,16€ – Pensões 35 955,08€ – Outros rendimentos (venda de imóveis) 260 000,00€
Mário Soares – Rend. trab. ind. 186 239,13€ – Rend. capitais 188 550,92€ – Rend. prediais 30 000,00€ – Pensões 77 256,90€
Ramalho Eanes – Não é possível ver a declaração de rendimentos
Manuela Ferreira Leite – Rend. trab. dep. 113 054,97€ – Rend. trab ind. 31 125,00€ – Rend. de capitais 9,39 € – Pensões 33 838,59€
Marcelo Rebelo de Sousa – Rend trab. dep. 47 676,21€ – Rend. trab. ind. 284 855,45€ – Rend. de capitais 28,84€
Pinto Balsemão – Rend. Trab. dep. 1 191 636,23€ – Rend trab. ind. 250,00€ – Rend. capitais 784 999,70€ – Rend. prediais 15 293,16€ – Mais-valias 88 698,21€
Nascimento Rodrigues – Rend. trab. dep. 44 355,44€ – Pensões 74 670,65€
Alberto João Jardim – Rend. trab. dep. 88 086,24€ – Pensões 44 775,78€
João Lobo Antunes – Rend. trab. dep. 64 518,62€ – Ren. trab. ind. 843 644,44€ -Rend. de capitais 3519,14€
José Anacoreta Correia – Rend. trab. dep. 4483,68€ – Rend. trab. ind. 60 000,00€ – Pensões 45 490,71€
Almeida Santos – Rend. trab. dep. 52 424,38€ – Rend. trab. ind. 815,68€ – Rend. de capitais 5220,89€ – Rend. prediais 7333,45€ – Pensões 58 479,12€
Jorge Coelho – Rend. trab. dep. 243 614,82€ – Rend. trab. ind. 77 752,32€ – Rend. prediais 239,67€
Manuel Alegre – Rend. trab. dep. 58 632,00 € – Rend. trab. ind. 73 794,00€ – Pensões 7482€
Retirei alguns “irrelevantes”
Bem bom….
….que ricas pensões. O resto não me diz respeito, embora ache curioso tanto “graveto”, mas as pensões dizem respeito a TODOS os Portugueses pois nós é que as pagamos e nós também conhecemos muita gente com pensões ridículas.
É bom ser político!!!
Não há pobres na política…
Não há classe média na política.
http://www.democraciaemportugal.blogspot.com/2008/10/rendimentos-do-conselho-de-estado.html
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É o que eu digo.
O que estes críticos do Governo queriam era mais socialismo!
Choram por mais medidas do Governo. Acham pouco!
Mas, quando elas aparecem, fazem um coro de desgraças e de prantos.
Vá lá ser-se prior nesta freguesia!
MFerrer
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«Mas entao não estao previstas 350 novas farmacias para 2009? 2009 não é 2008.»
Pois não. 2009 é 4 (quatro) anos após a promessa do primeiro-ministro de abrir o mercado. O período de uma legislatura inteira para fazer um novo regime jurídico e novas regras de concursos. E, ENTRETANTO,NÃO ABRIU UM SÓ CONCURSO NOVO!!!!
E quer uma aposta como ainda vão aparecer razões para que a coisa seja novamente adiada? Até à próxima legislatura?
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«O que estes críticos do Governo queriam era mais socialismo!»
Como consumidor, eu só queria que o mercado abrisse omo o primeiro-ministro prometeu no seu discurso de tomada de posse. Até agora ouvi retórica.
E abrir um mercado é o menos socialista que se poder ter…
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É tudo muito demorado. Devem existir mesmo muitas barreira a vencer.
Por exemplo nas televisoes. A tv digital terrestre é mais complicada do que sei lá o que. Um novo canal livre é uma coisa que gera protestos dos restantes canais que temem perder publicidade. Quer dizer a defesa da concorrencia, é a defesa das empresas já existentes. Para mim a autoridade da concorrencia defende as empresas que já estão no mercado e não os consumidores.
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Uma autoridade da concorrência que não defende a concorrência????
lol
Só em Portugal!
Fica a atenuante de que em 2006 defendia…
lol
Só em Portugal!
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Mas afinal porque demoram tanto tempo a abrir farmácias?
Se me deixarem, abro uma num mês.
tretas
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“Ainda me lembro de sair com o meu filho pequeno das urgências hospitalares a meio da noite e de ter que me meter no carro para andar à procura da farmácia de serviço. Atualmente isso já não se passará, pois passou a haver farmácias nos hospitais continuamente abertas.”
Vamos lá puxar pela cabeça: 1, 2, 3…
Aqui vai: “mas porque é que o Guterres não fez o mesmo quando lá esteve?”
Gosto desta fórmula porque é universal, bastando escolher o momento, conforme o partido.
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Lavoura:
Quantos anos tem agora o seu “filho pequeno”?
Quando foi a última vez que, na ida a uma urgência hospitalar nocturna, encontrou uma farmácia aberta no local? Onde foi isso?
“Por qué no te callas?”
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A única melhoria que vi no serviço que as farmácias prestam ao público foi o estarem abertas à hora do almoço.
Continuo a ter em Braga apenas duas farmácias de serviço por noite e aos fins de semana, isto naquela que é considerada a 3ª ou 4ª cidade mais populosa do país.
Continuo a ter farmácias onde se espera quase tanto como numa repartição pública para ser atendido,(algumas já tem senhas de atendimento).
Continuo a não ter uma farmácia próxima da minha residência, (bancos tenho 2, peixaria tenho uma, talhos tenho 2, mini mercados tenho 4 ou 5, restaurantes 2, etc).
Aos Domingos e feriados continuo a ter que entrar na fila porque tenho uma farmácia na cidade e outra nos arredores, de serviço.
Conheço casos escandalosos de deficientes e idosos que para comprar um medicamento à noite ou ao fim de semana têm de recorrer aos vizinhos para os irem comprar.
Resumindo: milhões pagam um serviço caríssimo para serem mal servidos em beneficio do enriquecimento de muito poucos.
Este caso das farmácias é revelador, se tal ainda fosse preciso, da política de defesa dos interesses dos poderosos destes “socialistas” de meia tigela.
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A nossa tragédia é eterna: nos últimos 200 anos tivemos mais de 200 governos: cada um pior que o outro! O sr. Pinto de Sousa é apenas mais um da longa lista dos maus governantes do país. Mesmo assim, para mal dos nossos pecados, arrisca-se a ganhar em 2009…! Haja Paciência!
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e as parafarmácias? e as farmácias que, por causa disso começaram a abrir durante a hora do almoço? como alguém aqui disse o sócrates fez mais pela liberalização do sector que os outros governos anteriores todos juntos (que não fizeram nada).
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A. Mota,
«e as parafarmácias? e as farmácias que, por causa disso começaram a abrir durante a hora do almoço? como alguém aqui disse o sócrates fez mais pela liberalização do sector que os outros governos anteriores todos juntos (que não fizeram nada).»
As parafarmácias têm um ligeiro problema: não são farmácias…
E o Sócrates fez o quê? Para além do que escrevi?
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Os “negócios” do ISCTE correram-lhe bem.
Se continuasse a ser professora – foi professora do 1º ciclo e trabalhadora estudante – estaria ainda a pagar, a prestações, um “T1″ num Bairro suburbano da Amadora.
“Segunda-feira, Outubro 13, 2008
Saudemos a Sra. Ministra pelo seu sucesso
Recebi por email e carece confirmação mas é um bom incentivo para os Professores trabalharem mais. Pode ser que um dia também consigam.
Numa altura tão cheia de dificuldades, em que a maioria dos portugueses não conseguem esticar o ordenado até ao fim do mês para pagar as contas do gás e da electricidade, a Exma. Senhora Dr.ª Maria de Lurdes Rodrigues, digníssima Ministra da Educação, comprou muito recentemente um apartamento num prédio a carecer de obras, pela insignificante quantia de cerca de 500.000 Euros (Cem mil contos em moeda antiga).
Para o efeito nem teve que vender o apartamento que habita numa periferia de Lisboa.
O citado apartamento situa-se na Av. de Roma, n.º 20, 5º. (do lado oposto à Livraria Bertrand).
A escritura está na Primeira Conservatória de Registo Predial de Lisboa.
Saudemos a Sra. Ministra pelo seu sucesso …
http://www.democraciaemportugal.blogspot.com/2008/10/saudemos-sra-ministra-pelo-seu-sucesso.html
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….obrigado pela informação de que as parafarmácias não são farmácias. a questão que realmente interessa (muito mais importante que a questão de saber se abrem mais ou menos farmácias) é saber se agora as pessoas estão ou não mais bem servidas e a resposta é definitivamente sim. durante muitos anos andámos em filas de espera na farmácia de serviço (logo após as 19h) para comprar uma simples aspirina. isso mudou. devia ter sido feito mais, dir-me-á. concerteza, mas pela PRIMEIRA VEZ, foi feita alguma coisa. para exemplificar: a farmácia que me serve (arredores de aveiro) está agora ininterruptamente aberta das 9h às 20H quando antes fazia o horário clássico das 9-13h e 15-19h. isso é consequência da abertura das parafarmácias, abertas até às 23h.
pergunte às pessoas se não estão mais satisfeitas? se o fizer verificará que o seu post saiu ao lado.
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Que tolice A. Mota.
As parafarmácias não fazem concorrência às farmácias pela simples razão de que as parafarmácias vendem apenas 5% dos produtos (3% em facturação) vendidos em farmácia. Aliás as parafarmácias estão quase todas em pré-falência, compra uma parafarmácia por 25.000 € e uma farmácia por 2.500.000 €! São mais 2 zeros, 100 vezes! Esclarecido?
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João Cordeiro é que a sabe toda:
Contactado pela Renascença, o gabinete de Ana Jorge diz que tenciona cumprir em 2009 a alínea do Orçamento onde se prevê a devolução da antiga margem de lucro a estes sectores. No caso das farmácias passar dos actuais 18, 25%, para 20%.
http://www.rr.pt/InformacaoDetalhe.aspx?AreaId=23&SubAreaId=79&ContentId=263378
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