Quem paga o pequeno-almoço?
14 Outubro, 2008
De manhã a RTP dava conta da mudança de hábitos por causa da crise. Ao que parece tomam-se menos bicas e pequenos-almoços nos cafés. Mas será que alguma vez houve dinheiro para viver assim? Talvez valha a pena ler isto para percebermos melhor que não existem pequenos-almoços grátis. E tomados no café são mesmo muito caros.
BLASFÉMIAS 
…caminharemos para o abismo.
Não há dúvidas.
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O dinheiro deve ser gasto só depois de morto. As pessoas devem a poupar ao máximo o seu dinheiro para gastar no funeral.
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Toda a gente não deve pedir emprestimos nem nada porque depois de morto terá uma casa no paraíso.
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2 – o dinheiro que cada um tem pode ser gasto como der na gana de quem o tem. Simplesmente que não tem não gasta. Ou pede emprestado caso possa pagar. Porque se ele não pagar alguém vai pagar por ele.
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E se dever ao fisco? Deve ficar com o carro?
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Ontem à noite, a Dra. Fátima fez o frete mais descabelado que se possa imaginar ao governo e aos Banqueiros do governo, que me parecem que são todos. Os Senhores Banqueiros não disseram o que quiseram nem foram questionados sobre nada. Passearam impunes na pantalha, salvadores do sistema e da Pátria. Banqueiros assim merecem ser “maisculados”, num país triste e medroso.
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É gastar à tripa-forra, o último que pague a conta e feche a porta. Já viram como vai o total da dívida externa do país?
O dinheiro gasta-se quando se tem, quando não se tem trabalha-se para o ganhar. Um país que é tão dependente do estrangeiro não pode ser rico.
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Sugiro a Helena F. Matos que pela manhã de amanhã, tome o seu pequeno-almoço em casa, como defende, não sem se acompanhar das seguintes 15 páginas (1). Verá que o dia lhe vai correr muito melhor, ao contrário de todos os outros que simplesmente beberricam bicas encostados ao balcão:
[1] Wolpert, D.H., and Macready, W.G. (2005) “Coevolutionary free lunches”, IEEE Transactions on Evolutionary Computation, 9(6): 721-735.
Click to access 0869%20(Wolpert).pdf
Daqui (http://chemoton.wordpress.com/2008/09/25/on-financial-markets/):
Sadly, among many of these if not all, ultra market liberalism evangelists, self-organization is wrongly recognized as self-interest (check 3). Self-interest taken to this limits, is not only their repeated mantra, used to quote “there ain’t those things as a free lunch” (NFL) over and over again as their blindness. NFL after all, is instead broadly recognized as being connected to robustness in computational search and optimization areas. Unfornately, they will never recognize that even under some complex co-evolutionary domains (nature is full of them; where explicit targets or interests were not embedded on the evolutionary algorithm), indeed free-lunches were found (1).
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Excelente reportagem do Eduardo Pitta!
Anónimo 2 e 3
É claro q se pode tentar a maior quantidade de empréstimos possível; Que venha o T5 mais o Porche que a malta lá em casa come couves com molho branco… Pagar? Que paguem os filhos qd eu patinar!
Continua-se a viver na sombra do estado novo. É preciso é ter o prato cheio, não vá faltar (ou o botas voltar)!
O mais certo é qd chegarem a velhos sejam despejados num lar, onde comem papas de aveia pq com este tipo de educação os primeiros a não quererem bancar almoços grátis vão ser os filhos!
2/3 dos portugueses estão falidos; no entanto nunca se viu tanto BMW, tantas férias lá fora, etc… Que gozem agora; na velhice se verá…
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O pior Pedro é que vc e eu vamos pagar tb a tripa forra dessa gente, com “avais” do estado, no dia em que for preciso tb sai do seu e do meu bolso via imposto.
É assim como um conhecido meu com prestaçao mensal de 900 euros que diz ele é cara (roubo dos bancos) e que foi para Espanha a 800 euros semana em férias (direito ao descanço).
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OLP,
Das duas uma: ou acreditamos que este tipo de mentalidades muda radicalmente – aqui entendo que uma crise a sério faria bem a muita gente; ou damos em doidos de tanta injustiça e impotência.
Casos como os do seu amigo conheço muitos e alguns bastante dramáticos! A miséria mental é o maior flagelo deste país!
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“Que venha o T5 mais o Porche que a malta lá em casa come couves com molho branco…”
Pedro, estava-se a falar do luxo que é tomar o pequeno almoço no café. Os pequenos prazeres.
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«a falar do luxo que é tomar o pequeno almoço no café. Os pequenos prazeres»
Evidente.
Há outros cujos pequenos prazeres não dispensam champanhe do mais caro.
Um ex ministro por exemplo, assim que saiu do governo (de Santana), foi passar umas férias ao Dubai. Uma tentação e um pequeno prazer.
Sobretudo, se depois de um esforçado negócio de 900 milhões. Com dois submarinos.
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Anónimo,
Estamos a falar de subjectividades! Um pequeno prazer não é algo constante e imutável…
Mas falando de pequenos-almoços, eu tomo meu em casa e almoço tb! E porquê?
Lá em casa temos um ordenado acima da média, mas que com 3 dependentes, renda da casa (nenhum exagero) e despesas correntes, (o carro custou €700 euros, portanto está pago) sobram-me cerca de €200 q dão para o tabaco e para pôr de parte, qd consigo.
Se partir do principio que a maioria leva menos para casa, tem todas estas despesas e ainda tem que almoçar fora… como é q têm um BMW à porta do café onde tomam a primeira refeição do dia?
Custa mt espalhar manteiga numas torradas, enquanto se conversa à volta da mesa?
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Prazeres e estilos de vida.
Bem pior do que os pequenos almoços. Concentrem-se numa passagem de modelos.
Na influência da moda, das modas, nos armazens de roupa pouco usada que a plebe vai constituindo nas suas pequenas casas.
A plebe e não só.
O supérfluo, o excesso, o desperdício. Geral.
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“Sobretudo, se depois de um esforçado negócio de 900 milhões. Com dois submarinos.”
Os submarinos não valem 900 milhões?
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A senhora da RTP esqueceu-se de perguntar se os 20.000.000.000 milhões de garantia são para as empresas ou para as grandes empresas de construção. Eu percebo.
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Caro Pedro…
O meu problema não é de fé ( acreditar). O problema que casos como os que estamos a falar são imensos,cruzo-me com eles todos os dias e vc mesmo diz que conheçe muitos.
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E os submarinos valem 900 milhoes porque o paulinho das feiras ainda foi renegociar os tres que o pequenino do monte alentejano tinha contratado tres a 1.200 milhoes.
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OILP,
eu não sei nada do negócio, mas se 3 por 1200 e dois por 900, então os primeiros eram mais baratos……
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Os banqueiros que foram ontem à RTP, são uma cambada de mumias paraliticas, que não disserem nada de novo nem lhe foi preguntado nada! enfim um frete ao Socrates! afinal quem vai ser responsabilizado pelos avais senão forem pagos? para banqueiros pareceram um bocado burros…….
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«Os submarinos não valem 900 milhões?»
Seguramente, no mercado internacional e no ano em que foram adjudicados.
Para Portugal, vão valer tanto como uma dezena de F-16 da Força Aérea destinados a revenda (ainda encaixotados) , sem aplicação militar e por incapacidade financeira e humana de os operar, logo desnecessários.
Tambem não estou a ver nenhuma guerra naval e ou submarina no horizonte.
Talvez para o combate ao tráfego de droga. Pois.
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Leituras apressadas Gabriel
olhe bem para o que escrevi…
três aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa 1200 não por.
se for três a, é por cada um …..se for tres por são o todo
será distraçao ou falta de gramática?
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Não há dúvida que os tempos evoluiram no sentido do facilitismo e do consequente empobrecimento dos valores. Tomar o pequeno-almoço no café era um dos raros prazeres da classe média cujo conceito de família deu lugar ao culto do “status” num qualquer espaço físico, logo ali ao virar da esquina.
A propósito não deixem de ler o livro «Cidade Proibida» de Eduardo Pitta. Aborda um tema central e em agenda na sociedade portuguesa, num estilo narrativo muito próprio a que já nos habituou nos textos que escreve.
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Do SOl
“Depois de os dinheiros estatais terem salvado o mercado, a seguradora AIG
gastou 330 mil euros em banquetes, partidas de golfe e massagens num resort da Califórnia. Já o Fortis levou 50 distribuidores a Monte-Carlo e pagou-lhes um pequeno-almoço de três mil euros por pessoa”
E a Helena só crucifica o pobre que pediu uma bica e uma torrada no café da esquina?
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