Este desenho mostra claramente que, mais do que a pessoa em quem se vota, o partido é fundamental nas eleições americanas. Ou seja, o pretenso efeito do voto uninominal de reforçar a ligação entre eleitor e eleito de facto não existe.
Se a pessoa eleita tivesse, pessoalmente, importância, esperar-se-ia que houvesse um “mosaico” muito variado, com republicanos e democratas a ser eleitos em circunscrições adjacentes. Ora, o que se verifica de facto á que há grandes áreas homogéneas onde um partido predomina. O que sugere que as pessoas votam em partidos mais do que em indivíduos.
A teoria favorável a círculos uninominais cai assim pela base.
pelo contrário Luís Lavoura, se comparar o mapa com os das presidenciais, reparará que há bastante diversidade. É fácil de ver neste mapa nos estados do Texas e Califórnia. No primeiro tem vários distritos com vencedor democrata, apesar da vitória global McCain e o inverso na Califórnia.
Se comparar com a eleição para senadores, sucede o mesmo. Dou-lhe o exemplo do Montana onde venceu McCain mas o senador passou a democrata. E assim sucessivamente, por exemplo para governador, em que o mapa é totalmente distinto.
Ou seja, só se pode concluir pelo inverso: a pessoalização é absolutamente nítida e vital para as escolhas dos eleitores, sendo que os partidos serão relativamente indiferentes.
o facto de num determinado estado a grande maioria dos distritos elegerem representantes republicanos e no entanto a globalidade do Estado eleger um governador democrata pode ser explicado pelo facto de os distritos urbanos, que têm maior quantidade de votos, serem predominantemente democratas. (Ou vice-versa.) Você o que tem é que comparar a quantidade de votos republicanos/democratas NUMA MESMA ÁREA ELEITORAL, isto é, com os mesmos eleitores.
É claro que há efeitos pessoais (por exemplo no caso do Montana que você indicou), mas o mapa deste post sugere que esses efeitos são relativamente escassos.
Repare por exemplo na Califórnia. As áreas urbanas de Los Angeles e San Diego votam democrata, tal como o Silicon Valley. As áreas republicanas são as suburbanas e rurais. Há claramente na Califórnia uma distinção entre tipos de população (urbana/rural, educada/deseducada, etc) que tem mais importância do que a personalidade da pessoa a eleger.
Belo gráfico. O Blasfémias é muito bom em sacar gráficos.
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Ih, ca mapa tan bonito. Mas não é o meu, lá sa f… o mapa e mais o assunto, se da subserviência não sou fã.
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Isso n sao resultados do congresso, mas sim da cas de representantes..
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certo, mistake meu. Corrigido.
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Este desenho mostra claramente que, mais do que a pessoa em quem se vota, o partido é fundamental nas eleições americanas. Ou seja, o pretenso efeito do voto uninominal de reforçar a ligação entre eleitor e eleito de facto não existe.
Se a pessoa eleita tivesse, pessoalmente, importância, esperar-se-ia que houvesse um “mosaico” muito variado, com republicanos e democratas a ser eleitos em circunscrições adjacentes. Ora, o que se verifica de facto á que há grandes áreas homogéneas onde um partido predomina. O que sugere que as pessoas votam em partidos mais do que em indivíduos.
A teoria favorável a círculos uninominais cai assim pela base.
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pelo contrário Luís Lavoura, se comparar o mapa com os das presidenciais, reparará que há bastante diversidade. É fácil de ver neste mapa nos estados do Texas e Califórnia. No primeiro tem vários distritos com vencedor democrata, apesar da vitória global McCain e o inverso na Califórnia.
Se comparar com a eleição para senadores, sucede o mesmo. Dou-lhe o exemplo do Montana onde venceu McCain mas o senador passou a democrata. E assim sucessivamente, por exemplo para governador, em que o mapa é totalmente distinto.
Ou seja, só se pode concluir pelo inverso: a pessoalização é absolutamente nítida e vital para as escolhas dos eleitores, sendo que os partidos serão relativamente indiferentes.
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Gabriel Silva,
o facto de num determinado estado a grande maioria dos distritos elegerem representantes republicanos e no entanto a globalidade do Estado eleger um governador democrata pode ser explicado pelo facto de os distritos urbanos, que têm maior quantidade de votos, serem predominantemente democratas. (Ou vice-versa.) Você o que tem é que comparar a quantidade de votos republicanos/democratas NUMA MESMA ÁREA ELEITORAL, isto é, com os mesmos eleitores.
É claro que há efeitos pessoais (por exemplo no caso do Montana que você indicou), mas o mapa deste post sugere que esses efeitos são relativamente escassos.
Repare por exemplo na Califórnia. As áreas urbanas de Los Angeles e San Diego votam democrata, tal como o Silicon Valley. As áreas republicanas são as suburbanas e rurais. Há claramente na Califórnia uma distinção entre tipos de população (urbana/rural, educada/deseducada, etc) que tem mais importância do que a personalidade da pessoa a eleger.
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