Hospital de Braga *
Uma promessa reiterada pelos Governos das últimas duas décadas e meia irá finalmente ser cumprida.
A novela sem fim do novo hospital simboliza muito daquilo em que Braga se tornou. Situada numa zona de grande dinamismo, apetrechada com uma universidade que conhece a maior expansão qualitativa do País, Braga nunca impôs as suas inúmeras qualidades. Aninhada sobre si mesma, aferrada num poder autárquico que reúne quase todos os defeitos que o ‘localismo’ consegue engendrar, Braga preferiu ter um estádio de futebol ultramoderno e nunca lutar com denodo por um hospital decente, mantendo um S. Marcos sem valências bastantes e a cair de velho.
Em princípio, esperemos, Braga vai ter o hospital que merece. A não ser que a crise ou o Tribunal de Contas ainda o impeçam.
BLASFÉMIAS 
“Estádio de futebol versus Hospita”
Uma boa metáfora do regime.
Democrático, mas tão “Devorista” como o liberal do século XIX.
Que acabou falido.
GostarGostar
Se Braga tem tanta necessidade de um novo hospital, por que é que a iniciativa privada ainda não construiu um? Ou, até, mais do que um, através de diferentes e concorrentes grupos privados?
GostarGostar
«Se Braga tem tanta necessidade de um novo hospital, por que é que a iniciativa privada ainda não construiu um? »
Porque o ‘modelo social europeu’ favorece que seja o Estado a construir para, depois, os privados ficarem a gerir a obra. Depois os governantes serão devidamente recompensados quando abandonarem os seus cargos com a oferta de posições de destaque nos grupos económicos vencedores.
Parece-lhe mal? Mas é assim que o capitalismo de Estado funciona…
GostarGostar
A Norte, é a cidade aonde me sinto melhor.
Há mais de 30 anos vou comer num restaurante na Av. da Republica, o empregado acompanha-me desde essa altura.
Elego, Braga, a 2ª Capital do País
GostarGostar
Não vejo bem como é que o “modelo social”, europeu ou, no caso vertente, o “modelo social” português, favorece que seja o Estado a construir hospitais. Há em Lisboa e no Porto alguns hospitais integralmente construídos e geridos por privados. Tal como também há, nessas cidades e não só, diversos centros de análises clínicas, consultórios privados mais ou menos bem equipados, etc etc etc, construídos e geridos por privados. Se em Braga há tanta necessidade de um hospital, nada impede um qualquer grupo privado de construir um (mais ou menos bem equipado, com mais ou menos valências) e depois contratualizar, com o Serviço Nacional de Saúde, a aceitação de pacientes.
Eu diria que o facto de nenhum grupo privado o ter feito testemunha mais uma falta de iniciativa e de capacidade desses grupos, do que de facto um qualquer “modelo sodial” prevalecente.
GostarGostar
“Porque o ‘modelo social europeu’ favorece que seja o Estado a construir…”
Favorece? Que raio quer isso dizer… mas impede ou não impede que os privados avancem?
GostarGostar
“Eu diria que o facto de nenhum grupo privado o ter feito ”
Os privads estão entretidos com o Porto. Onde já existem o HPP (da CGD), o Hospital da Arrábida (do BES) e o Instituto Cuf (grupo Mello). E onde vai surgir em 2010 o maior Hospital Privado do País (Hospital da CUF, na Circunvalação. E está para ser inaugurado o Hospital da Boa Nova, do grupo do H.Trofa.
GostarGostar
2.
Esta discussão é um “deja-vu”.
Quando você ficar doente, provavelmente nem vai querer ouvir falar de privados…. Precisamente daqueles que lhe exigem um cartão de crédito à entrada, como nos hoteis, “for the incidentals”.
Os liberais que se decidam: ou querem as funções sociais básicas (saúde, educação e segurança social) garantidas pelo Estado, ou apostam tudo nos privados. Depois quando a coisa correr mal não podem é vir pedir “apoio” para manter a confiança na economia….
Eu preferiria não ter que pagar para o BPN ou BPP…..
E um avalzito do Estado para os meus empréstimos (casa e empresa) vinha mesmo a calhar!
GostarGostar
5.
“…E depois contratualizar, com o Serviço Nacional de Saúde, a aceitação de pacientes.”
Claro!
Sem o estado a dar de mamar à vaca, o leite seria mais escasso, não?
GostarGostar
Por que razão os privados iriam investir num hospital se a construção e especulação imobiliária em Braga é incomensuravelmente lucrativa?
A cidade está dominada pelos patos bravos há 30 anos.
Claro que quem vai a Braga e só passa pelo centro histórico não nota.
Os turistas que experimentem visitar um dos muitos bairros que se construíram recentemente – verdadeiros guetos onde não consegue entrar um carro de bombeiros tal é o atascamento de viaturas que por lá proliferam, em vias de acesso diminutas.
Mas a verdade é que se o Mesquita Machado por cá continua a mandar é porque os bracarenses preferem ter um estádio que derrapou 5 vezes a um hospital decente.
GostarGostar
«Mas a verdade é que se o Mesquita Machado por cá continua a mandar é porque os bracarenses preferem ter um estádio que derrapou 5 vezes a um hospital decente.»
Infelizmente, é verdade.
GostarGostar
Entre o estádio e o hospital, a escolha pelo estádio foi a mais correcta.
Se fosse hospital, teria certamente sido fechado pelo ex-ministro.
GostarGostar
“uma universidade que conhece a maior expansão qualitativa do País”,
diz o CAA, “professor” (!) da dita.
Não me ria tanto desde que o Botas caíu da cadeira.
GostarGostar
Caramba! E nessa derrapagem toda onde terá batido esse excesso do orçamento?
GostarGostar
Braga é um case-study. Tem uma figura de primeiro plano, ou melhor de plano inclinado, se as leis permitirem poderá facilmente manter o posto até ao fim da vida. Seria bonito de ver. Ainda só lá está há 33 anos o que diz muito da democracia do post 25. O urbanismo da cidade atesta o desastre mais completo que tarde e a más horas começa a ser entendido pelos que lá vivem e aguentam. Bate o recorde europeu em mortes de peões. Uma ou duas vias rápidas atravessam a urbe onde circulam carros potentes a mais de 100 km/hora.
Existem mais espaços de convívio na zona construídas há sete, seis séculos do que na zona nova. A Braga dos últimos 33 anos mosta tudo o que não se deve fazer, reune todos as erros a evitar. Os patos bravos avançaram em força, à superfície e no sub solo, só a crise os deteve em parte. O parque automóvel é impressionante. Circula muito dinheiro cuja proveniência é inexplicável, ou talvez não.
O novo hospital é assunto a seguir com atenção, como dizia o S. Tomé, ver para crer. O actual está fortemente endividado e consta que recentemente os índices de mortalidade começam a surpreender os mais atentos. Os que já foram não se queixam. Existe um hospital privado em construção o que pode ser bom para a população se a actual ministra não puser os conhecidos entraves – os hospitais públicos é que são bons e economizam muito pensará ela que nem sabe a quantas anda a dívida da saúde.
A Universidade de facto, tem um ou dois cursos de dimensão europeia. Distingue-se pela esquisita indumentária dos seus estudantes que se emborracham nas festas como qualquer universitário tuga. Nisso não ficam atrás. O gongorismo é a sua marca, são sempre os melhores em tudo. Praticam o auto-elogio até à náusea actuando cautelosamente em circuito fechado. Braga perdeu as suas élites há mais de 50 anos. O socialismo trouxe-lhe uma grande vantagem, fazer fronteira com a Galiza.
GostarGostar
A Prima tem alguma razão em dizer que Braga perdeu as suas elites, é verdade, isto aqui está entregue aos patos bravos. Contudo não é apenas em Braga, o Norte todo, o Porto então nem se fala
aquilo está kaput!
O Hospital é necessário sem dúvida alguma, o privado (Grupo Hospital da Trofa) está em bom caminho, mais um pouco e entrega-se a obra. O S.Marcos não é assim tão mau de todo. No Porto quando me falam de privados nunca me esqueço dos hospitais das ordens que apesar de terem muito bom pessoal já são edificios velhinhos.
Ó CAA para quando um quadro seu como benfeitor ao bom estilo liberal tripeiro numa associação qualquer da “INBICTA”?
GostarGostar
«Se Braga tem tanta necessidade de um novo hospital, por que é que a iniciativa privada ainda não construiu um? »
O Hospital privado de Braga, já está em construção há um ano. Vai arrancar muito primeiro que este novo, que vai enriquecer, mais uma vez, muita gente.
GostarGostar