Concorrência
11 Janeiro, 2009
A Zon/Lusomundo não pode baixar os preços dos bilhetes de cinema. Se o fizer, a Medeia vai à falência e sem Medeia não há concorrência no mercado. Logo, deve-se impedir a Zon/Lusomundo de baixar os preços para que continue a existir concorrência no mercado.
Mas afinal o que é a concorrência? É quando existem duas empresas no mercado, mas uma delas não pode baixar os preços nem ganhar quota de mercado à outra.
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23 comentários
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BLASFÉMIAS 
Of topic: espectáculo. A lua cheia está 3 x maior no horizonte. E não se paga bilhete.
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Para além da Zon e da Medeia (desse ícone da “Kultura” chamado Paulo Branco), há ainda a Filmes Castello Lopes.
Ou será que a Castello Lopes já faliu?
É que vão à falência várias empresas por dia….
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«Mas afinal o que é a concorrência? É quando existem duas empresas no mercado, mas uma delas não pode baixar os preços nem ganhar quota de mercado à outra.»
Há aqui qualquer coisa que me escapa: precisamente, a definição de concorrência. A que aqui é dada é a definição de cartelização.
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Atenção que há vários mercados dominados por “uma” empresa (por exemplo, energia eléctrica “at home”) e por “duas” empresas (por exemplo, açúcar: RAR e Alcantara).
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Isso mesmo Fernada, é um Cartel aprovado e recomendado pela Autoridade da “Cartelização” oops Concorrência.
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Podem ganhar cota de mercado e ela tem vindo a variar.
Mas em Portugal não é permitido vender produtos abaixo de custo porque se crê que isso facilitaria que uma empresa pudesse utilizar uma estratégia de tal forma agressiva que não só fizesse falir as restantes como desencorajar qualquer entrada no mercado, o que lhe permitiria manter um monopólio durante o resto do tempo. O João Miranda pode discordar desta análise, mas existem boas razões para crer que o consumidor fica beneficiado com tal proibição.
Segundo entendi, aquilo que aconteceu neste caso é análogo. Pelo menos foi essa a razão da autoridade para suspender a campanha.
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É incrível que assim seja. Estão a prejudicar milhares de pessoas por causa de algumas dezenas.
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Este post é um disparate e uma pura demagogia.
É claro que a Zon/Lusomundo pode baixar os preços dos bilhetes de cinema, desde que isso não seja a concretização de uma estratégia predatória ou de alavancagem de poder de mercado, perfeitamente possível de conceber dada a posição que esta empresa detém nos mercados que estão aqui em causa: o dos cinemas e o da TV por subscrição (pelo menos estes).
As perdas de eficiência e de bem-estar económico associadas aos monopólios é algo que qualquer estudante de Economia aprende no seu 1º ano de curso, e são fáceis de perceber.
O João Miranda se calhar pensa que com tiradas destas faz muito pela causa do liberalismo e do livre funcionamento dos mercados, mas engana-se, faz precisamente o contrário.
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A AdC tem muita dificuldade em detectar cartelizações, adiou resultados para a Primavera no caso dos combustíveis, mas quando se trata de aliviar o bolso dos utentes é extremamente rápida. Não está fácil viver por cá.
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“É claro que a Zon/Lusomundo pode baixar os preços dos bilhetes de cinema, desde que isso não seja a concretização de uma estratégia predatória ou de alavancagem de poder de mercado,..”
Eu não acho que os filmes da Medeia fazem concorrência aos do Lusomundo. São dois tipos completamente distintos. Não é pelos filmes da Lusomundo ficarem mais baratos que as pessoas passam a ir menos aos da Medeia ou vice-versa.
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Este post do João Miranda deriva duma preconceito ideológico.
O mercado é uma entidade divina. É a mão invisível. BUUUUUUU.
A solução para todos os problemas da humanidade.
Deixem o mercado funcionar livremente que ao virar da esquina vai aparecer um amanhã que canta.
A realidade não interessa.
Se a ideologia não se ajusta à realidade, então há que ajustar a realidade à ideologia.
No universo da ideologia a realidade não existe.
Mas como dizia o Woddy Allen, a realidade ainda é o único sítio onde podemos comer um bife.
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A AC esteve muito bem. Para variar.
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Há uma grita na blogosfera com o intuito de perseguir Paulo Branco. Que mal fez o homem a vocês?
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Você está a construir um boneco de palha. É óbvio que não é isso que se quer impedir (que se baixe o preço ou que se ganhe quota de mercado). Quer-se impedir que se use um mercado específico para subsidiar outro mercado, vendendo neste último abaixo do custo. O aumento da “concorrência” (que não o é, porque será à custa da destruição do mercado) neste mercado faz-se à custa do aumento do poder de mercado no outro (tv cabo / triple play).
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“Mas como dizia o Woddy Allen, a realidade ainda é o único sítio onde podemos comer um bife.”
Quando o bife saiu do mercado houve sempre fomes generalizadas.
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««Quer-se impedir que se use um mercado específico para subsidiar outro mercado, vendendo neste último abaixo do custo.»»
Luis,
duas peguntas:
1. Existem dois mercados? Como é que se compartimenta um mercado?
2. Qual é o custo de servir mais um espectador de cinama tendo em conta que o filme já está comprado, o cinema já está feito e o salário dos funcionário terá que ser pago à mesma?
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E dumping? o que é? LOL
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João Miranda, talvez umas lições básicas de economia e de direito e logo perceberia!
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“João Miranda, talvez umas lições básicas de economia e de direito e logo perceberia!”
E que lições são essas?
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“1. Existem dois mercados? Como é que se compartimenta um mercado?
2. Qual é o custo de servir mais um espectador de cinama tendo em conta que o filme já está comprado, o cinema já está feito e o salário dos funcionário terá que ser pago à mesma?”
1. O mercado dos patos de borracha para o banho não é o mesmo mercado dos chapéus de chuva. Se o preço do pato de borracha subir 200%, eu não vou comprar mais chapéus de chuva. Se o preço do pato de borracha subir 200%, os produtores de chapéus de chuva não vão passar a produzir patos de borracha.
2. Hoje é zero. Daqui a um mês não. No longo prazo não há custos fixos. No longo prazo, ao vender ao custo marginal a empresa vai à falência. Vendendo abaixo do custo, só sobrevive se for subsidiada (através do triple play).
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Carlos Sarmento,
A lei limita os preços “mínimos” para evitar o dumping sabia?
Também não será bom para a concorrência permitir-se que os “players” dominantes esmaguem os mais fracos, compreendo porquê não compreende?
O resto esforce-se um pouco não esteja à espera da papinha feita!
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