Saltar para o conteúdo

Livro de estilo para referir Israel*

11 Janeiro, 2009

Confirma-se que mais uma vez uma cadeia de televisão europeia, a France 2, transmitiu imagens falsas numa reportagem que dedicou ao ataque israelita a Gaza. Crianças mortas e uma casa destruída ilustravam os efeitos dramáticos entre os civis palestinianos dos bombardeamentos efectuados pelo exército de Israel.
Poucas horas após a emissão da reportagem concluía-se que destas imagens apenas os cadáveres e o prédio destruído não foram ficcionados. Aquelas pessoas morreram mas não morreram a 5 de Janeiro de 2009, como afirma o jornalista da France 2, mas sim a 23 de Setembro de 2005. Também não morreram na sequência dum ataque israelita mas sim no resultado da explosão acidental dum camião que transportava rockets do Hamas dentro do campo de refugiados de Jabalya. Defende-se a France 2 dizendo que foi enganada pela propaganda palestiniana. Nestas coisas da comunicação os palestinianos têm de facto as costas demasiado largas pois aquilo a que temos assistidos nos últimos anos é à participação voluntária e entusiástica de vários orgãos de comunicação ocidental na diabolização de Israel, através da divulgação de imagens e notícias sem qualquer tipo de confirmação das fontes ou até mesmo com a promoção de imagens e notícias falsas. Foi assim com o relato da morte de Muhammad al-Durrah o menino que em Setembro de 2000, segundo uma reportagem da mesma France 2, teria sido baleado por soldados israelitas junto ao seu pai, acabando os dois assassinados. A imagem da criança tentando proteger-se sob o cadáver do pai emocionou o mundo e legitimou a segunda intifada. Infelizmente os mesmos jornalistas que tão rapidamente espalharam esta imagem não se deram ao trabalho de divulgar as investigações que provavam a sua manipulação. Maior silêncio ainda caiu sobre os responsáveis pela morte da família de Huda Ghaliya, a menina que o mundo inteiro viu chorando sobre os cadáveres de toda a sua família, numa praia de Gaza, em 2006. Os jornais ocidentais com a mesma diligência com a promoveram a novo ícone palestiniano também a esqueceram quando se soube que a sua família não morrera vítima dum ataque israelita mas sim de armas palestinianas. Os exemplos desta fábrica mediática de mártires para ocidente consumir levam-nos invariavelmente à  constatação de que existe no ocidente uma espécie de “insurgentes  de sofá”. Tal como os treinadores de bancada raramente praticam qualquer desporto, também estes “insurgentes de sofá” jamais pegariam numa arma ou fariam um atentado. E não o fariam porque moralmente não seriam capazes e também porque este mundo ocidental do qual dizem tanto mal lhes tem proporcionado invejáveis padrões de vida. Israel torna-se assim no ‘lugar ideológico’ que lhes permite acharem-se ideologicamente coerentes enquanto usufruem o que de melhor a democracia a que dantes chamavam burguesa tem para oferecer. Claro que há algumas décadas outros povos acompanhavam os palestinianos como objecto da sua solidariedade. Eram então os vietnamitas, os cambodjanos, o então designado “povo mártir da Coreia do Sul”, os angolanos, os moçambicanos, os rodesianos… enfim todos aqueles povos cujos problemas pudessem ser de alguma forma imputáveis a países que alinhassem no chamado bloco ocidental. No preciso dia em que a culpa deixou de poder ser assacada a portugueses, norte-americanos, ingleses… esses povos deixaram de gerar piedade e desapareceram os activistas. Os massacres no Ruanda, a fome no Zimbabwe, as epidemias no Congo e a corrupção em Angola não só deixaram o paradigma das notícias que causam indignação como passaram a ser apresentados sob as vestes da fatalidade histórica. De igual modo quando os palestinianos se matam entre si, por exemplo quando o Hamas chacinou os membros da Fatah, o facto é ignorado. Se Israel – ou seja o país do nosso mundo – não é passível de ser responsabilizado então mal existem notícias e muito menos indignação. Donde também nunca ouvirmos falar da situação dos palestinianos no Líbano e no Egipto ou das medidas tomadas pela Jordânia para controlar os movimentos que os representam.
Estaria contudo a faltar à verdade caso não não reconhecesse que tem existido alguma evolução sobre Israel nos chamados defensores da causa palestiniana. Já admitem que o Estado de Israel vai continuar a existir mas não prescindem duma espécie de livro de estilo para se lhe referir. Desse livro fazem parte alguns dogmas. A saber:

a) Entre os palestinianos só existem civis
Israel tem um exército e serviços secretos. Os palestinianos têm líderes espirituais ou de facção, activistas, militantes e figuras religiosas. O que de mais belicoso se concede ao seu estatuto é designá-los como combatentes. Mas nunca como militares. Não são apenas os membros do Hamas que cobardemente se misturam com a população, que usam as escolas, os hospitais, as mesquitas e as ambulâncias para fins militares. A linguagem usada por boa parte da imprensa ocidental transforma-os também em civis. Ou civis inocentes como é hábito dizer. Inversamente Israel tem militares. Ou seja culpados, logo à partida.

b) Entre palestinianos o estatuto de refugiado é eterno e transmissível.
O que quer dizer exactamente a expressão “campo de refugiados palestinianos em Gaza”? Quer dizer que em território palestiniano, Gaza, existem palestinianos que saíram, há décadas, de localidades que fazem hoje parte de Israel (e também da Jordânia e do Egipto pois parte do território do Estado Palestiniano criado em 1948, ao mesmo tempo que o Estado de Israel, e recusado pelos países árabes, acabou por ser integrado naqueles dois países). Estes palestinianos mantêm-se com o estatuto de refugiados nos territórios palestianianos que eles mesmos administram. O que de mais equivalente com esta situação se pode conceber seria os retornados portugueses terem sido mantidos em campos, em alguns casos com direitos diferentes dos outros cidadãos da então Metrópole, e ainda hoje eles, os seus filhos, netos, bisnetos e demais descendência serem todos considerados refugiados e Portugal continuar a exigir o direito do seu regresso às localidades donde fugiram nos anos 70.
Esta condição de refugiado crónico condenou os palestinianos à exclusão que nenhum país democrático aceita para os seus cidadãos. Por isso os retornados são hoje simplesmente portugueses tal como milhares de judeus que após a criação do Estado de Israel tiveram de fugir dos países árabes como Marrocos, Egipto, Iraque, Líbia, Síria, Argélia, Tunísia e Iemen são simplesmente israelitas.

c) Toda e qualquer iniciativa de defesa levada a cabo por Israel está condenada ao fracasso. Se triunfa é porque é desproporcionada
Se de todo em todo se admite que Israel poderá reagir logo se avisa que a estratégia escolhida está errada. (A propósito, qual é o balanço do tão vilependiado muro?) Como, apesar de tanta opinião em contrário, Israel sobreviveu e mantém uma vitalidade política invejável então temos o problema da desproprção da resposta. A não ser para aqueles que desejam o desaparecimento de Israel, dificilmente se entrevê um cenário mais terrível do que aquele que resultaria caso a situação fosse inversa – o Hamas ou a Fatah terem mais capacidade militar do que o exército israelita – ou terem forças equivalentes. A óbvia superioridade militar de Israel impede uma escalada da violência para níveis certamente inimagináveis.

d) As informações do médico norueguês, do padre católico e da  activista da ONG são absolutamente verdadeiras.
Estas fontes emudecem quando os ataques ocorrem entre os palestinianos e são possuídas por uma apreciável verborreia quando Israel intervém. Mas o seu papel mais grave nem é tanto o que de falso por vezes dizem mas sobretudo o facto de pouparem os líderes palestinianos a prestarem declarações. O discurso destes últimos, sobretudo se forem os integristas do Hamas com as suas promessas de extermínio de Israel e muita retória do martírio religioso, gera anti-corpos nas sociedades ocidentais. O médico norueguês, o padre católico e a activista da ONG não só são ocidentais como falam como ocidentais para ocidentais. De cada vez que eles falam Israel torna-se no responsável por tudo o que acontece. Quando fala o Hamas, Israel ganha senão simpatia pelo menos compreensão.

PÚBLICO, 8 de Janeiro

100 comentários leave one →
  1. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 10:42

    Tem razão em muita coisa.
    Mas só lê a campanha mediática de um lado.

    Não tenho tempo hoje mas não posso deixar de dizer que esqueceu de acrescentar, por exemplo, que as imagens que a IDF forneceu sobre os membros do Hamas a disparar rockets na escola da ONU para legitimar o seu bombardeamento não eram deste ano.

    Mas é como diz, cada um só lê as imagens que quer.

    E a Helena, como jornalista, não me lembro de ter alertado com tempo para o eminente massacre no Ruanda, apesar de jornais como o The Times e o NYT (os que li na altura), entre outros, terem alertado o mundo para o eminente problema. Ninguém ligou é verdade, muito menos a Helena e o Público.

    Gostar

  2. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 10:50

    iminente e outras gralhas

    Gostar

  3. lgporto permalink
    11 Janeiro, 2009 11:05

    A sra e uma iluminada…

    Deixe la,realmente nao terao morrido nenhumas criancas,mas somente activistas do hamas.
    A sra e o que?
    Jornalista?

    Tenha vergonha .

    A sua parcialidade ja enjoa.

    Gostar

  4. Helena Matos permalink
    11 Janeiro, 2009 11:10

    Morreram crianças.Infelizmente ninguém se preocupa com essas crianças quando essas crianças – e estou a referir-me às palestinianas – são mortal pelo Hamas, pela Fatah ou por uma outra qualquer milícia.
    Já agora como sugere que se resolva o problema do Hamas se misturar com os civis?

    Gostar

  5. hora-porra permalink
    11 Janeiro, 2009 11:17

    islão é submissão aos homens
    por aqui o socialismo armani também gosta da ditadura

    Gostar

  6. Ibn Erriq permalink
    11 Janeiro, 2009 11:46

    A Helena Matos é jorna quê? Eu andava convencido que os jornalistas publicavam textos imparciais, pois, só assim se podia acreditar neles (textos), se isso não acontece, diga-nos lá a Helena, podemos acreditar nos seus escritos?
    Andava igualmente convencido que os jornalistas não se colavam a nenhuma das facções, erro o meu.

    Gostar

  7. 11 Janeiro, 2009 12:05

    Eu tb acho que essa notícia é muito mais importante que desmentir o exército israelita de que o bombardeamento de uma escola da ONU, que matou mais de 30 pessoas, tinha sido uma resposta a um ataque do Hamas. Ou até desmentir a Cruz Vermelha que acusa Israel de crimes de guerra por ter encurraldo dezenas de pessoas numa casa para de seguida a bombardear matando dezenas delas e impedidindo que os feridos fossem socorridos.
    Ninguem decente defende os métodos do Hamas, escusa portanto de vir para aqui defender as atrocidades de Israel perante populações indefesas, invocando o quanto mau o Hamas é. O silêncio já é suficientemente vergonhoso; mas defender as acções de bombardeamentos de civis inocentes é absolutamente indecoroso…

    Gostar

  8. Francesco permalink
    11 Janeiro, 2009 12:19

    Quem se interesse um pouco pela Estratégia e ciências afins, saberá que o fenómeno “guerra” vai mudando através dos tempos segundo parâmetros de que não temos um domínio completo. Naturalmente que me indigna a morte de civis, mas infelizmente creio que essa vai ser uma componente cada vez mais frequente dos fenómenos bélicos. Ou seja, no futuro, a diferença entre militares e civis perderá o sentido e todos serão fectados por igual, quer concordemos ou não.

    Gostar

  9. 11 Janeiro, 2009 12:22

    Muito bom, o texto, como de costume.

    Gostar

  10. 11 Janeiro, 2009 12:26

    ó sra. Helena Matos, a sua má fé é sem limites! para uma destacada jornalista da nossa praça é lamentável!

    o caso que aqui expõe e que veio a conhecimento do público, deve-se a vivos protestos dum público exigente, que não tolerou o que o dito canal francês fez para ilustrar as suas peças sobre o conflito que opõe Israelitas e Palestinianos, e apresentou as suas desculpas o que era o mínimo que deveria ter feito, mas quantas vezes constatei que os nossos canais de televisão passam imagens muito anteriores a muitos acontecimentos com mais ou menos importância também para ilustrar peças e fazer durar os nossos telejornais intermináveis. alguém manifesta a sua indignação? que saiba não, mas até já nem me dou ao trabalho de ver esses telejornais ou então com um olho e um ouvido oucupados a fazer outras coisas, para não dar como perdido o meu tempo.

    Israel, proibiu, pura e simplesmente, o acesso dos jornalistas internacionais, para poder cometer os seus massacres sem que haja quem o possa provar e depois é só dizer que o material em proveniência do lado adverso não é credível. raros são os médias que obtêm informações e imagens do que se está a passar em Gaza, no entanto, tenho visto as reportagens em diferido ou directo de France 24, que lá tem um correspondente palestiniano que tem feito um trabalho notável. o canal é difundido em francês, mas no site do canal há informação em inglês. o LeMonde também tem publicado imagens de fotógrafos palestinianos, e porque não? porque razão é que os médias internacionais deveriam apenas passar as imagens de entrevistas a militares israelitas que apenas dão a sua versão do conflito e apenas as imagens que eles permitem.

    agora quanto ao seu comentário como resolver o problema de o Hamas se misturar com os civis: se não saba, devia saber que o espaço territorial é escasso e que todos ali vivem confinados, e, se, como o texto acima diz a um dado momento, os serviços secretos israelitas, que são dos mais eficazes no mundo, que têm todas as informações necessárias, fizessem discretamente emagrecer o Hamas… teriam evitado o massacre de civis, expunham-se a outros problemas, mas isso não lhes interessa.

    o seu texto é parcial e imundo e não dou nada por si como jornalista… não basta saber alinhar palavras e frases, podia ao menos deixar interrogações, mas não, fazem-se afirmações categóricas e sem verificações. é isso jornalismo? talvez em Portugal, mas é verdade, vivi mais de metade da minha vida longe deste jardim à beira do abismo plantado e tenho outras exigências!

    Gostar

  11. Ibn Erriq permalink
    11 Janeiro, 2009 13:19

    “…Infelizmente ninguém se preocupa com essas crianças…

    Ó Helena, quando diz ninguém, esse ninguém refere-se a si própria ou à humanidade em geral? Se é a si própria estamos conversados.
    Mas se se refere ao conjunto dos humanos, a não ser que prove o contrário, não me prece que a humanidade lhe tenha passado procuração para falar em seu nome, pelo menos eu não o fiz. Parece-me alguns dos jornalistas na nossa praça para além de escreverem textos, lamentavelmente, nada isentos são também pouco ou nada rigorosos.

    Gostar

  12. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 13:37

    Jornalismo (jornalista) a sério é isto (e note russos em vez de Israelitas):

    “Mal regressara ao hotel Spinghar, o recepcionista, num estado de grande emoção, disse-me que os Russos estavam a utilizar helicópteros para atacar a aldeia de Sorkh Rud, a 20 quilómetros para oeste. Aluguei um riquexó e passada meia hora encontrava-me numa povoação de ruas sujas e casas de paredes feitas de lama. Disse ao condutor para esperar na estrada principal e entrei na aldeia. Não se via ninguém, apenas o dump-dump dos helicópetros soviéticos Mig-25, que apenas avistei ocasionalmente quando voavam como setas no final das ruas. Uns quantos cães uivavam perto de um esgoto a céu aberto. O sol estava alto e uma onda de calor deslocava-se pelas ruas com a brisa. Então onde se estava a dar o ataque que tanto perturbara o recepcionista do hotel? Só avistei a máquina com forma de insecto a voar baixo alguns segundos antes de começar a disparar. Ouviu-se um som parecido com uma centena de bolas de golfe a ser batidas ao mesmo tempo pelos tacos e as balas começaram a subir rápidamente pelas paredes das casas, levantando pequenas bolas de cal castanha quando atigiam os edifícios. Uma linha de balas começou a subir a rua na minha direcção e em pânico entrei a correr por uma porta aberta, atavessei um pátio de terra e entrei na primeira casa que encontrei.
    Atirei-me pela entrada e caí de lado, perto de um velho tapete. Perto da parede à minha frente estava sentado um afegão de barba cinzenta e um grupo compacto de crianças com a boca aberta de medo e atrás deles uma mulher com um lenço preto na cabeça. Olhei fixamente para eles e tentei sorrir. Estavam sentados em silêncio. Concluí que tinha de os convencer que não era russo, de que vinha da Inglaterra da Sra Thatcher, de que era um jornalista. Mas entenderia esta família o que era a Inglaterra? Ou o que era um jornalista? Estava sem fôlego, apavorado e interrogava-me como chegara a um lugar tão perigoso com uma tal rapidez, de maneira tão impensada, mal abandonara a segurança do Hotel Spinghar.
    Tive presença de espírito suficiente para me lembrar de como se dizia jornalista em pashtun e tentei dizer àquela pobre gente quem eu era. «Za di inglisi atlasi kahzora yem!» anunciei triunfante. Mas a família olhou para mim com ainda maior preocupação. O homem chegou ainda mais as crianças para junto de si e a mulher esboçou um grito. Eu sorri, eles não. O medo espalhava-se pela família. Apenas lentamente me dei conta de que não lhes dissera que era jornalista. Talvez fosse o tapete em que aterrara na casa. Foi concerteza a minha visita ao bazar algumas horas antes. Foi, de facto, com um terror cada vez maior que tomei consciência de que o desgrenhado correspondente que irrompera no seu lar sagrado se apresentara em pashtun, não como jornalista, mas com a afirmação imperecível «Sou um saco inglês de cetim».

    […]

    O chavão diz-nos é que a vida não vale nada. Não é verdade. É a morte que não vale nada. É fácil, é terrível e extremamente injusta.”

    Gostar

  13. Luis Serpa permalink
    11 Janeiro, 2009 13:38

    Cara Helena Matos,

    Obrigado. Este é um dos melhores textos que li sobre a manipulação da comunicação e o enviesamento da percepção do conflito.

    Parabéns.

    Gostar

  14. Ibn Erriq permalink
    11 Janeiro, 2009 13:48

    Luis Serpa,

    É engraçado dar os parabéns por um texto que faz exactamente, aquilo de que fala, manipulação de informação. LOL!

    Gostar

  15. 11 Janeiro, 2009 14:00

    D. Helena Matos
    Realmente a senhora não pode negar que é uma perfeita NEOCOMNADA.
    A qualidade do seu jornalismo criativo está muito acima do normal.
    Lamentável.
    JOJORATAZANA

    Gostar

  16. Patrício permalink
    11 Janeiro, 2009 14:09

    Felicito a Helena Matos pelo seu artigo.

    O blog “O Insurgente” tem um vídeo que mostra a forma como os palestinianos fabricam acontecimentos através de filmagens destinadas aos órgãos de comunicação social internacionais. Um nojo de gente, que não se percebe como tem apoios em países ocidentais.

    Vão lá ver, vão. No meio da indignação que provoca, também dá para rir, sobretudo aquelas cenas em que os marmanjos que levam o “morto” tropeçam e cai tudo para chão, mas depois o morto volta para a esteira pelo seu próprio pé !

    Gostar

  17. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 14:18

    Quer então dizer que não morreram quase 300 crianças em Gaza?

    Que vão voltar para a esteira pelo seu próprio pé? É isso?

    Gostar

  18. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 14:20

    “os palestinianos fabricam acontecimentos através de filmagens destinadas aos órgãos de comunicação social internacionais. Um nojo de gente”

    Nojo de gente ou gente astuta que sabe usar as pouquíssimas armas de que ainda dispõe?

    Gostar

  19. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 14:24

    É isto que incomoda também a Helena? Que este “nojo de gente” ainda tenha algumas “armas” que consegue usar sem se perceber como será possível conseguir lhas tirar?

    Gostar

  20. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 14:27

    É que há coisas que a estratégia da bomba de 2 toneladas não consegue deter. Pelo contrário. Potencía. Depois, claro, a culpa é dos mesmos. Dos nojentos que afinal até têm cérebro. Sacanas.

    Gostar

  21. Zenóbio permalink
    11 Janeiro, 2009 14:31

    Mais um post a metro duma prosélita em versão jornalista. Como já referi aqui, para a Helena Matos qualquer palestiniano quando nasce é suspeito, logo se o IDF o matar, só está a ser executor dum destino.

    Gostar

  22. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 14:31

    O que vale é que este é mais inteligente que o anterior, que estes jornalistas, bloguistas, comentaristas, modistas e hienas e vai directamente ao coração do problema:

    http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1355713&idCanal=11

    Gostar

  23. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 14:42

    300 crianças, a 5 por automóvel dá 60 automóveis cheios de crianças. O equivalente ao comprimento de 5 campos de futebol.

    Pelos sucessivos artigos da Helena conclui-se que, se para deter os rockets do Hamas, lhe dessem uma pistola mais um saco de 40 carregadores num total de 12 quilos de munições e lhe dissesem que só teria de abrir a porta ao primeiro automóvel, começar a disparar e acabar no último, ela não hesitaria um segundo.

    E não peço desculpa pelo que escrevi neste comentário porque é assim que a começo a ver. Como cúmplice deste massacre.

    Gostar

  24. 11 Janeiro, 2009 14:44

    Helena,
    Peço-lhe desculpa por ser chato e repetitivo, mas V.redime aquilo que cá na paróquia,mas não só,passa por jornalismo.
    V. comete o pecado capital da imparcialidade, escreve pela sua própria cabeça e, horror dos horrores , não faz parte do rebanho comandado pela cartilha internacionalista e “à la page” do polìticamente correcto!
    Ora, num “país” como o Marrocos de Cima, a independência, a não submissão ás teses “apropriadas” ao momento,o ir contra o lixo propalado pela carneirada da “desinformação social” tem um preço.
    E isso nota-se nalguns dos comentários supra…
    Cpmts.

    Gostar

  25. 11 Janeiro, 2009 14:44

    Patrício, deves ser muito ingénuo para acreditar que o vídeo é verdadeiro. Pergunta aos teus amigos israelitas, que impediram que os orgãos de informação fizessem a cobertura das atrocidades que estão a cometer em Gaza, para poderem encharcar os miolos de quem gosta de ser enganado com propaganda tipo cassette, se não terão sido eles, porventura, os excelentes realizadores de tão instrutivo vídeo.
    Mas se gostas de coisas reais, sem manipulações nem tretas, serve-te à vontade: mais de 800 mortos em gaza, metade deles, pelo menos são civis e destes, metade são crianças. Que tal? Serve para compensar o vídeo de que tanto gostas?
    Não há maior cego que aquele que não quer ver…

    Gostar

  26. Zenóbio permalink
    11 Janeiro, 2009 14:49

    24

    “comete o pecado capital da imparcialidade, escreve pela sua própria cabeça e, horror dos horrores , não faz parte do rebanho comandado pela cartilha internacionalista”

    A cartilha da Helena Matos é outra, toda a gente sabe.
    Tem carradas de razão, oh JJ Pereira!

    Gostar

  27. joao permalink
    11 Janeiro, 2009 14:50

    #12

    Tem a certeza que isso foi escrito por um jornalista russo? Que não há erros na tradução? É que o MIG-25 é um interceptor e avião de reconhecimento de alta velocidade ( na verdade, o mais rápido do mundo, atinge 3.2 Mach desarmado, e Mach 2.8 com quatro mísseis sob as asas), e é absolutamente imprestável para bombardeamento. E, sendo de um jornalista russo, de quando é? E refere-se a que conflito? Como é sabido, a Sra Tatcher já deixou de ser primeira-ministra há uns bons anos…

    Gostar

  28. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 14:57

    João,
    não é Russo, é Inglês, Robert Fisk (que eclipsa totalmente a Helena no seu sofá com o notebook). Refere-se à invasão da Russia ao Afeganistão e pode haver erros de tradução já que a minha citação é de uma edição Portuguesa. Mas está lá Mig-25(!)

    Cumpts

    Gostar

  29. Zeca permalink
    11 Janeiro, 2009 15:00

    Helena Matos, cada vez é mais difícil ser padre nesta freguesia. Um artigo, acima de tudo, elucidativo acerca da realidade israelopalestiniana, não agrada a muita gente que acha que Israel devia aguentar impávido a agressão de 100 roquetes diários sobre o seu território. Também não há qualquer reacção ao facto de parte do território da Palestina não ser aceite quer pela Jordânia, quer pelo Egipto. Entretanto, o Hamas precisa de manter abertos os caudais de ajuda ocidentais, mais empregados em armamento do que em ajuda humanitária. O escudo humano continuará.

    Gostar

  30. Patrício permalink
    11 Janeiro, 2009 15:01

    Confesso : O vídeo foi “inventado” pelo programa “60 minutes”.
    Eles têm esse feio costume de inventar vídeos.

    Mas vejam lá se se entendem, os caros amigos dos palestinianos.
    O vídeo é falso, ou eles são gente astuta que sabe usar as pouquíssimas armas de que dispõe?

    Gostar

  31. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 15:02

    Parece que encontrei o erro de tradução. A Russia Tinha helicoperos MI-25 e não Mig-25.

    Gostar

  32. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 15:03

    “Mas vejam lá se se entendem, os caros amigos dos palestinianos.
    O vídeo é falso, ou eles são gente astuta que sabe usar as pouquíssimas armas de que dispõe?”

    As duas coisas. Não são mutuamete exclusivas.

    Gostar

  33. joao permalink
    11 Janeiro, 2009 15:06

    Já agora – o célebre “médico norueguês” é de alinhamento conhecido, e admitiu como justificado o “terror” contra os EUA, a propósito do 11 de Setembro. O padre católico merecia um pontapé nas santas nalgas, porque não só olvida o silêncio permissivo do Vaticano durante a II guerra mundial face ao holocausto ( não da generalidade dos católicos, entenda-se: foram muitos aqueles que, sobretudo na Alemanha, puseram em risco a sua vida para esconderem judeus), como não mascara a duplicidade e tacticismo do Vaticano- não nos esqueçamos que o Vaticano nunca condenou a invasão de Timor Leste pela Indonésia ( um país muçulmano, do que, curiosamente, agora as pessoas se esquecem); nunca condenou o holocausto conduzido por Suharto quando subiu ao poder ( foram uns milhões de assassinatos); o Papa até se deu ao trabalho, durante a ocupação e quando os massacres eram visíveis e sistemáticos, de visitar o território, dando a sua “benção” à ocupação. Já se sabia porquê: porque, se não fosse assim, os prelados católicos eram recambiados( na melhoe das hipóteses…) à primeira oportunidade, e o que por lá existia e que pertencesse à Igreja passaria para outras mãos ( após as habituais invasões da “rua”, que rebentariam com tudo em pouco tempo)…

    PS- Para os “habitués” da indignação das “vítimas civis”, e para que não tenham (sempre) de referir o mesmo padre e o mesmo médico: também no democrático e secular Irão, o líder da comunidade judaica local ( que remédio!) se pronunciou contra a “agressão sionista”…

    Gostar

  34. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 15:08

    helicópteros e não helicoperos.
    mutuamente e não mutuamete

    Gostar

  35. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 15:16

    João,

    o problema que que esta guerra não vai servir para nada. Ou melhor, não serve, a prazo os interesses de ninguém. A não ser do Irão (e em menor escala os produtores de petróleo e gás). Por isso estes 5 campos de futebol de crianças morreram, no mínimo, em vão.

    Gostar

  36. Patrício permalink
    11 Janeiro, 2009 15:18

    Ah, bom. Então o vídeo pode ser falso, porque realizado pelos israelitas e simultaneamente pode ser uma prova de que os palestinianos são astutos e sabem usar as poucas armas de que dispõem.

    Confirma-se o que se esperava. Os amigos dos palestinianos são tão inteligentes como eles.

    Gostar

  37. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 15:18

    Mas curto prazo beneficia o partido do poder em Israel.

    Gostar

  38. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 15:26

    “Ah, bom. Então o vídeo pode ser falso, porque realizado pelos israelitas e simultaneamente pode ser uma prova de que os palestinianos são astutos e sabem usar as poucas armas de que dispõem.”

    Patrício,

    vamos lá ver se nos entendemos. Já percebi que tenho de lhe explicar tudo devagarinho e sem meias palavras como se tivesse a dar uma aula aos alunos da primária (ainda se chama assim?):

    Esse video em particular é falso. Ponto. Não é esse video que faz dos Palestinianos astutos. Faz dos outros palermas.

    O que faz os Palestinianos astutos são os outros vídeos que eles (e os seus simpatizantes no exterior como é exemplo o tema do post da Helena), como qualquer povo em guerra, realiza e manipula.

    Entendido? Não consigo explicar de forma mais simples.
    Será que é capaz de interpretar um texto ou pertence à geração youtube?

    Como diz o outro: “E o burro sou eu? Hein?!”

    Gostar

  39. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 15:26

    E eu não sou amigo de ninguém. Muito menos dos assassinos do Hamas.

    Gostar

  40. António Fiúza permalink
    11 Janeiro, 2009 15:27

    A manipulação da informação faz-se dos dois lados. As razões estão nos dois lados.
    O verdadeiro motivo do alinhamento com os israelitas ou com os palestinianos é outro. Os defensores do modo de vida demo liberal capitalista simpatizamos com os israelitas. Os coitados que estão sempre à espera do fim deste modo de vida simpatizam com os palestinianos. Felizmente para nós não há amanhãs que cantam.

    Gostar

  41. Zenóbio permalink
    11 Janeiro, 2009 15:34

    António Fiúza

    Não seja tremendista que lhe fica mal. Que presunção a sua ao catalogar as pessoas segundo o seu modo de reagir às notícias! Modere-se, só lhe fará bem.

    Gostar

  42. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 15:35

    “Os defensores do modo de vida demo liberal capitalista simpatizamos com os israelitas.”

    Bom, não acho que seja demo e sou 100% a favor do capitalismo (mnimamente regulado – minimamente apenas).

    E simpatizo sempre com os mais fracos e inocentes. Mas se estes mais fracos e inocentes tivessem no sitio errado à hora errada e tivessem de ser sacrificados para que toda esta questão se resolvesse eu estava calado. Mas não é esse o caso. É uma guerra de exploração do ódio para alguns (poucos) tirarem uma vantagem e não vai resolver nada. Muito pelo contrário.

    Gostar

  43. Patrício permalink
    11 Janeiro, 2009 15:42

    «Esse video em particular é falso. Ponto.»

    “Ponto” quer dizer QED, certo ?

    O comentador de nickname “Já Volto” lavrou a sentença e Ponto.

    Os amigos dos israelitas já estão convencidos. Com certeza acreditam mais depressa nele do que nos tipos do “60 minutes”.

    Gostar

  44. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 15:46

    Patrício,

    Não percebo bem a sua argumentação. Mas eu sou limitado.
    Faço-lhe uma vénia pela sua excelência que me ultrapassa, qual camião, por cima de um simples peão.

    Bem haja e boas guerras.

    Gostar

  45. 11 Janeiro, 2009 15:52

    E o EUROLIBERAL que é Juiz e Arrojado, gosta muito de passear à noite lá para as bandas do Restelo e quando o amigo Paulo foi preso fez tudo para o safar!

    Gostar

  46. Patrício permalink
    11 Janeiro, 2009 15:56

    Não se mimimize, caro “Já Volto”. A gente não se conhece, mas se conhecesse até podíamos beber um copo à saúde dos israelitas. E também à dos desgraçados palestinianos enganados pelos seus próprios dirigentes.

    Mas confesse lá se já viu o vídeo ou não. Não me diga que não se divertiu à brava com os mortos a levantar-se sozinhos e a voltar para a esteira. Eu ainda agora não consigo parar de rir..

    Gostar

  47. Ibn Erriq permalink
    11 Janeiro, 2009 15:57

    “Os defensores do modo de vida demo liberal capitalista simpatizamos com os israelitas.”

    Fiúza, vai lá buscar o cérebro onde o deixaste para podermos continuar a discussão!

    Quem diria que um qualquer kibutz israelita representa o modo de vida liberal. LOL. As coisas estão a passar-te ao lado e tu nem as enxergas.

    O maniqueísmo não costuma ser sinónimo de inteligência pois não?

    Gostar

  48. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 16:01

    “A gente não se conhece, mas se conhecesse até podíamos beber um copo à saúde dos israelitas. E também à dos desgraçados palestinianos enganados pelos seus próprios dirigentes.”

    Concordo. Mas acrescentava que ambos estão a ser enganados pelos seus próprios dirigentes. Ou melhor, pelo Irão. O Obama é que já perecebeu tudo (logo no primeiro dia). Não é à toa que um negro chegou à presidencia da América.

    “Mas confesse lá se já viu o vídeo ou não”

    Não vi. A net em que estou neste momento é portatil e é lenta demais para videos (sim há zonas em que o 3G ainda é uma treta).

    Gostar

  49. 11 Janeiro, 2009 16:06

    “Não tenho tempo hoje mas não posso deixar de dizer que esqueceu de acrescentar, por exemplo, que as imagens que a IDF forneceu sobre os membros do Hamas a disparar rockets na escola da ONU para legitimar o seu bombardeamento não eram deste ano.”

    Que novidade. No próprio video que a IDF divulgou vinha a data, em letras grandes, como sendo filmagens de 2007. O que chamavam a atenção é que o Hamas já tinha usado as instalações daquela escola. para disparar mísseis

    Gostar

  50. 11 Janeiro, 2009 16:07

    “Eu tb acho que essa notícia é muito mais importante que desmentir o exército israelita de que o bombardeamento de uma escola da ONU, que matou mais de 30 pessoas, tinha sido uma resposta a um ataque do Hamas.”

    Resta perceber porque é que morreram dois operacionais do Hams no ataque. Estavam nas aulas, provavelmente.

    Gostar

  51. OLP permalink
    11 Janeiro, 2009 16:07

    Muitos descendentes (mentalmente) do nazismo há aqui, travestidos de progressistas os nacionalistas se internacionalizaram.
    O que eles querem é só uma coisa: Judeus para as câmaras de gás ou para o goulag.
    Estão-se pura e simplesmente a *ca…* para aquilo que chamam de palestinianos, só os usam para destilar os seus ódios.

    Gostar

  52. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 16:11

    Bem haja Jcd

    “O que chamavam a atenção é que o Hamas já tinha usado as instalações daquela escola. para disparar mísseis”

    Tem razão.

    Mas em inúmeras televisões por esse mundo fora, incluindo uma tuga, esqueceram-se de mencionar isso. Acredito que inocentemente (quero-me convencer de que), deixando mais uma vez, ver a excelência do jornalismno de hoje em dia (objecto do post da Helena).

    Gostar

  53. Zenóbio permalink
    11 Janeiro, 2009 16:31

    ““O que chamavam a atenção é que o Hamas já tinha usado as instalações daquela escola. para disparar mísseis”

    Já alguém tomou conhecimento que existem manipulações de vídeo? Alguém se lembra das “imagens verdadeiras” que justificaram o ataque ao Iraque?

    Gostar

  54. António Fiúza permalink
    11 Janeiro, 2009 16:40

    Israel é o único país no Médio Oriente cujo regime político é uma verdadeira democracia e os seus cidadãos desfrutam dos direitos políticos e civis. Israel é o mais avançado na região em termos de liberdade de imprensa, regulamentações empresariais, competição económica, liberdade económica e índice de desenvolvimento humano médio.

    Gostar

  55. Zenóbio permalink
    11 Janeiro, 2009 16:51

    António Fiúza

    Já comprovou se os Israelitas não judeus usufruem dos mesmo direitos que os de religião judia? Ora veja lá melhor, porque há por aí uns malandros que dizem que Israel é um estado Teocrático!

    Gostar

  56. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 16:51

    Olá António,

    e?

    Gostar

  57. 11 Janeiro, 2009 16:54

    Milhares saem à rua em Paris contra Israel… … e 50 apoiam “nação eleita” em Lisboa.

    É o título de duas caixas que aparecem hoje no Público, lado a lado, assinado pela “jornalista” Sofia Branco. Do lado da manifestação de Lisboa, o texto é jocoso – apenas um grupinho de fanáticos religiosos que rezaram em coro. Eram 50 no título, 60 no corpo da notícia, que vieram de autocarro de Porto e Coimbra e que estavam com medo apesar do forte contigente policial (1 polícia para 10 pessoas – o que dá 5 ou 6 polícias). Do outro lado, as grandiosas manifs que juntaram centenas de milhares de pessoas, contra Israel, onde nunca há nada de jocoso para apontar.

    Gostar

  58. celestine permalink
    11 Janeiro, 2009 17:04

    Ó Lena, Israel é aquela corja de fanáticos, anormais, que mais vice do teu ódio que da mera indiferença ou amor. Do filme ” O Crente”, ontem, em telecine 2

    Gostar

  59. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 17:06

    Jcd,

    difícil não ser “jocoso” quando quem organiza a manif de lx diz isto segundo a Sofia:

    “[…]no apoio à «nação eleita», nas palavras da presidente da Câmara do Comércio, Maria Martins.”

    e isto:

    “«foi este povo, no meio de tantos povos, que Deus escolheu como seu», recordou Maria Martins, que já esteve no «pedacinho do céu» que é Jerusalém.”

    Mas o jornalista está lá para relatar. Têm de se habituar a deixar o “tom jocoso” para quem lê.

    Gostar

  60. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 17:09

    Projecta em Deus o seu racismo. Muito infantil eu diria. Ela e muitos.

    Gostar

  61. celestine permalink
    11 Janeiro, 2009 17:12

    E enquanto haja despeitados neste mundo, por força que há judeus. E dizem-se eles uns eleitos, depois.

    Gostar

  62. celestine permalink
    11 Janeiro, 2009 17:14

    Eh, Jerusalém, o pedacinho de céu que com a terra toda da Palestina esses eleitos, bobistas e despeitados, roubaram a que, lá estava, judeus.

    Gostar

  63. celestine permalink
    11 Janeiro, 2009 17:15

    Roubaram aos que lá estavam, como só fazem judeus.

    Gostar

  64. 11 Janeiro, 2009 17:25

    Todas as manifestações são ridículas quando estamos do outro lado da barricada.

    Gostar

  65. salvaterra permalink
    11 Janeiro, 2009 17:34

    Parabéns cara Helena por este excelente artigo que vai um pouco contra a corrente da opinião na comunicação social. Para avaliar da importância do conteúdo do seu artigo, basta ver as reacções que já provocou aos mesmos do costume. São estes artigos que doem e à falta de argumentos até sofre ameaças.
    Muita se fala agora da morte de civis inocentes e a Helena apesar de o lamentar, não deixa de indicar em que contexto ele acontece, quando o Hamas usa a população civil como escudo. Fala-se também da desproporcionada resposta de Israel. Sobre uma e outra coisa, não ocorre aos que tanto se preocupam com estas questões, que um terrorista quando se infiltra em Israel envolto em explosivos e que procura autocarros ou locais cheios de civis para se fazer explodir e provocar o maior número de mortos, civis, crianças, mulheres, homens, velhos ou novos, não teve em conta evitar mortes civis, apenas se preocupou em cumprir a sua missão ditada pelos chefes e esperar ser recompensado lá pelas não sei quantas virgens. É um ataque desproporcionado, tanto mais que nem sequer visa alvos militares. Aqui nestes casos, número de civis mortos incluindo crianças e a desproporção de actuar junto de civis desarmados, não preocupa nada aos mesmos do costume.
    Os atentados do 11 de Março em Madrid, mais uma vez para atingir simplesmente civis desarmados, não preocuparam os mesmos do costume nem a desproporção das cargas explosivas e a quantidade de comboios atingidos. Os mesmos do costume também ainda não se preocuparam com as ameaças feitas por líderes da comunidade muçulmana de Inglaterra, que chegaram ao ponto de ameaçar o governo inglês para as consequências que poderão daí advir pelo facto de não ter ainda condenado a intervenção israelita agora em Gaza.

    Gostar

  66. Tribunus permalink
    11 Janeiro, 2009 17:36

    È por estas e outras, que acho, que quantos mais palestianos, forem à vida, melhor! quer dizer que os tipos do hamas, estão a ser abatidos pelos ieraelitas e nbem……………….

    Gostar

  67. 11 Janeiro, 2009 17:48

    Também a CNN foi apanhada por mais uma Pallywood production:

    http://littlegreenfootballs.com/article/32393_A_Staged_Scene_in_a_Gaza_Hospital_-_Update-_CNN_Yanks_Video

    Gostar

  68. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 18:37

    E indignação pela produção Iranywood feita ao mundo pelo Irão à custa do povo de Gaza e de Israel?

    Alguém?

    Só quando o Obama (o lider do Alfa a ocidente) o disser então as hienas vão papaguear o discurso. Até lá, estão à toa, sem timoneiro.

    Por um lado comem as manifestas provas falsas do pretexto falso (também em video que há quem não leia) da invasão do Iraque. Por outro, acerca das reais, mesmo à vista e confirmadas pelos próprios alfas regionais já só se houve o assobio do vento.

    E do ódio.

    Gostar

  69. lucklucky permalink
    11 Janeiro, 2009 18:54

    Sunday, 25 February, 2001, 12:40 GMT
    Iraq ‘could build N-bomb’

    UN weapons inspectors left Iraq in 1998
    Iraq could produce nuclear weapons within three years, according to a German intelligence assessment.
    The report also says the Federal Intelligence Service (BND) has evidence that Baghdad is working to develop its short-range rockets.(…)

    http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/1189182.stm

    Gostar

  70. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 18:55

    ouve

    Gostar

  71. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 19:02

    lucklucky,

    pois, como se viu.

    Isso e o Bin que até era amigo da família e ía lá ao palácio beber cházinho.
    Israel, deu cabo e bem, da capacidade nuclear do tótó Saddam. Mas não vou começar a esgrimar consigo este tipo de argumentos, mais que documentados e assumidos por todas as partes.

    Não é que não tenha tempo. Não tenho é paciência e não aprendo nada. Que é, em primeira instância, o que me faz estar aqui.

    Cumpts

    Gostar

  72. Rivera permalink
    11 Janeiro, 2009 19:20

    O Povo Judeu sofreu a maior das persiguições dos tempos modernos a qual só foi possível com a cumplicidade de milhões de cumplíces e a colaboração directa de milhares de criminosos. A cumplicidade objectivou-se em silêncios, desculpablizações e justificações cobardes, cínicas e crueis: durante a Segunda Guerra Mundial perante a evidência do massacre muitos mais do que não tentar ajudar as vítimas negaram os factos (alguns continuam a fazer o mesmo) e justificaram ou com o perigo vermelho ou, a mais cruel das afirmações, afirmaram que foram as própria vítimas que provocaram a fatalidade.
    Hoje continuam perante a agressão do exército israelita o mesmo tipo de comentários, com o mesmo valor moral. A actuação israelito não é comparável ao mal absoluto que foi a acção de extermínio nazi, mas a cumplicidade moral dos que acham que o massacre de centenas de crianças, civis e de membros do Hamas é justificável por meia dúzia de vítimas de alguns foguetes é equivalente á cumplicidade perante os crimes nazis: a mesma frieza perante as imagens de crianças judias assssinadas perante crianças palestinianas igualmente assassinadas.

    Gostar

  73. Já Volto permalink
    11 Janeiro, 2009 19:23

    lucklucky,

    e se isso, que é falso, lhe legitima a invasão de um país faço-lhe umas perguntas de retórica. Não é para me responder:
    1. Porque não se invade o Irão?
    2. Porque não se invade o Paquistão e se lhe retira essa capacidade já que lá está o verdadeiro berço da alquaeda e a qualquer momento as bombinhas podem…

    Eu respondo: porque o mundo não é a preto e branco, como as imagens que o convenceram em 2003.

    Gostar

  74. Dazulpintado permalink
    11 Janeiro, 2009 19:52

    Parabéns D. Helena, excelente atigo. A provar que a coragem, a inteligência e a integridade ainda não foram derrotadas.

    Gostar

  75. Ibn Erriq permalink
    11 Janeiro, 2009 20:10

    Bom, no que toca ao judeus, nós próprios, temos as mãos sujas de sangue. No entanto, embora tenhamos esse peso na consciência, não me parece correcto desculpabilizar as suas actuações.

    Gostar

  76. A. R permalink
    11 Janeiro, 2009 20:31

    O Ocidente para Israel comporta-se como um “pais de Mierda”
    http://www.libertaddigital.tv/ldtv.php/beta/videoplayer.html/CBMyd1Oz1nY

    Gostar

  77. 11 Janeiro, 2009 21:00

    «Patrício said
    11 Janeiro, 2009 às 2:09 pm
    Felicito a Helena Matos pelo seu artigo.

    O blog “O Insurgente” tem um vídeo que mostra a forma como os palestinianos fabricam acontecimentos através de filmagens destinadas aos órgãos de comunicação social internacionais.»

    Além da produção “pallywoodesca” que refere (a qual, a propósito não é do “60 minutes”), existem muitas outras.

    Por exemplo, aquela que toda a gente viu (e que até deu para estampar em T-shirts), mostrando pai e filho (Muhamad Al-Dura) atrás de uns tubos e contra um muro enquanto eram “massacrados” pelos tiros dos israelitas. Falso (cf. http://www.youtube.com/watch?v=DzsCBFhCsyY&feature=related).

    Reuni (http://apdeites2.cedilha.net/?p=1261) estes dois e mais alguns vídeos numa “playlist”. Como 3.º exemplo, veja-se o de um gajo que acabou de levar um tiro, deitado no chão, a rapar do telemóvel e a fazer uma chamadinha; se bem que perfeitamente aceitável de um ponto de vista cinematográfico, num intervalo entre “takes”, ou assim, convenhamos que a vigarice pura e dura não será uma “arma” lá muito curial, mesmo se essa for a última de que dispõe seja quem.

    Gostar

  78. 11 Janeiro, 2009 21:20

    o post e a pobre sofia branco- como outras no público- só demonstra como as redacções dos media na UE e um pouco CNN são autênticos tótós e betinhas, ou estalinistas e trotzkistas ressabiados e furiosos (com o fim dos campos de concentração soviéticos) ao serviço da selvajaria islâmica do séc. XII.

    Gostar

  79. 11 Janeiro, 2009 21:22

    Oops, séc. XXI ( embora tb no séc XII.)

    Gostar

  80. 11 Janeiro, 2009 21:36

    33– esse arroto é uma mistura de ignorância crassa e frustraçõezinhas adolescentes mal resolvidas. Só 1 ex: há várias organiz de sobreviventes judeus do nazismo k têm provas do empenho do vaticano, e Pio XII em especial, em os esconder, defender e dar passaportes para fugir. Tudo feito nas catacumbas (como os Cristãos há 2 mil anos…) e sem publicidade. Em 2008, 50 anos morte Papa Pio XII, entregaram isso no Vaticano. Brevemente terá tudo no blog.

    Gostar

  81. 11 Janeiro, 2009 22:32

    Muito bem, Helena.

    .

    Gostar

  82. joao permalink
    12 Janeiro, 2009 00:28

    Não me parece que o que faz falta seja entreter a malta quanto à fidedignidade dos vídeos. Talvez o que faça falta seja realçar ( até que a voz nos doa) a dualidade de critérios, e a não exigência de padrões de comportamento normal a quem mais ordena na faixa de Gaza. Eu sou plenamente favorável a um Estado palestiniano; acho até que Israel ( já apra qnão falar nos palestinianos) tudo teria a ganhar com o respectivo estabelecimento – o que não posso aceitar é que o mesmo baseie as suas fundações em atentados terroristas. Como não posso aceitar que se utilizem civis como escudos. oOmo não posso aceitar que se construam tuneis para o tráfico de armas, e não se constuam abrigos para os civis. O que eu não possso aceitar e´, enfim, a “carne para canhão” -e, sobre a destinação da mesma, não há dúvida que deverá ser imputada ao Hamas.

    Gostar

  83. Anónimo permalink
    12 Janeiro, 2009 01:08

    Já Volto said
    11 Janeiro, 2009 às 2:20 pm
    “os palestinianos fabricam acontecimentos através de filmagens destinadas aos órgãos de comunicação social internacionais. Um nojo de gente”
    Nojo de gente ou gente astuta que sabe usar as pouquíssimas armas de que ainda dispõe?

    Se bem me recordo os nazis fizeram o mesmo em relação aos campos de concentração ao divulgarem imagens de que eram lugares mt bons para se viver. Infelizmente o Já Volto valoriza este tipo de gente astuta que distorce a realidade.
    Com tantas atrocidades que Israel faz em Gaza seria de pensar que não seria necessário montar imagens…

    Muitos aqui condenam os israelitas por usarem a força, mas a hipocrisia é tanta que essas mesmas pessoas são incapazes de dizer o mesmo em relação aos palestinianos ao usarem rockets ou usarem civis como escudos. Sim, não tem comparação às armas de Israel, mas se os palestinianos tivessem armas melhores com certeza que também as usariam. Provavelmente isso também seria justificado aos olhos dos hipocritas que aqui andam.

    Também ja ouvi chamarem os judeus de nazis mas não vamos ser hipocritas mais uma vez, se os árabes tivessem os meios pra destruir/invadir Israel fariam.

    O momento que se vive actualmente em Gaza é descrito numa frase: “Quem brinca com o fogo queima-se”. Os rapazes estavam a divertir-se a mandar rockets para o outro lado da fronteira, agora aguentem-se à bronca!

    Gostar

  84. Zaga permalink
    12 Janeiro, 2009 01:09

    Já Volto said
    11 Janeiro, 2009 às 2:20 pm
    “os palestinianos fabricam acontecimentos através de filmagens destinadas aos órgãos de comunicação social internacionais. Um nojo de gente”
    Nojo de gente ou gente astuta que sabe usar as pouquíssimas armas de que ainda dispõe?

    Se bem me recordo os nazis fizeram o mesmo em relação aos campos de concentração ao divulgarem imagens de que eram lugares mt bons para se viver. Infelizmente o Já Volto valoriza este tipo de gente astuta que distorce a realidade.
    Com tantas atrocidades que Israel faz em Gaza seria de pensar que não seria necessário montar imagens…

    Muitos aqui condenam os israelitas por usarem a força, mas a hipocrisia é tanta que essas mesmas pessoas são incapazes de dizer o mesmo em relação aos palestinianos ao usarem rockets ou usarem civis como escudos. Sim, não tem comparação às armas de Israel, mas se os palestinianos tivessem armas melhores com certeza que também as usariam. Provavelmente isso também seria justificado aos olhos dos hipocritas que aqui andam.

    Também ja ouvi chamarem os judeus de nazis mas não vamos ser hipocritas mais uma vez, se os árabes tivessem os meios pra destruir/invadir Israel fariam.

    O momento que se vive actualmente em Gaza é descrito numa frase: “Quem brinca com o fogo queima-se”. Os rapazes estavam a divertir-se a mandar rockets para o outro lado da fronteira, agora aguentem-se à bronca!

    Gostar

  85. Zaga permalink
    12 Janeiro, 2009 01:09

    peço desculpa pelo “double post” 🙂

    Gostar

  86. dsc permalink
    12 Janeiro, 2009 08:57

    Se há coisa estimulante nesta guerra é ler os posts de gente que se diz bem formada, culta e inteligente. A forma é impecável, não haja dúvidas, mas o conteúdo….. enfim.

    Gostar

  87. joao permalink
    12 Janeiro, 2009 09:50

    “Como”, “Túneis” e demais gralhas ( fica a correcção)

    Gostar

  88. Já Volto permalink
    12 Janeiro, 2009 11:38

    Zaga,

    “Se bem me recordo os nazis fizeram o mesmo em relação aos campos de concentração[…]”

    Zaga,
    todos fazem o mesmo.

    “Infelizmente o Já Volto valoriza este tipo de gente astuta que distorce a realidade.”
    Posso, erradamente, ter dado a entender que os valorizo mas o que eu queria dar a entender é que outros os menosprezam em demasia. Quando se está encostado à parede, até um gato é perigosíssimo. Todos distorcem a realidade quer através de videos, cada vez mais usados em todos os conflitos, quer pela negação de acesso a relatos presenciais aos média. Neste último caso estão a potenciar o primeiro… de ambos os lados.

    “essas mesmas pessoas são incapazes de dizer o mesmo em relação aos palestinianos ao usarem rockets ou usarem civis como escudos.”
    Bom, para que fique claro, eu, pessoalmente que não conto para nada, também os condeno. Mas estão agarrados, quais gatos encostados à parede, às armas que lhes sobram.

    “Provavelmente isso também seria justificado aos olhos dos hipocritas que aqui andam.”
    Como assim? Guerrilheiros (vulgo terroristas hoje em dia) usarem as melhores armas que têm ao dispor? Nunca se viu em lado nenhum na História – desculpe o sarcasmo mas tenho este defeito de o não controlar e mesmo depois de rever o texto opto por escrever isto em vez de o apagar/alterar.

    “Também ja ouvi chamarem os judeus de nazis”
    De mim nunca ouviu (leu) tal aberração.

    “Quem brinca com o fogo queima-se”.
    Concordo mas acho válido para ambas as partes. Mais, acho também que esse fogo tem implicações globais.

    Cumpts

    Gostar

  89. joao permalink
    12 Janeiro, 2009 12:55

    #84

    “Nojo de gente ou gente astuta que sabe usar as pouquíssimas armas de que ainda dispõe?”

    Seja uma faca, um calhau, um rocket , um míssil Scud ou um sofisticadíssimo “hellfire” guiado por laser, o princípio é sempre o mesmo – não deverão ser usados intencionalmente contra alvos exclusivamente civis. O Hamas andou a lançar rockets sobre guarnições israeletias? Não, lançou-os para cima de cidades, à balda. Continua a fazê-lo. O que há-de Israel fazer? Ficar de braços cruzados?

    Gostar

  90. Já Volto permalink
    12 Janeiro, 2009 13:06

    João,

    não seja ingénuo. Você é uma máquina de fax. Assim como a Helena.
    Esta guerra não começou com os rockets do hamas como os mais distraidos foram SUPER facilmente convencidos.

    ACORDE desse torpor plantado!

    http://www.guardian.co.uk/world/2009/jan/07/gaza-israel-palestine

    “How Israel brought Gaza to the brink of humanitarian catastropheOxford professor of international relations Avi Shlaim served in the Israeli army and has never questioned the state’s legitimacy. But its merciless assault on Gaza has led him to devastating conclusions

    The only way to make sense of Israel’s senseless war in Gaza is through understanding the historical context. Establishing the state of Israel in May 1948 involved a monumental injustice to the Palestinians. British officials bitterly resented American partisanship on behalf of the infant state. On 2 June 1948, Sir John Troutbeck wrote to the foreign secretary, Ernest Bevin, that the Americans were responsible for the creation of a gangster state headed by “an utterly unscrupulous set of leaders”. I used to think that this judgment was too harsh but Israel’s vicious assault on the people of Gaza, and the Bush administration’s complicity in this assault, have reopened the question.

    I write as someone who served loyally in the Israeli army in the mid-1960s and who has never questioned the legitimacy of the state of Israel within its pre-1967 borders. What I utterly reject is the Zionist colonial project beyond the Green Line. The Israeli occupation of the West Bank and the Gaza Strip in the aftermath of the June 1967 war had very little to do with security and everything to do with territorial expansionism. The aim was to establish Greater Israel through permanent political, economic and military control over the Palestinian territories. And the result has been one of the most prolonged and brutal military occupations of modern times.

    Four decades of Israeli control did incalculable damage to the economy of the Gaza Strip. With a large population of 1948 refugees crammed into a tiny strip of land, with no infrastructure or natural resources, Gaza’s prospects were never bright. Gaza, however, is not simply a case of economic under-development but a uniquely cruel case of deliberate de-development. To use the Biblical phrase, Israel turned the people of Gaza into the hewers of wood and the drawers of water, into a source of cheap labour and a captive market for Israeli goods. The development of local industry was actively impeded so as to make it impossible for the Palestinians to end their subordination to Israel and to establish the economic underpinnings essential for real political independence.

    Gaza is a classic case of colonial exploitation in the post-colonial era. Jewish settlements in occupied territories are immoral, illegal and an insurmountable obstacle to peace. They are at once the instrument of exploitation and the symbol of the hated occupation. In Gaza, the Jewish settlers numbered only 8,000 in 2005 compared with 1.4 million local residents. Yet the settlers controlled 25% of the territory, 40% of the arable land and the lion’s share of the scarce water resources. Cheek by jowl with these foreign intruders, the majority of the local population lived in abject poverty and unimaginable misery. Eighty per cent of them still subsist on less than $2 a day. The living conditions in the strip remain an affront to civilised values, a powerful precipitant to resistance and a fertile breeding ground for political extremism.

    In August 2005 a Likud government headed by Ariel Sharon staged a unilateral Israeli pullout from Gaza, withdrawing all 8,000 settlers and destroying the houses and farms they had left behind. Hamas, the Islamic resistance movement, conducted an effective campaign to drive the Israelis out of Gaza. The withdrawal was a humiliation for the Israeli Defence Forces. To the world, Sharon presented the withdrawal from Gaza as a contribution to peace based on a two-state solution. But in the year after, another 12,000 Israelis settled on the West Bank, further reducing the scope for an independent Palestinian state. Land-grabbing and peace-making are simply incompatible. Israel had a choice and it chose land over peace.

    The real purpose behind the move was to redraw unilaterally the borders of Greater Israel by incorporating the main settlement blocs on the West Bank to the state of Israel. Withdrawal from Gaza was thus not a prelude to a peace deal with the Palestinian Authority but a prelude to further Zionist expansion on the West Bank. It was a unilateral Israeli move undertaken in what was seen, mistakenly in my view, as an Israeli national interest. Anchored in a fundamental rejection of the Palestinian national identity, the withdrawal from Gaza was part of a long-term effort to deny the Palestinian people any independent political existence on their land.

    Israel’s settlers were withdrawn but Israeli soldiers continued to control all access to the Gaza Strip by land, sea and air. Gaza was converted overnight into an open-air prison. From this point on, the Israeli air force enjoyed unrestricted freedom to drop bombs, to make sonic booms by flying low and breaking the sound barrier, and to terrorise the hapless inhabitants of this prison.

    Israel likes to portray itself as an island of democracy in a sea of authoritarianism. Yet Israel has never in its entire history done anything to promote democracy on the Arab side and has done a great deal to undermine it. Israel has a long history of secret collaboration with reactionary Arab regimes to suppress Palestinian nationalism. Despite all the handicaps, the Palestinian people succeeded in building the only genuine democracy in the Arab world with the possible exception of Lebanon. In January 2006, free and fair elections for the Legislative Council of the Palestinian Authority brought to power a Hamas-led government. Israel, however, refused to recognise the democratically elected government, claiming that Hamas is purely and simply a terrorist organisation.

    America and the EU shamelessly joined Israel in ostracising and demonising the Hamas government and in trying to bring it down by withholding tax revenues and foreign aid. A surreal situation thus developed with a significant part of the international community imposing economic sanctions not against the occupier but against the occupied, not against the oppressor but against the oppressed.

    As so often in the tragic history of Palestine, the victims were blamed for their own misfortunes. Israel’s propaganda machine persistently purveyed the notion that the Palestinians are terrorists, that they reject coexistence with the Jewish state, that their nationalism is little more than antisemitism, that Hamas is just a bunch of religious fanatics and that Islam is incompatible with democracy. But the simple truth is that the Palestinian people are a normal people with normal aspirations. They are no better but they are no worse than any other national group. What they aspire to, above all, is a piece of land to call their own on which to live in freedom and dignity.

    Like other radical movements, Hamas began to moderate its political programme following its rise to power. From the ideological rejectionism of its charter, it began to move towards pragmatic accommodation of a two-state solution. In March 2007, Hamas and Fatah formed a national unity government that was ready to negotiate a long-term ceasefire with Israel. Israel, however, refused to negotiate with a government that included Hamas.

    It continued to play the old game of divide and rule between rival Palestinian factions. In the late 1980s, Israel had supported the nascent Hamas in order to weaken Fatah, the secular nationalist movement led by Yasser Arafat. Now Israel began to encourage the corrupt and pliant Fatah leaders to overthrow their religious political rivals and recapture power. Aggressive American neoconservatives participated in the sinister plot to instigate a Palestinian civil war. Their meddling was a major factor in the collapse of the national unity government and in driving Hamas to seize power in Gaza in June 2007 to pre-empt a Fatah coup.

    The war unleashed by Israel on Gaza on 27 December was the culmination of a series of clashes and confrontations with the Hamas government. In a broader sense, however, it is a war between Israel and the Palestinian people, because the people had elected the party to power. The declared aim of the war is to weaken Hamas and to intensify the pressure until its leaders agree to a new ceasefire on Israel’s terms. The undeclared aim is to ensure that the Palestinians in Gaza are seen by the world simply as a humanitarian problem and thus to derail their struggle for independence and statehood.

    The timing of the war was determined by political expediency. A general election is scheduled for 10 February and, in the lead-up to the election, all the main contenders are looking for an opportunity to prove their toughness. The army top brass had been champing at the bit to deliver a crushing blow to Hamas in order to remove the stain left on their reputation by the failure of the war against Hezbollah in Lebanon in July 2006. Israel’s cynical leaders could also count on apathy and impotence of the pro-western Arab regimes and on blind support from President Bush in the twilight of his term in the White House. Bush readily obliged by putting all the blame for the crisis on Hamas, vetoing proposals at the UN Security Council for an immediate ceasefire and issuing Israel with a free pass to mount a ground invasion of Gaza.

    As always, mighty Israel claims to be the victim of Palestinian aggression but the sheer asymmetry of power between the two sides leaves little room for doubt as to who is the real victim. This is indeed a conflict between David and Goliath but the Biblical image has been inverted – a small and defenceless Palestinian David faces a heavily armed, merciless and overbearing Israeli Goliath. The resort to brute military force is accompanied, as always, by the shrill rhetoric of victimhood and a farrago of self-pity overlaid with self-righteousness. In Hebrew this is known as the syndrome of bokhim ve-yorim, “crying and shooting”.

    To be sure, Hamas is not an entirely innocent party in this conflict. Denied the fruit of its electoral victory and confronted with an unscrupulous adversary, it has resorted to the weapon of the weak – terror. Militants from Hamas and Islamic Jihad kept launching Qassam rocket attacks against Israeli settlements near the border with Gaza until Egypt brokered a six-month ceasefire last June. The damage caused by these primitive rockets is minimal but the psychological impact is immense, prompting the public to demand protection from its government. Under the circumstances, Israel had the right to act in self-defence but its response to the pinpricks of rocket attacks was totally disproportionate. The figures speak for themselves. In the three years after the withdrawal from Gaza, 11 Israelis were killed by rocket fire. On the other hand, in 2005-7 alone, the IDF killed 1,290 Palestinians in Gaza, including 222 children.

    Whatever the numbers, killing civilians is wrong. This rule applies to Israel as much as it does to Hamas, but Israel’s entire record is one of unbridled and unremitting brutality towards the inhabitants of Gaza. Israel also maintained the blockade of Gaza after the ceasefire came into force which, in the view of the Hamas leaders, amounted to a violation of the agreement. During the ceasefire, Israel prevented any exports from leaving the strip in clear violation of a 2005 accord, leading to a sharp drop in employment opportunities. Officially, 49.1% of the population is unemployed. At the same time, Israel restricted drastically the number of trucks carrying food, fuel, cooking-gas canisters, spare parts for water and sanitation plants, and medical supplies to Gaza. It is difficult to see how starving and freezing the civilians of Gaza could protect the people on the Israeli side of the border. But even if it did, it would still be immoral, a form of collective punishment that is strictly forbidden by international humanitarian law.

    The brutality of Israel’s soldiers is fully matched by the mendacity of its spokesmen. Eight months before launching the current war on Gaza, Israel established a National Information Directorate. The core messages of this directorate to the media are that Hamas broke the ceasefire agreements; that Israel’s objective is the defence of its population; and that Israel’s forces are taking the utmost care not to hurt innocent civilians. Israel’s spin doctors have been remarkably successful in getting this message across. But, in essence, their propaganda is a pack of lies.

    A wide gap separates the reality of Israel’s actions from the rhetoric of its spokesmen. It was not Hamas but the IDF that broke the ceasefire. It di d so by a raid into Gaza on 4 November that killed six Hamas men. Israel’s objective is not just the defence of its population but the eventual overthrow of the Hamas government in Gaza by turning the people against their rulers. And far from taking care to spare civilians, Israel is guilty of indiscriminate bombing and of a three-year-old blockade that has brought the inhabitants of Gaza, now 1.5 million, to the brink of a humanitarian catastrophe.

    The Biblical injunction of an eye for an eye is savage enough. But Israel’s insane offensive against Gaza seems to follow the logic of an eye for an eyelash. After eight days of bombing, with a death toll of more than 400 Palestinians and four Israelis, the gung-ho cabinet ordered a land invasion of Gaza the consequences of which are incalculable.

    No amount of military escalation can buy Israel immunity from rocket attacks from the military wing of Hamas. Despite all the death and destruction that Israel has inflicted on them, they kept up their resistance and they kept firing their rockets. This is a movement that glorifies victimhood and martyrdom. There is simply no military solution to the conflict between the two communities. The problem with Israel’s concept of security is that it denies even the most elementary security to the other community. The only way for Israel to achieve security is not through shooting but through talks with Hamas, which has repeatedly declared its readiness to negotiate a long-term ceasefire with the Jewish state within its pre-1967 borders for 20, 30, or even 50 years. Israel has rejected this offer for the same reason it spurned the Arab League peace plan of 2002, which is still on the table: it involves concessions and compromises.

    This brief review of Israel’s record over the past four decades makes it difficult to resist the conclusion that it has become a rogue state with “an utterly unscrupulous set of leaders”. A rogue state habitually violates international law, possesses weapons of mass destruction and practises terrorism – the use of violence against civilians for political purposes. Israel fulfils all of these three criteria; the cap fits and it must wear it. Israel’s real aim is not peaceful coexistence with its Palestinian neighbours but military domination. It keeps compounding the mistakes of the past with new and more disastrous ones. Politicians, like everyone else, are of course free to repeat the lies and mistakes of the past. But it is not mandatory to do so.

    • Avi Shlaim is a professor of international relations at the University of Oxford and the author of The Iron Wall: Israel and the Arab World and of Lion of Jordan: King Hussein’s Life in War and Peace.”

    Gostar

  91. Pi-Erre permalink
    12 Janeiro, 2009 16:42

    Ó Já Volto, obrigado. Eu irei ler a tua posta de pescada quando estiver aposentado.

    Gostar

  92. 12 Janeiro, 2009 17:54

    Tinha quase a certeza que mais de 600.000 documentos iraquianos mostravam ligações profundas ao financiamento, treino e desenvolvimento de engenhos explosivos:

    http://www.weeklystandard.com/Content/Public/Articles/000/000/014/889pvpxc.asp

    Sabem aquele documento que a narrativa mediática ditou que não havia ligações…

    http://hotair.com/archives/2008/03/15/media-malfeasance-on-saddam-report/

    Click to access Pentagon_Report_V1.pdf

    Também para acabar com o mito da mentira:
    http://www.latimes.com/news/printedition/opinion/la-oe-kirchick16-2008jun16,0,7766785.story
    http://www.rightwingnews.com/special/xyz.php

    Gostar

  93. RMR permalink
    12 Janeiro, 2009 18:20

    Parabéns pelo artigo. Desmonta todas as palermices e aldrabices que a Comunicação Social amestrada procura impingir-nos. Só faltou dizer uma coisa: isto é tudo muito parecido com as grandes intifadas que há nos “bairros problemáticos” de cá, da Europa, contra os polícias que ainda se atrevem a aparecer por tais lugares. Os senhores dos bairros são sempre umas grandes vítimas, qualquer dói-dói é alardeado no meio de grande algazarra e os polícias, claro, são sempre uns carrascos e têm uma resposta muuuito desproporcionada. Se o meliante apanha um tiro, aqui d’el-rei que foi assassinado. Já o polícia pode morrer à vontade, existe, está lá é para isso!

    Gostar

  94. joao permalink
    12 Janeiro, 2009 18:37

    # 90 Já volto

    Já agora, cite Pappe também ( E Finkelstein). Vamos lá a situar as coisas: há dez anos ( mais coisa, menos coisa), Shlaim publicou a sua obra maior chamada “The Iron Wall: Israel and the Arab World”, onde, claro está, a culpa era de Israel e não de mais ninguém; resumidamente, Ben-Gurion, Dayan e outros (todos, excepto Sheret) opuseram-se sempre a uma paz com os árabes, proposta por todos os líderes dos países vizinhos ( inclusivamente, por Nasser que, como se sabe, era um tipo que nem ordenou o encerramento do estreito à navegação israelita; nem mandou retirar os capaetes azuis – não, o homem era um poço de pacifismo). É engraçado como, ao longo das longas páginas da obra ( já a li há uns anos, e não a tenho à mão para situar o número exacto, mas pelo menos umas quinhetas seriam), Shlaim desvaloriza os ataques árabes em 1948, o que se passou nos armistícios de 49, und so weit. Pelos vistos, não mudou de ideias, e continua a achar que lançar rockets em cima de cidades é um comportamento perfeitamente justificável.

    Gostar

  95. Mr. Hyde permalink
    12 Janeiro, 2009 18:46

    Força, Helena, que nunca a voz lhe doa… neste caso a escrita.

    Gostar

  96. Zézé permalink
    12 Janeiro, 2009 22:08

    Olmert Barak e Livni serão julgados por crimes de guerra

    http://www.haaretz.com/hasen/spages/1054578.html

    Gostar

  97. joao permalink
    13 Janeiro, 2009 00:44

    “Permitam-me não pensar em Gaza, excepto nos soldados israelitas que lá estão a lutar contra o terror do Hamas. Há várias centenas de milhões de árabes e milhares de europeus eriçados a preocupar-se e a manifestarem-se pelos habitantes de Gaza. Deixem-me pensar nos israelitas que vivem nas cidades próximas da Faixa”

    Boaz Gabriel Canhoto

    Gostar

  98. Paula T. permalink
    17 Fevereiro, 2009 10:48

    “Chez les Palestiniens le statut de réfugié est éternel et transmissible”, Helana Mota

    http://philosemitismeblog.blogspot.com/2009/02/chez-les-palestiniens-le-statut-de.html

    Gostar

  99. Fernando Gonzales permalink
    14 Julho, 2009 14:11

    Coitadinho do inocente Israel, sofre demais neste mundo. Israel não tinha onde morar, tomou na marra, com ajuda anglo-americana, territórios palestinos. Por que os EUA não deram parte do seu território pros judeus morarem? Pimenta nos olhos dos outros…Hoje eles tem terras, mas não querem que os palestinos possam ter a deles. Quem mata e maltrata, não pode esperar outra coisa senão o mesmo. Enquanto os EUA estiverem como principal potência do mundo, Israel vai deitar e rolar, mas deixa a China tomar conta da coisa, aí o bicho vai pegar, vão acabar os dias de mamata, esta moleza vai terminar, tudo termina um dia é só esperar pra ver.

    Gostar

Trackbacks

  1. Chez les Palestiniens le statut de réfugié est éternel et transmissible « Leblogdenoach

Deixe uma resposta para Helena Matos Cancelar resposta