Afinal é o contexto que cria emprego
21 Janeiro, 2009
Ministro do trabalho reconhece que o Governo não controla a criação de emprego.
Meta do Governo é manter postos de trabalho, diz Vieira da Silva
«Seguramente que neste contexto o Governo não vai cumprir o seu objectivo de a economia portuguesa gerar 150 mil postos de trabalho. Seria algo de absolutamente espantoso que nos colocaria de certo como um exemplo único na economia mundial», afirmou Vieira da Silva
O contexto é que controla a criação de emprego. Mas isso não impediu José Sócrates de prometer a criação de 150 mil postos de trabalho. Quando estava em campanha não explicou que não é o governo que os cria, mas sim o contexto.
19 comentários
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E o contexto não o impediu de fazer duas asneiras crassas:
Lei da imigração
Lei da nacionalidade
E agora quem é que paga o internacionalismo caridoso?Quanto custa repor a situação de segurança?Quem paga os presos e os “jovens” em “reeducação”?
O Sócrates recebeu uma merda mas deixará uma muito pior.Africanizada como ele gosta…
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Caro JM,
lê as declarações de políticos, principalmente em campanha eleitoral, muito à letra. Quando um político diz “a minha meta é criar 150000 postos de trabalho” deve ler-se “a minha meta é criar condições de contexto para que sejam criados [pelas empresas] 150000 postos de trabalho”.
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É o discurso plasticina. Acontece que se Sócrates por duas vezes se vangloriou de quase estar a atingir a meta da criação dos 150 mil empregos, então agora terá que engolir o sapo e aceitar, em consequência da mesma ordem de ideias, que é responsável pelo actual desemprego.
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Pois Carlos, o que os governos deviam prometer e cumprir era qq coisa do genero ” a nossa meta e’deixar de complicar a vida ‘as pessoas e empresas e focar-nos na seguranca e justica e libertar todas as restantes areas do peso do governo”. Assim, votava. Mas como nao ha em pt nenhum partido que isso proponha, resta-me continuar emigrado.
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Nem tinha reparado nessa promessa durante a campanha eleitoral, nem contou para a minha escolha e desconfio que essa tal promessa que nem foi promessa não contou para a escolha da maioria.
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Quando um político diz “a minha meta é criar 150000 postos de trabalho” deve ler-se
Não.
Deve ler-se é:
A minha meta é fazer acreditar aos 150,000 desempregados que lhes vou arranjar um emprego para eles votarem em mim.
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“…o Governo não controla a criação de emprego.”
Controla sim senhor. Os “jobs for the boys” funcionam perfeitamente, nem que tenham de se inventar “ad hoc”.
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Votaram nele . Aguentem.
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E quais eram as promessas dos outros candidatos na altura? lol
Havia um que tinha tantas promessas que até a ministra da economia desistiu e não quiz fazer parte de tal governo.
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.
Lógica bivalente. Biloprar. Se A é verdade então B é falso; se B é verdade então A é falso. A tal das moscas dentro duma garrafa arrolhada: voam, voam, voam e voam, sempre diferentes e travestidas, mas nunca saiem da garrafa. Tão simples. Desculpem mas Diversão na Crise não é “pecado”. É luz.
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Somos um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas somos capazes de sacudir as moscas …’ Guerra Junqueiro escrito em 1886
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Votaram nele . Repito, aguentem.
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Não é só por cá. As pessoas estão ansiosas por acreditar que os governantes são um Pai Natal para todo o ano como se está a ver pelas expectativas criadas à volta do novo Messias. Existem todavia uns políticos que exploram menos a credulidade do povo, não porque sejam mais sérios, mas porque respeitam mais as pessoas. O Socrates não é um desses. Nem nenhum dos seus ministros.
Se ele vier prometer que na próxima legislatura não só serão criados os 150.000 empregos não cumpridos, mas ainda mais 300.000, as pessoas continuarão a acreditar. E não duvidem que ele vai mesmo prometer.
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Ouvi Vieira da Silva hoje de manhã na TSF e ele diz algo espantoso:
Pergunta: “porque não aumentam o tempo do fundo desemprego?”
Ministro: “o importante é investir o dinheiro no sentido de preservar os empregos…”
Pergunta: “mas o desemprego vai aumentar, segundo previsões vai atingir 8,5%”
Ministro: “???… pois mas… ???”
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O governo não controla a criação de emprego, mas influencia-a.
Tal como os incêndios, a segurança, a saúde, a educação, nem tudo está nas mãos do governo: há vários factores externos que irão condicionar muito daquilo que se passa durante uma legislatura.
Mas continua a fazer sentido que se proponham objectivos.
E, justiça seja feita, se não fosse a crise a criação líquida de empregos teria chegado quase ao valor proposto. E a taxa de desemprego não tinha diminuido em consequência disso também por causa de uma acção do governo: o adiamento das reformas da função pública.
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Note-se isto: se uma medida tão simples pode causar um impacto no emprego quase equivalente* à destruição de 100 000 empregos (o adiamento das reformas da função pública), imagine-se o impacto da acção agregada do governo.
Equivalente apenas no sentido em que afectaria da mesma forma a taxa de desemprego. Claro que as consequências estruturais são diferentes.
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Estamos é a precisar de um mulato orelhudo mas simpático… mas, como os mulatos cá do burgo não são nada simpáticos (porque, “orelhudos” são todos eles), não vejo como desembrulhar “esta meta” socialista…
A não ser que…, agora compreendo o constante e madrugador “jogging” do nosso 1º… Afinal, era isso… a meta dos 150.000!
Boa Carlitos! Essa já é a cultura das “novas oportunidades”… só pode!
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Quando desce é o contexto e quando sobe são os políticos, ó JM! Parece que, apesar da sagacidade, ainda não compreendeu a lógica política vigente.
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Alfredo disse
“O governo não controla a criação de emprego, mas influencia-a.”
E tem influenciado bastante.
De cada vez que o estado português inventa mais uma dificuldade, cria mais uma burocracia, sobe mais um imposto ou taxa ou imagina mais uma estrutura “indispensável” a ser sustentada pelo sujeito passivo influencia directa e indirectamente a criação de emprego. Claro que são empregos criados fora das suas fronteiras mas mesmo assim não deixa de ser um contributo muito positivo para a causa global. 🙂
E se bem ouvi hoje as noticias, a quota semanal já levou um bom avanço com o fecho da ultima fabrica Philips que ainda existia em Portugal e o consequente despedimento de mais 70 o que irá certamente ajudar à criação de, pelo menos, uns 50 novos postos de trabalho na China, para onde foi dito que a fabrica iria ser deslocalizada. Well done! 🙂
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