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Afinal é o contexto que cria emprego

21 Janeiro, 2009

Ministro do trabalho reconhece que o Governo não controla a criação de emprego.

Meta do Governo é manter postos de trabalho, diz Vieira da Silva

«Seguramente que neste contexto o Governo não vai cumprir o seu objectivo de a economia portuguesa gerar 150 mil postos de trabalho. Seria algo de absolutamente espantoso que nos colocaria de certo como um exemplo único na economia mundial», afirmou Vieira da Silva

O contexto é que controla a criação de emprego. Mas isso não impediu José Sócrates de prometer a criação de 150 mil postos de trabalho. Quando estava em campanha não explicou que não é o governo que os cria, mas sim o contexto.

19 comentários leave one →
  1. Mula da Comprativa's avatar
    Mula da Comprativa permalink
    21 Janeiro, 2009 09:21

    E o contexto não o impediu de fazer duas asneiras crassas:
    Lei da imigração
    Lei da nacionalidade
    E agora quem é que paga o internacionalismo caridoso?Quanto custa repor a situação de segurança?Quem paga os presos e os “jovens” em “reeducação”?
    O Sócrates recebeu uma merda mas deixará uma muito pior.Africanizada como ele gosta…

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  2. Desconhecida's avatar
    António Carlos permalink
    21 Janeiro, 2009 09:34

    Caro JM,

    lê as declarações de políticos, principalmente em campanha eleitoral, muito à letra. Quando um político diz “a minha meta é criar 150000 postos de trabalho” deve ler-se “a minha meta é criar condições de contexto para que sejam criados [pelas empresas] 150000 postos de trabalho”.

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  3. Jorge's avatar
    21 Janeiro, 2009 09:40

    É o discurso plasticina. Acontece que se Sócrates por duas vezes se vangloriou de quase estar a atingir a meta da criação dos 150 mil empregos, então agora terá que engolir o sapo e aceitar, em consequência da mesma ordem de ideias, que é responsável pelo actual desemprego.

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  4. Synonimo's avatar
    Synonimo permalink
    21 Janeiro, 2009 09:45

    Pois Carlos, o que os governos deviam prometer e cumprir era qq coisa do genero ” a nossa meta e’deixar de complicar a vida ‘as pessoas e empresas e focar-nos na seguranca e justica e libertar todas as restantes areas do peso do governo”. Assim, votava. Mas como nao ha em pt nenhum partido que isso proponha, resta-me continuar emigrado.

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  5. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    21 Janeiro, 2009 09:59

    Nem tinha reparado nessa promessa durante a campanha eleitoral, nem contou para a minha escolha e desconfio que essa tal promessa que nem foi promessa não contou para a escolha da maioria.

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  6. fado alexandrino's avatar
    21 Janeiro, 2009 10:07

    Quando um político diz “a minha meta é criar 150000 postos de trabalho” deve ler-se

    Não.
    Deve ler-se é:
    A minha meta é fazer acreditar aos 150,000 desempregados que lhes vou arranjar um emprego para eles votarem em mim.

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  7. Pi-Erre's avatar
    Pi-Erre permalink
    21 Janeiro, 2009 10:16

    “…o Governo não controla a criação de emprego.”

    Controla sim senhor. Os “jobs for the boys” funcionam perfeitamente, nem que tenham de se inventar “ad hoc”.

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  8. Desconhecida's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    21 Janeiro, 2009 10:30

    Votaram nele . Aguentem.

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  9. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    21 Janeiro, 2009 10:41

    E quais eram as promessas dos outros candidatos na altura? lol
    Havia um que tinha tantas promessas que até a ministra da economia desistiu e não quiz fazer parte de tal governo.

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  10. Desconhecida's avatar
    Anonimo permalink
    21 Janeiro, 2009 10:51

    .
    Lógica bivalente. Biloprar. Se A é verdade então B é falso; se B é verdade então A é falso. A tal das moscas dentro duma garrafa arrolhada: voam, voam, voam e voam, sempre diferentes e travestidas, mas nunca saiem da garrafa. Tão simples. Desculpem mas Diversão na Crise não é “pecado”. É luz.

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  11. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    21 Janeiro, 2009 11:03

    Somos um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio,
    fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas somos capazes de sacudir as moscas …’ Guerra Junqueiro escrito em 1886

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  12. Desconhecida's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    21 Janeiro, 2009 11:06

    Votaram nele . Repito, aguentem.

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  13. JP Ribeiro's avatar
    JP Ribeiro permalink
    21 Janeiro, 2009 12:50

    Não é só por cá. As pessoas estão ansiosas por acreditar que os governantes são um Pai Natal para todo o ano como se está a ver pelas expectativas criadas à volta do novo Messias. Existem todavia uns políticos que exploram menos a credulidade do povo, não porque sejam mais sérios, mas porque respeitam mais as pessoas. O Socrates não é um desses. Nem nenhum dos seus ministros.

    Se ele vier prometer que na próxima legislatura não só serão criados os 150.000 empregos não cumpridos, mas ainda mais 300.000, as pessoas continuarão a acreditar. E não duvidem que ele vai mesmo prometer.

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  14. Luis Melo's avatar
    21 Janeiro, 2009 13:35

    Ouvi Vieira da Silva hoje de manhã na TSF e ele diz algo espantoso:

    Pergunta: “porque não aumentam o tempo do fundo desemprego?”
    Ministro: “o importante é investir o dinheiro no sentido de preservar os empregos…”
    Pergunta: “mas o desemprego vai aumentar, segundo previsões vai atingir 8,5%”
    Ministro: “???… pois mas… ???”

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  15. Alfredo's avatar
    Alfredo permalink
    21 Janeiro, 2009 14:49

    O governo não controla a criação de emprego, mas influencia-a.

    Tal como os incêndios, a segurança, a saúde, a educação, nem tudo está nas mãos do governo: há vários factores externos que irão condicionar muito daquilo que se passa durante uma legislatura.

    Mas continua a fazer sentido que se proponham objectivos.

    E, justiça seja feita, se não fosse a crise a criação líquida de empregos teria chegado quase ao valor proposto. E a taxa de desemprego não tinha diminuido em consequência disso também por causa de uma acção do governo: o adiamento das reformas da função pública.

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  16. Alfredo's avatar
    Alfredo permalink
    21 Janeiro, 2009 14:52

    Note-se isto: se uma medida tão simples pode causar um impacto no emprego quase equivalente* à destruição de 100 000 empregos (o adiamento das reformas da função pública), imagine-se o impacto da acção agregada do governo.

    Equivalente apenas no sentido em que afectaria da mesma forma a taxa de desemprego. Claro que as consequências estruturais são diferentes.

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  17. Desconhecida's avatar
    21 Janeiro, 2009 15:59

    Estamos é a precisar de um mulato orelhudo mas simpático… mas, como os mulatos cá do burgo não são nada simpáticos (porque, “orelhudos” são todos eles), não vejo como desembrulhar “esta meta” socialista…
    A não ser que…, agora compreendo o constante e madrugador “jogging” do nosso 1º… Afinal, era isso… a meta dos 150.000!
    Boa Carlitos! Essa já é a cultura das “novas oportunidades”… só pode!

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  18. Desconhecida's avatar
    descontextualizado permalink
    21 Janeiro, 2009 17:20

    Quando desce é o contexto e quando sobe são os políticos, ó JM! Parece que, apesar da sagacidade, ainda não compreendeu a lógica política vigente.

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  19. Desconhecida's avatar
    Doe, J permalink
    21 Janeiro, 2009 22:08

    Alfredo disse
    “O governo não controla a criação de emprego, mas influencia-a.”

    E tem influenciado bastante.
    De cada vez que o estado português inventa mais uma dificuldade, cria mais uma burocracia, sobe mais um imposto ou taxa ou imagina mais uma estrutura “indispensável” a ser sustentada pelo sujeito passivo influencia directa e indirectamente a criação de emprego. Claro que são empregos criados fora das suas fronteiras mas mesmo assim não deixa de ser um contributo muito positivo para a causa global. 🙂

    E se bem ouvi hoje as noticias, a quota semanal já levou um bom avanço com o fecho da ultima fabrica Philips que ainda existia em Portugal e o consequente despedimento de mais 70 o que irá certamente ajudar à criação de, pelo menos, uns 50 novos postos de trabalho na China, para onde foi dito que a fabrica iria ser deslocalizada. Well done! 🙂

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