Poderes ocultos (3)
29 Janeiro, 2009
Como é possível que um Governo e um PM imersos em spin doctors de marketing político não encontrem melhor defesa para Sócrates do que a repetição estafada daquilo que Ferro Rodrigues fez quando foi envolvido no processo Casa Pia?

Não se sendo suspeito ou arguido, como é que se prova a inocência ?
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«Não se sendo suspeito ou arguido, como é que se prova a inocência ?»
Se não se é suspeito ou arguido não se tem de provar nada. E, em direito, quem acusa é que tem de provar. Em política o modo como alguém se defende é demasiado relevante.
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Polícia inglesa forneceu informação e material às autoridades portuguesas, na sequência de uma carta rogatória da procuradoria do Montijo, datada de 2005.
A TVI sabe que foi mesmo enviado material com dados bancários relacionado com as contas do Freeport, o que vem contradizer o que ainda ontem disse a procuradora Cândida Almeida. A procuradora garantiu publicamente que as autoridades portuguesas continuam à espera, há 4 anos, da resposta da polícia inglesa.
E foi a Polícia Judiciária que, pelos vistos recolheu material considerado relevante para os ingleses, na investigação feita por cá. A TVI sabe que a polícia inglesa tem como principal suspeito José Sócrates, e que baseia essas suas convicções em provas recolhidas em Inglaterra, mas também numa lista de e-mails extraídos de computadores apreendidos pela Polícia Judiciária.
http://www.tvi.iol.pt/informacao/noticia.php?id=1037794
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(continuação)
Em política o modo como alguém se defende é demasiado relevante – Ferro Rodrigues que o diga…
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Olhe que foi um ataque e não uma defesa.
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Simples, Mr. CAA:
O PS e o governo, Sócrates e os spin doctors, não têm, neste momento, “energias” renováveis para tratar tão melindroso, grave e dilacerante caso.
Estão mais expectantes do que actuantes, daí tão mastigada “defesa”.
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mentir
mentir sempre
mentir com convicção
mais uma pinocada
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Somos um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonha, feixes de miséria, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia de um coice, pois que já nem com as orelhas é capaz de sacudir as moscas. […]“;
temos
“Um clero português, desmoralizado e materialista, liberal e ateu, cujo Vaticano é o ministério do reino, e cujos bispos e abades não são mais que a tradução em eclesiástico do fura-vidas que governa o distrito ou do fura-vidas que administra o concelho […]“;
“Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não discriminando já o bem do mal, sem palavra, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo […]“;
“Um exército que importa em 6.000 contos, não valendo 60 réis […]“;
“Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo […]“;
“A Justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara a ponto de fazer dela um saca-rolhas”;
“Dois partidos monárquicos, sem ideias, sem planos, sem convicções […]“;
“Um partido republicano, quase circunscrito a Lisboa, avolumando ou diminuindo segundo os erros da monarquia, hoje aparentemente forte e numeroso, amanhã exaurido e letárgico […]“;
“Instrução miserável, marinha mercante nula, indústria infantil, agricultura rudimentar”,
“Um regime económico baseado na inscrição e no Brasil, perda de gente e de capital, autofagia colectiva, organismo vivendo e morrendo do parasitismo de si próprio”;
“Liberdade absoluta, neutralizada por uma desigualdade revoltante, o direito garantido virtualmente na lei, posto, de facto, à mercê dum compadrio de batoteiros, sendo vedado, ainda aos mais orgulhosos e mais fortes, abrir caminho nesta porcaria, sem recorrer à influência tirânica e degradante de qualquer dos bandos partidários”;
“Uma literatura iconoclasta, – meia dúzia de homens que, no verso e no romance, no panfleto e na história, haviam desmoronado a cambaleante cenografia azul e branca da burguesia de 52 […]“;
“E se a isto juntarmos um pessimismo canceroso e corrosivo, minando as almas, cristalizado já em fórmulas banais e populares […] teremos em sintético esboço a fisionomia da nacionalidade portuguesa no tempo da morte de D. Luís, cujo reinado de paz podre vem dia a dia supurando em gangrenamentos terciários.”
G.JUNQUEIRO 19886
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De forma tíbia esclarecido,
ficando novos factos por desvendar,
o povo não ficou convencido
e por mais notícias fica a aguardar.
Será um definhar diário,
ao ritmo da comunicação social,
já que o poder judiciário
parece não investigar o essencial.
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O mais importante foi ele dizer que não se intimidava e que não se ia demitir por causa de o acusarem nos media. E de ter dito que estava à disposiºao da justiça como qualquer cidadão. Para mim é o bastante e um alívio.
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COMUNICADO
1. Em 13 de Março de 2007, um ilustre Advogado denunciou ao Senhor Procurador-Geral da República um crime de falsificação de documento autêntico, envolvendo a licenciatura em engenharia civil na UNI – Universidade Independente de José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
2. O Senhor Procurador-Geral da República nomeou, por despacho de 30 de Abril de 2007, a Procuradora-Geral Adjunta Maria Cândida Almeida para dirigir o respectivo inquérito e a Procuradora-Adjunta Carla Dias para a coadjuvar.
3. No decurso do inquérito foram determinadas e realizadas vinte e nove diligências, das quais vinte e sete inquirições, duas buscas e recolha de variada documentação proveniente da Câmara Municipal da Covilhã, Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, Direcção-Geral do Ensino Superior, Inspecção-Geral do Ensino Superior e Ordem dos Engenheiros.
4. Da análise conjugada de todos os elementos de prova carreados para os autos resultou não se ter verificado a prática de crime de falsificação de documento autêntico, p. e p. pelo art.º 256º, n.º 1 e n.º 3, do Código Penal, na modalidade de falsidade em documento, ou de crime de uso de documento autêntico falso, p. e p. pelo citado preceito, n.sº 1, al. c) e 3, envolvendo a licenciatura em engenharia civil de José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
5. Em consequência, determinou-se o arquivamento dos autos nos termos do art.º 277º, n.º 1, do Código de Processo Penal, por despacho exarado em 31 de Julho de 2007.
A PROCURADORA-GERAL ADJUNTA
__________________
(Maria Cândida Almeida)
A PROCURADORA-ADJUNTA
___________________
(Carla Dias)
http://www.pgr.pt/portugues/grupo_soltas/noticias/COMUNICADO.pdf
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Meu caro amigo:
Tem, de facto, toda a razão. Há coisas assim. E, por mais que não goste da ideia, Manuela Ferreira Leite arrisa-se mesmo a ser Primeira Ministra em Outubro. Parece «escrito nas estrelas»…
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Eu, pela minha banda, muito agradeço que o PM pretenda resisir. O meu maior receio era que o homem se demitisse agora e fizesse das eleições um plebiscito que saneasse futuras imputações. Assim, a haver alguma verdade no que tem vindo a público (e se, assim sendo, o caso não morrer), o Sr. está a cavar a própria sepultura.
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a procuradora (cândida) parece ser a negação do estado de direito
ao pgr parece faltar coragem face ao pm
a tvi e miguel sousa tavares concluiram que perderam a credibilidade com omissões e distorsões
portugal perante a ditadura nacional-socialista do largo dos ratos
os vermes vão continuar a rastejar e a tornar o país cada dia mais podre
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O ilustre advogado enganou-se. Acontece. O documento não era falso. Essa foi outra das vezes em que tentaram convencer por todos os meios que o papel era falso e afinal não era.
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Miss Sofia Ventura,
Já escrevi noutro post e repito: o desatino de Sócrates, do governo e do PS é tanto, que não sabem o que mais fazer e dizer perante melindroso caso.
O PS-de-Sócrates, desatinado, e Sócrates-governante temeroso, se colocasse o cargo sob decisão de Cavaco Silva, obteria razoável resultado se antes das conclusões do DCIAP ocorressem eleições antecipadas.
Assim, a sua “imagem” vai esboroar-se dia-a-dia.
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cão-tribuinte
Como disse num comentário atrás estamos na pocilga. Benvindo Porco-tribuinte á ditadura nacional-socialista como te apraz dizer. Só mesmo de um porco-tribuinte poderia sair tamanha bacorada.
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Não têem saída, eles sabem que o SFO sabe e tem provas. Resta-lhes declarar guerra à inglaterra quando chegar o momento fatídico e declarar traidor negro quem não os acompanhar no desagravo ao grande líder.
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A Prima,
Não duvide: “tudo como dantes; quartel-general em Alcochete”, perdão, “em Abrantes”.
Basta ler e ouvir as declarações do PGRepública e de Cândida Almeida.
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“E, em direito, quem acusa é que tem de provar.”
E qd isso se passa não no direito mas em jornais e televisões? É que se ele não se defender, a lama não deixa de ser lançada enquanto vender publicidade.
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#9
Pode saber-se em que consiste para si o alívio?
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