O que fazer
30 Janeiro, 2009
quando o primeiro-ministro acha que é vítima duma cabala? De poderes ocultos? O que diz o ministro da Administração Interna? Chama-se um astrólogo?
20 comentários
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quando o primeiro-ministro acha que é vítima duma cabala? De poderes ocultos? O que diz o ministro da Administração Interna? Chama-se um astrólogo?
a magistratura está candida-mente entregue aos bichos.
o ministro anda desaparecido como convem. deve andar a fazer propaganda para a sua eleição para grão-mestre do pequeno oriente lusitano.pior que o reis vai ser dificil
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“Em Janeiro de 2005, Armando Carneiro, presidente da administração da Euronoticias, proprietária da revista Tempo, junta na sua casa de Aroeira o inspector Torrão, o antigo chefe de gabinete de Santana Lopes Miguel Almeida, o advogado José Dias, que trabalhou no escritório de Rui Gomes da Silva, ex-ministro adjunto e ministro dos Assuntos Parlamentares do Governo de Santana Lopes, e o jornalista Vítor Norinha. Segundo Torrão, todos eram seus informadores. Realizou-se, depois, outra reunião com a inspectora Carla Gomes, titular do processo.”
E se a Helena quiser saber mais sobre a conspiração, pode também ler esta descrição deliciosa [com carros do primeiro-ministro da época à mistura e tudo]:
O empresário Armando Jorge Carneiro revelou hoje em tribunal que, em 2005 e antes das legislativas, levou Miguel Almeida, ex-chefe de gabinete de Santana Lopes, a jantar com uma inspectora da PJ que acompanhava o “caso Freeport”.
(…)
O ex-presidente do Conselho de Administração da revista “Tempo” contou em tribunal que o primeiro contacto que teve com José Torrão (…) ocorreu, em Janeiro de 2005, na sua casa na Aroeira, tendo o ora arguido sido-lhe apresentado pelo advogado Bello Dias.
Questionado pelo juiz sobre o número de contactos que manteve com elementos da PJ de Setúbal em Janeiro e Fevereiro de 2005, incluindo encontros com a inspectora Carla Gomes e o inspector Peixoto, Armando Jorge Carneiro contabilizou seis, mas tentou negar que essas reuniões tivessem como motivação o “caso Freeport”.
Num dos encontros com a inspectora, num bar em Setúbal, o empresário admitiu que entregou já perto da meia-noite, a pedido desta, um exemplar daquele que seria a manchete, no dia seguinte, do semanário “O Independente”, sobre o “caso Freeport”, em que se falava de um mandado de busca e em que aparece na primeira página a fotografia de José Sócrates.
O empresário teve dificuldades em explicar porque razão decidiu levar Miguel Almeida, actual deputado do PSD e figura próxima de Santana Lopes (à data primeiro-ministro) a jantar, em Setúbal, com a inspectora da PJ, alegando que nessa dia estava muito cansado e pediu àquele seu amigo para conduzir.
No jantar, onde o ex-chefe de gabinete de Santana Lopes foi apresentado como “Miguel”, a testemunha revelou que a inspectora da PJ se mostrou “stressada” , “nervosa” e com receio de estar a ser alvo de vigilância ou perseguição, pois via carros suspeitos.
Miguel Almeida terá explicado que se fossem carros do SIS (Sistema de Informações e Segurança) estes teriam necessariamente matrícula registada na Direcção-Geral do Património.
A procuradora do Ministério Público quis saber se a testemunha tinha ligações a partidos políticos, ao que este disse que não, dizendo porém que na adolescência militou na Juventude Centrista (JC).
Quando aos políticos que conhece melhor pessoalmente, a testemunha indicou Pedro Pinto e Santana Lopes (PSD), bem como Paulo Portas (CDS/PP) e Manuel Monteiro, antigo líder da JC e do CDS/PP. Quanto a Miguel Almeida disse ser “visita de sua casa”.
Destes, assegurou que só trocou impressões sobre o “caso Freeport” com Miguel Almeida e que nunca acompanhou muito de perto o lado jornalístico das investigações, que estava a cargo de Victor Norinha e de outros membros da equipa redactorial da extinta revista “Tempo”.
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||| Canal história.
Em 1980, ano de eleições legislativas, era então Francisco Sá Carneiro primeiro-ministro, a Oposição resvalou para a «luta policial» (em vez da luta política). O Diário, jornal do PCP, foi o primeiro a lançar a campanha das alegadas dívidas de Francisco Sá Carneiro à banca (à mistura, envolveram a sua vida pessoal e privada ao barulho) e insistiu no tema até à exaustão. Em meados de Agosto, na RTP – não haviam mais canais e tinha acabado de estrear o colorido – Sá Carneiro defendeu-se do «combate larvar» que lhe moviam. Em Outubro, a AD obteve a segunda maioria absoluta.
Etiquetas: política nacional
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Também me parece que isto da Freeport é um combate larvar.
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É curioso que pouco antes de se demitir, em 1961, o Presidente do Brasil, Jânio Quadros, também falou de “forças ocultas”…
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Miss Halena Matos,
Muito bem, neste post, e ontem na RTPN.
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isto é um país muito pequeno, em todos os sentidos, e toda esta gente se conhece… a pancadinha nas costas esconde muita intriga, é um modo de vida do tuga-esperto manipulador.
este caso é pelo menos, e de forma evidente, o aproveitamento de vagos factos, para atingir Sócrates a poucos meses das eleições… não se faça de sonsa!
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“MJRB disse
30 Janeiro, 2009 às 11:23 am
Miss Halena Matos,
Muito bem, neste post, e ontem na RTPN.”
Meu caro MJRB
É raro discordar dos eus comentários, mas neste caso tenho que o fazer.
A “miss” helena matos vai-se tornando, em minha opinião, no exemplo perfeito daquilo que a comunicação social NÃO deve ser. e quando a podemos comparar com a seriedade de um Carlos Magno, chega a ser confrangedora (felizmente para a sua sanidade a própria não se enxerga)
Mas pouco haverá a fazer quando o 4º Poder demonstra estar a um nível ainda mais rasteiro que qualquer um dos outros rivalizando apenas em grosseria e estupidez com a da grande massa que eleje …
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Por acaso apanhei ontem na RTPN, alertado por CAA.
Estive quase quase a fazer um comentário cáustico à “Blasfema”, mas retrocedi com receio de ser banido da caixa de comentários.
Carlos Magno teve a lucidez equidistante, o respeito, a educação e o distanciamento que HM não teve.
O costume.
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«Aquilo de que José Sócrates foi vítima em 2005? Houve de facto uma “campanhazinha negra”, com origem nuns imbecis do meu partido e do PP, a brincar às coisas sérias…. Mas foi também uma obra de amadores tão grosseira que tinha todos os rabos de palha de fora e foi denunciada por muito boa gente do PSD na altura.» Pacheco Pereira no blog
É melhor chamar Pacheco Pereira para ver se ele agora confessa quem são os profissionais que aqueles daquela altura eram amadores.
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Eu próprio, 8
Preferi Miss Helena Matos a Carlos Magno.
Prefiro, sempre, qualquer coisa dita olhos-nos-olhos, do que “almofadadas” palavras e opiniões.
Se não fosse o 4º Poder (que efectivamente existe), este e outros casos seriam convenientemente silenciados.
Note: não sei se Sócrates prevaricou no caso Freeport. Mas não é normal, leva-nos até à mais elevada interrogação e é aceitável que o nome dum ex-ministro e actual PM conste duma lista de nomes suspeitos.
E preocupante, muito preocupante, para a merecida paz em tempo de crise profunda na economia, nas finanças, na justiça…
Acredito que Fátima se torne daqui a uns anos, um local de culto muçulmano; não acredito que Sócrates ou o seu então secretário de estado do Ambiente ou próximos, venham sequer a ser investigados.
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Errata:
terceiro parágrafo, “não é aceitável”
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A oferta é muito grande, tal como realçou em tempo útil o Ricardo Araújo Pereira aqui.
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Os que ainda não perceberam, os que não querem perceber e os que têm muita dificuldade em aceitar publicamente como funciona Portugal, desde tempos bem distantes, em vez de lerem a crónica de JMJúdice no “Público” de hoje, leiam, na mesma página (mas que deveria estar acima do parcimonioso artigo de JMJ), o elucidativo texto de Carlos Fiolhais.
Perceberão ?
Quererão perceber ?
Usufruem também ?
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Os que ainda não perceberam, os que não querem perceber e os que têm muita dificuldade em perceber as diferenças entre Júdice e Fiolhais.
Cada macaco no seu galho.
Quando fanático/histerismo tolda a vista, nada a fazer.
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Para quem aínda tem dúvidas de que a direita está por trás da campanha contra Sócrates, basta ouvir e ler essa coisa chamada Helena Matos. Nem sequer são inteligentes a fazer as tramóias.
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http://www.vaderetro-hurtiga.blogspot.com/2009/01/saiba-o-que-e-pseudolalia.html
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Muito bem, Mr. Piscoiso: “cada macaco no seu galho” ! Assim tem sido; assim será ! Mas com uma nuance de galho-para-galho: territórios nem sempre “limpos”…conquistados por processos “enfim”…
Só que Fiolhais é bastante cristalino, também nesse seu texto !
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# 15 Piscoiso
O artigo de Júdice parece uma piscoisice.
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Linkamo-a aqui.
Obrigado. Bom dia.
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