Saltar para o conteúdo

A caminho da depressão?

23 Fevereiro, 2009
by

Tenham medo, tenham muito medo, que a crise na Europa pode vir a revelar-se bem pior que na América:

The implications are obvious. Berlin is not going to rescue Ireland, Spain, Greece and Portugal as the collapse of their credit bubbles leads to rising defaults, or rescue Italy by accepting plans for EU “union bonds” should the debt markets take fright at the rocketing trajectory of Italy’s public debt (hitting 112pc of GDP next year, just revised up from 101pc -big change), or rescue Austria from its Habsburg adventurism. So we watch and wait as the lethal brush fires move closer. If one spark jumps across the Eurozone line, we will have global systemic crisis within days. Are the firemen ready?

31 comentários leave one →
  1. MJRB's avatar
    23 Fevereiro, 2009 20:18

    Óbvio.

    Gostar

  2. Desconhecida's avatar
    23 Fevereiro, 2009 20:19

    Por favor, linke a citação. Também gostava de a comentar no meu blogue.

    Gostar

  3. Desconhecida's avatar
    Lucky Hazards permalink
    23 Fevereiro, 2009 20:20

    Preposterous! No one needs firemen. It’s them who usually strike the fires. This kind of financial news is alarmist, anyway. Who cares for the crisis? It’s but fodder for the media. We mankind are living in crisis since primordial times.

    Best wishes, surf the crisis!

    John Merrit

    Gostar

  4. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Fevereiro, 2009 20:38

    Curioso este gráfico que vem no artigo:

    Aggregate sovereign credit risk

    Pior risco do que nós só o da Islândia, país que caiu quase na banca rota.

    Gostar

  5. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Fevereiro, 2009 20:50

    Curiosamente, exactamente quando o ministro vai lá pedinchar soluções europeias. Que pena as economias em que o Estado vive à custa dos impostos em excesso e da corrupção darem sempre para o torto.

    Gostar

  6. LR's avatar
    23 Fevereiro, 2009 20:52

    JV,

    O artigo de que extraí a citação está linkado logo no início da posta.

    Gostar

  7. rés-vés's avatar
    rés-vés permalink
    23 Fevereiro, 2009 21:11

    portugal está enterrado na merda
    devido à actual a politica nacionaal-socialista
    do polvo unido do largo dos ratos

    Gostar

  8. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Fevereiro, 2009 21:22

    rés-vés disse
    23 Fevereiro, 2009 às 9:11 pm

    portugal está enterrado na merda
    devido à actual a politica nacionaal-socialista
    do polvo unido do largo dos ratos

    Discordo, Socrates está apenas a prestar um serviço ao país. Um bom serviço. Este país afunda-se há décadas, Socrates está muito longe de ser o único culpado, é até um figura menor. Mas quanto mais depressa ele afundar isto, melhor, só aí o país acordará e enterrados os mortos poderá renascer para uma nova etapa. Se ele quiser pode ficar para a história como o coveiro. Que a morte seja rápida e alguém nos tire deste estado vegetativo.

    Gostar

  9. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Fevereiro, 2009 21:23

    A culpa é de Sócrates. Ainda há pouco ouvi os líderes da oposição a falar do aumento dos números de desemprego como se fosse problema local da paróquia. Se eles dizem.

    Gostar

  10. Desconhecida's avatar
    23 Fevereiro, 2009 21:48

    O país vai falir.

    O Sócrates é o mestre-de-cerimónias deste funeral…

    Gostar

  11. Desconhecida's avatar
    23 Fevereiro, 2009 21:51

    http://www.bloomberg.com/avp/avp.htm?N=av&T=Roubini%20Says%20Europe's%20Banking%20System%20Faces%20Growing%20Risks&clipSRC=mms://media2.bloomberg.com/cache/vcQ6.Dc03xzM.asf

    Roubini já falou na passada sexta-feira acerca da débacle de vários “pequenos” países da Zona Euro, nomeadamente a Grécia e a Irlanda.

    Claro que Portugal, nem deve fazer parte dos “pequenos”!

    Curiosa também, a mágoa de Luís Amado por Portugal não ter estado na Conferência de Berlim!

    O que queria Luís Amado? Portugal e o Império…..já foi tempo. Portugal não representa sequer 1,0% do PIB da UE.

    Nem peanuts….

    Gostar

  12. contribuinte albardado de falsa cidadania's avatar
    contribuinte albardado de falsa cidadania permalink
    23 Fevereiro, 2009 21:53

    Portugal em 2º lugar na dívida?Caramba se em primeiro lugar em vez do 2º melhor acolhimento sempre se teria o pódio do 1º….
    Ainda bem que andaram a nacionalizar tudo até aos netos não fosse faltar mão de obra para o plano tecnológico.
    Actualmente é-se rico com 5000 euros/mês(faladura do menino de ouro).Tenham calma que qualquer dia todos os que ganharem mais do que 3000 o serão… e hão-de ficar satisfeitos e felizes por contribuir para o combate da pobreza.Cá e além mar pois que solidariedade e pagamento nunca lhes hão-de faltar.

    Gostar

  13. Desconhecida's avatar
    23 Fevereiro, 2009 21:54

    Claro que o Sócrates não é o único culpado.

    Mas, para aqueles que têm memória curta:

    – Barroso chegou a dizer que os “EUA tinham que reolver os problemas que tinham criado (sub-prime).
    – Sócrates dizer que Portugal não tinha nada que ver com a crise dos outros!

    Os Tugas Chico-Espertos estão a chegar ao fim da linha.

    Esperemos pelo fim. Quando lá chegarmos, estarão os Portugueses livres de Tugas, para voltar a pôr Portugal de pé.

    Gostar

  14. Desconhecida's avatar
    23 Fevereiro, 2009 22:09

    Mais uma pirueta do Sócrates e do Teixeira:

    «Fundos públicos» não servem para «solucionar um problema associado à gestão de fortunas pessoais»
    O Ministério das Finanças garantiu esta segunda-feira que o Estado não vai «substituir-se» ao Banco Privado Português (BPP) ou aos seus accionistas na tomada de responsabilidades decorrentes das relações contratuais.

    Em comunicado enviado às redacções, o ministério defendeu ainda que «não é adequada a utilização de fundos públicos para solucionar um problema associado à gestão de fortunas pessoais».

    http://www.agenciafinanceira.iol.pt/noticia.php?id=1044964&div_id=1729
    ———————————-

    Então e o risco sistémico, no caso de falência?

    E os financiamentos que os outros bancos fizeram ao BPP? Já não são maus?

    Que o Estado (ainda) protege os Depósitos, já o sabíamos, então porquê que houve intervenção?

    Gostar

  15. Johnny Maynard's avatar
    Johnny Maynard permalink
    23 Fevereiro, 2009 22:20

    Of course

    Pois.

    Gostar

  16. rés-vés's avatar
    rés-vés permalink
    23 Fevereiro, 2009 22:35

    ponham à ordem as conta a prazo
    vem aí a factura

    Gostar

  17. tina's avatar
    23 Fevereiro, 2009 22:45

    Como se pode dizer que a culpa não é de Sócrates quando ele é tão irresponsável ao ponto de ainda defender que devemos ir para a frente com o TGV? Se foi durante o seu mandato que o nosso rating baixou, a despesa pública continuou a aumentar, a recessão atingiu níveis recorde, os impostos aumentaram, mas mesmo assim o défice ainda vai ser mau!… Se ele só pensa em subsidiar energias renováveis, em dar computadores à borla, em ajustes directos fraudulentos e em pedir dinheiro emprestado para essas maluquices todas? Até parece que as pessoas, nem ele, sabem fazer contas!…

    Gostar

  18. José Manuel Santos Ferreira's avatar
    José Manuel Santos Ferreira permalink
    23 Fevereiro, 2009 23:38

    Are the firemen ready?

    Perhaps

    Gostar

  19. Luis Moreira's avatar
    Luis Moreira permalink
    23 Fevereiro, 2009 23:39

    Ainda há dois meses Sócrates dizia que o país estava salvo da crise! Estava preparado para enfrentar a crise graças a ele ter baixado a taxa de juro, ter feito as reformas que diminuiram a despesa pública e manteve o déficit abaixo dos 3% ! O BPP não tinha efeitos sistémicos, passou a ter e agora já não tem !E o BPN tem efeitos sistémicos a ponto de ter derretido 1 800 Milhões de Euros, tanto como injectou (vai injectando) na economia real ? Apostam em como o BPN afinal não tem solução e a CGD vai fazer um grande negócio, ficando com os balcões? E o BCP “no pasa nada?” Estadistas, pá!Estamos nas mãos de visionários!Ingratos!

    Gostar

  20. Desconhecida's avatar
    Anónimo permalink
    23 Fevereiro, 2009 23:45

    Estamos fodidos.
    Digo eu

    Gostar

  21. Range-o-Dente's avatar
    24 Fevereiro, 2009 00:10

    Os alemães devem estar fartos de ouvir falar em coesão.

    Há um tempo li algo relatando a tendência que os alemães tinham em “trocar” euros “estrangeiros” por alemães.

    .

    Gostar

  22. Amêijoa Fresca's avatar
    24 Fevereiro, 2009 00:32

    Com um pé sobre o abismo
    e o outro a resvalar,
    o nacional despesismo
    conduzirá Portugal a bailar.

    A Islândia já berrou
    e Portugal para lá caminha,
    o (des)Governo ludibriou
    e a economia definha!

    Gostar

  23. o sátiro's avatar
    24 Fevereiro, 2009 03:51

    óbvio que a UE está pior do que os USA. (ando a escrever isto aqui desde o verão). O Japão pior do que a UE. E a China ainda pior. Qto mais os países vivem das exportações para os USA, mais irão sofrer. Na China há dezenas de milhões de trabalhadores que migraram dos campos para as fábricas das cidades lançados no desemprego, sem apoio social. Devido à falência das empresas que exportavam para a UE e USA e Japão. Claro, os media não falam na China: ainda acreditam nos gambuzinos do governo comunista amigo dos trabalhadores…

    Gostar

  24. anti-liberal's avatar
    anti-liberal permalink
    24 Fevereiro, 2009 04:55

    Ah, pois!
    A rapaziada jornalista, com todoa a sua ignorância, livra-se de tocar nos gangues – seria melhor dizer mafias? – socialistas e comunistas.
    São bandidos de estimação!

    Nuno

    Gostar

  25. DSC's avatar
    DSC permalink
    24 Fevereiro, 2009 10:09

    Então leiam isto:

    Back in February 2006, LEAP/E2020 estimated that the global systemic crisis would unfold in 4 main structural phases: trigger, acceleration, impact and decanting phases.

    This process enabled us to properly anticipate events until now. However our team has now come to the conclusion that, due to the global leaders’ incapacity to fully realise the scope of the ongoing crisis (made obvious by their determination to cure the consequences rather than the causes of this crisis), the global systemic crisis will enter a fifth phase in the fourth quarter of 2009, a phase of global geopolitical dislocation.

    According to LEAP/E2020, this new stage of the crisis will be shaped by two major processes happening in two parallel sequences:

    A. Two major processes:
    1. Disappearance of the financial base (Dollar & Debt) all over the world
    2. Fragmentation of the interests of the global system’s big players and blocks

    B. Two parallel sequences:
    1. Quick disintegration of the current international system altogether
    2. Strategic dislocation of big global players.

    We had hoped that the decanting phase would give the world’s leaders the opportunity to draw the proper conclusions from the collapse of the global system prevailing since WWII. Alas, at this stage, it is no longer possible to be optimistic in this regard (1). In the United States, as in Europe, China and Japan, leaders persist in reacting as if the global system has only fallen victim to some temporary breakdown, merely requiring loads of fuel (liquidities) and other ingredients (rate drops, repurchase of toxic assets, bailouts of semi-bankrupt industries,…) to reboot it.
    In fact (and this is what LEAP/E2020 means ever since February 2006 using the expression « global systemic crisis”), the global system is simply out of order; a new one needs to be built instead of striving to save what can no longer be saved.

    History is not known to be patient, therefore the fifth phase of the crisis will ignite this required process of reconstruction, but in a harsh manner: by means of a complete dislocation of the present system, with particularly tragic consequences in the case of several big global players, as described in this 32nd issue of the GEAB (see the two parallel sequences).

    According to LEAP/E2020, there is only one very small launch window left to prevent this scenario from shaping up: the next four months, before summer 2009. Practically speaking, the April 2009 G20 Summit is probably the last chance to put on the right tracks the forces at play, i.e. before the sequence of UK and then US defaults begin (2). Failing which, they will lose their capacity to control events (3), including those in their own countries for many of them; and the world will enter this phase of geopolitical dislocation like a “drunken boat”. At the end of this phase of geopolitical dislocation, the world will look more like Europe in 1913 rather than our world in 2007.

    Because they persisted in bearing the ever-increasing weight of the ongoing crisis, most states, including the most powerful ones, failed to realise that they were planning their own trampling under the weight of History, forgetting that they were merely man-made organisations, only surviving because they matched the interest of a large majority. In this 32nd edition of the GEAB, LEAP/E2020 has chosen to anticipate the fallout of this phase of geopolitical dislocation so far as it affects the United-States, EU, China and Russia.

    It is high time for the general population and socio-political players to get ready to face very hard times during which whole segments of our societies will be modified (4), temporarily disappear or even permanently vanish. For instance, the breakdown of the global monetary system we anticipated for summer 2009 will indeed entail the collapse of the US dollar (and all USD-denominated assets), but it will also induce, out of psychological contagion, a general loss of confidence in paper money altogether (these consequences give rise to a number of recommendations in this issue of the GEAB).

    Last but not least, our team now estimates that the most monolithic, the most « imperialistic » political entities (5) will suffer the most from this fifth phase of the crisis. Some states will indeed experience a strategic dislocation undermining their territorial integrity and their influence worldwide. As a consequence, other states will suddenly lose their protected situations and be thrust into regional chaos.

    Podem ler em:

    http://www.leap2020.eu/geab-n-32-is-available!-4th-quarter-2009-beginning-of-phase-5-of-the-global-systemic-crisis-phase-of-global-geopolitical_a2805.html

    Gostar

  26. DSC's avatar
    DSC permalink
    24 Fevereiro, 2009 10:13

    É um grande texto, mas se é para meter medo, que se meta medo a sério. Comecem a receber periodicamente os estudos destes meninos que vale a pena.

    Gostar

  27. Desconhecida's avatar
    Lucky Hazards permalink
    24 Fevereiro, 2009 11:33

    History is not known to be kind to logical scheming, it’s rather structured like the unconscious. So this kind of prediction is but an academic game.

    John Merrit

    Gostar

  28. AC's avatar
    24 Fevereiro, 2009 13:16

    Esse tipo de “profecia” é mais “torcida” do que “previsão” – desintegração dos EUA, derretimento do dólar, fim da globalização – e expressa a “aposta” da Rússia abarrotada de ouro em um novo alinhamento geopolítico que lhe coloque a Europa no colo quase sem custos. Minha pergunta é: para que lado se voltará a Alemanha? A idéia implícita no texto é que os EUA não terá condição de proteger a Europa – e ainda menos Japão, Coréia do Sul, Taiwan, Colômbia e Israel (o únco país da lista capaz de resistir sozinho).
    É fácil imaginar que a Terceira Guerra já começou e estamos na fase da “batalha da informação”: os estados são muito fortes hj e é preciso primeiro ‘miná-los” por dentro – e neste momento, qto mais democráticos, mais vulneráveis. Alinham-se os peões, breve as peças intermediárias começarão a se mover. Talvez tudo termine numa troca de rainhas. Talvez este texto seja mera ficção.

    Gostar

  29. José Silva's avatar
    24 Fevereiro, 2009 13:28

    Caro LR,

    Você anda atrasado. Tudo o que escreve já circula pela blogosfera internacional há meses e no Norteamos também.

    Já agora, sabia que por causa da valorizaçao recente do Ouro em Euros, as reservas cambiais face ao PIB do BP são superiores às da Alemanha ? E sabe qual é o problema disto ? É que o Jorge Coelho também está a contar com isto para os seus negócios …

    Gostar

  30. Zé's avatar
    permalink
    24 Fevereiro, 2009 13:37

    Ou seja um americano a dizer que na europa a crise pode vir a ser bem pior…
    Não era o Lemahn Brothers que até a uns dias antes da falência não emitia pareceres negativos sobre outros bancos?

    Gostar

  31. Jorge Monteiro's avatar
    Jorge Monteiro permalink
    24 Fevereiro, 2009 14:12

    Para os observadores anglo saxónicos (e para os seus “tradutores” domésticos) o Euro e a UEM sempre foram um inimigo a abater. Inicialmente era uma utopia que nunca passaria do papel. Depois, quando viram que a utopia ia sair do papel, passaram a dizer que nunca poderia funcionar. Finalmente, quando funcionou (e funcionou globalmente bem), disseram que ia ter vida curta. De cada vez se enganaram, tomando os seus preconceitos e ideias políticas por realidades; enganaram-se de tal forma que a foi a realidade de um Euro forte e estável que passou a incomodar o domínio do Dollar outrora todo poderoso.
    A crise actual coloca novos desafios e levanta problemas para os quais a estrutura da UEM tal como foi delineada é insuficiente. Daí a concluir pela sua “morte”… Digamos que essas notícias pecam pelo exagero. Pelo contrário, é muito provável que haja uma resposta a crise que se traduza no fortalecimento da UEM dotando-a dos poderes, recursos e competencias que lhe faltam neste momento. Entretanto a todos aqueles que se alimentam de ideias na imprensa anglo saxonica recomendo a leitura do interessante artigo de Simon Tilford no Wall Street Journal de hoje “How to Avoid a Euro-Zone Debt Crisis” para verem como nada é menos certo do que o pressuposto que “Berlin is not going to rescue Ireland, Spain, Greece and Portugal as the collapse of their credit bubbles leads to rising defaults…”

    Gostar

Deixe uma resposta para LR Cancelar resposta