Um buraco negro
É, por exemplo, a AIG. Após injecções maciças e compulsivas por parte dos contribuintes americanos em mais de 200 biliões de dólares, estima-se que a seguradora apresente na próxima semana um prejuízo no 4º trimestre de 2008 a rondar os 60 biliões. Perante tal expectativa, a acção acumula perdas, só em 4 dias, de quase 50%, cotando a uns míseros 40 cêntimos. Há um ano, a acção valia mais de $50…
O inevitável downgrading da empresa que se seguirá à apresentação de prejuízos daquela monta, empurrá-la-á para uma situação de bancarrota (o chamado Chapter 11, equivalente ao nosso regime de protecção de credores). A não ser que os benevolentes contribuintes, por interposto e voluntarioso Estado, se disponham a injectar mais alguns biliões. Sem quaisquer garantias que os venham a reaver algum dia.
Tivesse o mercado funcionado livremente e a AIG teria falido em Setembro último. Tivessem os biliões dos bailouts da AIG e de diveros bancos sido “aplicados” em reduções de impostos e talvez a economia já tivesse encetado a necessária desalavancagem. Tal não aconteceu, como é sabido, pela oposição férrea das “forças neo-liberais”. E claro que Ron Paul estava totalmente errado quando fez este discurso no Congresso em Novembro de 2008.

Para saber mais do que se passou com a AIG veja-se a intervenção Europeia e especialmente Alemã:
Steinbrück(Ministro das Finanças Alemão): In the case of Lehman, the US government wanted to send a signal to the market that they are not prepared to offer a bailout under any circumstances. In the case of AIG, we had direct talks at the G7 level and implored them to stabilize the situation. An AIG bankruptcy would have triggered shock waves around the world. We were all staring into the abyss at that point.
http://www.spiegel.de/international/business/0,1518,581201,00.html
Como sempre fugir ás “shock waves” só as torna mais lentas a chegar e o mal tem mais tempo para se espalhar. O resultado é uma economia sem informação minimamente de qualidade durante mais tempo e sem informação não há economia que resista.
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E o andor nem sequer saiu da igreja…
Preparemo-nos para a catadupa de “surpresas” (ou talvez não) que nos irão cair em cima a partir de Março
Parafraseando o Leone (tradução ás três pancadas), “Era uma vez a América…”
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“Era uma vez a América…”
Os Bancos na Europa estão aparentemente em pior situação. “Aparentemente” uma vez que a informação não é necessáriamente de qualidade.
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Só por curiosidade, são “biliões” ou “milhares de milhões”?
Ou é indiferente a ordem de grandeza?
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Joaquim Amado Lopes,
“Só por curiosidade, são “biliões” ou “milhares de milhões”?
Ou é indiferente a ordem de grandeza?”
Biliões na óptica americana. Equivale a mil milhões em termos europeus. Estamos sempre a falar de muito dinheiro que os Estados não têm.
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A propósito de buracos negros, na economia portuguesa existe (existia) um buraco negro que absorve (absorvia) todos os recursos dos pequenos e médios empresários: O INVESTIMENTO IMOBILIARIO
Um empresário de uma empresa industrial com 100 trabalhadores e muitas preocupações inclusive os 80.000 euros mensais para pagar aos trabalhadores todos os meses tentaria forçosamente desviar recursos para um sector como o imobiliário sem riscos e taxas de lucro muito superiores.
Foi isto que aconteceu os empresários americanos imitaram os portugueses e desviaram os seus recursos para sectores mais atractivos, tais como os bancos ( seguríssimos pois não abrem falência) o que gerou enormes défices na balanças de transacções e esta crise anunciada.
A despropósito – desabafo de um industrial:” nos pagamos poucos impostos, mas o pouco que pagamos, eles ainda o gastam mal gasto.
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5. LR:
Biliões na óptica americana. Equivale a mil milhões em termos europeus.
Quando se escreve em português não há “óptica americana”. Traduzem-se os termos. Billion (em inglês) traduz-se para mil milhões (em português). Sempre.
Ou quando se usa “bilião” para representar valores em euros a quantidade é diferente de quando se usa para representar valores em dólares?
Estamos sempre a falar de muito dinheiro que os Estados não têm.
Sim mas convém ter a noção correcta pelo menos da ordem de grandeza de quanto se está a falar, não acha?
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o Ron Paul e os neoliberais propõem uma espécie de vacina.Injectam mais veneno,mais do que levou as economias a este estado, com a esperança que o vírus morra com o hospedeiro.Só tem um problema .O hospedeiro é gente que perde empregos todos os dias!
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Caro LR,
Já li há mais de 6 meses que a AIG foi salva porque a actividade que desenvolve ao nível da avaliação do risco a mundial está intimamente ligada com a CIA.
http://onlinejournal.com/artman/publish/article_3777.shtml
Tente ler WMR, SOTT, Sarcha Faal, MISH e Global Research se quer perceber efectivamente a economia mundial.
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José Silva,
“Já li há mais de 6 meses que a AIG foi salva porque a actividade que desenvolve ao nível da avaliação do risco a mundial está intimamente ligada com a CIA.”
É? Não me diga que a CIA tb investiu em produtos tóxicos, fiada na avaliação do risco da AIG?
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#8
O Ron Paul disse que se devia injectar mais veneno? Explicite lá o que diz e onde leu/ouviu aquilo que Ron Paul disse, por favor.
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O custo de salvar a AIG é inferior ao custo de a deixar cair. Simples. Porque se a AIG caí, pode esperar pela falencia de muitos bancos, incluíndo os Portugueses.
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Voila uma informaçao de qualidade. O nome dos CEOs que levaram a empresa a sua melhor epoca “dourada” como se está a ver. Sao:
M. Bernard Aidinoff, Pei-yuan Chia, Marshall A. Cohen, William S. Cohen, Martin S. Feldstein, Ellen V. Futter, Stephen L. Hammerman, Carla A. Hills, Richard C. Holbrooke, Donald P. Kanak (Executive Vice Chairman and Chief Operating Officer), George L. Miles, Morris W. Offit, Martin J. Sullivan (presidente y Chief Executive Officer), Michael H. Sutton, Edmund S. W. Tse (Senior Vice Chairman, Life Insurance), Frank G. Zarb
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CIA tb investiu em produtos tóxicos
sim. para intóxicar o inimigo. quem não se lembra do antrax.
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