Conflitos de interesses
Já escrevi aqui no Blasfémias vários posts sobre conflitos de interesses. Até me dei ao trabalho de criar um marcador. Quando alego que a pessoa X está numa situação de conflito de interesses há várias respostas típicas:
1. Negar que a situação de conflito de interesses existe, apesar de ela ser mais que óbvia. A sensibilidade para detectar situações de conflito de interesses parece ser muito baixa, provavelmente porque o conflito de interesses é uma situação natural na sociedade portuguesa.
2. Alegar que X é uma pessoa honesta e que não se deixará influenciar por um dos interesses em conflito. Como se a regra de que não devem existir conflitos de interesses só se aplicasse a pessoas desonesta. Como se objectivo fosse apenas evitar desonestidades. Existe uma fracção muito importante de pessoas que não percebe que é uma boa prática evitar conflitos de interesses pelo simples facto de assim evitam-se situações de suspeição. Quanto mais honesta for a pessoa em causa maior deve ser o cuidado em evitar conflitos de interesses porque o risco de perda de reputação é maior.
3. Alegar que X até foi contra o interesse A num momento da sua vida, o que provaria a sua independência. Como se a tentação de ir propositadamente contra um dado interesse para demonstrar honestidade não fosse um dos problemas de um conflito de interesses.
Para um exemplo da total incapacidade para perceber o que é um conflito de interesses e as razões pelas quais ele deve ser evitado, recomendo este post de Rogério da Costa Pereira.

Não se meta com ele João. Olhe que o Rogério dá-lhe tau-tau no rabiote com a “régua lésbica”.
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Conflito de interesses para artigos de opinião devido aos namorados, amigos, familia que se tenha?
Ninguém devia escrever artigos de opinião, pois a aopinião de cada um é sempre interessada. Por exemplo todos aqueles que votassem psd, ou tivessem qualquer actividade no partido de oposição por conflito de interesses nunca deviam escrever contra os outros partidos, pois claramente existe conflito de interesses. Mesmo que concordem com o outro por terem qualquer coisa a ver com o psd, nunca se sabe da sua independencia. Pode estar a opinar contra alguém do partido da oposição mas na verdade não ser isso que pensa. Pode mentir e por isso existe claramente um conflito de interesses e não deve opinar. Assim devia acabar.
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Caro João Miranda…
Seria interessante que todos os que comentam e colocam artigos destes em blogs, antes de mais fizessem a sua declaração de interesses!
Eu por exemplo, sou simpatizante do PS, não filiado, não participativo em campanhas, e votei neste partido nas ultimas eleições. E você?!?
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Note que esta ultima questão colocada por mim, serve apenas para trazer alguma transparência à discussão.
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#3 e 4 – é do partido da confusão. quanto ao voto, é secreto.
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Quando o conflito de interesses é entre pessoas interessantes ocorre algo raríssimo em Portugal, um debate inteligente.
Mas o caso mais comum é um conflito de inter-egos, acompanhado de bordoada, escarros e insultos pouco imaginativos.
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Quando o conflito de interesses ($) é entre pessoas interessantes (o que é o teu caso) ocorre algo raríssimo em Portugal (ou broxelas), um debate inteligente (ui…Ui..).
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Primeiro ponto:
A senhora dona Câncio é jornalista e move-se no meio. Não aprecio a sua qualidade profissional que dizem ser razoável. Aceito de barato. Escreve em jornais por ser esse o meio profissional. Mas…a colunita de opinião e a atenção destacada deve-se apenas à sua qualidade profissional? Ora, ora. Para isso, convidavam o Rui Pelejão que escreve muito, mas mesmo muito melhor. Muito melhor, podem crer.
Segundo ponto:
A senhora dona Câncio ( que não leve a mal mas não consigo escrever o nome próprio que me lembra a canção de Brassens) é apresentada publicamente e sem desmentido como namorada de um político muito conhecido e o primeiro-ministro deste país. Há quem duvide e coloque a suspeita de que se trata de um ménage, mas ninguém verdadeiramente tem nada com isso. Eu não tenho e não é por aí que atiro pedras.
Mas é preciso guardar a pedra na mão por causa de outra coisa: a honestidade de princípios e verdades pode começar logo por aí. E por isso, seria bom declarar os interesses verdadeiros.
Quanto às intervenções de defesa da dama ( neste caso do amo), são legítimas, mas exageradas. Ninguém as leva a sério por causa do tal conflito de interesses. A primeira a perceber isso, deveria ser a senhora dona Câncio ( lembra-me logo o Brassens).
Sou agressivo para com a senhora dona? Nem por isso. Nem por isso…
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Artigo 618.º do Cód. Proc. Civil
1. Podem recusar-se a depor como testemunhas, salvo nas acções que tenham como objecto verificar o nascimento ou o óbito dos filhos:
a)(…);
b)(…);
c)(…);
d)Quem conviver, ou tiver convivido, em união de facto em condições análogas às dos cônjuges com alguma das partes na causa.
Dantes eram simplesmente inábeis para depor. Hoje, em homenagem ao princípio da descoberta da verdade material, podem recusar-se a depor.
Em qualquer caso a força probatória deste depoimento é sempre muito limitada.
Porque será?
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Sou tão agressivo como o sou para o senhor pigmeu. Não os consigo levar a sério, porque acho que no fundo eles mesmos também não se levam, por não poderem. E isso causa empatia. Como não os conheço, admito que sejam de carácter correcto. Ou seja, para usar a linguagem subida da dona, que não sejam estritos filhos-da-puta.
A sério leva-se um Vitalino ou um Vitorino. Esses é que se levam mesmo a sério.
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A minha tia Bernardina é muito conflituosa e também muito interesseira.
Têm alguma coisa com isso?
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O C.Proc. Penal diz assim na parte que interessa:
Podem recusar-se a depor:
(…)
b) Quem tiver sido cônjuge do arguido ou quem, sendo de outro ou do mesmo sexo, com ele conviver ou tiver convivido em condições análogas às dos cônjuges, relativamente a factos ocorridos durante o casamento ou a coabitação.
O CPP é um código modernaço…feito por essa Unidade de Missão com Rui Pereira a capitão.
( Rui Pereira: outro que não se leva a sério).
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# 7
Discussões ao seu nível só na lixeira onde rebola.
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Quanto às intervenções de defesa da dama ( neste caso do amo), são legítimas, mas exageradas. Ninguém as leva a sério por causa do tal conflito de interesses.
tudo dito aqui.
Outra questão é ver do ponto de vista empresarial. O dono do Diário de Notícias achará que vende mais jornais se lá tiver esta jornalista a emitir opiniões? Provavelmente acha, uns comprarão para se indignarem com a senhora, outros para dizer ámen, outros para se rirem do ridículo a que a senhora tem descido,da posição reservada passou à exposição em revistas cor de rosa e à defesa do amado na tribuna pública e popular do TVI24 horas .
A curto prazo também acredito que venderá, depois, com o tempo, sobrevirá o cansaço e desinteresse por a ler e o jornal venderá menos. Mas o DN precisa agora e urgentemente de vender para não se extinguir.
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O senhor dono José não é para levar a sério também
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Aliás nunca é para levar a sério ninguém. Só os próprios narcisitas é que se tomam a sério. E nem a mim próprio me levo a sério e sou feliz assim.
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#15:
Nunca disso o contrário, ó anónimo. Mas eu não mando em ninguém…
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Não sei como resolver o meu conflito de interesses. Qualquer coisa que opine está em interesse comigo próprio. Como livrar-me de mim para poder opinar “a vontade sem interferencias do meu ego ou do subconsciente? Não sei como fazer.
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16:
A sério devem levar-se sempre os actos que influenciam a vida dos outros. Esses que mencionei, por não se levarem a sério, não sabem o que andam a fazer. São diletantes da coisa governativa.
Sendo simpáticos nessa perspectiva, porque andam a aprender a comportar-se publicamente, são também extremamente perigosos, porque tendem a cometer mais erros que os profissionais do mando na vida alheia.
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Um tipo que não seja diletante, não diz publicamente que é um pigmeu ao lado de um outro colega da política. Pura e simplesmente, uma idiotice destas não se diz.
Um tipo que não seja diletante não manda disparar a matar sobre dois assaltantes de banco quando isso põe em risco a vida de outras pessoas.
Um tipo que não seja diletante não se põe a falar da mulher do Sarkozy em termos lúbricos quando está a ser filmado e gravado…
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primeiro ponto: é a minha opinião, portanto a melhor, mas muito melhor. Muito melhor, podem crer.
segundo ponto: pensa na lulu, là, tu ne bandes plus.
agressivo? reles e ordinário, concerteza.
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O José, este aqui vem, é o Gato Constipado de acolá?
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#21
A ordinarice e a rasquice está geralmente na mente de quem lê…mais do que na de quem escreve. Por aqui se prova o dito. A canção de Brassens não é rasca e a sua menção só desenrasca um tipo de humor. Estas coisas não são para levar a sério. Ou são?
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Não, Farófias. Este é mais um Gato de Botas.
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Ordinário é escrever um artigo pretensamente literário, para chamar filho da puta a um ror de gente…
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eu não acredito que o cidadão José Sócrates Pinto de Sousa tenha, enquanto ministro do Ambiente, aceite quatro milhões (de euros ou de contos, a suspeita nunca ficou clara) para autorizar, contra a lei, o Freeport de Alcochete.»»»
Eu tambem não, mas o Jose sim.
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“Um tipo que não seja diletante não se põe a falar da mulher do Sarkozy em termos lúbricos quando está a ser filmado e gravado…”
tou a ver, conheceste o gbrassens através da cbruni em casa do sberluconi. ganda marau, é de fazer inveja aos dloureiros deste país. ainda chegas ao clintoris do obama.
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porra, esqueci-me do acento grave no clintóris
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#23 – “A canção de Brassens não é rasca”
na minha opinião não é, apesar de haver polémica com a interpretação da bruna. rasca e ordinário é tu teres usado isso nas tuas insinuações pérfidas e armares em anginho. deve ser do fairy play pascal.
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“Ordinário é escrever um artigo pretensamente literário, para chamar filho da puta a um ror de gente…”
tu enfiates a touca e agora vens para coçar os piolhos.
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Anónimo disse
11 Abril, 2009 às 12:19 pm
porra, esqueci-me do acento grave no clintóris
Novas oportunidades ou português técnico na independente?
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“anginho” também é lindo!
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O que estes gajos inventam para arrasar um homem e quem está perto dele
Meu deus, dá-me paciência
Mas tem de ser já
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aquele pessoal do jugular anda muito nervoso. porque será?
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Eu por exemplo não vou no Brassens.
Vou mais no Ferré.
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#31 e 32 o que ganhas em ortografia perdes em perspicácia
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#35 – o do baril, é melhor.
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Eu é mais bolos
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bolos & ortografia
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Excelente.
Acho que o namorado (?) da namorada (?) errou no “casting” para a peça de tatro que ambos andam a representar.
Azares…
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Excelente post, JM. É tão evidente aquilo que Fernanda Câncio tem feito nas suas crónicas no DN que nem precisa de demonstração.
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#26:
“eu não acredito que o cidadão José Sócrates Pinto de Sousa tenha, enquanto ministro do Ambiente, aceite quatro milhões (de euros ou de contos, a suspeita nunca ficou clara) para autorizar, contra a lei, o Freeport de Alcochete.»»»
Eu tambem não, mas o Jose sim.”
Farófias: estás enganado. Eu também não acredito que o José S. tenha aceite essa massa toda para si próprio. Náo por presunção legal, mas por mera intuição prática. Aliás, se fosse investigador nem iria por aí.
E estou a falar a sério, agora.
Só me espanta uma certa bacoquice de quem anda a comentar depreciativamente o indivíduo por essa via. É melhor escolher outra, mais larga e que desemboca noutros lados.
A corrupção verdadeira e funcional, aliás, não funciona assim. Por isso acredito na inocência do José S. de acordo com essa esses parâmetros encolhidos e cuja ideia que me parece estúpida.
E só quem toma os outros por estúpidos é que ainda afirma coisas como o Farófias o faz.
Para mim, neste caso, José S. é tão suspeito como qualquer responsável de campanha do então PS. Ou seja, até prova em contrário, estão tão inocentes como o Preto. Ou os dirigentes partidários de outros grupos.
O problema do Freeport, para mim, é endémico à democracia e é por isso que eles se sentem tão seguros, com as acções crimes e cíveis. Sabem perfeitamente que o sistema não permite a investigação a sério e profunda como deve ser.
Mas isto é uma mera opinião. Um juízo de valor, se quiserem.
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Atacar José S. por corrupção pura e simples é tão inteligente como o fazer em relação ao padrinho Mário S. Nunca lá chegarão, porque a corrupção em determinados níveis não é o “toma lá, dá cá!”
Esse tipo de corrupção dos pequeninos, tipo Névoa, só se descobre quando o directamente envolvido dá com a língua nos dentes e apresenta provas indesmentíveis.
A corrupção que me aflige ainda mais é doutro género. E o sistema blindou-se para não permitir a sua investigação real e efectiva.
Mas ainda assim é possível caso alguém o quisesse verdadeiramente. Teria é que se acautelar com guarda-costas, desistir da vida privada por uns tempos largos e perder o medo a qualquer eventualidade.
Há alguém capaz disso, em Portugal?
Não conheço.
Em Itália, houve uma dúzia deles. Meia dúzia pagaram com a vida.
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#32:
O anjola não sabe escrever sem erros ortográficos de palmatória. Mas conhece as canções do Brassens e o sentido corrente das mesmas para lhe apanhar o que interessa quando lhe interessa desqualificar.
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Conflitos de interesse entre quê e quê? Objectividade e subjectividade?
1. Uma opinião pretende ser uma perspectiva subjectiva sobre um assunto;
2. Nessa perpectiva estão irremediavelmente incluídos os interesses do sujeito;
3. No artigo de opinião o escritor não está obrigado a defender uma perspectiva «objectiva» (nem é para isso que esses espaços servem);
4. Logo não faz sentido dizer que num artigo de opinião possa haver conflito de interesses entre a «objectividade» e a «subjectividade», dado que a primeira está excluída da sua definição.
A questão do conflito de interesses põe-se quando há dever de objectividade, tal como em reportagens, decisões políticas, artigos de análise científica, etc… Não há qualquer problema ético em publicar uma perspectiva interessada sobre um assunto, desde que devidamente assinalada em «coluna de opinião». Estaria, sim, errado fazê-lo numa reportagem com pretensão de objectividade.
Se define dessa maneira «opinião» (algo com dever de objectividade), como irá definir «análise»?
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Elishba:
Tem razão no que se refere a opinião. Mas sempre que a mesma se baseia em factos e circunstâncias conhecidos e ocultos ao leitor, há uma possibilidade de conflito entre o que o leitor lê como opinião e a “verdade” subjacente à mesma.
Breve: uma opinião deve sempre ser honesta. Senão, é hipócrita ou mesmo mentirosa. É precisamente nesse interstício ente a honestidade e a desonestidade que se torna legítimo questionar quem escreve.
E quem esconde uma condição ou a oculta deliberadamente ou não assume, tendo essa condição relevância para o escrito, está a ser desonesto.
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Logo, o escrito desvaloriza-se por si mesmo, ainda que legitimado pela posição profissional de quem escreve.
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O problema, por isso, é saber se essa condição em que se escreve, tanto a que a acompanha como a que lhe subjaz, tem verdadeira importância para a opinião que é escrita.
No caso, tem ou não?
Para mim, tem.
É a minha opinião.
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Normalmente, os escritos mesmo opinativos, valem por si, independentemente de quem os escreve.
No caso não é assim, porque não se apresentam argumentos apenas, mas testemunhos directos ou pretensamente. Daí a necessidade de exposição de motivos e interesses.
Julgo ser simples e fácil de entender, esta ideia.
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José (da Porta da Loja? Se sim parabéns pelo blogue, costumo seguí-lo):
O leitor não está desprotegido quando lê uma «coluna de opinião», ele está à partida informado sobre o teor daquilo que lá vai encontrar. É legítimo que se questione quem escreve, e é saudável que esse exercício seja feito pelo próprio leitor, e não por oposições artificiais de quem acha poder impor critérios de correcção a uma opinião.
Quanto a ocultar condição: um homosexual tem de assumir que o é quando escreve um artigo de opinião sobre a legalização do casamento gay? Os argumentos valem por si. Cabe ao leitor a responsabilidade de saber ajuizar acerca da qualidade de um argumento (e não da qualidade de quem o escreve).
Pena é que em Portugal a cultura da responsabilidade seja nula. A cultura do “proteccionismo” impera. Já dizia alguém que a capacidade de juízo é universal, mas é um talento que se treina. Não tem que haver medo de dar liberdade a esses espaços de treino: os portugueses não são tão ingénuos quanto se julga.
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Conflito de interesses
“E estou a falar a sério, agora.” #43#
És um brincalhão
Gozas com isto tudo
Já percebi, essa cabecinha é do contra
Quanto mais pressão exercem sobre ti mais reages ao contrário
Vives à porta da loja
Limpas as unhas, porfias o bigode, escarras, tosses, fumas um cigarrito, coça-los pelos bolsos das calças, dás uns traques
Isto é que vai uma crise
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Ó José, você é que é um grande ponto, ou melhor,- é um ponto e vírgula.
Ponto final paragrafo
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Vives à porta da loja
Limpas as unhas, porfias o bigode, escarras, tosses, fumas um cigarrito, coça-los pelos bolsos das calças,…. dás uns traques….
Isto é que vai uma crise »»»»
O Jose, não dá traques, dá bufas mal cheirosas, é com cada uma… sai tudo do gabinete.
Ar puro
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Ferreira:
Assim, não argumento sequer. Tanto se me dá que penses assim como o contrário.
Quanto ao Elishba:
Não é o caso em concreto. Quando pergunta se “um homosexual tem de assumir que o é quando escreve um artigo de opinião sobre a legalização do casamento gay?” não é a mesma coisa que alguém escrever num artigo de opinião, sobre coisas concretas e versando factos, circunstâncias e ocorrências de que tem conhecimento directo e ao mesmo tempo, não dá conta da proximidade desse testemunho como sendo dessa ordem.
É possível a qualquer um dar uma opinião sobre o Freeport apenas com o conhecimento que vai tendo dos factos conhecidos. É o que eu posso fazer e já tenho feito. Como a maioria das pessoas, mesmo as que escrevem em jornais.
Quanto melhor e mais aperfeiçoada for essa opinião em relação aos factos reais e concretos, conjugando o0s varios aspectos legais e factuais, melhor será. Mas sempre que a mesma venha de alguém com ligação directa aos mesmos, é bom que a declaração de conhecimento e portanto de interesses seja conhecida ou cognoscível.
O director do Público José Manuel Fernandes escreve hoje sobre as novas leis da propriedade e do arrendamento ( uns abortos legislativos que envergonham qualquer jurista- uma opinião minha). No final do editorial declara que sempre comprou casas usadas que reconstruiu e ainda que tem na família proprietários de casas que as arrendam.
Esta declaração de interesses seria escusada, a meu ver, mas é interessante.
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Ó Artolas travestido de Ferreira ou em anonimato:
Não precisas de articular o cheiro que isto é virtual e não incomodas ninguém com o mesmo, mas ainda assim, podias sempre articular ideias concretas sobre os motivos das queixas.
Ou seja, fazer a tal declaração de interesses. Assim, não mereces crédito.
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Zirinha:
Já que me pontua, podia dar-me a oportunidade de a poder pontuar a si. Onde posso fazê-lo? Tem sítio montado?
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Excelente post de João Miranda.
Muito interessantes os comentários de José. Parabéns!
Quanto a f. “Cansa” (apropriei-me do termo que circula), quase faz dó a forma ridícula como se se vitimiza e que se poderia sintetizar num discurso com o seguinte grau de elaboração: “Ó p’ra mim tão vítima (colem-me ao sofrimento de Kate Macann), ó p’ra mim tão cheia de valor, e agora, só por causa do alegado “namorada de”, enterraram-me o MÉRITO de pelo menos duas BRILHANTES décadas de carreira…”
Haja dó!
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O problema está mal posto e a opinião devia ser proíbida. Portugal opina por tudo e por nada sem ter em geral o que dizer. O estudo das matérias, a exposição cristalina, a concisão na argumentação permanecem estranhos à discurseta lusa. Conflito de interesses é um conceito inútil. Que cada um diga o que quiser desde que não seja mera opinião.
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José,
Pois eu acho essa declaração de interesses preocupante. Chegámos a um ponto em que o valor daquilo que se diz depende de quem se é. A meu ver há aí uma confusão entre os critérios do discurso político e os critérios do discurso livre que assiste a qualquer cidadão. No discurso político há o dever de não ter conflito de interesses, já no discurso do cidadão há o direito (e dever) de manifestar esses interesses. Se chegamos ao rídiculo de ter de fazer lista da vida pessoal antes de nos podermos manifestar (vale para cidadãos, não para decisores políticos), estamos a assumir o fraco valor que tem a nossa argumentação (“o texto só é bom se eu for «puro» de interesses”). E perder-se assim o valor da argumentação em absoluto no espaço público é sintoma da fraca qualidade que tem o debate em portugal, tudo se resume a pessoalismos e autoridade.
Levando esses raciocínios ao extremo só poderia publicar opinião quem não tivesse interesses (isso existe?). Deixaria de fora os comentadores associados a partidos, os representantes de associação de cidadãos, religiosos, defensores de causas… Ou seja, neutralizaria completamente os diversos interesses que existem normalmente em competição numa sociedade democrática.
Em relação ao texto de Câncio em particular: pessoas a defender Sócrates já ouvi muitas, e não preciso de saber se são ou não amigos pessoais dele para saber avaliar os argumentos que dão em sua defesa, e sinceramente mesmo que soubesse não mudaria nada sobre o juízo que faço da sua argumentação. Apesar de estar ligada a ele (pelo menos ela não o esconde dado que saem publicamente), Câncio escolheu comentar um caso em que ele está envolvido (nunca a ouvi a usar a sua relação para o fazer, do género “eu sei disto ou daquilo que quem não namora com ele não sabe”). Essa decisão é da sua responsabilidade moral, não vejo nisso nenhum atentado ou perigo para os leitores portugueses que a queiram ler. Como acontece em qualquer acto de responsabilidade, será ela a colher os frutos dessa decisão.
Perigoso é tentar arranjar critérios artificiais para a liberdade de expressão.
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Escreveu o Miguel Sousa Tavares:
suspeitas deste tipo sobre um PM, acabe — uma vez mais! — por flutuar, sem prazo nem dignidade alguma, nesse limbo de maledicência e de justicialismo popular…
È para entreter os “Joses” deste País que se faz este processo dura, dura, é como a “Duracelli”.
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Mais outra do Miguelito:
Não acredito: é um direito que me assiste e que decorre não apenas da experiência de trinta anos a observar políticos por dever profissional, como também pelo conhecimento pessoal que dele tenho.
…Eu tambem não acredito e não tenho a mania que sou mais esperto que outros…é felling
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Na mouche!
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#63. Referido ao texto Elishba
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E isto:
»»»»é intolerável que, uma vez mais, o palco principal da investigação seja ocupado, não pelos seus progressos e conclusões, mas pelas notícias sobre incidentes laterais, estados de alma dos investigadores e insinuações sobre pressões externas — tudo, como sempre, alimentado por sistemáticas fugas de informação que, para vergonha nossa, toda a gente sabe de onde vêm e mesmo assim se repetem constantemente.»»»
É uma maneira de se alimentar os Blogs, sempre que ficamos com a ideia, que sabemos da vinha
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CLARA FERREIRA ALVES, que no Eixo do Mal costuma arrasar com a classe política, nunca nunca diz mal do amigo MÁRIO SOARES (que foi 3 vezes 1º ministro e 2 vezes presidente da república). 2 pesos e 2 medidas…
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Quem é que pode levar a sério um tipo que escreve:
“Um tipo que não seja diletante não manda disparar a matar sobre dois assaltantes de banco quando isso põe em risco a vida de outras pessoas.”
Como se os dois assaltantes não estivessem eles sim, de facto a pôr em risco iminente de vida as pessoas que eles ameaçavam com arma de fogo.
Deviam estar a brincar, eram pistolinhas de brincar.
Só foi pena a cena não se ter passado em Viana do Castelo e não ter estado sob ameaça certa pessoa que eu cá sei…
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O meu Coronel Tapioca escreveu isto:
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?article=384381&visual=26&rss=0
Ontem, o Escoces dizia que não conhecia Socrates.
Hoje de manhã, diz que o sobornou.
Vamos ao Par ou Impar?
– eu aposto no impar, dá sorte.
A justiça do meu Pais é da “sorte” ou “azar”
È assim que funciona
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Proença de Carvalho diz:
que a Justiça portuguesa precisa de mais fiscalização para acabar com os “processos judiciais conduzidos por motivações políticas”.
Proença de Carvalho não tem dúvidas:
O caso Freeport tem motivações políticas e prova que a Justiça é permeável. O advogado que já defendeu o primeiro-ministro em alguns processos “cíveis contra órgãos de comunicação social” compara o Freeport aos ataques que Sá Carneiro sofreu quando foi primeiro-ministro.
…Há quem aposte, de 5 por l, que o processo do Freeport ainda acaba na São Caetano
Sua Exª, tem mais uma criança no colo para desmamar..desconfio, tenho esse direito, porque está tudo em aberto
Mais um Loureiro?
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Um “Anonimo” escreveu esta posta…
Coisas do Circo
Malditos sejam
O chamado caso Freeport já mete nojo. Mesmo um leigo na matéria percebe que se digladiam ali muitos e variados interesses, sendo o mais evidente a tentativa de esfrangalhar José Sócrates. São polícias contra polícias, magistrados contra magistrados, empresários contra empresários, oportunistas contra oportunistas e sei lá que mais, alinhado no interesse mais geral de pôr o 1º ministro na ordem….
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A posta é do Emidio Rangel,
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Ainda bem que temos uma oligarquia para nos submeter. Se assim não fosse estava o país entregue ao hábito (aqui tão presente) de correr atrás da cauda.
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Caso Freeport Empresario levou Miguel Almeida PSD a jantar com inspectora da PJ
2007-06-01
No pressuposto…..
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No Blogue de João Tilly: “Socialista João Cravinho arrasa Sócrates e acusa-o de ajudar a corrupção política”. Vi e concordo.
As palavras de João Cravinho:
“A opinião pública não é parva. O eleitorado não se enrola às 3 pancadas. O mal estar está em todo o lado.
Quem venceu a batalha que eu perdi?
A corrupção.”.
Questão: As palavras de João Cravinho não ganham um significado mais profundo, sendo do conhecimento dos leitores a sua cor partidária?
Eu acho que sim!
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“São polícias contra polícias, magistrados contra magistrados, empresários contra empresários, oportunistas contra oportunistas e sei lá que mais”
Tudo sem motivo nenhum…
O único que não tem nada com isso é o Sótrocas, tão inocentinho que ele é!!!
Isto foi tudo inventado pelo Bush, Durão Barroso, Paulo Portas e Santana Lopes!
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“Um tipo que não seja diletante não se põe a falar da mulher do Sarkozy em termos lúbricos quando está a ser filmado e gravado…”
Não seja cínico!
Todos sabemos que essa gravação foi feita com uma câmara espia.
Por esse princípio o José não devia sequer sentar-se na sanita. Pode haver uma câmara a “filmar e gravar”.
E a cena não deve ser agradável de ver.
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http://www.base.gov.pt/codigo/Paginas/default.aspx
As despesas do Estado
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25
“Eu por exemplo não vou no Brassens.
Vou mais no Ferré.”
Nem eles te vão a ti.
Mas eles já se foram.
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Elishba:
Não foi isso que escrevi e não é isso que quero dizer, até porque me contradiria. Defendo que o valor do que se escreve não deve depender de quem escreve.
Mas sempre que se associam às opiniões escritas motivos personalizados sobre o que se escreve, deve mostar-se isso mesmo. Só nessa situação.
Quanto ao multifacetado zé que aperta o laço:
Por mim, não havia escândalo Freeport algum. Logo que surgiu teria apurado tudo até ao fim, sem estrilho e sem violar segredo de justiça. E isso quer dizer que teria muito trabalho nuns sítios que cá sei, num largo que diz tudo.
Percebes melhor, ó zézito?
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Essa da câmara espia apanhar o chefe dos espiões diz tudo da palermice que às vezes anda por ali. E também daqueles que comentam, sem se darem conta dos disparates.
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Mas reconheço uma coisa: o zézito que diz andar a apertar o laço gosta de localizar pessoas em gps virtual e hipotético. Mas não diz onde está…o que é tremendamente injusto.
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O João Cravinho diz quase tudo. O que não pode dizer é o que outros tentam dizer e são por isso mesmo, enxovalhados e vilipendiados, pelos sabujos do poder que está.
A esses, um dia hão-de fazer-lhes o que os romanos faziam aos traidores: ficam à míngua.
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José,
Não quis dizer que era você que defendia isso, mas sim demonstrar onde nos levavam, in extremis, os raciocínios sobre o dever de «isenção na opinião».
«Mas sempre que se associam às opiniões escritas motivos personalizados sobre o que se escreve, deve mostar-se isso mesmo.»
Não percebo o que é o «isso mesmo» que tem de ser mostrado. Quer que Câncio diga que é namorada de Sócrates? E o que é que essa confissão muda à qualidade dos seus argumentos? Isso implica que só fala sobre Freeport porque é namorada de Sócrates?
Se sim então pode-se dizer que defensores gays do casamento gay só falam disso porque são gays;
Jornalistas defensores da liberdade de expressão só falam disso porque são jornalistas;
Proprietários só defendem direito à propriedade porque têm propriedade;
etc,
Voltamos à mesma conclusão para esse tipo de raciocínio: «avalia-se a qualidade do que se diz tendo em conta quem o diz», é a autoridade que dá valor aos argumentos.
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#84,
Pois, já que se está a levar estas coisas “in extremis”, proponho que as opiniões de José Sócrates passem a ser recitadas por Manuel Alegre (sem pré-aviso dos ouvintes), para que ninguém tenha em conta a qualidade do que se diz, atendendo a quem o diz.
Boa!
Havia de ser lindo, havia!
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o anginho tem erecções quando pensa f. e orgasmos com s.
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A propósito da importância de saber bem quem está por detrás do que diz, alguém me sabe responder à seguinte questão:
Por que motivo a Procuradora Cândida Almeida alegou, na entrevista a Judite de Sousa, não querer ver o DVD do Freeport para não se deixar influenciar?
Não era só um ilustre desconhecido, Charles Smith, a fazer alegações?
E no entanto poderia influenciar a justiça?
Alguém explica?
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Boa Páscoa, anónimo(s).
Sem argumentos não há discussão e não vejo a vantagem de vir para aqui insultar ninguém.
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Notícia de hoje ( ontem):
“Damien McBride, conselheiro do primeiro-ministro britânico Gordon Brown, apresentou hoje a sua demissão, depois de um internauta o ter acusado de enviar “e-mails” a difamar membros do Partido Conservador.
Gordon Brown aceitou hoje o pedido de demissão de McBride, que desempenhava as funções de conselheiro político e para a imprensa, anunciou o gabinete do chefe de Governo britânico.”
Ainda bem que em Portugal não há destas coisas…
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#89 – podias ter dito que o gajo foi encostado por ter feito o que tu fazes na net. ele teve o azar de de lhe caçarem o ip do nº 10 e contigo ninguém se preocupa. vendo bem as coisas devias ser solidário com a noiva.
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MacBride não significa filho de noiva?
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#91 quite right
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O Gato Constipado tem destas coisas
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