Um comentário verdadeiramente ‘isento’
12 Abril, 2009
O artigo de José Pacheco Pereira de ontem, no Público, é magnífico. Para ler, reler e guardar para leitura próxima.
51 comentários
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O artigo de José Pacheco Pereira de ontem, no Público, é magnífico. Para ler, reler e guardar para leitura próxima.
E não dá para o disponibilizar a quem não tem o Público de ontem?
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O link é só para assinantes…
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Antes de colocar o artigo julgo que Pacheco Pereira nunca disse que ao escrever sobre Sócrates ou sobre o PSD podia ou queria ser considerado isento.
Se eu fosse a si não teria. Não me refiro a alguma agitação dos ministros, a algum despacho que saia daqueles edifícios, à actividade dos assessores de imprensa, ao fluxo perene de dinheiros e subsídios para mil e um beneficiados. Mas alguém sabe o que fazem a maioria dos ministros face aos problemas dos seus sectores? Sabe-se do ministro do Trabalho, justiça lhe seja feita, e mais um ou dois ministros. Mas a Educação está bloqueada, o Ambiente não existe, a Cultura ninguém se lembraria que é um ministério, se não fosse Manuel Maria Carrilho lembrar que o devia ser. O ministro da Administração Interna vai chegar ao termo das suas funções sem perceber que não é ministro da Justiça, e sem perceber o significado da palavra segurança. O ministro da Justiça nem sequer preside a um ajuntamento de corporações em guerra umas com as outras, porque nem o lugar de presidente da mesa lhe deram. O Ministro das Finanças, um dos pilares fundamentais deste Governo e que podia apresentar obra, assiste agora à demolição quotidiana do que tinha conseguido com pretexto na crise, e, como já o admitiu, governa pelas estrelas.
Há um governante que trabalha muito. O ministro dos Assuntos Parlamentares, que tutela a televisão, a rádio e a propaganda. No seu ministério e no gabinete do primeiro-ministro, trabalha-se 24 horas por dia e em todos os azimutes. Seria, aliás, interessante saber se um blogue anónimo “corporativo” feito por assessores usando arquivos governamentais e que tem o objectivo de popularizar os temas da propaganda, fazer contrapropaganda e desinformação bastante profissionalizada, se bem que sem grande sucesso, depende desse ministro ou do gabinete do primeiro-ministro. Aí trabalha-se em tempo quase real, mas governar só residualmente. No Governo está tudo em estado de estupor. Estudar os assuntos, identificar e resolver os problemas, implementar um programa, fazer qualquer coisinha por um país que está numa profunda, muito profunda crise, não se usa nem se pratica. A culpa salvífica é da “crise”, que é tratada como uma desculpa útil e pouco mais.
Há dois dias aconteceu mais um exemplo daquilo que digo. Liga-se a televisão e lá vem o habitual “momento Chávez” quotidiano do primeiro-ministro. Já toda a gente percebeu que o primeiro-ministro incorpora todos os dias na sua agenda um pretexto para um comício de três ou quatro minutos no prime time televisivo, que tem como objectivo ou a propaganda directa de si próprio ou do seu Governo, ou uma resposta às críticas da oposição. Todos os dias, insisto, todos os dias, a narrativa da propaganda governamental desenrola-se aos nossos olhos como se fosse uma notícia, quando é apenas um puro tempo de antena. Se estivéssemos num país em que a comunicação social se regesse por critérios jornalísticos, como não há qualquer conteúdo informativo, o primeiro-ministro ficaria a falar para os seus convidados de casting. Ou, pior ainda, as suas declarações seriam tratadas no âmbito do puro conflito político e seguidas de uma resposta nos mesmos termos noticiosos da oposição.
Mas cá, estes “momentos Chávez” são tratados como matéria informativa e noticiosa e passados com reverência, em particular pela RTP. Por isso, a malfeitoria e o abuso são recompensados. Por isso, todos os dias o staff do primeiro-ministro prepara-lhe uma TV opportunity, porque já não estamos em tempo de photo opportunities. São precisas imagens em movimento, luz e cor. E como para o primeiro-ministro esta é a verdadeira “saída para a crise”, ele desloca-se onde for preciso, gasta o tempo que for preciso, apenas para aparecer às oito horas num telejornal, fresco e desempoeirado, a anunciar coisa nenhuma, a fazer coisa nenhuma, a não ser propaganda. Propaganda que todos pagamos e muito caro, através dos nossos impostos.
Se fizermos uma antologia destes “momentos Chávez”, e um dia ela será feita, percebe-se muito bem a montagem, a cuidada preparação da colocação do homem, o vestuário, a voz e o discurso, o sítio onde são permitidas as câmaras, o controlo absoluto do cenário para que não haja qualquer interrupção, qualquer incomodidade, qualquer pergunta impertinente que estrague o objectivo do acto de propaganda. É por isso que a meia dúzia de manifestantes da CGTP à entrada perturbam tanto o primeiro-ministro. Escolhe-se as montanhas bravias sobre os vales dos rios que serão destruídos, para falar das barragens, as máquinas de uma fábrica para falar dos subsídios à indústria. Prepara-se uns powerpoints, ou, melhor ainda, uns filmes com efeitos especiais de computador para que se reforce a imagem positiva do que se anuncia, como se tudo já estivesse feito. As televisões obedientes e acríticas passam-nos, apesar de serem puro tempo de antena. Ninguém se questiona. Jornalistas formados numa escola de espectáculo e marketing acham normal passar propaganda em vez de darem notícias.
Não vemos se a barragem existe, ou se o estaleiro já está avançado, não vemos se a fábrica está a laborar em pleno, ou se os operários vivem de um peculiar subsídio de desemprego a que se chama “formação”, não vemos quase nada, porque não há nada para ver. Os anúncios de boca cheia sucedem-
-se uns aos outros, os prazos são sempre para amanhã, os beneficiários envolvidos são sempre milhares, mas não conta para nada que os anúncios não passem de anúncios – a energia das ondas está em terra, avariada, tudo indica que, definitivamente; as minas de Aljustrel, que já deviam estar a laborar, promessa e prazo do primeiro-ministro, não se sabe quando começam a fazê-lo; a Qimonda já estava salva nas respostas bélicas e arrogantes no Parlamento, mas está fechada; o aeroporto da Ota já tinha um filme com os aviões a levantar do Oeste, mas não há aeroporto nenhum, não é no Oeste, nenhum avião de lá levantou e ainda nada começou; os telespectadores já viram a alta velocidade a voar sobre carris, e um filme do tipo da Guerra das Estrelas (ou será a Toy Story?) com os comboios moderníssimos a entrar em estações mais ou menos espaciais. Espreme-se e sai quase nada de um governo que teve excepcionais condições para fazer obra.
Quando uma coisa não corre bem, é rapidamente esquecida para que apenas a memória das boas imagens subsista intacta. O Magalhães começou a dar problemas, acabaram as sessões de entregas e avançou o silêncio. Qualquer pessoa conhecedora dos problemas do nosso ensino, das nossas escolas, da pedagogia no ensino básico, da nossa condição social, do tipo de problemas de manutenção e do ritmo da renovação tecnológica sabe do enorme desperdício que é o programa Um Aluno Um Computador naquelas idades e com aquelas ideias num ambiente de completa impreparação. Sabe que a maioria dos computadores distribuídos está longe, muito longe, de ter servido para qualquer dos objectivos pretendidos, porque à cabeça todo o programa era desadaptado, foi feito em cima do joelho para servir a propaganda governativa, e, daqui a um ano, tudo já estará obsoleto ou avariado. O dumping de um computador do Terceiro Mundo para um país europeu, que é o que significou o Classmate transformado em Magalhães, talvez permita vender os restos à Líbia ou à Venezuela, mas neste último caso já se percebeu que será quase a fundo perdido. Silêncio.
É por isso que poucas coisas revelam mais esta ausência de governação no meio de um crise gravíssima do que um primeiro-ministro que mais uma vez foi à Central Fotovoltaica da Amareleja, a pretexto de uma visita de estudantes estrangeiros numa iniciativa paga pelo próprio Governo (o ministro da Economia considerou má educação querer saber quanto custou), e que funcionaram como casting para a sua aparição diária na televisão. Como é óbvio, falou em português para estudantes que não percebem a língua, mesmo sendo suposto haver tradução. Mas não era para eles que falava, era para nós. Era o “momento Chávez” de dia. Aquilo a que hoje se resume a governação. Historiador
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Para ler o JPP -o gajo faz-me lembrar a fisionomia do Karl Marx! – é preciso pagar?
Para quem foi militante dum partido do proletariado…
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http://aoutravarinhamagica.blogspot.com/2009/04/etica-na-politica-como-no-jornalismo.html
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Olhó Pacheco a dar relevo ao Abrantes…!
Abrantes! Que te parece?
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Tudo como dantes…diz em surdina o Abrantes.
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Obrigado caro Fado.
é mesmo artigo para se guardar.
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o texto de JPP é uma foto da “governação”. Só faltou falar das guidinhas da DREN espalhadas por todo o lado, incompetentes e arrogantes, que sobrevivem devido ao amiguismo de cartão.
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o artigo de JPP, mais do que uma crítica aos socratismo e seus assessores, é uma crítica ao jornalismo português – aliás, um dos seus ódios de estimação.
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“Só faltou falar das guidinhas da DREN espalhadas por todo o lado, incompetentes e arrogantes, que sobrevivem devido ao amiguismo de cartão.”
Confirma-se.
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nada de novo, resumo da quadratura do próprio. pensa que entra para a história com isto e com a biografia por acabar.
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Israel e Europa vs. Islão in http://maquinadelavax.blogspot.com/
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O comentário não será isento, mas pelo menos é realista a não uma ficção à Corin Tellado da Cân…
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Quem é lesma nunca chegará a caracol…
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O que tem graça é a resposta do blogue Câmara Corporativa (http://corporacoes.blogspot.com/) no qual pontifica uma personagem virtual que se apresenta sob o nome de Miguel Abrantes e que nunca ninguém viu (a não ser, imaginem, Fernanda Câncio) a esta parte do artigo:
“Seria, aliás, interessante saber se um blogue anónimo “corporativo” feito por assessores usando arquivos governamentais e que tem o objectivo de popularizar os temas da propaganda, fazer contrapropaganda e desinformação bastante profissionalizada, se bem que sem grande sucesso, depende desse ministro ou do gabinete do primeiro-ministro.”
Pelo menos reconhecem que têm um serviço de clipping, o que não seria mau se fossem eles a pagá-lo)
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Concordo. É excelente.
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Magnifico momento Chavez de PACHECO pEREIRA a dizer o mesmo que anda a dizer desde há 6 anos de tanta dor de cotovelo que possui
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Um artigo para ser aplaudido de pé pela matilha
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Sócrates é o Obama / Bush de Hosé Chavez Pacheco Pereira.
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Chavez també tem um programa onde dá pontos aos jornalistas que não dizem o que ele quer tal e qual omo Hose Chavez Pacheco Pereira
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Peguem no artigo e guardem-no para aplicação futura. Se não quiserem perder tempo, façam uma retrospectiva a qualquer governo anterior, PS, PSD ou modalidades adjacentes.
É uma chapa gasta. Todos os PM têm momentos diários a que as televisões acorrem. TODOS. Ai deles que o não façam: não seriam PM.
Não há uma única crítica nese texto que tenha substância: é mera retórica, é copy+past, não passa de propaganda de agitação. Giro giro é ver tanto pintaínho a destapar a cabeça e a louvaminhar as “críticas” de panfleto de um ex-político ressabiado e que falhou o regresso a Bruxelas.
Tenham dó.
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Paulo Querido, obrigado pela sua sabedoria, conhecimento e génio. Que seria deste país sem um especialista em twitter?
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E que importa que se aplique a todos os governos? E que importa que venha de um político ressabiado?
Enfim, para o Paulo Querido o mais importante é o embrulho e não a prenda.
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Mas sendo verdade que todos o fizeram, também o é que nenhum o fez tanto como este.
Um exemplo:
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=131837
Quantas vezes se anunciou recuperação de escolas? Quantas? Bom, ao número que foi já devemos andar a recuperar escolas na Patagónia.
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Mas por que é que a realidade, ainda por cima bem (d)escrita, chateia tanto?…
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o mestre da marmeleira como humorista teria piada, caso o artigo fosse original e não um resumo da lista de mercearias que todas as semanas apregoa pago pelos dois bês. mas não passa de humor requentado, uns bonecos já vistos para levantar a moral das hostes e glorificação do historiador. um documento precioso, para ser guardado e exibido em momentos difíceis. a próxima actualização talvez fale do 3porcos.
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Paulo Querido,
Não lhe passa esse seu ódio de estimação por Pacheco Pereira. Confesse que gostaria de o ter no Twitter para lhe trazer um verdadeiro mar de seguidores e aumentar as sua receitas, vá lá!
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Pacheco é tão isento como a minha tia La Salette,
que não gosta de esparguete.
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Paulo Querido disse
13 Abril, 2009 às 2:33 am
Tenham dó.
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Dá-me a ideia de que quem não diz absolutamente nada é você no seu comentário. Completamente vazio, não há um único ponto que rebate.
Já agora, você ultimamente anda muito calado PQ. Nos últimos anos tornou-se um fervoroso socrático (quem o viu há 10 anos atrás e quem o vê agora) mas desde o freeport que anda muito silencioso na bloga.
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naufrágio no mar de seguidores do ppereira, ler poste a seguir.
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Exmo. Sr. Dr. Paulo, Querido, Mestre, Bwana:
Se o fulgor da Vossa infinita sabedoria não ofuscasse a minha humilde pessoa atrever-me-ia a rogar-lhe que nos elucidasse sobre o andamento do seu pensamento no que se refere ao bom uso das liberdades de expressão na internet. Aproveito para lhe reafirmar que Vossa Senhoria é o único que poderá suportar sobre os seus ombros a pesada responsabilidade de definir em que consistirá o tal bom uso com aliás grande proveito para todos nós.
Grato por ter dado mostras de tamanha compaixão ao descer até esta humilde caixa de comentários onde incarnou ao terceiro dia. Aléluia.
Do seu humilde criado
P.
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Para destoar, concordo integralmente com o escrito de Paulo Querido. Porque é a expressão da verdade dos factos conhecidos. Basta ter memória.
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#33 – qual destoar! o pedantismo faxina com roupa de marca.
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O interessante é ler o Pacheco importunado com o blog do Abrantes, dando-lhe a relevância de entidade colectiva de situação, em comandita com os propagandistas do grupo que manda.
O Abrantes, caro Pacheco, é um indivíduo só que tem apoio eventual de um ou outro membro da cooperativa de governo. Os clippings, segundo me lembro ( já lá não vou ler porque aquilo é um chorrilho de encadeamentos sectários sempre empaleados em prol do governo) os clippings dizia, são-lhe enviados por fãs muito dedicados, tipo assessores.
O Abrantes, já o disse, é uma espécie de Vital dos pequeninos. É sempre mais aguerrido porque pretende mostrar serviço ao dono. Mas corre sozinho.
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O Abrantes, ao contrário dos que por aqui aparecem, tipo farinha #34, não é um sabujo típico. É inteligente até ao ponto do sectarismo mais exacerbado e escreve bem, por ideias próprias. Quando porventura dá um erro ortográfico, espoja-se de vergonha, porque tem esse fetiche.
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O Abrantes seria incapaz de fazer a figura da farinha tipo #34. Não se esconde, dá a cara, como se pode ver… e chama-se mesmo com o nome que tem.
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agora vens para aqui escrever cartas de amor ao pacheco.
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Pacheco é tão isento como a minha tia La Salette
Como eu digo, antes de transcrever o artigo, Pacheco Pereira nunca se afirmou como isento.
Ele é de um partido e dentro desse partido defende uma corrente de opinião.
A sua tia La Salette se deixasse de ler “A Nova Gente” e ver as telenovelas da TVI já podia saber mais qualuqer coisinha.
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diria mais, graxa ao querido e cartas de amor ao pacheco.
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22,
Ó Paulo, acho que V. é mesmo Querido.
Merecia casar com o “namorado” da Câncio, para ver como “elas” mordem.
E se se tratsse?
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Não comentem mais, não vem que o esquerdalho com palas, só entende respostas de 140 caracteres ?
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Por acaso tenho pena do PQ. Lamento o seu recente socratismo militante. Conheci-o há uns bons 13 ou 14 anos ou talvez mais, nos primórdios da Net em Portugal. Cheguei a ir a uns jantares com ele, ainda me recordo de uma jantarada muito picante num jantar d’ A Rede perto do Incógnito.
Era (e ainda deve ser) um tipo notável, polémico, atraia multidões de odiosos atrás dele. Admirava-o por isso, a capacidade de encaixe, a forma como se sentia na maior apesar dos milhentos de bota a abaixo que cascavam a toda a hora em tudo o que escrevia. Impressionava-me. Estou a falar de um tempo em que nem sequer existia Internet (como a que conhecemos), antes disso havia umas coisas chamadas BBS’s, como a Sky, a Visus ou A Rede, e o PQ entre uns quantos outros foram dos pioneiros nestas coisas. O JM aqui do Blasfémias por exemplo era um puto que só uns anos mais tarde de vez em quando começava a dar nas vistas numa coisa chamada Gildot e noutros sites, mas só depois do CERN ter inventado o hipertexto.
Se viajássemos no tempo, o PQ há uns 10 ou 15 anos atrás escreveria umas crónicas fabulosas, certamente terríveis e arrasadoras sobre o Magalhães “português” movido a Windows Vista. Ui. Até doi só de imaginar. Pagava para ler hoje uma crónica dessas. Eu ainda me recordo das crónicas do PQ quando um conhecido ministro gueterrico fechou o Terravista. A futilidade, a superficialidade, a ignorância, a propaganda. Caro PQ, já estava tuda lá, tal e qual. Nessa altura, e agora. Tempos notáveis. Textos notáveis que escreveste. Tão estranho ver-te hoje a defender aquilo que há uns anos atrás tão brilhantemente denunciarias.
Mas pronto, todos envelhecemos, é a vida. E tal como o vinho, nem todos envelhecem da melhor forma.
Caro Paulo, tenho pena deste comentário não ser uma homenagem, que não o é. Mas podia ser. Talvez te tenhamos de volta um dia destes. Abraço !
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Anónimo (43), nem recente, nem socratismo, nem militante! 🙂
O ministro em causa era Manuel Carrilho e ele não tinha razão alguma. Caiu como um anjinho na esparrela do Tal & Qual, que fez o irressistível blend “sexo + governo” e meteu na capa uma fotos de mamalhudas, se não estou em erro.
Não me lembro do JM no Gildot. Que pena. Não me peguei lá com ele. Ou se peguei não retive o nome. Li por aí não sei onde que ele é dos pioneiros da Wikipedia, mas — ei! — eu editei pela primeira vez a Wikipedia há uns dias, para retocar um artigo em construção com um pormenor qualquer que eu sabia.
Enganas-te: o Magalhães, eu teria avaliado como avalio agora. Admitindo que sou, hoje, mais experiente, na altura teria, no mínimo, “simpatizado” com o dual boot e o empurrão que o aparelho pode dar a bandos de miúdos que, não fosse o raio do programa do governo, nunca meteriam os dedos num teclado.
Talvez concorde contigo num ponto: teria mais energia nessa altura para investigar os aspectos do “negócio”, hoje passo por cima disso, tenho mais milhas de realismo em cima.
Se foi perto do Incógnito… acabou provavelmente lá dentro em grande algazarra! Fica bem.
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A casa não se começa pelo telhado, PQ…Quando muitos destes meninos chegarem ao secundário com um “attention span” de 2 minutos, aí já será tarde demais. Ou também acha que a ferramenta resolve tudo, mesmo que não tenha havido a necessário formação e sensibilização de quem vai ter de lidar com ela nas suas salas de aula?
E porque razão os miúdos não poriam os dedos num teclado? Não têm computadores na escola, nas Juntas de Freguesia ou nas bibliotecas públicas? Novamente estamos a atirar dinheiro para cima dos problemas e a cruzar os dedos, na vaga esperança de que o povo não se aperceba a tempo do embuste, que foi pago pelos seus impostos!
Devemos ter muito cuidado com estas “empresas do regime”, como foram tão bem descritas pelo Henrique Neto.
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#45 – “Devemos ter muito cuidado com estas “empresas do regime”, como foram tão bem descritas pelo Henrique Neto.”
pois é, passaram a ser do regime quando o gajo deixou de mamar. idade + ressabiamento dá sede(s)
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46, não nega que há empresas de regime portanto?
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#47 é evidente demais para ser negado, bem como a hipocrisia de quem devia estar calado. carreiras de economia, netos da industria, belmiros das mercearias, bentos do cartão e cravinhos, são os produtos gourmet mais vendidos pela comunicação social ao público ainda fascinável pelos mitos sucesso/honestidade. conversa para tótós.
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Prefiro qualquer um desses ao pseudo-engenheiro das Beiras, que pela sua obra bem pode limpar as mãos à parede. Eu pelo menos não tenho particular interesse em admirar tiranetes corruptos, que atiram com meia dúzia de frases feitas pelos seus assessores para dar um ar moderno e empenhado. Os outros que referiu ao menos pensam pela sua própria cabeça (algo raro nos dias que correm).
Diga-me lá qual é a hipocrisia dum Medina Carreira, dum Belmiro de Azevedo ou dum Cravinho? Este último bem tentou lutar contra a corrupção, mas o seu próprio partido preferiu não apoiá-lo e continuar como se nada se passasse neste pedaço à beira-mar plantado.
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#49 – guterres, tmn e be. comentário rasca: as alegrices são muito apreciadas por tansos.
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Whatever…
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