Corrupção VI
Os problemas em Portugal são avaliados de forma parcial. Nunca ninguém se dá ao trabalho de analisar os efeitos globais de uma medida, incluindo os seus efeitos de longo prazo.
Por exemplo, vamos combater a corrupção eliminando o sigilo bancário. Mas alguém pensou nos efeitos óbvios de se acabar com o sigilo bancário? Alguns exemplos:
1. Os bancos poderão adoptar registos paralelos e não oficiais para clientes especiais.
2. Aumento da circulação de notas.
3. Aumento dos incentivos para participar na economia paralela.
4. Fuga de capitais para o estrangeiro.
5. Incentivos à corrupção dos funcionários das finanças.
6. Redução da credibilidade do sistema bancário.
7. Redução dos depósitos e consequente aumento dos juros.
Ou seja, uma medida vista como de combate à corrupção, cria facilmente condições para a corrupção no sistema bancário, nas finança e na economia paralela.

Para aumentar a confusão observam-se certas acções intrigantes: tira-se um curso e manda-se encerrar a universidade; compra-se uma casa num offshore e advoga-se o seu encerramento. Que confiança, com estes exemplos, nos pode merecer esta diarreia legislativa a que estamos expostos?
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Absolutamente de acordo. Esse é um tema já estudado. As consequências podem ser desastrosas. A retórica da esquerda ganhou e ganhou a opinião pública.
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Sabem porque é que proibiram os detectores de meatis em Portugal?É que algum curioso poderia “detectar” a fortuna enterrada…em metal amarelo pois claro.Acho que a PJ se deve equipar com detectores de metais pois a rapaziada do gamanço sabe-a toda.Há que verificar bem o quintal…
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É tudo uma questão de imaginação. E os seres humanos são especialmente fascinantes quando se põem a imaginar.
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Oh JM você era sócio do BPN?
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É tudo uma questao de civismo, ou da forma como funciona a sociedade. Aqui na Noruega o Estado sabe todos os movimentos bancários dos cidadaos e lá por isso nao há corrupçao no sistema bancário e nas finanças.
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É porque na Noruega não há Joões Mirandas.
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Perante tanta evidência, que a clareza do post revela a quem não sabia, o outro já nem consegue piscoisar.
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Mas queria eu dizer que nesta área, a nossa Assembleia não está infelizmente a legislar, no sentido correcto do termo.
Está mais propriamente a piscoisar.
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O senhor, com um bocadinho de imaginação (e tempo) vai conseguir mostrar que o branco é preto.
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#2#
As consequências podem ser desastrosas.
Estás um bocado aflito ……
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Se por um dia só que fosse todos os deputados e ministros fossem submetidos a um potente soro da verdade, seriam descobertos e resolvidos mais casos de corrupção do que todos aqueles que são descobertos em décadas por toda a nossa legislação e sistema de justiça.
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Estou espantado:
Eu julgava que já havia contabilidade paralela para clientes especiais há muito tempo e por tudo quanto é lado. E confesso que não sabia que a banca ainda tinha alguma credibilidade que podesse perder…
Erros meus pelos quais me penitenciarei um dia destes quando a memória da Srª D. Branca for reabilitada como merece.
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É uma área interessante, a Economia do Direito. Que eu saiba só existe um português especialmente dedicado ao assunto… e acho que nem trabalha em Portugal. Mas essa análise devia ser “obrigatória” antes de muitas reformas.
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