Curiosidades e assombrações eleitorais

Notas: Os dados que se seguem não têm em conta os círculos da emigração (no quais se passou de 19.803 para 168.290 eleitores, um crescimento de 749.82%…).

O continente e as ilhas contam actualmente com 9.491.592 eleitores recenseados.

Entre 2004 e 2009, o número de eleitores recenseados aumentou 8,49% (742.992 novos eleitores).

Os círculos que mais cresceram foram os dos Açores (19,32%)  e da Madeira (14,72%). Na outra ponta da tabela estão Portalegre (crescimento de 0,6%) e Beja (0,94%).

Com o actual número de inscritos, o círculo eleitoral de Lisboa perderia, nas legislativas, dois deputados: um para Faro e outro para Vila Real.

Segundo o INE, vivem em Portugal 10.617.575 de pessoas, das quais 1.628.852 têm menos de 14 anos. Sem contar com os cidadãos com 15 a 17 anos e com os estrangeiros sem direito a voto, os cadernos eleitorais têm, pelo menos, meio milhão de eleitores fantasmas (o número real deve ser bem superior a um milhão). Em alternativa, as estatísticas do INE estão muito desfasadas da realidade.

Isto tem vários efeitos perversos. Apenas três exemplos: aumento (artificial) da abstenção,  divisão ilegítima dos mandatos (sobretudo se o número de fantasmas não for proporcional entre os diferentes círculos) e exigência de um número de assinaturas artificialmente elevado para as candidaturas de cidadãos nas autárquicas. Com tantos chips, informação centralizada e cruzamento de dados, é inaceitável que esta situação se perpetue.