O voto já cá canta
18 Junho, 2009
Paulo Rangel admite abandonar Parlamento Europeu
O cenário é hipotético – depende de uma vitória do PSD nas legislativas e de um eventual convite para integrar o Governo –, mas Paulo Rangel, que encabeçou a lista vencedora às europeias há pouco mais de uma semana, já admitiu regressar a Portugal.
Como diria Manuela Ferreira Leite, o voto já cá canta.
Seja como for, a Elisa está perdoada.
Já agora, também admitem fazer o TGV?
39 comentários
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JM isso é de uma tremenda má-fé.
A forma como Rangel respondeu á pergunta devia evitar-lhe estar a fazer comparações torpes como a que está a fazer .
Mas enfim … fica com quem as pratica
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e ainda vai a tempo para se candidatar a 1/2 dúzia de câmaras.
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««A forma como Rangel respondeu á pergunta devia evitar-lhe estar a fazer comparações torpes como a que está a fazer»»
Torpe é o post? Torpe não é um candidato recém eleito admitir sair daqui a 3 meses?
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A Ana Maria Gomes também está perdoada?
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já agora perdoa também a ilda e volta a gaia.
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são todos uma cambada de mamões!
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Caro João, o PR, ainda candidato às europeias, pôs logo todas essas hipóteses na mesa, e voltou a pô-las imediatamente após a sua eleição. Disse inclusivamente que o Parlamento Europeu não iria ocupá-lo em full-time, que contava estar três dias lá e três dias cá, e participar activamente na campanha para as legislativas. Nada disto é novidade, portanto. Pelo menos para quem ouviu, e eu ouvi.
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««Caro João, o PR, ainda candidato às europeias, pôs logo todas essas hipóteses»»
Não reparei. Mas garanto-lhe que não foi essa a mensagem da campanha. O facto de isso ter sido colocado, antes ou depois das eleições, só retira credibilidade a Paulo Rangel e ao PSD. Não se pode usar como bandeira de campanha a crítica às duplas candidaturas de Elisa e Ana Gomes e depois fazer exactamente aquilo que se critica.
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Se o Paulo P. perder o recurso da acção cível, como vai perder, afasta-se da política como há muito deveria ter feito?
Note-se que isto não desculpa este comportamento salta-pocinhas de Paulo Rangel ou pele menos dos que o apoiaram, não esclareceram devidamente esta questão e até criticaram a dos adversários.
Mas é só para tentar equilibrar o que já anda muito desequilibrado
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João Miranda: tem razão no que diz.
Mas aposto consigo que esta hipótese de Rangel voltar será prontamente posta de parte por Manuela Ferreira Leite, de uma forma inequívoca.
É que essa é uma das diferenças entre Ferreira Leite e a maioria dos políticos em Portugal (incluindo muitos do seu próprio partido): a coerência.
Aliás se não o fizer o PSD nem aos 30% chega.
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#10 – querias dizer: coirencia.
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JM, é isso mesmo. faz campanha a denunciar as Anas e Elisas e depois de eleito faz o mesmo… e aqui o mesmo é pior, porque com as outras já estávamos ao corrente do que, eventualmente, poderia passar-se.
mas, como já disse o Piscoiso num postal mais abaixo, não vale a pena chamar aldrabão a um político, para evitar o pleonasmo!…
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Estou mais tranquilo em relação ao JM.
Depois de ter acordado mal disposto (com o post do Sótraques), agora está de bom humor.
O JM é como uma instituição conhecida do País: constipado ou alegre, nota-se logo. Parabéns.
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João,
Sobre o TGV está quase:
http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=373558
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Mas que estupidez de post! V. tem assim em tão pequena conta a inteligência dos seus leitores? É que nós também vimos e ouvimos as declarações de Paulo Rangel, sabia?
Honestamente, acha que existe alguma similitude entre os casos de Elisa Ferreira e Paulo Rangel? Se acha, estamos conversados.
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Ora porra.
Então o povão votou nele para o despachar para Bruxelas e ele não quer ir?
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Como já estou farto de afirmar…
Estes políticos todos estão fartos de nos colocar areia na vaselina…
O Rangel (#9) não é salta pocinhas , é mais salta picinhas …
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Não reparei. Mas garanto-lhe que não foi essa a mensagem da campanha – JM
Durante a campanha, Rangel já tinha dito que possivelmente não cumpriria o mandato até ao fim e que faria campanha pelo PSD nas legislativas. Só foi ao engano quem quis. Dito isto, independentemente da sinceridade pré-eleições, é um péssimo princípio encarar lugares eleitos como trampolins para qualquer coisa. Nisso estou de acordo com o post.
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“Durante a campanha, Rangel já tinha dito que possivelmente não cumpriria o mandato até ao fim e que faria campanha pelo PSD nas legislativas.”
Devia tê-lo dito com frontalidade e não se ter ficado por meias palavras. Nesse aspecto Elisa Ferreira e Ana Gomes foram muito mais claras. E ainda gostava de comparar o que ele disse antes das eleições com o que diz agora.
Citando a notícia linkada, “também o secretário-geral do PSD, Luís Marques Guedes, tinha garantido a 20 de Abril que os candidatos social-democratas ao Parlamento Europeu iriam cumprir o mandato e não fariam parte das listas do partido às autárquicas e legislativas.
“Não haverá quem quer que seja que se candidate a mais do que uma coisa, nem haverá candidatos falsos ou candidatas falsas. Não haverá essas duplicidades de situações da parte do PSD. Isso nem se coloca”, elucidou então Marques Guedes.
Depois os outros é que são aldrabões e mentirosos.
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Miranda,
Eu ouvi o Rangel. Não disse isso que está aí. Melhor disse, mas disse coisas pelo meio que afastam o regresso. Estás a reproduzir notícias pagas.
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A Elisa fica lá de pedra e cal. Vinha cá para onde? Quanto ao TGV, o processo pode estar armadilhado, isto é, os compromissos assumidos podem ser de tal ordem que o preço da desistência seja inassumível.
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Como o CAA já mostrou, parece que a resposta à última pergunta é clara. Mas também não deve surpreender ninguém, basta ver qual era a posição do governo de Durão sobre o assunto. Depois admiram-se que o povo se abstenha, depois admiram-se…
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««Durante a campanha, Rangel já tinha dito que possivelmente não cumpriria o mandato até ao fim e que faria campanha pelo PSD nas legislativas. Só foi ao engano quem quis. »»
Daqui a pouco estamos a discutir se a promessa dos 150 mil empregos de Sócrates foi um objectivo ou uma promessa. Ou se ele prometeu baixar o desemprego em 150 mil ou apenas aumentar o número de pessoas empregadas em 150 mil.
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#20 – “Não disse isso que está aí. Melhor disse, mas disse coisas pelo meio que afastam o regresso.”
… e preparam o futuro…
uma espécie de votar a favor porque está contra.
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“Sobre o TGV está quase:
http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=373558”
Se isto for verdade MFL ainda é pior que Sócrates.
“preço da desistência seja inassumível.”
Imopssível quando á partida só 50% dos custos operacionais estão previstos serem pagos pelos utentes. Nem sequer incluíndo as despesas de investimento.
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Quanto ao TGV, segundo Sócrates, “o futuro Governo estará completamente livre para fazer a adjudicação, assinar o contrato e assinar as bases da concessão.” Resumindo, o futuro Governo tem a liberdade de caminhar na estreita vereda que Sócrates lhe deixou: adjudicar, contratar e concessionar!
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Durante a campanha para as europeias, Paulo Rangel verbalizou não poder colocar de parte outros cenários políticos futuros excepcionais. Nem o poderia fazer no actual estado altamente degradado da vida política nacional.
O Paulo Rangel faz falta no panorama político nacional.
Os casos Elisa Ferreira e Ana Gomes são, ao invés do PRangel, claramente de oportunismo e de falta de respeito pelas pessoas.
E. Ferreira e A. Gomes não fazem falta NENHUMA no panorama político nacional. Aliás, são mais duas tontas incompetentes e oportunistas, e disso já temos de sobra …
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««O Paulo Rangel faz falta no panorama político nacional.»»
Se faz falta, concorreu às eleições erradas.
««Os casos Elisa Ferreira e Ana Gomes são, ao invés do PRangel, claramente de oportunismo e de falta de respeito pelas pessoas.»»
Com apreciações dessas deixamos de ter linhas de separação objectivas e passamos para o domínio da politiquice. Adeptos do PSD dirão que Elisa foi oportunista. Adeptos do PS dirão que Rangel foi oportunista. Eu defendo que têm ambos razão, com a diferença que Elisa foi mais transparente.
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Miranda, tu não ouviste o que o Rangel disse portanto não defendes nada, estás só a reagir. Falta-te esse “disclosure”…
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O quêa ?????
Ainda faltam 3 meses para as eleições e já nos estão a enganar ???
Sócrates amigo, acorda
Ao pé deles és um amador
São uns miserabilistas
Não há dinheiro para nada
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JMiranda # 28
Não estou de acordo consigo nesta matéria.
Paulo Rangel aceitou o convite para ser cabeça de lista às eleições europeias. É um estudioso da matéria. Fez uma campanha digna. Ia e vai para o Parlamento Europeu.
Mas, como o próprio afirmou (eu ouvi claramente as suas palavras), atendendo ao clima político nacional, percebeu que poderia vir a existir alguma situação excepcional que poderia levá-lo a não poder completar o mandato. Poderia vir a acontecer … poderá …
Na vida de todos nós existem, por vezes, situações excepcionais em que temos que tomar decisões difíceis com opções confituantes, não é verdade?
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Do mesmo modo, o Sócrates tinha intenção de avançar com o TGV, por exemplo.
Neste momento, não existem condições para concretizar o projecto.
Suspende-se.
Uma coisa é a perseverança e o bom senso.
Outra a arrogância e a teimosia vã.
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««Mas, como o próprio afirmou (eu ouvi claramente as suas palavras), atendendo ao clima político nacional, percebeu que poderia vir a existir alguma situação excepcional que poderia levá-lo a não poder completar o mandato.»»
Quando se usa como bandeira de campanha a crítica às duplas candidaturas, esse tipo de atitude apenas serve para descredibilizar. É que essa desculpa da situação excepcional serve para tudo. Já serviu para Durão não fazer o Choque Fiscal e para Sócrates aumentar os impostos. Que credibilidade é que tem neste momento a crítica do PSD ao TGV? Daqui a 3 meses dizem fazem o contrário do que prometeram com a desculpa da “situação excepcional”.
A Elisa é que foi burra. Calava-se, muito caladinha. Deixava-se eleger para o PE. E depois de dizer que o Porto vive uma situação excepcional, anunciava candidatura à CM do Porto.
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«Que credibilidade é que tem neste momento a crítica do PSD ao TGV? »
O problema é mesmo esse. Que credibilidade pode ter um partido de oposição que quer ser governo, quando age assim? A Manuela Ferreira Leite foi particularmente incissiva, mais do que o próprio Rangel, quanto a este ponto. Com ela, os eurodeputados do PSD, assim como os demais eleitos pelo PSD, vão cumprir os seus mandatos até ao fim – dizia.
É certo que é um mero cenário, para já. Mas já recentemente o Paulo Rangel, enquanto líder da bancada, confessou ter conduzido a sua bancada votar a favor da lei de financiamento dos partidos quando, pelos vistos, estava completamente contra. É um grave problema de credibilidade. Um claro contraste com a alegada política de verdade.
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JMiranda # 33
Na minha opinião, a mui grande diferença está em que … no governo da cidade do Porto NÃO se vive uma situação excepcional … a menos que surja uma catástrofe natural (espero que tal nunca aconteça). Vive-se uma situação normal. Com luta política e opções várias para o governo da cidade. Muito bem. É a democracia a funcionar.
No país, ao invés, vive-se uma situação excepcional – uma catástrofe nacional de nome Sócrates e seus muchachos – a instalação de um regime pró autoritário.
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# 34
“… recentemente o Paulo Rangel, enquanto líder da bancada, confessou ter conduzido a sua bancada votar a favor da lei de financiamento dos partidos quando, pelos vistos, estava completamente contra. É um grave problema de credibilidade”
Neste caso, concordo consigo.
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««Durante a campanha, Rangel já tinha dito que possivelmente não cumpriria o mandato até ao fim e que faria campanha pelo PSD nas legislativas. Só foi ao engano quem quis. »» – Eu
Daqui a pouco estamos a discutir se a promessa dos 150 mil empregos de Sócrates foi um objectivo ou uma promessa. Ou se ele prometeu baixar o desemprego em 150 mil ou apenas aumentar o número de pessoas empregadas em 150 mil. – JM
Parece-me absurda a comparação.
Quando confrontado pelos jornalistas, Rangel disse que possivelmente não cumpriria o mandato até ao fim. Este era um dado que os eleitores podiam utilizar no seu voto, punindo o candidato, se assim o entendessem. Alguns fizeram-no provavelmente, assim como puniram também as candidatas Ana Gomes e Elisa Ferreira. Ou seja, não vejo qualquer problema de engano dos eleitores, vejo, isso sim, um mau princípio ético de desrespeito pelos lugares eleitos.
Sócrates prometeu 150.000 empregos, algo que sabia perfeitamente não estar ao seu alcance prometer, porque não dependia, nem dele, nem do Estado. Sócrates enganou os portugueses com uma promessa que sabia não poder cumprir e isto independentemente de saber se estávamos a falar na criação bruta de emprego ou na diminuição da taxa de desemprego. E fê-lo também quando prometeu não aumentar os impostos e quando assegurou a realização do referendo sobre a constituição europeia.
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Do Público on line:
«Em plena campanha eleitoral, Rangel designou-as como “candidatas fantasma”, criticando o facto de as socialistas serem simultaneamente candidatas autárquicas e ao Parlamento Europeu.
Na altura, Ana Gomes respondeu ao presidente do grupo parlamentar do PSD desafiando-o para garantir publicamente se estava disposto a cumprir o mandato de eurodeputado até ao fim e em regime de exclusividade. E apelou ainda para que Rangel admitisse que “não aceitaria qualquer outro cargo para que eventualmente fosse desafiado pelo seu partido”.
A resposta surgiu agora, quase duas semanas depois da vitória social-democrata.»
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Pelos vistos o Sr João Miranda, assim como outros, esqueceu-se de ler a entrevista na íntegra:
“(…)quando questionado sobre se tencionava cumprir o mandato em Estrasburgo, Rangel deu uma resposta clara: “Não tenho mais nenhum plano senão esse”.”
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