«Centralismo democrático»
5 Agosto, 2009
Uma dirigente que resolve, não apenas ignorar ostensivamente as propostas das «distritais» (com todas as limitações que estas tem, mas, apesar de tudo, representam sindicatos de votos de militantes), e que acaba mesmo por retirar do parlamento dois cabeças de lista, é bem ilustrativo sobre a sua forma de encarar o poder e apresenta todos os sintomas do mais despótico dos centralismos.
19 comentários
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Enquanto a malta se entretém com fait divers, o Moniz lá saiu da TVI e a MMG não deve apresentar mais Jornais da Noite. O que vem a calhar, que depois das férias iria coincidir com a campanha eleitoral.
E desta vez não existe burburinho com esta saída, bem planeada.
Aprendam que eu não duro sempre. 😉
anti-comuna
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Se obedecesse cegamente às distritais, era adepta do caciquismo local.
Como não obedece (e muito bem!), é o que vê.
Deve haver formas mais subtis de servir o suposto engenheiro e o partido deste, sr. Gabriel.
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Caro Gabriel Silva,
Não gostei dos dois “suspeitos” na lista de Lisboa, que me desiludiu consideravelmente (mulher de César e tal). Fora isso, a “derrota” das Distritais é uma excelente notícia!
Pior que Centralismo é um sistem quasi-Feudal, de concelhias e distritais, que funciona em espécie de Sacro-Império Romano (que, aliás, foi um lindo exemplo de “unidade política”), com baronias e principes-eleitores, em que o “militante” tem pouco ou nenhum peso (ou então, acaba por ver as suas quotas pagas e voto “delegado” no “Barão” lá do sítio).
Por muito que me custo, como Portuense, o nosso país funciona melhor centralizado do que “regionalizado”. Aliás, basta ver que a emancipação autárquica pós-25A foi das coisas piores que aconteceu ao país, dividindo o país em coutadas de caciques (democraticamente eleitos, pois claro).
O melhor exemplo disso mesmo é a necessidade que o país viu de criar a fantástica figura do “juiz de fora” em 1327! Porque já D. Afonso IV sabia que, em muitos casos, os juízes de “dentro” não funcionavam como deviam…
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Estou a imaginar Coelho + Ângelo + Menezes + Relvas + uns quantos,
a constituirem listas e a colocarem cabeças de lista de modo isento, sem rávanches, sem purgas regionais, sem centralismos e desobedecendo a DIRECTRIZES emanadas por interesseiros mundos que ‘escapam’ a quem milita nesse partido…
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Para alguns militantes do PPD/PSD e para ‘independentes’ já com a caneta pronta a assinar um lugar numa lista ou a ficha de inscrição partidária, o melhor que (lhes) poderia acontecer seria a derrota, preferencialmente expressiva do PPD e de MFLeite nas Legislativas e nas Autárquicas !
Haveria festança !
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Lá sairam da TVI, 2 grandes democratas…
Elas são como as nuvens !
Quando se vão embora , fica um lindo dia !!!
Até já se respira melhor ar… menos pestilência !!
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A velha “beata” manda no partido como quem manda na sopeira …
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Bom. Liderança! Liderança! Estava nas prorrogativas da líder, e a liíder decidiu! O povo vai julgar, aliás da mesma forma como o fez quando da escolha de Paulo Rangel, se se recordam. É discutivel? Certamente. Não entrou na onda dos consensos. Sabe o caminho que quer trilhar e não está disposta a fazer muitas cedências. Não tem medo de decidir e fazer opções aparentemente menos populares. Está a deixar margem para que no partido, e até fora se possa distinguir a sua marca, algo que começa a ser raro nos dirigentes actuais que mimetizam tudo quanto vêm com algum sucesso e tudo que é espuma dos dias. Não são eles, são clones de ideais de líderes do momento. A liderança das distritais mudou pouco, mas temos que ver mais abaixo o que mudou, nomeadamente os lugares que andam perto do limbo dos elegiveis, esses é que vão estar no parlamento mais tempo. Por aí podemos ver se há ou não uma renovação ou se continuam aquelas “velhas carcaças” que nos acompanham desde o 25 de abril e os seus “filhos dilectos”.
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Com os meus cumprimentos:
http://eusouogatomaltes.blogspot.com/2009/08/o-que-nos-pode-dizer-realmente-o.html
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Más noticias para a democracia, se se confirma a saida do Moniz da TVI. Vamos ter todas as televisões amansadas. Já aconteceu na TSF agora na TVI. Quem se seguirá? Os bloggers que diziam mal do primeiro ministra?
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Más noticias para a democracia, se se confirma a saida do Moniz da TVI.
Jajajajajajaja !!!
O Marcelo Caetano e o Almirante Thomás disseram o mesmo em 25/4/74….
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3,
«O melhor exemplo disso mesmo é a necessidade que o país viu de criar a fantástica figura do “juiz de fora” em 1327! Porque já D. Afonso IV sabia que, em muitos casos, os juízes de “dentro” não funcionavam como deviam…»
Eu sei que só em Portugal e noutros países cultural e politicamente subdesenvolvidos é que ainda sobrevivem centralistas – mas, pelo menos, na defesa das suas posições, os centralistas deveriam tentar estar melhor informados.
O exemplo que dá só resulta contra a sua causa, a do centralismo. O ‘juiz de fora’ foi uma figura que primou pelo seu desprestígio e falta de consideração. Eram tidos como referências de maus julgamentos e de corrupção. Em Évora subsiste um retrato em azulejo de um ‘juiz de fora’ a receber dinheiro por detrás das costas: era assim que as pessoas os viam.
Para além disso, essa figura fez parte de uma lógica administrativa de centralização que culminou, mais tarde, com o absolutismo. Lindo, não é?
Mas, pelos vistos, há quem goste…
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Caro CAA,
Claro que eram tido como referências de maus julgamentos! Como não tinham ligação nenhuma ao local aonde eram colocados, tendiam a julgar ao arrepio dos “bons costumes da terra”, o que causava muita urticária. E da urticária à acusação de vendidos é um tiro – veja-se os árbitros de futebol…
O Português, perdão, o Sul-Europeu lida muito mal com situações em que não se pode relacionar de forma pessoal com o Estado (vulgo, não consegue meter uma cunha) nas duas diversas incarnações e, obviamente, prefere o poder local. Porque é fácil de dar uma galinha ou um garrafa de Porto ao Sr. Presidente da Câmara, mas é mais complicado fazer isso ao Primeiro-Ministro…
Se olhar com atenção à História de Portugal rapidamente verifica que os períodos de maior expansão política ou económica verificaram-se SEMPRE com poder centralizado – para não dizer unipessoal (que não implica uma expansão da “máquina” do Estado, apenas um controlo centralizado da mesma).
As aspirações regionais, por outro lado, eram defendidas por influência sobre o Poder Central e não por exercício directo desse Poder. O Porto tinha associacões comerciais fortes, que defendiam os seus interesses (e da região) em Lisboa com mais sucesso do que as Câmaras Municipais o fazem agora. Sim, o Estado era em grande parte corporativo e associativo mas funcionava melhor em termos de equílibrio de poderes.
É um disparate de toda a ordem considerar que, num país historicamente uniforme como o nosso, a regionalização é uma necessidade. Não é. O problema da centralização não se prende com existir um governo centralizado, mas antes por existir um governo localizado na Capital! A descentralização do poder passaria muito mais depressa por uma medida “à Santana Lopes” de distribuir ministérios e direcções-gerais pelo País fora (como acontece, por exemplo, na Alemanha) do que por criar mais oportunidades para o aparecimento de caciques locais.
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Gabriel!
Quais são os 2 cabeças de lista retirados do Parlamento!?
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Passos Coelho e Miguel Relvas
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Que é que as distritais têm a ver com a oposição ao centralismo capitaleiro? Nada. O método nem é mau, pena qé que tenha sido mal usado, ou pouco usado. Ter no parlamento beócios como o Ulisses, o Prata, o Preto e o Branco, O Couto e outras dezenas de abéculas é que é lamentável. A senhora presidente devia ter mandado para o lixo as listas das distritais e ir buscar gente que soubesse ler e escrever. Não se pedia mais. Mas se irritou o incrível Ribau é porque nem tudo foi mau.
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Nas eleições anteriores o Passos Coelho não foi cabeça de lista!!
Quanto ao Miguel Relvas não estou certo!
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Euro-Comunismo?
Se o Estalinismo cá inda vigora
N´é por não ter sido denunciado
Enrico Berlinguer o fez na hora
N´ Itália como é atestado.
Anos sessenta::: e por aí fora,
Cunhal ficou com essa atravessado:
Lealdade aos seus fez a penhora
E nunca, nunca, se deu por achado.
A dura herança, pesa agora,
Com o Partido anda embrulhado,
Saudades da URSS ainda chora,
E seguindo sempre atrofiado.
Mesmo Kruchov aqui não se escora:
O seu discurso ficou censurado
Contra Estaline, dito outrora:
Prós Camaradas, ponto arrumado.
Eu, sim, até gosto desta demora…
Sigam por favor o rumo traçado.
Não se desviem, nem por uma hora,
Pois de governar, está liquidado.
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Retrato
Lá vai charuto, feliz o burgesso,
Riso escarninho, como se gozasse,
Cara estanhada que não esqueço,
Diz c´ os d´Óeiras lhe darão o passe,
Mais massas a juntar ao adereço,
A não ser que a Justiça o cace,
Saindo-lhe,pois, tudo ao avesso.
(Se por acaso ele escapasse,
Era para todos um arremesso).
Os milhões d´euros que foram roubados
Estão em bom recato na Suiça,
Agora é só esperar os resultados,
Dessa nossa Justiça, que preguiça,
Acorre a equipa d´advogados,
Afirmam que a pena do farsista
Está fora dos limites adequados,
E do dinheiro não se sabe a pista.
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