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Os PPRs de Louçã

21 Setembro, 2009

Embora considere pertinente este post de Miguel Madeira, considero que o caso os PPRs de Louçã é politicamente relevante. Louçã é um populista demagogo que construiu uma imagem à custa de ideias vagas e igualdade, defesa dos serviços públicos e ódio aos ricos. Ele é o primeiro a personalizar a política e a basear os seus ataques nas opções pessoais. Veja-se o ataque a Portas por causa do “sorriso de uma criança” ou os ataques personalizados a Américo Amorim que criam um ambiente de perseguição contra uma pessoa em concreto. Louçã é também conhecido por defender soluções radicais com argumentos moralistas, sem olhar a nuances que uma sociedade complexa sempre tem.

Quando Francisco Louçã defende o fim dos PPR (na prática é isso que ele defende porque os PPR só fazem sentido com benefícios fiscais) ele não faz qualquer enquadramento social que lhe permita evitar injustiças em casos particulares. Nem aborda o problema da carga fiscal excessiva (que os benefícios fiscais compensam) nem o problema nem o problema da insustentabilidade da Segurança Social (que os PPRs substituem). Ora, quando Francisco Louçã, o Homem, compra PPRs ele deve estar a fazê-lo para contornar restrições que o afectam não só a ele como a grande parte da população como ele. São estas restrições (insustentabilidade da Segurança Social, carga fiscal excessiva), comuns à generalidade das pessoas, que o projecto político de Louçã não considera relevantes mas que Louçã considera relevantes para si próprio. Louçã, enquanto demagogo, em vez de encontrar primeiro uma solução para essas restrições faz uma proposta irrealista que não resolve nada e apenas agravaria os problemas de milhões de pessoas.

Embora eu admita que um socialista possa ter PPRs mantendo-se coerente, um demagogo como Louçã terá muita dificuldade em explicar ao seu público alvo porque é que aquilo que é bom para ele nas actuais circunstâncias não é bom para o povo que se encontra nas mesmas circunstâncias.

57 comentários leave one →
  1. 21 Setembro, 2009 10:48

    A minha tia Floripes, esclarece os leitores do senhor João que PPR quer dizer Plano de Poupança Reforma.
    Já eu, acho que o Miranda não especificou o que é PPR, para ter margem de dizer que é outra coisa.

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  2. Anónimo permalink
    21 Setembro, 2009 10:50

    E depois? Paulo Rangel também é um populista demagogo e votaram nele. Dá votos.

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  3. Anónimo permalink
    21 Setembro, 2009 10:51

    Ou populista demagogos só podem ser o do vosso partido?

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  4. Filipe permalink
    21 Setembro, 2009 10:52

    Por acaso vejo isto de outro modo João. Vejo que Louçã é um dos “beneficiários” dos PPRs e por achar que é injusto (que é) pretende acabar com eles. Ele até põe o seu interesse pessoal atrás daquilo em que acredita. Digo isto à vontade porque acho que o bloco seria um perigo para o país caso fosse governo.

    Os PPRs são injusto na medida em que só quem tem disponibilidade financeira para “prender” durante anos uns milhares de euros é que o faz. Claro que o correcto seria pegar no valor que representa os PPRs e dividi-los pelos contribuintes todos os anos. Mas não deixa de ser verdade que quanto mais complexa for a taxação de impostos mais injusta é (e nisso ele tem toda a razão)

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  5. Antonio Cunha permalink
    21 Setembro, 2009 10:56

    Paulo Rangel é demagogo ? Onde ?

    Tal como a IURD que andou a enganar meio mundo durante anos e anos, a verdade veio agora à tona, tambem o BE sucumbira a tanta demagogia e conversa da treta.

    O Povo é sereno e na hora H vota sempre no sitio certo.

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  6. julian permalink
    21 Setembro, 2009 10:56

    “…um demagogo como Louçã terá muita dificuldade em explicar ao seu público alvo porque é que aquilo que é bom para ele nas actuais circunstâncias não é bom para o povo que se encontra nas mesmas circunstâncias.”

    O João Miranda também me saiu um bom demagogo. Louçã já disse que não tem PPR, justamente porque não é bom para ele nem para ninguém. No entanto, o João Miranda insiste na mentira como os bons demagogos fazem.

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  7. JoaoMiranda permalink*
    21 Setembro, 2009 10:58

    ««Os PPRs são injusto na medida em que só quem tem disponibilidade financeira para “prender” durante anos uns milhares de euros é que o faz. »»

    O que é que isso tem de injusto? Quem tem dinheiro é porque o ganhou.

    Injusta é a carga fiscal, que se nao fossem os PPR penalizaria ainda mais quem se esforça e trabalha. Injusta é a Segurança Social que paga a quem não contribuiu e não garante o futuro de quem contribui. PPRs corrigem essas duas injustiças.

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  8. JoaoMiranda permalink*
    21 Setembro, 2009 11:00

    ««Louçã já disse que não tem PPR, justamente porque não é bom para ele nem para ninguém.»»

    Tretas. Louçã manteve PPRs durante algum tempo. É irrelevante se deixou de os ter. Quando os comprou fez-lo por boas razões.

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  9. 21 Setembro, 2009 11:02

    Como é que Louçã deixou de ter os PPRs?
    Só os pode ter mobilizado devolvendo os benefícios fiscais que recebeu…

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  10. PKS permalink
    21 Setembro, 2009 11:03

    O fato de o cidadão Francisco Anacleto Louçã colocar parte da sua riqueza pessoal em PPR é irrelevante, e as razões que o levaram a fazê-lo também são irrelevantes. Ele poderia achar que a segurança social é sustentável (o cidadão Louçã é inteligente e não pensa isso), que a carga fiscal é baixa, ou simplesmente ter investido em PPR porque viu aí uma boa oportunidade de negócio, ou simplesmente porque lhe apeteceu.

    O que é preocupante é que o político Louçã, o seu projeto político-demagógico e muitos outros promoverem a ideia que a insustentabilidade da Segurança Social e carga fiscal excessiva não são problemas graves.

    Só isso. Convencer o eleitorado que Louçã é um demagogo de quinta categoria é urgente. Mas isso não pode passar por questioná-lo sobre as suas escolhas financeiras pessoais.

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  11. JoaoMiranda permalink*
    21 Setembro, 2009 11:04

    Já agora, a ideia de que os PPR não são bons para ninguém é totalmente falsa. Os benefícios fiscais tornam-nos muito atractivos. Tanto é assim que milhares de pessoas optam por comprá-los.

    Aliás, este ano foi um ano particularmente bom para comprar PPRs porque as bolsas estiveram em baixo. Tal como é um ano particularmente mau para avaliar a rentabilidade dos PPR, dado que os PPR mais expostos a acções sofreram com a queda das bolsas.

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  12. Filipe permalink
    21 Setembro, 2009 11:06

    “««Os PPRs são injusto na medida em que só quem tem disponibilidade financeira para “prender” durante anos uns milhares de euros é que o faz. »»

    O que é que isso tem de injusto? Quem tem dinheiro é porque o ganhou.”

    É injusto na medida em que só uma parte pode ter acesso a esse beneficio. É que quem tem menos posses não pode ter PPRs e esses também são vitimas da carga fiscal. Preferia um sistema sem beneficios nenhuns e sem diferenças nas taxações, seria igual para todos. Claro que à partida já está enviesado na medida em que os impostos são escalonados de acordo com os rendimentos.

    Do ponto de vista do Louçã faz todo o sentido defender o fim dos PPRs já que prejudica quem menos ganha (isto partindo do principio que o valor dos PPRs seria devolvido a todos os contribuintes)

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  13. JoaoMiranda permalink*
    21 Setembro, 2009 11:07

    ««O fato de o cidadão Francisco Anacleto Louçã colocar parte da sua riqueza pessoal em PPR é irrelevante, e as razões que o levaram a fazê-lo também são irrelevantes. »»

    É óbvio que as razões que o levaram a fazer não são irrelevantes. É de razões dessas que é feita a vida das pessoas comuns. As pessoas comuns fazem PPR para escapar à carga fiscal excessiva e para compensar o risco da Segurança Social falir. Ambas as razões são politicamente relevantes.

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  14. JoaoMiranda permalink*
    21 Setembro, 2009 11:10

    ««É injusto na medida em que só uma parte pode ter acesso a esse beneficio.»»

    O suposto “benefício” não chega a compensar a progressividade dos impostos. Não há benefício nenhum.

    ««É que quem tem menos posses não pode ter PPRs e esses também são vitimas da carga fiscal. »»

    Óbvio que não são. O sistema fiscal é progressivo. O grosso do IRS é pago por 15% dos contribuintes. São esses que fazem PPRs.

    ««Preferia um sistema sem beneficios nenhuns e sem diferenças nas taxações, seria igual para todos.»»

    Esse sistema beneficiaria ainda mais quem actualmente faz PPRs.

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  15. julian permalink
    21 Setembro, 2009 11:12

    “Tretas. Louçã manteve PPRs durante algum tempo. É irrelevante se deixou de os ter. Quando os comprou fez-lo por boas razões.”

    Obviamente que quando os comprou foi por boas razões. Acontece que posteriormente se apercebeu qque eles apenas beneficiam os bancos. Por isso, deixou de investir, e como bom politico que é alertou os portugueses para a fraude que os PPR’s são. Sorry, JMiranda, eu sei que não gosta do Louçã, mas para o atacar convinha arranjar argumentos racionais.

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  16. JoaoMiranda permalink*
    21 Setembro, 2009 11:16

    ««Acontece que posteriormente se apercebeu qque eles apenas beneficiam os bancos. »»

    Isso é falso, como já expliquei acima.

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  17. Filipe permalink
    21 Setembro, 2009 11:17

    “««Preferia um sistema sem beneficios nenhuns e sem diferenças nas taxações, seria igual para todos.»»

    Esse sistema beneficiaria ainda mais quem actualmente faz PPRs.”

    Se existisse uma ruptura abrupta, claro que esse sistema favoreceria que actualmente faz PPRs. Com uma mudança gradual penso que também os ordenados se ajustariam (é mais um “creio”) mas se assim não fosse eu continuava a achar que seria mais justo. Quanto mais simples mais justo. Evitavam-se as histórias que se ouvem sobre as “voltas” que alguns dão para pagarem menos impostos.

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  18. Filipe permalink
    21 Setembro, 2009 11:19

    “««Acontece que posteriormente se apercebeu qque eles apenas beneficiam os bancos. »»”

    Todos os sistemas com beneficios fiscais beneficiam sempre alguns contribuintes e algumas empresas (neste caso bancos e seguradoras).

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  19. filipe castro permalink
    21 Setembro, 2009 11:40

    ««Preferia um sistema sem beneficios nenhuns e sem diferenças nas taxações, seria igual para todos.»»

    “Esse sistema beneficiaria ainda mais quem actualmente faz PPRs.”

    Presumo que não se opõe a uma flat tax?

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  20. 21 Setembro, 2009 11:48

    É uma questão de Religião:

    A “Fé” dos crentes em Marx não lhes permite ver o Mal, dentro das suas hostes…
    Porque o Mal é só “lá fora”, fora das pseudo-verdades, e das “racionalizações” pomposas de quem julga que um Sofisma é uma verdade.

    ..E Ana Drago “não” especula na Bolsa, e não há Salvação fora do Partido!

    Eje, Hum!

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  21. Paulo Nunes permalink
    21 Setembro, 2009 11:59

    #15 Obviamente que quando os comprou foi por boas razões. Acontece que posteriormente se apercebeu qque eles apenas beneficiam os bancos.

    Francisco Louçã tem um curriculum impressionante na área da Economia (doutoramento, artigos publicados, prémios,…), por isso pensar que ele comprou PPR’s sem saber bem o que eram e as implicações dos mesmos é, no mínimo, ingenuidade.

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  22. Paulo Nunes permalink
    21 Setembro, 2009 12:05

    #4 Os PPRs são injusto na medida em que só quem tem disponibilidade financeira para “prender” durante anos uns milhares de euros é que o faz.

    Um vizinho meu nasceu cego e, ao contrário das outras pessoas, não tem disponibilidade para ver as belezas do mundo. Logo, pelo seu argumento, conclui-se que ter visão é injusto.

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  23. Visto de fora permalink
    21 Setembro, 2009 12:05

    Habituei-me a estes textos numa peça de teatro no nosso Villaret:

    ” C O N V E R S A D A T R E T A! ”

    E veio-me à memória uma frase batida …HOJE É O PRIMEIRO DIA DO RESTO DA TUA VIDA…

    Triste…muito triste se é isto que ocupa as vossas mentes…quase chego a concordar com o MST quando julga que os comentadores em posts são apenas gente invejosa e cobarde !!

    De 4 em 4 anos é dada a oportunidade de mudar, discutir, debater, decidir, e tentar fazer melhor por, TODOS NÓS !

    IDEIAS A SÉRIO PRECISAM-SE !!! ISTO QUE AQUI SE PASSA É BLASFÉMIA E VERDADEIRA BOVINIDADE IGUAL ÀS DEMAIS!

    David F.

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  24. anti-comuna permalink
    21 Setembro, 2009 12:07

    O Louçã meteu os pés pelas mãos. E meteu-o porque é um demagogo. Um tipo que diz que os PPRs são um acréscimo de risco do sistema (não percebo como, mas ele é que é catedrático com estudos publicados na área), ou sistema de risco, porque pode-se perder dinheiro nalguns PPRs, só mostra que é um mero propagandista.

    Leia-se isto:

    http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=408890

    Mas então ele não sabe que há PPRs que têm risco? Ele não tem obrigação de o saber? Um tipo com obra publicada? E um tipo que sabe que tem risco na subscrição de determinados PPRs, até porque publicou obra académica, vem agora chorar por ter perdido dinheiro? Ou é parvo ou demagogo. É parvo por subscrever produtos que ele tem mais obrigação de os conhecer que os demais portugueses. É demagogo, porque se queixa apenas dos PPRs depois de perder dinheiro.

    Se ele é assim tão esperto, porque subscreveu os tais PPRs? Eu sou contra os PPRs e não os subscrevo. Não sou parvo.

    O problema é que ele quis obter os mesmos beneficios fiscais que acusa dos RRRRRRicos utilizarem. E obteve-os e nunca se queixou deles, até que perdeu dinheiro.

    Ora, dependendo do tipo de PPR, existe sempre risco. Mesmo os do estado têm risco, até porque também têm alocação em produtos de maior risco, como as acções.

    Se ele sabia que existia risco, não de pode queixar. Ou passa a ser visto como aqueles que querem ganhar sempre dinheiro sem risco.

    Se sabia que era um produto que quase só beneficia os bancos, porque aceitou dar lucros aos bancos? Só para pagar menos impostos e aproveitar os beneficios fiscais?

    Diga o que ele disser (e a turba seguidora dele), ele fica sempre mal nesta questão. Ou seja, por muitos livros que leia e publique, não passa de um reles especulador financeiro, quando só quer ganhar dinheiro garantido sem risco. Ou seja, uma espécie de Madoff comunista.

    Perdeu dinheiro? É bem feita, para aprender. Se perde votos, é bem feita, para aprender a não usar a rasteira demagogia com fins políticos.

    anti-comuna

    PM Nunca pensei ver a argumentação rasteira de um comunista ser semelhante aos reles especuladores financeiros. Mas foi o que ele fez. O que só lhe retira méritos académicos. Eu li alguma coisa que ele produziu e custa-me a crer como agora venha ele queixar-se que perdeu dinheiro, sabendo dos riscos do mercado. É parvo. Típico académico que vive sob as equações matemáticas mas não sabe traduzir essas fórmulas para a vida real, do dia-a-dia das pessoas. Nabo. ehhehehhe

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  25. Filipe permalink
    21 Setembro, 2009 12:25

    Um vizinho meu nasceu cego e, ao contrário das outras pessoas, não tem disponibilidade para ver as belezas do mundo. Logo, pelo seu argumento, conclui-se que ter visão é injusto.

    Paulo Nunes, a sua analogia está errada. Repare, você compara “não poder ver” com “ter beneficio fiscal”. No entanto o “não poder ver” é intrinseco ao individuo e seria equivalente ao “ordenado de cada contribuinte”. Logo não é injusto “não poder ver” mas seria injusto a partir daí discrminar positivamente/negativamente de acordo com esse estado (ou de acordo com o ordenado com que se aufere).

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  26. jorge paulo permalink
    21 Setembro, 2009 12:28

    O que se está agora a perceber, (quem ainda tinha dúvidas), é a verdadeira face do Louçã: um aldrabão! Realmente,´não é facil perceber, como um académico com a propalada qualidade que o Louçã terá, pode defender para a ecónomia portuguesa, o que ele defende, sabendo ele, porque tem formação para isso, os resultados de tais medidas: o colapso deste País. O que faz do Louçã e dos que o acompanham no BE tipos verdadeiramente perigosos para a democracia em Portugal. A campanha a que estamos neste momento a assistir no sentido de promover uma futura coligação entre o PS e o BE para governar Portugal,é aterradora, porque se com o PS sózinho, o futuro é negro, o PS acolitado pelo BE, então é o caos. Nem a Mota-Engil cá fica.

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  27. JoaoMiranda permalink*
    21 Setembro, 2009 12:37

    ««Presumo que não se opõe a uma flat tax?»»

    Não sou contra a flat tax. Mas não havendo flat tax, sou contra eliminaçao de subsídios cujo efeito é achatar a progressividade.

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  28. JoaoMiranda permalink*
    21 Setembro, 2009 12:39

    ««seria injusto a partir daí discrminar positivamente/negativamente de acordo com esse estado (ou de acordo com o ordenado com que se aufere).»»

    Filipe,

    É o sistema fiscal que discrimina as pessoas de acordo com o salário que auferem. As deduções fiscais dos PPRs servem para reduzir, sem eliminar, essa discriminação.

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  29. Paulo Nunes permalink
    21 Setembro, 2009 12:46

    #25 Sr. Filipe

    O Sr. está a partir do princípio que o dinheiro é um bem social e, como tal, deve ser social e equitativamente distribuído. Só assim poderiam todos ter acesso aos mesmos benefícios.
    Eu também gostava que um dia a Scarlett Johansson se pusesse à minha frente de joelhos a implorar para ficar comigo. A questão é que eu sei que embora sejam ambas utopias bonitas (a Scarlett não ía achar, mas enfim) nunca irão acontecer (aqui a Scarlett já concorda comigo).

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  30. OLP permalink
    21 Setembro, 2009 13:03

    Também acho que o argumento de retirar os PPR muito relevante.
    Sendo um perito na area de finanças fez no sentido de beneficiar deles tirando mais juros que os normais por causa dos benefícios fiscais.
    Quando verificou que outros (na perspectiva dele, os bancos)também beneficiavam retirou-os.
    Foi assim que ele se justificou.
    Entendi perfeitamente
    Mentalidade mais capitalista não pode haver.
    O resto são moralidades de encher homilias supostamente políticas

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  31. PKS permalink
    21 Setembro, 2009 13:05

    Caro Miranda.

    Sobre a tua resposta em #13

    “É óbvio que as razões que o levaram a fazer não são irrelevantes.”

    Vamos admitir que Louça acha que o imposto de rendimento é demasiado baixo, expecialmente para os que têm o rendimento dele.

    É claro que ele não vai bater à porta da repartição de finanças para pagar mais impostos.

    Vamos admitir que Miranda acha que o preço cobrado pelos serviços públicos de saúde, ou pela CP, ou pelo Metro, são demasiado baixos. Isso não implica que tu insistas em pagar mais quando beneficias desses serviços.

    Francisco Anacleto não gosta que existam benefícios fiscais para PPRs, pelas mais variadas razões. Isso não quer dizer que ele não tente beneficiar deles pessaolmente enquanto existirem.

    O problema não é Francisco Anacleto ter ou não ter PPRs. Isso, no fundo, não nos diz respeito, nem a mim nem a ti. Porque se isso nos dissesse respeito de cada vez que tu indicas os méritos dos PPRs terias de revelar quando neles tens investido.

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  32. portela menos 1 permalink
    21 Setembro, 2009 13:27

    está na moda…
    com tanta gente a ter tempo de antena por conta de atacar o BE, Joao Miranda não poderia ficar de fora.

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  33. portela menos 1 permalink
    21 Setembro, 2009 13:28

    espera-se que JM já tenha a lista dos Vencedores e Vencidos preparada para a noite do próximo domingo.

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  34. JoaoMiranda permalink*
    21 Setembro, 2009 13:30

    Caro Portela Menos 1,

    Vejo que está mais preocupado com “ataques” e “vencedores e vencidos” do que com a discussão de ideias, mas desde já lhe adianto um dos derrotados de Domingo: Portugal.

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  35. anti-comuna permalink
    21 Setembro, 2009 13:34

    “O problema não é Francisco Anacleto ter ou não ter PPRs. Isso, no fundo, não nos diz respeito, nem a mim nem a ti.”

    Tem sim, senhor. Ele usa e abusa das acusações contra os especuladores financeiros, contra os ricos (chega-os a personalizar, como no caso do Amorim) e contra os benefícios fiscais, para dirimir contra o sistema.

    Ora, ele pretende combater a especulação financeira e na prática ele é especulador financeiro. Ora, ele é moralista e até usa casos particulares, como o do Amorim, para a sua propaganda. E depois, não declarando os seus interesses pessoais na matérias (que é obrigação ética de quem é especulador, investidor ou mero analista) está a violar códigos deontológicos.

    Ele usa e abusa da retórica contra a especulação financeira, uma espécie de sanguessugas dos sistemas económicos, mas no fundo, ele próprio nem sequer tem ética.

    Todos aqueles que peroraram contra os mercados de capitais e escondem os seus próprios pecados próprios, merecem ser descredibilizados na praça pública. Porque não merecem outra coisa.

    Não é verdade que são construídas regras nos mercados de capitais, para que, quando existem conflitos de interesses, sejam declarados. Ele tem aqui um conflito de interesses pessoal enorme e não os declarou. Faz como aquele gajo que inventa notícias prodigiosas sobre uma dada empresa ou investimento e não declara aos seus leitores que ele é parte interessada na própria difusão da sua mensagem.

    Estes gajos que tão mal dizem do mercado de capitais mostram que não conhecem sequer as regras dele, pois até existem códigos de conduta, precisamente para que haja uma economia mais livre, justa e honesta.

    Quem usa determinados argumentos tem que ser claro e transparente nestas coisas. (Outras bobagens que ele gosta de apregoar, que tem de haver seriedade na política, coisa que ele não a tem, ao esconder o seu caso pessoal) É para isso que se faz a regulação, não para cobrir as perdas de um mero especulador financeiro.

    anti-comuna

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  36. JoaoMiranda permalink*
    21 Setembro, 2009 13:34

    ««Vamos admitir que Louça acha que o imposto de rendimento é demasiado baixo, expecialmente para os que têm o rendimento dele.

    É claro que ele não vai bater à porta da repartição de finanças para pagar mais impostos.»»

    Pois, mas isso levanta o problema da natureza humana. Ninguém gosta de pagar impostos. Qual é a solução de Louçã para o problema da natureza humana? Já o ouviu dizer que é humano fugir aos impostos? Claro que não. Mas certamente já o ouviu moralizar contra quem foge aos impostos e mesmo contra quem faz planeamento fiscal legal. É este um dos problemas de Louçã. Louçã defende uma utopia socialista e esquece-se que somos todos humanos, com fraquezas que tornariam tal utopia impossível.

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  37. anti-comuna permalink
    21 Setembro, 2009 13:38

    Era muito grave eu escrever contra os PPRs (e sou-o e já expliquei o porquê) e depois eu dizer: olhem, eu sou da concorrência das entidades gestoras desse produto e só tenho a ganhar com o fim desses produtos) e não declarar eventuais conflitos de interesses.

    Quando eu, raramente, escrevo aqui sobre investimentos ou empresas, tenho a obrigação ética de declarar se tenho interesses ou não nesses investimentos ou empresas. E mesmo que a lei não me obrigue, como responsável e por uma questão de seriedade, nunca ficaria bem de consciência própria se não o declarasse. Chama-se a isto, tentativa de honestidade. Comigo e com quem me lê.

    anti-comuna

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  38. portela menos 1 permalink
    21 Setembro, 2009 13:57

    caro JM,
    ninguém, à direita, está interessado em discutir PPR’s, benefícios fiscais; são trocos.
    o que preocupa a direita – sócrates incluido – é o vendaval do dia a seguir ás eleições.
    e para impedir esse vendaval todas as análises financeiras valem!
    diz você:um dos derrotados de Domingo: Portugal
    sobre derrotados…nos últimos 4 anos e 1/2 quem têm sido?

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  39. JoaoMiranda permalink*
    21 Setembro, 2009 14:00

    ««ninguém, à direita, está interessado em discutir PPR’s, benefícios fiscais; são trocos.»»

    Se quiser discutir PPRs pode usar a caixa de comentários. Hoje vou andar por aqui.

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  40. Filipe permalink
    21 Setembro, 2009 14:01

    “O Sr. está a partir do princípio que o dinheiro é um bem social e, como tal, deve ser social e equitativamente distribuído. Só assim poderiam todos ter acesso aos mesmos benefícios.”

    Onde é que eu disse isso??

    Paulo Nunes, eu comparei o ordenado com as caracteristicas intrinsecas do individuo (no caso ser cego ou não). É exactamente o contrário do que diz. Uns são cegos outros não. Uns ganham mais e outros menos.

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  41. filipe castro permalink
    21 Setembro, 2009 14:03

    #37

    Anti-comuna, raramente se observa um full disclosure dos interesses individuais nas discussões em Portugal. Outra vezes é apenas “cara de pau”. Apesar de concordar parcialmente com o post do Miguel Madeira no vento sueste, é relativamente frequente verificar que os mais sanguíneos defensores por exemplo do despedimento de funcionários públicos são eles próprios…funcionários públicos!! Amazing.

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  42. anti-comuna permalink
    21 Setembro, 2009 14:04

    “ninguém, à direita, está interessado em discutir PPR’s, benefícios fiscais; são trocos.”

    Errado. A Ferreira Leite até é acusada de querer acabar com a Seg. Social precisamente por tentar debater a matéria.

    E debater os problemas da Seg. Social é debater beneficios fiscais, especulação financeira, risco, PPRs, certificados de aforro, dívida pública, etc.

    Só quem não percebe do assunto é que não repara nisso. Ou pretende desvirtuar o que pensam os outros.

    anti-comuna

    PM O Louçã até agora andou de calções a brincar ao pião. Agora, que deseja ser governo, tem que ser verdadeiramente escrutinado e lançado às feras, tanto como ele o tem feito, nestes últimos 30 anos.

    E ainda lhes vai doer mais, aos bloquistas. Que a demagogia do BE tem um preço e esse vai ser pago. E até vai com factura-recibo, para não dizer que se foge aos impostos. ehheheheheh

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  43. Filipe permalink
    21 Setembro, 2009 14:06

    “Filipe,

    É o sistema fiscal que discrimina as pessoas de acordo com o salário que auferem. As deduções fiscais dos PPRs servem para reduzir, sem eliminar, essa discriminação.”

    Até aí estamos de acordo, João. As discussões acabam sempre por ser ciclicas. Eu, pessoalmente, sou a favor de um sistema simples, sem discriminações. Eu sei que o Louçã defende um sistema que “penaliza” mais quem mais ganha. Assim, é coerente da parte do Louçã defender o fim dos beneficios fiscais dos PPRs.

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  44. anti-comuna permalink
    21 Setembro, 2009 14:09

    “Anti-comuna, raramente se observa um full disclosure dos interesses individuais nas discussões em Portugal.”

    É verdade. Uma completa vergonha. Mas mais vergonha é de quem anda sempre com a clareza e transparência na boca e esconde os seus interesses pessoais na matéria. Os tais telhados de vidro, que ele diz não haver.

    “é relativamente frequente verificar que os mais sanguíneos defensores por exemplo do despedimento de funcionários públicos são eles próprios…funcionários públicos!! Amazing.”

    Aqui são mais honestos do que Vc. pensa. Um tipo que advoga políticas que o podem prejudicar pessoalmente, é um tipo honesto.

    Eu passo a vida a dizer mal dos bancos e sou accionista de alguns. Veja lá. Mas se me vir a dizer bem de um, pode ter a certeza que eu declaro se tenho interesses pessoais nele. Se não o fizer, é por esquecimento ou por pressa. Até que não ficava bem comigo próprio se não o fizesse.

    Só que me custa ver tanta demagogia e não ver os actos a confirmarem essa demagogia. O Louçã é um deles. Se como político pouco me dizia. Em termos académicos é uma machadada de todo o tamanho. Pode ter a certeza.

    anti-comuna

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  45. anti-comuna permalink
    21 Setembro, 2009 14:17

    Até foi bom ficarmos a conhecer este episódio do Louçã. Ficamos a saber que ele é um dos tais especuladores, que dão cabo do sistema. Ele é um dos tais que ele publicamente diz abominar, mas na realidade comporta-se com um deles, e ainda por cima dos da pior espécie. Que é queixar-se do risco que foi ele por ele assumido.

    Se fugiu para os tais “PPRs” do estado, desconfio que é para ter a certeza, que se o estado gerir mal e perder dinheiro, os dinheiros dos trabalhadores da segurança social cobrirão as perdas desses produtos de risco. Isto é ainda mais abominável. Uma completa defaçatez. Entre o que ele faz e o que fazem os gajos do BPP não existem grandes diferenças. Pelo menos os gajos do BPP não andam a pregar à freguesia uma coisa e a fazerem outra. Nesse aspecto até parecem coerentes.

    anti-comuna

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  46. anti-comuna permalink
    21 Setembro, 2009 14:27

    Para mim é vergonhoso que ele até de gabe de ter fugido dos PPRs da banca para os do estado, quando sabe que existe risco, que ele criticou nos privados.

    Ele dizia isto:

    “Mas também o sistema público pode sofrer, já que no Fundo de Estabilização da Segurança Social “um quinto da garantia das pensões está em acções”, disse o deputado do Bloco. “”

    Se ele sabe que até o estado arrisca parte dos capitais dele, do Louçã, fica-me na dúvida se ele não quer apenas garantir lucros sem o risco. Dito de outra forma: ele foge para os produtos do estado (de risco semelhante aos dos bancos privados, note-se bem, que isto é muito sério) porquê? Está à espera que os descontos dos trabalhadores para a Seg. Social garantam sempre o seu capital, se a gestão estatal for fraca ou má?

    Está-se mesmo a ver o problema, não é?

    E está-se mesmo a ver a importância fundamental de ele declarar os seus interesses pessoais na matérias, na medida que as políticas que advoga o podem beneficiar pessoalmente. O que é uma desfaçatez de todo o tamanho, tal a falta de ética e a completa cara-de-pau dele. Isto sim, é mesmo de quem é um mero reles especulador financeiro, que importa radicar dos mercados.

    anti-comuna

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  47. Anónimo permalink
    21 Setembro, 2009 14:46

    os benefícios fiscais só prejudicam os pprs . o banco dá o que quer e o que lhe apetece , pois se a malta tira o dinheiro por aquilo não dar nada sofre penalizações à grande. tive um dinheirito numa poupança habitação e fiquei vacinada contra benefícios fiscais em poupanças. o benefício é todo para a banca , lá nisso concordo com o beato louçã.

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  48. portela menos 1 permalink
    21 Setembro, 2009 16:21

    você repete-se muito mas de vez em quando diz coisas certas:

    (…) Um tipo que advoga políticas que o podem prejudicar pessoalmente, é um tipo honesto (…)

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  49. portela menos 1 permalink
    21 Setembro, 2009 16:26

    JoaoMiranda disse
    21 Setembro, 2009 às 2:00 pm

    PPR’s? já lá vamos!
    responda, se souber, à pergunta “derrotados, nos últimos 4 anos e 1/2 quem têm sido?”
    MotaEngil não tem sido de certeza!

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  50. anti-comuna permalink
    21 Setembro, 2009 16:32

    Caro Portela Menos 1, olhe que se ler bem, o Louçã apenas defende determinadas políticas que lhe beneficiam pessoalmente. Enquanto teve os PPRs, foi mamando os beneficios fiscais, e nunca se opôs a ele.

    Depois, como os produtos que ele subscreveu eram de alto risco e a bolsa crashou (no estilo que ele bem estudou e publicou) mudou-se para os do estado, sujeitos quase ao mesmo risco de mercado, mas talvez com a garantia dos descontos dos trabalhadores e então faz barulho contra os PPRs. E nos últimos quando ele os tinha? Nunca se queixou, caramba!

    Se ele queria sem riscos, que metesse o dinheirinho nos certificados de aforro. Mas isso ele não o fez, pois não? Ah! Não dava para “fugir” aos impostos… Pois não?

    Bem prega frei Tomaz, olha para o que ele diz não para o que ele faz. ehheheheheh

    anti-comuna

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  51. lucklucky permalink
    21 Setembro, 2009 19:39

    “você repete-se muito mas de vez em quando diz coisas certas:

    (…) Um tipo que advoga políticas que o podem prejudicar pessoalmente, é um tipo honesto (…)”

    Tem piada não é você que critica liberais por trabalharem para o Estado?

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  52. anti-comuna permalink
    21 Setembro, 2009 21:24

    “Tem piada não é você que critica liberais por trabalharem para o Estado”

    Quem? Eu? Está enganado.

    anti-comuna

    PM Mas eu não trabalharia para o estado. Só se tal fosse obrigado. Mas quem o faz, lá deve saber o porquê.

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  53. lucklucky permalink
    21 Setembro, 2009 23:31

    Anti-comuna o comentário era para o Portela menos 1.

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  54. anti-comuna permalink
    21 Setembro, 2009 23:38

    “Anti-comuna o comentário era para o Portela menos 1.”

    Então peço-lhe desculpa pelo equivoco. E de me meter onde não sou chamado. 😉

    anti-comuna

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  55. portela menos 1 permalink
    22 Setembro, 2009 23:31

    51.lucklucky disse
    21 Setembro, 2009 às 7:39 pm

    Admitindo que não andamos aqui a fumar coisas estranhas, importa-se ser mais claro acerca dessa cena … “liberais versus função pública” ?

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  56. Marcelo Al permalink
    23 Setembro, 2009 12:12

    O BE é o pior que poderemos algum dia vir a eleger para o nosso Estado.
    Acabar com os PPR será um risco para a nossa sociedade.
    Nada mais.

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  1. destruição criativa - PPR

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