De meridiana clareza
14 Novembro, 2009
A proposta de Francesco Alberoni, no ‘i’ – apesar de as causas que aponta para um dos aspectos essenciais do ‘eduquês’, designadamente a «falta de história dos Estados Unidos» constituir um rotundo disparate já que os EUA talvez seja um dos países do Mundo onde o patriotismo é mais exaltado no ensino. Mas, caso se consiga retirar o complexo anti-americano da questão, o resto é bastante aproveitável.
72 comentários
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pois é… interessante. foi assim que começou a industria das colheres.
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O problema das datas é mesmo complicado.
Enquanto a história para os americanos, começa lá pelo século XVII, a história de Portugal começa uns cinco séculos antes.
Isso quer dizer que os portugueses têm mais cinco séculos de datas para decorar.
É uma grande chatice.
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Eh, o CAA não quer compreender, não aceita o óbvio, embora Alberoni mereça a respeito do mais que diga. Sabido como os EUA têm menos de meia quinhentena de História própria, farta de guerras, é verdade, de disparidade económica, crimes a esmo, como de jovens fugidos cada vez mais à família, para o roubo, a prostituição e a droga, num ver-se-te-avias marciano, estranho a outro sítio da Terra. Mas tirante o caso do maior provincianismo, acresce a aberrância de maiores ignorantes, é verdade. Constatável das palavras de uma qualquer candidata americana aos concursos de misse Universo, à pergunta de onde é que fique o Iraque, Portugal, o Canadá, se nem o Bush o sabia, como a Palin, descida das neves. E eu nunca ouvi defesa mais incongruente e inútil. Se já George Steiner, “No Castelo do Barba Azul – Algumas notas para a redefinição da … Cultura” ri a bom rir do peregrino disparate.
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http://www.almedina.net/catalog/product_info.php?products_id=7301
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Portugal-Bosnia!
http://visaodemercado.blogspot.com/2009/11/finalmente-nossa-senhora-de-caravaggio.html
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portugal 1 – bósnia 1+1
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O “eduquês” é responsável por muitas atrocidades na educação (o ódio aos exames e a qualquer forma de exigência,por exemplo) mas o desaparecimento das datas não deriva de nenhuma corrente pedagógica e sim de uma certa concepção da História, “inventada” em França e conhecida como “Nova História”.
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#7
“O desaparecimento de datas pela Nova História”
O “ódio aos exames e à exigência”.
Já agora, aprendeu a falar em algum clube fracturante?
Que tal acrescentar o “ódio às batatas fritas”? nessa estúpida macaquice de traduzir o “hate” do inglês por apenas “ódio”.
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V.s dão-se conta que nem sabem o que dizem e ainda têm o desplante de criticar sabe-se lá o quê.
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Como bem assinala Carlos Pires, o ensino da História sem recorrer à “tradicional” cronologia de factos, decorre da adopção da corrente conhecida pela “Nouvelle Histoire” que teve em Jacques Le Goff o seu principal paladino.
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Quem disse isso, ó peluche?
Onde é que tu também aprendeste mais essa?
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Conta lá o que é isso da Nova História e quem foram esses ignaros que apagaram datas.
Sou toda ouvidos.
E não te esqueças de acrescentar o famoso “ódio” aos exames- na tradução da moda do “hate” fracturante.
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Com que então o Le Goff apagou datas. Que lindo. Alguma vez leste o Le Goff ou sabes o que a Nouvelle Histoire introduziu nos estudos históricos?
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Para uma pequena introdução à “Nouvelle histoire” ver, por exemplo, aqui.
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Vai-se a ver e na volta estás a confundir com o famoso filósofo Hayek
ehehe
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Eu sei o que é a Nouvelle Histoire, ó palerma. Tu é que nem imaginas o que seja e papagueias disparates.
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“Eu sei o que é a Nouvelle Histoire”
e eu é que sou o presidente da junta. fica lá com o peluche, mas não estragues muito.
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«(…) traditional historians think of history as essentially a narrative of
events, while the new history is more concerned with the analysis of structures. One of
the most famous works of history of our time, Fernand Braudel’s Mediterranean,
dismisses the history of events (…) as no more than the foam on the waves of the sea of history.9 According to Braudel, economic and social changes over the long term (la longue durèe) and geo-historical changes over the very long term are what really matter(…)»
(Peter Burke)
P.S. – A falta de homem não pode explicar tudo. Há coisas (v.g. educação) que têm um tempo para ser aprendidas. Passado esse tempo, a má-educação, acompanhada de um insuportável complexo de superioridade, são irreversíveis. Trate-se.
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oh peluche traduz essa porra que eu não sei francês.
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#19
Já o mandei lavar-se e estudar.
Quando deixar de cheirar mal e tiver uma ideia que seja (pode ser pequenina) pode voltar.
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ò imbecil, mas tu copias coisas da wikipédia?
Qualquer pessoa sabe fazer copy paste. Agora o que tu não sabes sustentar essa imbecilidade que papagueaste, copiando o que outro idiota disse.
Tu tens a menor ideia da importância dos historiadores dos Annalles?
É que, pura e simplesmente, não existe historiografia alguma, em parte nenhuma do mundo que se compare a esse trabalho.
E, como é mais que óbvio, nem sequer tu leste um único livro desses historiadores e muito menos os miúdos na escola.
O que se passa é outra treta. São os pedagogos que ainda aplicam aquela trafulhice hegeliano-marxista resumida em programações e objectivos esquematizados que despejam depois nos manuais.
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Este peluche é outro papagaio apalermado.
Hoje deu-lhe para se armar em historiador de copy paste de wikipédia.
No outro dia era epistemólogo e comparava “o filósofo Hayek” com o filósogo Popper.
Enfim… bem podem limpar as mãos à parede porque é isto que temos por cá. Gente ignorante armada em sabichona.
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É que nem um livrinho do Duby leram, quanto mais do Le Goff.
Andam a estudar para neoliberais e só isso queima-lhes o neurónio solitário.
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neste caso neurónio solidário com o psd.
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O que se passou por cá foi outra coisa. Foram os pedagogos formados no PREC que decidiram apagar memórias do passado, à conta da paranóia do “nacionalismo” e de outros disparates.
E é por isso que até o v. amigo neoliberal Luck Lucky- outro especialista em pedagogia, diz que Portugal viveu 700 anos de Ditadura.
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Fala para aí sozinha oh malcriada picareta escrevente.
E, quando te meteres em questões epistemológicas, pelo meio do jorro do palavrão, vê lá se não repetes o bestial disparate que escreveste no outro dia quanto ao “verificar teorias”. Devias estar a pensar em check-lists de compras no supermercado com certeza.
Entretanto, podes entreter-te com o de silicone. Assim, talvez passes melhor e chateies menos os outros.
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Lá vem a Zázie…
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Olha, o teu neurónio único deve é ser solidário com as fogueiras de livros do Rui Grácio, não é verdade?
É que se ninguém sabe nada do passado a responsabilidade é toda v- a dos revolucionários apagadores de memórias.
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Que queres, ó chulo ignaro.
Vai lá perguntar ao joãzinho se não é assim.
Tu és daqueles que não sabe nada mas lá tem uns gurus em que acredita.
Vai perguntar ao joãozinho e diz que vais da minha parte que ele confirma-te o que eu disse, meu grande anormal.
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ahahaha
O peluche julga que sabe o que é a refutação de teorias
aahhahaha
Imagina só que eu até tenho cientista próximo que não só sabe, como faz.
Percebes conõ de peluche sintético.
Querias agora tu explicar-me o que o Popper teorizou se nem sabes o que é o trabalho da Ciência.
Sim- sem verificação experimental não há lei. Entendes, ignaro?
E por isso mesmo é que depois só podem tentar invalidar hipóteses à tabela- pelas suas consequências- uma vez que a micro e macro física não é passível- na totalidade- de verificação experimental
Não sabes isto?
Não se aprende isto nas aulinhas de neoliberalismo para toscos?
Então como é que julgas que a Teoria da Relatividade se sustenta, uma vez que não se pode ultrapassar a velocidade da luz?
Conta lá, peluche de feira.
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ora nem mais, antónio ferro devia ser obrigatório no 2º. ciclo.
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De barraquinha de tiro, é o que tu és. Um peluche sintético de ciganos.
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Não se pode falar de nomes. Os únicos nomes que se ensinam em História são os dos heróis da Revolução.
A monarquia é dada como uma ditadura absolutista e o resto é marxismo às fatias.
É lulismo puro e estes que criticam dizem o mesmo- aprenderam pela mesma cartilha. A dos 700 anos de Ditadura.
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Zazie: para falares do Dr. João dos Pequeninos tens de ir primeiro à cabeleireira.
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E é fruto do eduquês, pois. É tudo escola de ISCTE. Aquela imbecilidade das grelhas de avaliação que toda a mongalhada armada em patronato acha o máximo, é mais do mesmo.
Os pedagogos são o cancro do ensino e obrigam os profs a fazerem aquelas programações por objectivos- tudo em cacifos como o que também transmitem aos alunos.
E está cada vez pior porque agora até consideraram essa treta uma forma de distinguir bons profs e de os fazer subir na carreira, `à conta do mesmo.
Mas, por aqui só tenho é lido louvores a esse excelente trabalho de “avaliação” de profs.
Portanto, como é que depois se queixam do que os alunos também aprendem?
Não se queixam. O problema é esse- nem sabem e nem distinguem.
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Herança de hegelianismo- a maior praga que já existiu e que continua viva.
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À cabeleireira por causa de um rabeta que nem toma banho?
abhahahaah
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gros dégueulasse .
Mas nem é ignorante. E nem te passava bola, ó chulo. É apenas rabeta da partidarite clubística e convencido por pouco.
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Zazie:
O João dos Pequeninos ouve Wagner e Shatoskovich.
Tu gostas é de batuque de preto e chungaria psicadélica.
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Tu lá sabes o que eu gosto. Mas és tão imbecil que qualquer pessoa pode confirmar os meus gostos indo ao meu blogue.
Incluindo os musicais porque tenho por lá radio. E filmes e outras coisas de que gosto.
E das que ofereço também não creio que tenha que me envergonhar.
A diferença é que as ofereço com nick, e apenas cito a bibliografias dos outros.
Já tu, nem para um blogue de manicuras servias.
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O Cocanha, é de facto, algo que me espelha. Disso não tenhas dúvidas.
Só que é um blogue para brincar. Não é coisa que leve a sério e muito menos me levo a sério a mim própria.
Mas tenho cuidado em não transmitir informação errada e estou sempre disposta a aceitar qualquer crítica ou detectar de erro.
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E, antes do Cocanha já tinha participação na Janela Indiscreta que também está online para quem queira consultar.
Agora v.s é que não mostram habilidades nenhumas a não ser a provocação grunha nas caixas de comentários.
Nenhum tem blogue. A coisa pisca até tem. Tem um de culinária.
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“…qualquer pessoa pode confirmar os meus gostos indo ao meu blogue.”
e haverá alguma seguradora que cubra o risco de um gajo apanhar lá uma carrada de chatos?
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E, por acaso, nem gosto de Wagner.
Embrulha.
Prefiro ópera italiana.
Mas gosto demasiado do Céline, para aguentar um imbecil que o usa para o tribalismo mais rasca da politiquice partidária.
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É pá, se apanhas chatos pelo monitor é porque blogas com pirilau em cima da secretária.
Escolheste bem o nick- Chulo de caixa.
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Chulos virtuais que nem para putas ao vivo hão-de tê-los.
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«La crise du marxisme n’a pas proffondément affecté la nouvelle histoire dans la mesure où, si certains des principaux historiens de l’école des Annales comme Fernand Braudel ont vu en Marx un des principaux créateurs de modèles pour les sciences sociales en général e l’histoire en particulier, l’orthodoxie marxiste est restée étrangère à la nouvelle histoire. Mais il est possible que la conception d’une histoire totale ou global ait eu un aspect idéologique qui a subi le contre-coup de la critique des idéologies.»
(Jacques Le Goff, La Nouvelle Histoire)
Este excerto bem demonstra, a meu ver, a “âncora” teórica que levou os diferentes destrambelhados “eduqueses” a defender, e a mandar praticar, uma história de contextos, uma “helicopter history”, na qual, naturalmente, não havia lugar relevante para eventos, para personagens, para a “pequena” causa-efeito, só restando, impante, a “História Total”, antropológica. Não é de admirar assim que, para estes “eduqueses”, as datas não interessem para nada.
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ò ferreira, mas a tua velha também mumificou em formol e agora estás preocupado com chatos virtuais?
Vai para o armário e está calado- múmia comuna.
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Este peluche é um anormal.
O imbecil nunca na vida leu um livro de história e agora quer confirmar pedagogias por copy paste.
E é isto a geração neoliberal.
Está bem, está. Uns são mafiosos e saqueiam o país, outros estão mumificados desde o PREC e a nova alternativa liberal tem Passos Coelhones deste calibre- de peluche.
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Não há dúvida que esta trampa tem as “elites” certas para os ciganos que vão lá para cima.
Tudo cada vez mais miserável e mais convencido.
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“Mas gosto demasiado do Céline”
a cantar o naufrágio? mas também gosto de oh!pretas.
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Uma vez fizeram um inquérito no Parlamento com datas e nomes históricos e foi lindo de se ler as respostas.
E tudo gente “de elite”, Sem serem produto deste eduquês.
Pois… o problema é que o país está nas mãos dos mesmos há mais de 30 anos.
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Mas estás à espera que eu dê resposta a um bimbo? Podes ficar aí o resto da noite sentado que já te passei por cima.
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Adenda ao comentário da 1:05:
O excerto citado encontra-se na página 11 do livro em causa.
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Zazie,nesse teu blogue,o tal de “Maconha”,também tem filmes pornográficos?
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A Zazie faz parte daquele grupo alternativo multi-culturalista orfão do Maio de 68.
É para essas Zazies que uma boa ditadura comunista, nazi-fascista ou social-fascista, nunca fez mal a ninguém…
E lembrar que o Muro de Berlim caiu para dar voz a estas sereias do surrealismo…
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#55 – o peluche stripa e a zaida inoxa no varão, começa com as valquírias e acaba em traviata
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*P….que os pariu…
O estatuto de aluno concede-lhe o direito de não reprovar por faltas. Se
faltar, o problema não é dele.. A escola é que terá que resolver o problema.
Tendo singrado na vida e atingido o fim da escolaridade sem saber ler nem
escrever e mesmo sem ter posto os pés nas aulas, o estatuto de cidadão
concede-lhe o direito de ter um emprego. Se faltar ao emprego como faltava
às aulas, o problema não é dele. O patrão é que terá que resolver o
problema.
Se, por um impensável absurdo, for despedido, o problema não é dele. O
estatuto de desempregado concede-lhe o direito de ter um subsídio de
desemprego e o problema é do Estado.
Se, na vigência do subsídio, faltar às entrevistas ou recusar novo emprego,
o problema não é dele. As suas habilitações arduamente conquistadas
concedem-lhe o direito de escolher emprego compatível e o problema é do
Instituto do Emprego, obrigado a arranjar-lhe ocupação, para não aumentar as
listas de desempregados.
Se, por um novo improvável absurdo, ficar fora do esquema, o problema não é
dele, que o estatuto de cidadão com todos os direitos concede-lhe o direito
ao rendimento social de inserção.
Que constituirá uma renda perpétua, pois o cidadão tem direito à
existência!…
Renda paga pelos portugueses e não, como devia ser, pelos autores desta
celerada lei, fautora da indisciplina, do laxismo, do não te rales, da
irresponsabilidade mais absoluta, fomentadora da exclusão social!…
Por uma vez, tenho direito à indignação, com todas as letras: *P…. que os
pariu!…
UMA PROFESSORA*
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Valter Lemos nunca participou em debates parlamentares, nunca
demonstrou possuir uma ideia sobre Educação
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, tem aparecido na
televisão e até no Parlamento, o mesmo não sucedendo ao seu secretário
de Estado, Valter Lemos. É pena, porque este senhor detém competências
que lhe conferem um enorme poder sobre o ensino básico e secundário.
Intrigada com a personagem, decidi proceder a uma investigação. Eis os
resultados a que cheguei.
Natural de Penamacor, Valter Lemos tem 51 anos, é casado e possui uma
licenciatura em Biologia: até aqui nada a apontar. Os problemas surgem
com o curriculum vitae subsequente. Suponho que ao abrigo do acordo que
levou vários portugueses a especializarem-se em Ciências da Educação
nos EUA, obteve o grau de mestre em Educação pela Boston University. A
instituição não tem o prestígio da vizinha Harvard, mas adiante. O
facto é ter Valter Lemos regressado com um diploma na “ciência” que,
por esse mundo fora, tem liquidado as escolas. Foi professor do ensino
secundário até se aperceber não ser a sala de aula o seu habitat
natural, pelo que passou a formador de formadores, consultor de
“projectos e missões do Ministério da Educação” e, entre 1985 e 1990, a
professor adjunto da Escola Superior do Instituto Politécnico de
Castelo Branco.
Em meados da década de 1990, a sua carreira disparou: hoje, ostenta o
pomposo título de professor-coordenador, o que, não sendo doutorado,
faz pensar que a elevação académica foi política ou administrativamente
motivada; depois de eleito presidente do conselho científico da escola
onde leccionava, em 1996 seria nomeado seu presidente, cargo que
exerceu até 2005, data em que entrou para o Governo. Estava eu
sossegadamente a ler o Despacho ministerial nº 11 529/2005, no Diário
da República, quando notei uma curiosidade. Ao delegar poderes em
Valter Lemos, o texto legal trata-o por “doutor”, título que só pode
ser atribuído a quem concluiu um doutoramento, coisa que não aparece
mencionada no seu curriculum. Estranhei, como estranhei que a
presidência de um politécnico pudesse ser ocupada por um não doutorado,
mas não reputo estes factos importantes. Aquando da polémica sobre o
título de engenheiro atribuído a José Sócrates, defendi que os títulos
académicos nada diziam sobre a competência política: o que importa é
saber se mentiram ou não.
Deixemos isto de lado, a fim de analisar a carreira política do sr.
secretário de Estado. Em 2002 e 2005, foi eleito deputado à Assembleia
da República, como independente, nas listas do Partido Socialista.
Nunca lá pôs os pés, uma vez que a função de direcção de um politécnico
é incompatível com a de representante da nação. A sua vida política
limita-se, por conseguinte, à presidência de uma assembleia municipal
(a de Castelo Branco) e à passagem, ao que parece tumultuosa, pela
Câmara de Penamacor, onde terá sofrido o vexame de quase ter perdido o
mandato de vereador por excesso de faltas injustificadas, o que só não
aconteceu por o assunto ter sido resolvido pela promulgação de uma nova
lei. Em resumo, Valter Lemos nunca participou em debates parlamentares,
nunca demonstrou possuir uma ideia sobre Educação, nunca fez um
discurso digno de nota.
Chegada aqui, deparei-me com uma problema: como saber o que pensa do
mundo este senhor? Depois de buscas por caves e esconsos, descobri um
livro seu, O Critério do Sucesso: Técnicas de Avaliação da
Aprendizagem. Publicado em 1986, teve seis edições, o que pressupõe ter
sido o mesmo aconselhado como leitura em vários cursos de Ciências da
Educação. Logo na primeira página, notei que S. Excia era um lírico.
Eis a epígrafe escolhida: “Quem mais conhece melhor ama.” Afirmava
seguidamente que, após a sua experiência como formador de professores,
descobrira que estes não davam a devida importância ao rigor na
“medição” da aprendizagem. Daí que tivesse decidido determinar a forma
correcta como o docente deveria julgar os estudantes. Qualquer regra de
bom senso é abandonada, a fim de dar lugar a normas pseudocientíficas,
expressas num quadrado encimado por termos como “skill cognitivos”.
Navegando na maré pedagógica que tem avassalado as escolas, apresenta
depois várias “grelhas de análise”. Entre outras coisas, o docente
teria de analisar se o aluno “interrompe o professor”, se “não cumpre
as tarefas em grupo” e se “ajuda os colegas”.
Apenas para dar um gostinho da sua linguagem, eis o que diz no
subcapítulo “Diferencialidade”: “Após a aplicação do teste e da sua
correcção deverá, sempre que possível, ser realizado um trabalho que
designamos por análise de itens e que consiste em determinar o índice
de discriminação, [sic para a vírgula] e o grau de dificuldade, bem
como a análise dos erros e omissões dos alunos. Trata-se portanto, [sic
de novo] de determinar as características de diferencialidade do
teste.” Na página seguinte, dá-nos a fórmula para o cálculo do tal
“índice de dificuldade e o de discriminação de cada item”. É ela a
seguinte: Df= (M+P)/N
em que Df significa grau de dificuldade, N o número total de alunos de
ambos os grupos, M o número de alunos do grupo melhor que responderam
erradamente e P o número de alunos do grupo pior que responderam
erradamente.
O mais interessante vem no final, quando o actual secretário de Estado
lamenta a existência de professores que criticam os programas como
sendo grandes demais ou desadequados ao nível etário dos alunos. Na sua
opinião, “tais afirmações escondem muitas vezes, [sic mais uma vez]
verdades aparentemente óbvias e outras vezes “desculpas de mau
pagador”, sendo difícil apoiá-las ou contradizê-las por não existir
avaliação de programas em Portugal”. Para ele, a experiência dos
milhares de professores que, por esse país fora, têm de aplicar, com
esforço sobre-humano, os programas que o ministério inventa não tem
importância.
Não contente com a desvalorização do trabalho dos docentes, S. Excia
decide bater-lhes: “Em certas escolas, após o fim das actividades
lectivas, ouvem-se, por vezes, os professores dizer que lhes foi
marcado serviço de estatística. Isto é dito com ar de quem tem, contra
a sua vontade, de ir desempenhar mais uma tarefa burocrática que nada
lhe diz. Ora, tal trabalho, [sic de novo] não deve ser de modo nenhum
somente um trabalho de estatística, mas sim um verdadeiro trabalho de
investigação, usando a avaliação institucional e programática do ano
findo.” O sábio pedagógico-burocrático dixit.
O que sobressai deste arrazoado é a convicção de que os professores
deveriam ser meros autómatos destinados a aplicar regras. Com
responsáveis destes à frente do Ministério da Educação, não admira que,
em Portugal, a taxa de insucesso escolar seja a mais elevada da Europa.
Valter Lemos reúne o pior de três mundos: o universo dos pedagogos que,
provindo das chamadas “ciências exactas”, não têm uma ideia do que
sejam as humanidades, o mundo totalitário criado pelas Ciências da
Educação e a nomenklatura tecnocrática que rodeia o primeiro-ministro.
Maria Filomena Mónica
Público, 30.09.2007
http://www.anomalias.weblog.com.pt/arquivo/401042.html
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Valter Lemos nunca participou em debates parlamentares, nunca demonstrou possuir uma ideia sobre Educação
Público, 30.09.2007
A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, tem aparecido na televisão e até no Parlamento, o mesmo não sucedendo ao seu secretário de Estado, Valter Lemos. É pena, porque este senhor detém competências que lhe conferem um enorme poder sobre o ensino básico e secundário. Intrigada com a personagem, decidi proceder a uma investigação. Eis os resultados a que cheguei.
Natural de Penamacor, Valter Lemos tem 51 anos, é casado e possui uma licenciatura em Biologia: até aqui nada a apontar. Os problemas surgem com o curriculum vitae subsequente. Suponho que ao abrigo do acordo que levou vários portugueses a especializarem-se em Ciências da Educação nos EUA, obteve o grau de mestre em Educação pela Boston University. A instituição não tem o prestígio da vizinha Harvard, mas adiante. O facto é ter Valter Lemos regressado com um diploma na “ciência” que, por esse mundo fora, tem liquidado as escolas. Foi professor do ensino secundário até se aperceber não ser a sala de aula o seu habitat natural, pelo que passou a formador de formadores, consultor de “projectos e missões do Ministério da Educação” e, entre 1985 e 1990, a professor adjunto da Escola Superior do Instituto Politécnico de Castelo Branco.
Em meados da década de 1990, a sua carreira disparou: hoje, ostenta o pomposo título de professor-coordenador, o que, não sendo doutorado, faz pensar que a elevação académica foi política ou administrativamente motivada; depois de eleito presidente do conselho científico da escola onde leccionava, em 1996 seria nomeado seu presidente, cargo que exerceu até 2005, data em que entrou para o Governo. Estava eu sossegadamente a ler o Despacho ministerial nº 11 529/2005, no Diário da República, quando notei uma curiosidade. Ao delegar poderes em Valter Lemos, o texto legal trata-o por “doutor”, título que só pode ser atribuído a quem concluiu um doutoramento, coisa que não aparece mencionada no seu curriculum. Estranhei, como estranhei que a presidência de um politécnico pudesse ser ocupada por um não doutorado, mas não reputo estes factos importantes. Aquando da polémica sobre o título de engenheiro atribuído a José Sócrates, defendi que os títulos académicos nada diziam sobre a competência política: o que importa é saber se mentiram ou não.
Deixemos isto de lado, a fim de analisar a carreira política do sr. secretário de Estado. Em 2002 e 2005, foi eleito deputado à Assembleia da República, como independente, nas listas do Partido Socialista. Nunca lá pôs os pés, uma vez que a função de direcção de um politécnico é incompatível com a de representante da nação. A sua vida política limita-se, por conseguinte, à presidência de uma assembleia municipal (a de Castelo Branco) e à passagem, ao que parece tumultuosa, pela Câmara de Penamacor, onde terá sofrido o vexame de quase ter perdido o mandato de vereador por excesso de faltas injustificadas, o que só não aconteceu por o assunto ter sido resolvido pela promulgação de uma nova lei. Em resumo, Valter Lemos nunca participou em debates parlamentares, nunca demonstrou possuir uma ideia sobre Educação, nunca fez um discurso digno de nota.
Chegada aqui, deparei-me com uma problema: como saber o que pensa do mundo este senhor? Depois de buscas por caves e esconsos, descobri um livro seu, O Critério do Sucesso: Técnicas de Avaliação da Aprendizagem. Publicado em 1986, teve seis edições, o que pressupõe ter sido o mesmo aconselhado como leitura em vários cursos de Ciências da Educação. Logo na primeira página, notei que S. Excia era um lírico. Eis a epígrafe escolhida: “Quem mais conhece melhor ama.” Afirmava seguidamente que, após a sua experiência como formador de professores, descobrira que estes não davam a devida importância ao rigor na “medição” da aprendizagem. Daí que tivesse decidido determinar a forma correcta como o docente deveria julgar os estudantes. Qualquer regra de bom senso é abandonada, a fim de dar lugar a normas pseudocientíficas, expressas num quadrado encimado por termos como “skill cognitivos”. Navegando na maré pedagógica que tem avassalado as escolas, apresenta depois várias “grelhas de análise”. Entre outras coisas, o docente teria de analisar se o aluno “interrompe o professor”, se “não cumpre as tarefas em grupo” e se “ajuda os colegas”.
Apenas para dar um gostinho da sua linguagem, eis o que diz no subcapítulo “Diferencialidade”: “Após a aplicação do teste e da sua correcção deverá, sempre que possível, ser realizado um trabalho que designamos por análise de itens e que consiste em determinar o índice de discriminação, [sic para a vírgula] e o grau de dificuldade, bem como a análise dos erros e omissões dos alunos. Trata-se portanto, [sic de novo] de determinar as características de diferencialidade do teste.” Na página seguinte, dá-nos a fórmula para o cálculo do tal “índice de dificuldade e o de discriminação de cada item”. É ela a seguinte: Df= (M+P)/N
em que Df significa grau de dificuldade, N o número total de alunos de ambos os grupos, M o número de alunos do grupo melhor que responderam erradamente e P o número de alunos do grupo pior que responderam erradamente.
O mais interessante vem no final, quando o actual secretário de Estado lamenta a existência de professores que criticam os programas como sendo grandes demais ou desadequados ao nível etário dos alunos. Na sua opinião, “tais afirmações escondem muitas vezes, [sic mais uma vez] verdades aparentemente óbvias e outras vezes “desculpas de mau pagador”, sendo difícil apoiá-las ou contradizê-las por não existir avaliação de programas em Portugal”. Para ele, a experiência dos milhares de professores que, por esse país fora, têm de aplicar, com esforço sobre-humano, os programas que o ministério inventa não tem importância.
Não contente com a desvalorização do trabalho dos docentes, S. Excia decide bater-lhes: “Em certas escolas, após o fim das actividades lectivas, ouvem-se, por vezes, os professores dizer que lhes foi marcado serviço de estatística. Isto é dito com ar de quem tem, contra a sua vontade, de ir desempenhar mais uma tarefa burocrática que nada lhe diz. Ora, tal trabalho, [sic de novo] não deve ser de modo nenhum somente um trabalho de estatística, mas sim um verdadeiro trabalho de investigação, usando a avaliação institucional e programática do ano findo.” O sábio pedagógico-burocrático dixit.
O que sobressai deste arrazoado é a convicção de que os professores deveriam ser meros autómatos destinados a aplicar regras. Com responsáveis destes à frente do Ministério da Educação, não admira que, em Portugal, a taxa de insucesso escolar seja a mais elevada da Europa. Valter Lemos reúne o pior de três mundos: o universo dos pedagogos que, provindo das chamadas “ciências exactas”, não têm uma ideia do que sejam as humanidades, o mundo totalitário criado pelas Ciências da Educação e a nomenklatura tecnocrática que rodeia o primeiro-ministro. Historiadora
http://www.anomalias.weblog.com.pt/arquivo/401042.html
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Mas, para quem está realmente interessado em melhor entender o ensino, e não em alimentar interpretações fundamentalistas das diferentes escolas, e apesar de eu acompanhar integralmente Nuno Crato quando ele refere que é fundamental retomar a aprendizagem como o “centro” da escola, evoco o caso dos meus dois filhos:
Ele, mais velho, chegou à 1ª classe, sem conhecer uma letra ou um algarismo e teve como primeiro trabalho copiar para o caderno a frase “O menino leva a sacola”. Chegou a casa, certo dia, em pranto, pois não conseguindo, no seu próprio critério, reproduzir razoavelmente a frase no caderno, tanto tentou e tanto apagou que rasgou inclusivamente o caderno. Ela, dois anos mais nova, aprendeu a ler sozinha ainda não tinha quatro anos. Quando chegou à escola primária, aguardava-a João de Deus e a respectiva cartilha e metodologia associadas, tal como o seu pai e os seus avós.
Quando cada um chegou ao 5º ano, ela não cometia um único erro ortográfico e fazia já composições interessantes. Já ele, muito bem preparado a Matemática ao invés dela, cometia alguns erros de ortografia e desconhecia, ao contrário dela, o conhecimento formal das regras gramaticais elementares.
Hoje continuam ambos a estudar (ele já no 2º Ano do Ensino Superior) e são, felizmente, bons alunos.
Ponto a reter: bem diversos podem ser os métodos assim os professores que os adoptem saibam o que estão a fazer.
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ESPAÇO PÚBLICO 9 PÚBLICO. SEGUNDA-FEIRA, 5 JUN 2006
Em que país estava a ministra da Educação?
O passado é negro, mas a culpa não é, seguramente, dos professores. Os que resistiram a todos estes erros da responsabilidade do Ministério que tutela são quase heróis. Que mereciam ser estimados e bem pagos para permanecer na profissão.
BEATRIZ PACHECO PEREIRA
Sucedem-se os ataques violentíssimos aos professores (…) Caso é para perguntar à sra.ministra onde andava e que informação tinha sobre o que se passava, de há trinta anos para cá, no Ministério que agora tutela. Ninguém chega a ministro sem saber o que está para trás. Mas nada se nota. Se não está bem informada do passado, aqui ficam alguns dados que explicam bem como se pode ter chegado ao descalabro que apregoa.
Pergunta-se pois, sra. ministra, onde andava quando o seu Ministério…
1- … aprovou cursos de professores primários em que se proibiam as cópias e a memorização da tabuada (Institutos Piaget e quejandos…)
2- … deixou professores primários dar aulas em aldeias remotas em escolas sem água, sem luz e com alojamentos dignos de eremitas? E todos em verdadeiro trabalho missionário por esse país fora?
3- … deixou que o concurso de professores enviasse, anos e anos a fio, pessoas com uma qualificação de nível superior (as que devia mais estimar) pelo país inteiro, à custa de suas famílias (destroçadas) e dos filhos que não podiam ter ou levar consigo?
4- … ignorou ostensivamente que eles pagavam os transportes do seu bolso, viajando 100-120 quilómetros até, sempre sem qualquer ajuda de custo, diminuindo dramaticamente os que lhes sobrava no fim do mês? Não seria isto imoral e desumano?
5- .. teve inúmeros ministros que se sucediam a ritmo alucinante, cada um puxando pelos seus galões de docentes universitários, vomitando reformas continuamente e sempre sem ter em conta a sua adequação, implementação e funcionamento?
6- … deixou que a dotação financeira de uma escola secundária fosse absolutamente ridícula durante décadas, mal dando para pagar a água, luz, deixando que os edifícios escolares se degradassem de tal modo que nenhum professor se aventurava nas instalações sanitárias dos alunos, e não havia recintos desportivos ou actividades extra-escolares?
7- … permitiu horários dos alunos que alcançam as 8/9 horas por dia, uma carga insuportável para qualquer pessoa? (tive uma turma destas este ano lectivo, e eu dava a 9° aula do dia!…)
8- … não se preocupou com o tempo de estudo dos alunos. Quantas horas sobram semanalmente para os alunos estudarem? Na escola, onde se pode estudar se não há salas de estudo organizadas e, em muitas outras as bibliotecas, se funcionam, não têm espaço para tal? Será em casa, à noite, com pais que se demitem cada vez mais da sua função de vigilantes e educadores?
9- … esvaziou o quadro das escolas de funcionários, deixando que sejam poucos, mal preparados e pouco mais do que empregados de limpeza?
10- … obrigou os professores (especialistas nas suas matérias, não se esqueçam) a passar muitas horas “extra horário”, a fazer tarefas administrativas que antes competiam aos funcionários não docentes, ou então em reuniões absolutamente improdutivas mas obrigatórias? Não sabia que os professores já passavam muitas noites e fins de semana a preparar aulas e material lectivo?
11- … permitiu que o Sistema Disciplinar se esvaziasse, em nome da retenção quase obsessiva de alunos dentro de portas e do aumento da população discente nas escolas, minando sistematicamente a autoridade dos professores? Este ano, sei que alunos com comportamentos irregulares, e até criminosos, com 20 ou mais participações disciplinares, não foram expulsos nem submetidos a nenhum programa de reabilitação por especialistas credenciados… Porque reduziu o Ministério o poder de sanção dos professores?
12- … só deu atenção ao número de computadores por escola e ao acesso à Internet mas não permitiu aos alunos compreender o poder dos media? Afinal os alunos passam o resto do escasso tempo diário a ver uma televisão que lhes mostra só publicidade de telemóveis, futebol, escândalos e anedotas… Os “valores” dos jovens, hoje, são ensinados pelo matraquear de televisões mal regulamentadas. Porque não age o Ministério sobre elas também? Porque será que abdicou da sua função reguladora deixando que canais abertos dêem pornografia encapotada, publicidade que ofende os direitos humanos e dos animais, programas impróprios a horas do jantar? Porque nunca interagiu o Ministério da Educação com o da Cultura?
13- … permitiu que se extinguissem os Exames por puras razões estatísticas? Ninguém no Ministério sabia que era preciso separar os que sabiam dos que não sabiam, e desde o início da escolaridade? Porque facilitou sempre a passagem dos que tinham níveis negativos?
14- …deixou que as escolas tivessem apenas um psicólogo (quando o tinham, claro) que além de fazer sozinho a orientação vocacional, não tinha tempo para lidar com os casos mais graves que surgiam nos alunos? Porque, entre eles, não havia futuros desajustados da sociedade, nem doentes mentais, nem vitimas de abuso sexual, nem de violência doméstica, nem problemas de droga. Ou havia?
15- …não se deu conta da crescente feminização das nossas escolas? Por que razão isso aconteceu? É simples – ser professor era (é) das tarefas mais exigentes, mal pagas, de carreira mais difícil e incerta. Portanto, óptima para o lado mais fraco da nossa sociedade. Depois, com algum malabarismo, ainda deixava algum tempo livre para as tarefas domésticas. Os homens, simplesmente não se sujeitavam a isto e partiam para outras profissões, mesmo dentro da função pública como para repartições e organismos de gestão do Ministério da Educação. Esta acomodação a padrões de sociedade retrógrados nunca incomodou o Ministério?
(A propósito, os professores – homens estão a voltar ao ensino, não porque sintam vocação, mas porque há falta de empregos…)
Podia continuar estas interrogações que apontam para coisas que a sra. ministra, estranhamente, prefere não falar. O passado é negro, concordo, as estatísticas não se podem ignorar, mas a culpa não é, seguramente, dos professores. Porque os que resistiram a todos estes erros da responsabilidade do Ministério que tutela são quase heróis. Que mereciam ser estimados e bem pagos para permanecer na profissão. Sabe a sra. ministra porque é que, em Ingla¬terra, já ninguém quer ser professor e andam à procura deles em Espanha e até em Portugal? PROFESSORA DO ENSINO SECUNDÁRIO
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Não porquê há uma data que nunca esqueci.
24 de Junho de 1128, dia em que Afonso Henriques assinou, a declaração de independência, à bordoada na galegagem apoiante de sua mãe, lá no Campo de S. Mamede.
Tenho este dia como um grande dia mas às vezes tenho dúvidas: fez bem ou fez mal?
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Eu pensava que o Publico tinha deixado de ser um jornal de referência, afinal enganei-me.
De qualquer maneira, trancrever aqui na caixa de comentários do Blasfémias artigos inteiros, parece-me um exagero. O linquezinho não chegava?
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8.zazie disse
14 Novembro, 2009 às 11:38 pm
#7
Nunca responda por números.
o CAA apaga mais de metade dos comentários.
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teste
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Pelos vistos, links para cocanha estão bloqueados, pois não me sai um link com esta imagem

de um post da cocanha, que ilustra a minha ideia de que aquilo é uma sex-shop.
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Já havia “objectivos”, “competências” e “atitudes” a atingir nos programas das disciplinas do ensino básico e também do secundário. Como nada disto parece suficiente para melhorar seja o que for, agora vão ser definidas “metas” por um senhor chamado Natércio.
http://www.ionline.pt/conteudo/32950-fixe-este-nome-natercio-ele-vai-fixar-as-metas-dos-seus-filhos
Podemos estar descansados, que o delírio não há-de parar.
Seguir-se-ão os “alvos” e ouviremos falar dos “fitos”. Quando a linguagem de gente se esgotar, o eduquês inventará palavras novas.
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Mas é claro, tornando ao assunto, a América tem sede de História, que lhe falta, por isso que por toda ela existem mais de duas centenas de Athenas, mais de outra centena de Corinthos e boas dezenas de Espartas. “O Mundo Grego”.
E Paris fica no Texas.
Mas não tem dúvida, afirma também George Steiner, a América não é primeira na História, na Literatura, na Pintura ou na Música, como em nenhuma das Artes. E o seu grande contributo consiste em reunir com grande mestria o melhor da produção artística do mundo, em museus e exposições jamais concebidos antes. Porque a América tem sede de História, de Cultura. Mas a primazia só a leva na Técnica. Em muitas realizações da Técnica, maxime da Guerra, no que sobrepuja por si e em conjunto todos os demais comparsas. A China, a Inglaterra e a França, com a Rússia e Japão e a Alemanha, não reúnem caudal que chegue a metade do paiol de armas da América.
E nisto se funda o CAA, que não é possível tal capacidade guerreira e de rapina, como assim Israel, sem igual dose antiquíssima de saber histórico.
Com o que, num ápice, deixa o Francesco Alberoni, boca aberta, de ceroulas e descalço.
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Pois é. Bloquearam-me o link aqui na caixa de comentários, mas continua ali ao lado.
Aliás, foi o Blasfémias (o Rui que está agora no Portugal Contemporâneo) o primeiro blogue a dar com o Cocanha e a anunciá-lo, quando eu apenas tinha experimentado um template e esquecido que trazia link agarrado.
aqui
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Fazem tudo ao contrário. Mais valia bloquearem-me a mim e deixarem o blogue em paz, que é mais decente que eu.
jajjajajajajajaja
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