Bailout da Grécia?
14 Dezembro, 2009
Um eventual bailout da Grécia encheria de esperança o cainesiano tuga. Seria uma prova de que a irresponsabilidade vai compensando. Uma eventual tutela europeia da política económica dos países salvos até daria jeito ao cainesiano tuga. Poderia responsabilizar a União Europeia (e as respectivas restrições neoliberais) pelas medidas difíceis.
48 comentários
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Este deve ser dos tais posts herméticos, só para especialistas.
Quem é o cainesiano tuga, se não é indiscrição?
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E o bailout da Grécia?
Já agora, se não é abuso.
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Piscoiso #1, pode ver aqui: https://blasfemias.net/2009/07/09/em-nome-de-caines/
Piscoiso #2, faça uma pesquisa no google com “Greece” e “Bailout”, rapidamente ficará informado.
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#3.
Agradeço a atenção.
Vou guardar para ler depois do Natal.
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Engraçado, bailout sim, é termo técnico que se pode dominar ou não dominar mas saber a que questão prática corresponde.
Já “cainesianos tugas” é uma fantasia onde poderão caber apenas os economistas ideólogos que não provocam bailouts nem os resolvem.
E, mesmo desses todos, é possível que nenhum saiba a diferença em ser ou não ser cain ou não cain. Porque, o que se pode retirar da lição de crise às criancinhas é que ninguém soube explicar de onde vem a crise.
Na verdade, todos negam que o capitalismo tenha crises- tem apenas os tais ciclos de revitalização.
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E nem é para especialistas. É novamente aquele gosto por “som de fundo” por “hino” ou código semântico que dá sinalética tribal para quem gosta de arrumar tudo em dicotomias ideológicas.
O JM podia ter trocado os cainesianos tugas pela esquerda e colocado na barricada oposta a “direita tuga” e os liberais.
O efeito de erro era o mesmo. Todos os que arrumam estas coisas assim, acreditam que a bolsa da escola de Chicago anda mais alta que da escola austríaca e que Wall Street sem elas é que nem existia.
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TODOS os jogadores de futebol se riem quando o árbitro lhes mostra o cartão amarelo, depois de terem feito a asneira.
O Piscoiso, quando lhe mostram a asneira, diz uma gracinha para ver se alguém se ri.
Eu acho-lhe sempre muita graça.
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Nesta matéria em que existem tantos convencidos, até penso que o Piscoiso é o que menos asneiras diz.
Pelo menos ele nem fala do que não sabe. Os outros fartam-se de falar como se soubessem.
Estas dicotomias que fazem um retrato engraçado do staf sócretino, podiam fazer retrato igualzinho se escolhessem os teóricos da oposição.
Por exemplo- o que seria um staf Passos Coelho feito teórico de economia?
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E não foi e é, o Passos Coelho o grande farol da claque que acha que isto também se explica com o mesmíssimo esquema visto ao espelho?
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Peçam a todos – digo mesmo a todos- para explicarem o que é isso das leis da economia, dos ciclos financeiros, da auto-regulação do mercado e até em que consiste o FED que depois é diabolizado por garantirem que é organização de Estado.
Basta isto para se entender outra coisa- Portugal é um pais de poetas e de ideólogos. Basta-lhes apanhar um refrão e todos desatam à desgarrada.
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Os resultados do “novo socialismo”.
Socrates e o seu grande camarada, Zapatero, a liderarem as tabelas do desemprego.
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Portugal tem a quarta taxa de desemprego mais alta do mundo desenvolvido
Segundo dados hoje divulgados pela instituição sedeada em Paris – e que confirmam a taxa que havia sido já avançada pelo Eurostat para Portugal – Espanha lidera, e de longe, a tabela do desemprego, com 19,3% de inactivos à procura de trabalho. Seguem-se Irlanda (12,8%) e Eslováquia (12,2%).
Portugal é o quarto da tabela, surgindo empatado com os Estados Unidos. De assinalar que, para além destes países, só a França apresenta igualmente uma taxa de desemprego de dois dígitos: 10,1% em Outubro.
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Portugal foi o terceiro país entre os 27 da União Europeia que perdeu mais postos de trabalho no terceiro trimestre, revelou hoje o Eurostat.
Com a pior ‘performance’ entre os 27 Estados-membros surge a Letónia, cujo mercado de trabalho se contraiu em 5,7% no terceiro trimestre, seguida pela Espanha, onde o número de empregados desceu mais 1,5%.
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Explicações para quê? Todos sabem que os responsáveis pela crise mundial são os cainesianos tugas.lol!
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2010 será o ano do colapso da economia portuguesa.
Vão falir milhares de empresas e o desemprego atingirá os 20%.
Dois ou três bancos vão falir.
O Estado vai ficar sem meios de pagamento para pagar os funcionários
públicos.
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Adivinha
Digam-me qual é a SEMELHANÇA entre Isabel Alçada, Barack Obama e a pescada?
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Solução
____A pescada ante do ser já o era,
____A Isabel Alçada ainda nada fez (e faltou a uma Sessão da A.R.) mas é o mais popular dos Ministros,
____O Presidente apanhou o Nobel da Paz porque reforçou o contingente militar dos E.U. no Afeganistão.
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A origem desta devastadora crise economica que muita gente diz não se saber de onde vem, na minha modesta opinião, vem do simples facto de nos ultimos 30 anos o mundo desenvolvido( Europa, EUA, japão, Canadá, Australia,) ter vivido acima das suas possibilidades, e portanto com recurso ao credito. Consumir o mais possivel é que era( parece que ainda é) bom. Casas, carros, visas, viagens, por aí fora, que alguem há-de pagar. Bom, parece que agora a receita para equilibrar este estado de coisas, é só uma, que já está a ser aplicada na Irlanda, e vai tambem ser aplicada na Grecia: o estado gastar menos. Os funcionarios publicos, os reformados, e todos os que de uma maneira ou de outra vivem à custa do estado vão passar a ganhar menos. Segundo alguns especialistas, cerca de 10%, mas em Portugal vai ser mais porque o nosso caso é mais grave: se à divida do estado, se juntar a das empresas publicas, e das parcerias publicoprivadas, cuja responsabilidade é toda do estado, a nossa divida são muito mais que os 113% do pib. Se a isso juntarmos a divida a ser contraida paras o tgv, autoestradas, 3ª travessia, etc, podemos imaginar o que nos vai acontecer. E aqueles que atraves dos seus impostos teem, no caso portugues, sustentado este estado gastador, vão passar a pagar ainda mais. Portanto aqueles chicoespertos que votaram em 27/9 no Sócrates pensando que ele lhes garantia as benesses, tirem o cavalinho da chuva, porque senão já a partir de 2010, de certeza em 2011, a receita vai ser aplicada cá no burgo. Acabou-se a festa, e o acordar vai ser muito doloroso.
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Tanta conversa de chacha sobre a Grécia já enjoa… Então a Grécia não tinha entrado nos eixos, o que lhe permitiu aderir ao Euro? Pois é. Resolveu meter-se a organizar uns Jogos Olímpicos, um daqueles eventos que os analfabetos da “comunicação” gostam de enaltecer, e o estado grego primeiro e os agentes económicos em geral depois ficaram endividados até ao tutano. Mas ao menos ficaram com boas infraestruturas desportivas e não só (novo aeroporto em Atenas, p. ex.). Portanto “investimento” público…
Neste sítio “governado” pelo palhaço sokas vai para 5 anos, depois de termos levado com 7 anos de diálogo do beiçolas guterres com a colaboração inestimável do mesmo palhaço, há 10 estádios, 3 deles às moscas (um tem uma escola primária, não é?), mais 2 quase às moscas , 2 com utilização sofrível, e apenas 3 com utilização minimamente aceitável… “Investimento” público!
E, agora o palhaço quer esbanjar mais biliões em “investimento” público.
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Pois, ó Jorge Paulo- e acha que vive tudo acima das posses se o dito sistema não tivesse necessidade de arranjar quem se individe para eles terem lucros que chegam ao céu?
Esta mania que os bancos são vítimas e os governos também nada têm a ver com os bancos e vice versa e que a base é coisa rija e da boa- sempre a garantir riqueza por leis que governam a economia dá nisto.
Meio mundo a acreditar na magia da fornicação das notas e do paraíso terreno que ela oferece.
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#14 (Licas):
A alçada é tipo apresentadeira de televisão. Se não chatear, ainda chega a Presidente da República, sem saber ler (escrever parece que sabe, mas é uma cópia foleira da Enid Blyton, e é a outra, a colega, é que faz quase tudo, o papel dela era mais o networking xuxa)-
E, depois, apesar de velha, ainda tem boa apresentação… E tem aquele ar moderado de tia de que os jornalekeiros tanto gostam.
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O trunfo da Grécia era ser um buffer dos países de Leste.
Quando o Leste emigrou para o Este todas as palermices (medidas económicas) da Grécia saltaram à vista.
O facto do governo português ser incapaz de governar em democracia, ter uma visão pato-bravo da economia e do seu PM estar sempre metido em trapalhadas, começa a saltar à vista do BCE.
Para quem acha que o futuro do país é exportar emigrantes, e ser remediado, a grande oportunidade chegou .
PS. Não esquecer que temos o melhor jogador de futebol do planeta.
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“…não tivesse necessidade de arranjar quem se individe para eles terem lucros que chegam ao céu…”
nem a comer endivias se fica assim
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Anda tudo muito contente. Quanto pior melhor não é?
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Ó Piscoiso
Bailout em inglês quer dizer o baile que te andam a dar.
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21, quem anda a vender promessas ilusórias é que devia estar caladinho e ter vergonha na cara. Se o optimismo pacóvio nos tirasse da crise e criasse riqueza, a vida seria bem mais fácil, mas a ingrata realidade tende em desmentir a saloice ridícula com que o “pugresso” só-cretino nos anda a propagandear (com o dinheiro dos nossos impostos).
Se não soubermos para onde nos dirigimos, como podemos mudar de rumo e evitar o abismo?
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# 20- Tu deves ter ficado assim a comer feijoada.
Acaso percebes corno desta treta para te armares aos cucos?
Ou acreditas que os bancos têm o dinheiro em caixa e fazem caridade a assediar meio mundo para se endividar?
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As abéculas da economia são, de facto, um fenómeno maior que os loucos e os poetas.
Este agora achava que os lucros bancários caíam do céu. E o outro acredita que só as famíliazinhas é que se endividam para comprarem carros.
Ele imagina que sem dívida tinha luz eléctrica ou água na torneira.
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Há gente mais ingénua que o Piscoiso.
O Jorge Paulo acredita que as pessoas iam deixar de usar o crédito que lhes oferecem e que os bancos podiam viver sem precisarem que alguém lhes passe o dinheiro.
E, o dinheiro que todos imaginam que existe nem é feito por rotativa que serve para encobrir o défice dos países pelo próprio Estado.
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Os bancos devem ser coisas assim à caixa-forte do Tio Patinhas. Está lá tudo dentro da piscina. O que é preciso é não gastar muito dessas fortunas tão bem guardadas.
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Eles “andem” a vender promessas ilusórias do endividamento e a carneirada anda atrás e vai lá (foram) e deram-lhes/dão-lhes, a ganhar fortunas.
E os acéfalos são eles?
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oh zaida as voltas que tu dás para disfarçar um individamento
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Da natureza à tua inteligência há-se ser grande calote.
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Há algum país que se aguente sem dívida?
Então onde está a avaria das gentinha vulgar ir atrás e imitar os ricos por hipoteca ao banco.
Não é este o paraíso em que vive o mundo?
Para que raio depois têm de inventar maus da fita e falta de jeito nos que sacam menos?
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O que é um rico a não ser alguém que consegue estar mais endividado que todos os outros?
endividar = en + dívida + ar
Percebeste ó analfabruto cagabostas? vê se aproveitas para aprender a escrever em vez de julgares que sabes alguma coisa para corrigir os outros.
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oh zaida e tu achas que o banco precisa de ter dinheiro para te conceder um empréstimo? os bancos fabricam crédito para todos os gostos e gastos e não gastam como o padeiro. é mais parecido com o teu dealer, 1 kg bem desdobrado em tempo dá bué da doses e alimenta os viciados do sistema, a porra é que já há mais janados que sistema.
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a sopeira corrigiu o individamento e faz que no pasa nada
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Não tenham ilusões.
Quem tiver dinheiro nos bancos que o vá levantar.
Quem tiver ouro que o guarde bem!
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“Quem tiver dinheiro nos bancos que o vá levantar.”
para quê? se o dinheiro vale o que os bancos quiserem. só se for para comprar acções do banco alimentar.
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#26 Não sou ingenuo, nem sei quem é o piscoiso. Havia um chicoesperto na minha terra que costumava dizer: o dever acima de tudo; morreu na miseria. É evidente que as dividas fazem parte da vida. Toda a vida houve banqueiros e agiotas que viviam do dinheiro que emprestavam. Mas é preciso pagar, e ter condições para pagar, senão entram em rotura, que é o que aconteceu à Islandia, Irlanda, Grecia, Dubai, a milhares de familias portuguesas, e um dia destes a Portugal. Os países não vão à falencia? Ai vão, podem ter a certeza que vão. No fundo, meu caro #26, o que eu quis dizer é que andamos todos a viver acima das nossas possibilidades. E isso mais tarde ou mais cedo paga-se caro. É o que está a acontecer.
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Venha de lá essa tutela europeia que a malta agradece.
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Já se esqueceram da presença do FMI em Portugal? das consequencias gravosas, para os cidadãos? Se não for o FMI, pelo caminho que o Socrates deu a este país, vamos ter uma coisa parecida a dizer ao Teixeira (ou quem vier a seguir) o que tem que fazer para garantir o pagamento aos nossos credores!
O Socrates e o Teixeira, não falam disto, estão em Beja a brincar
aos congressos entre congressos, mas è criminosos, não preparar os portugueses!
Como se vai pagar a divida externa, os prejuizos acumulados das empresas publicas , os deficits escondidos as scouts etc etc?!
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leiam o que se segue e meditem sobre os pacotes, toda a espécie de pacotes:
http://www.ionline.pt/conteudo/37348-banca-sobreviveu-gracas-ao-trafico-droga-acusa-onu
a droga é ilegal, mas há quem aproveite! se fosse legal – e não estou a dizer que gostaria de ver a droga legalizada – seriam os estados a receber os pacotes!…
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Os desvarios económicos da 1ªRepublica, pagaram-se bem caros.
Se se persistir nos mesmos erros de outrora, já não será uma ditadura a impor-nos a disciplina económica, será sim, a própria Comunidade Europeia, na «pessoa» do Banco Central Europeu, e a disciplina ferrea desta entidade não nos deve dar muito espaço de manobra, teremos que ser controlados quer queiramos quer não.
A nossa independencia estará ameaçada, as directrizes virão do exterior, e para nossa vergonha já nem precisaremos de um ditador, vamos ter vários a fiscalizar o nosso comportamento económico e financeiro.
A alternativa a este panorama negro, seria virarmo-nos para Africa em comunidade com os países de expressão portuguesa com as consequências daí decorrentes.
Cps
S.G.
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Nestas coisas de Economia, a Zazie é a maior. Agora, para além de limpar os sapatos do patrão, até aderiu ao clube piscoiso.
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#42 – para brilhar faz tudo, incluído artesanato de peito em filigrana com halazon fresh.
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41.S. Guimarães disse
14 Dezembro,
______A alternativa a este panorama negro, seria virarmo-nos para Africa em comunidade com os países de expressão portuguesa com as consequências daí decorrentes.
Cps S.G.___________________________
Consequências previsíveis
Pelo que teríamos em Portugal um M.P.L.A. indígenamente corrupto, nos Congressos uma malta filiada, de vermelho vestida, assim a modos dos do Hugo Chávez, um Executivo Presidencial, etc. e tal.
Polícia e Ministério do Interior a admitir * carícias dos carcereios * ( a que outros chamarao
tortura).
DECIDIDAMENTE NÃO!
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CD disse
14 Dezembro, 2009 às 4:05 pm
«O trunfo da Grécia era ser um buffer dos países de Leste.
Quando o Leste emigrou para o Este todas as palermices (medidas económicas) da Grécia saltaram à vista.»
Teoria interessante, esta, do buffer. Mesmo se acompanhada de dislexia geográfica.
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«Um eventual bailout da Grécia encheria de esperança o cainesiano tuga. Seria uma prova de que a irresponsabilidade vai compensando.»
Evidentemente que sim. Tem sido de irresponsabilidade em irresponsabilidade (e falsificação de estatísticas) que a Grécia tem vivido ainda que, é certo, com um crescimento económico relevante nos últimos 10 anos (ao contrário do nosso definhamento).
«Uma eventual tutela europeia da política económica dos países salvos até daria jeito ao cainesiano tuga. Poderia responsabilizar a União Europeia (e as respectivas restrições neoliberais) pelas medidas difíceis.»
Foi algo de semelhante que se passou com a crise internacional que passou a ser a mãe de todos os males(como MFL, acertadamente, fez notar) e que Sócrates tem, à exaustão, feito render.
Porém, esta hipótese, do meu ponto de vista, tem alguns méritos interessantes mesmo que, estou de acordo, possa convir ao cainesiano tuga. Tal como aconteceu com o FMI, nas duas vindas da Portugal, que nos puxou pelas orelhas a sério impondo-nos que caíssemos “na real”.
Seria uma humilhação para o país (mais uma) mas se fôr necessária para readquirirmos o equilíbrio macroeconómico mínimo, que seja. Pessoalmente, até tenho simpatia pela Sra. Merkel e por um Banco Central que visa, antes de mais, prevenir fenómenos inflaccionistas sem fazer fretes a governos.
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O palhaço
O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.
O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.
Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.
O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.
E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.
Ou nós, ou o palhaço.
http://www.jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio%20Crespo
Mário Crespo
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E ninguém quer escrever uma posta sobre o bailoutinho da Madeira?
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