Em nome de Caines
Nos últimos tempos emergiu em Portugal uma nova espécie de economista, o Cainesiano Tuga, que, embora aparentado, pouco tem a ver com o Keyneasiano Clássico. Seguem-se as diferenças:
1. O Keynesiano Clássico compreende que a sua teoria só faz sentido em grandes economias ou em economias fechadas. Defende até que as medidas devem ter um carácter proteccionista para o efeito não se perder para o exterior. O Cainesiano Tuga insiste em aplicar a teoria a uma pequena economia aberta que previamente já tinha um elevado défice comercial. O Cainesiano Tuga é por isso um adepto do estímulo à economia dos parceiros comerciais do seu país.
2. O Keynesiano Clássico defende medidas anti-ciclicas. Defende medidas expansionistas no pico da recessão e medidas contraccionistas no pico da expansão. Defende déficit público na contracção e superavit na expansão. O Cainesiano Tuga defende medidas expansionistas sempre. Durante os períodos expansionistas defende a despesa pública porque há dinheiro para gastar. Durante a recessão defende medidas expansionistas porque, apesar de não haver dinheiro para gastar, “é necessário combater a crise”.
3. O Keynesiano Clássico compreende que as medidas de combate ao desemprego só funcionariam numa economia dominada por trabalhadores indiferenciados. O Cainesiano Tuga quer aplicar a teoria a uma economia com trabalhadores especializados, esperando que as mulheres despedidas no Vale do Ave se dediquem à construção civil no Norte do Alentejo ou que a empresa habituada a fazer prédios de raiz se dedique à reconstrução de prédios históricos no centro das cidades.
4. O Keynesiano Clássico compreende que para a coisa funcionar os estímulos públicos têm que incidir em projectos de curta duração em sectores onde exista capacidade subutilizada. Esta regra é importante de forma a que o estímulo público não compita por recursos com a retoma natural que acabará por acontecer. O Cainesiano Tuga aproveita a oportunidade para defender obras públicas colossais que só poderão começar depois de começar a retoma e que se vão prolongar por vários anos após a crise.
5. O Keynesiano Clássico compreende que o investimento tem que ter retorno. Caso contrário o défice criado com o estímulo público pesará sobre a economia, via impostos, durante o período de retoma. O Cainesiano Tuga aproveita a oportunidade para defender os seus projectos-brinquedo, ou como ele diz, “projectos com retorno social”. “Projecto com retorno social” é um eufemismo para “projecto que só dá despesa”.
6. O Keynesiano Clássico compreende a teoria e consegue discuti-la em detalhe. O Cainesiano Tuga cita Caines, Obama e Krugman (Respeito. Ganhou um prémio Nobel. Vénia, vénia).
7. O Keynesiano Clássico acredita que a economia é uma ciência objectiva sobre a qual é possível falar com rigor. O Cainesiano Tuga é um “economista de esquerda” em luta contra os “economistas neoliberais”.
É só badochas no Blasfémias….
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O Cainesiano Tuga dá pelo nome de zé socrates e sus muchachus do sôcial , em contraponto ao monstro neo-liberal manelita .
pfff
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Eu acho que o cainesiano Tuga cita, sobretudo, os políticos. Os pontos 6 e 7 resumem o essencial e, a propósito, o que me parece é que o cainesiano Tuga sofre do mesmo défice de competências matemáticas que afecta a população portuguesa escolarizada, em geral.
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Clap, clap, clap.
Na mouche.
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Muito bem.
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Muito bom.
Particularmente relevante é a total incapacidade da generalidade dos defensores destas politicas em discutir a teoria em detalhe (nenhum economista o fez), nem porque é que a aplicacao das teorias “cainesianistas” nao funcionaram no passado em Portugal, já que andamos nesta lenga lenga ha 25 anos.
Mais interessante ainda é ver o impacto do nosso ensino superior de segunda. Quando a ciencia economica que um país inteiro cita é um economista dos anos 30, ignorantes de tudo o que foi escrito posteriormente, é o sintoma da total irrelevancia do ensino da economia em Portugal.
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Bem visto e melhor revelado.
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E enquanto em Portugal as comissoes de inquerito queriam fazer do Dr Constancio um bode espiatorio, nos EUA:
SEC’s Richards Leaving After Unit Missed Madoff Fraud
“Ms. Richards has worked hard over the years,” said former SEC Commissioner Edward Fleischman, now a senior counsel at the Linklaters law firm in New York. “Her resignation allows the newly cleansed and baptized SEC to say, ‘If there was anything wrong done on our part, those people are gone.’”
http://www.bloomberg.com/apps/news?pid=newsarchive&sid=aTMjGQVtAdA8
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A língua de caines é a nova língua de trapo dos tradicionais socialistas que nunca sabem onde se devem colocar para definir opções económicas de Estado. Com apetência permanente para o expansionismo do Estado, porque tal o devem à Esquerda clássica, quando dão com os burros na água, viram para o lado oposto e destam a privatizar.
Mas sempre apoiados na língua de caines.
Os cainesianistas são uns diletantes. Nada mais.
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Excelente.
Só falta citar Sócrates. O bom ,claro.
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Está Excelente!
Dos melhores artigos que li no Blasfemias desde há algum tempo.
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O Cainesiano Tuga cita Caines, Obama e Krugman (Respeito. Ganhou um prémio Nobel. Vénia, vénia).
Cita… mas mal – como é costume, aliás.
Tenho estado a ler Krugman (os livros) e não encontro muitas das ideias que lhe têm sido atribuídas.
Devo dizer que concordo com muitas das suas críticas à chamada Nova Economia e recomendo vivamente a leitura do Accidental Theorist.
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O cainesiano tuga não tem que ser economista, pode ser até analfabeto e quando o debate entra numa vertente mais técnica diz “conheço muitos economistas que dizem o contrário”.
O cainesiano tuga tem uma cassete na cabeça, só sabe falar do mesmo de sempre, o debate pode ser sobre sexo que começa o discurso a falar de sexo no primeiro instante para engatar no resto do tempo na cassete, mesmo que fique a falar sozinho, tem que repetir tudo até a náusea pois trata-se do transtorno obsessivo compulsivo de que sofre e é uma das características que o identifica.
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ah é verdade, bom post!
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O cainesiano tuga não tem que ser economista, pode ser até analfabeto e quando o debate entra numa vertente mais técnica a refuta-lo diz “conheço muitos economistas que dizem o contrário”.
assim está melhor
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Grande post.
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Caro João Miranda,
Tirando isto:
“O Keynesiano Clássico acredita que a economia é uma ciência objectiva sobre a qual é possível falar com rigor.”
Concordo em absoluto.
A Economia está muiiiiiiito longe de ser uma ciência objectiva, pois é, no fundo, uma ciência social (apesar da matemática toda). Dou de barato que será, provavelmente, a mais objectiva e “dura” das ciências sociais, mais é social “none the less”. Portanto, pode-se falar com rigor da mesma, mas é necessário ter em atenção que esse rigor não é matemático, mas antes assente em teorias que tentar “definir” comportamentos humanos. Ou seja, a economia é e será sempre falível e o maior disparate que se pode fazer é achar que a mesma é deterministica ou “científica”, como aliás esta crise financeira e os “quants” vieram demonstrar.
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Excelente!
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Independentemente dos autores e das teorias, no nosso Pais, como em quase todo o mundo Ocidental, grande parte dos investimentos foram direcçionados para estruturas e infra-estruturas destinadas às indústrias de lazer. sejam transportes, hotéis e equipamentos turísticos de toda a ordem.
Muitos não se querem dar conta que o paradigma da sociedade se encontra em mudança acelerada.
As pessoas e as famílias foram incentivadas ao endividamento ilimitado. Surge agora a célebre crise que, mais não é, que a falta de dinheiro para cumprir os cumpromissos dos deveres assumidos.
A paralizia da economia que tem levado ao encerramento e falência de milhares de empresas que têm lançado e continuarão a lançar, infelizmente, milhões de trabalhadores no desemprego sem meios de subsistência, a curto prazo. É inevitável que as indústrias de lazer venha a desaparecer na sua quase totalidade por falta de clientes.
Assim sendo, que sentido fará construir aéroportos onde o trafego aéreo será extremamente reduzido por falta de passageiros. O mesmo se passará com os transportes terrestres de alta velocidade.
Melhor teria sido investir, prioritáriamente, em meios de produção.
Portugal já foi detentor de uma indústria naval invejável localizada principalmente nos estaleiros da Lisnave e Setnave, onde eram construidos ou reparados navios de grande porte incluindo petroleiros.
Que melhor indústria para um País marítimo?
Que dizer da indústria de construção de Barragens? – Que se tranformou numa escola de Engenheiros e técnicos nessa área, que construiam no País e no estrangeiro e que praticamente desapareceu.
E a indústria pesqueira e conserveira, de que a marca Ramires será uma das poucas sobreviventes.
Assim podia continuar a inumerar indústrias de produção e contrapolas às industrias de lazer.
Prometer lazer e boa-vida, era muito mais agradável e rendia mais votos aos políticos que nos coduziram a este beco sem saída.
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Muito bem JM, muito bem…
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Miranda: bem dito.
Presumo que a atividade profissional do cainesiano tuga se extenda do sociólogo de esquerda, ao primeiro-ministro atual, aos apparatchiks das jotas, ao especialista de agitprop do Bloco, ao sindicalista que já só tem o sindicato como emprego e à generalidade dos motoristas que táxi por conta de outrem.
Sobre os projetos com retorno social, o problema não está no retorno social, este deve ser tido em conta na avaliação a fazer. O problema está nos projetos que mesmo depois de se quantificar generosamente o retorno social, a coisa continua a ter retorno total negativo.
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Excelente post, ressalvando o indicado em 18. Penso que o JM conseguiu captar bem a essência do “chico-espertismo” tuga, aplicado à área económica.
Caro 20, ora aí está o busílis da questão. Mas por enquanto o paradigma de desenvolvimento para o país continua a ser tornar isto numa estância balnear para os cidadãos de países ricos da Europa (entenda-se, aqueles que efectivamente produzem alguma coisa que se veja) virem usufruir da hospitalidade e pitoresco da população e paisagem. Daí os largos milhares de nossos conterrâneos que todos os anos emigram para essas outras paragens, onde podem trabalhar e produzir, e com isso criar riqueza para si e para o país que escolheram. Mas por cá desde que haja muito asfalto e betão para mostrar “obra”, estamos bem…
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BRILHANTE texto!
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“O Cainesiano Tuga dá pelo nome de zé socrates e sus muchachus do sôcial , em contraponto ao monstro neo-liberal manelita .”
A manelita é uma tuga cainesiana também, só um pouco menos histérica. Para ela défice de 4% e dívida pública a 60%, toca a gastar em TGV’s. O zézito com 6% de défice e 80% ou mais de dívida é só um pouco mais louco.
Só se chama á manelita monstro neoliberal porque como bem demonstra bem o texto o portugesito tem um pouco dificuldade em ir um pouco mais fundo do que a propaganda.
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A mim parece-me relevante a questao do despedimento hoje da tipa da SEC vs o limpar da imagem do Dr. Constancio… enfim, países onde ha accountability e responsabilidade.
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Em Portugal não se escreve caines.
è Quainees.
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Confusao! A ver se faco sentido disto, impulsionado pelo apelo ao rigor do ponto 7.
Ha o que o Keynes disse (anos 30). Ha o que a Sintese Neoclassica disse (Samuelson, anos 40). Ha o que os novos economistas disseram (Tobin, anos 60). Ha o que os Novos Keynesianos dizem (Stiglitz, Akerlof, Mankiw, Krugman, anos 90 e 00).
Keynesiano classico nao sei quem seja. No ponto 1 e’ Keynes. No 2 e’ Novo Keynesiano. No 3 e’ Sintese Neoclassica. No ponto 4 e 5 nem e’ Keynesiano de qualquer estirpe, e’ talvez contabilista.
Ja o Cainesiano Tuga e’ certamente um espantalho para levar porrada, ate porque explicitamente concorda com o douto Keynesiano classico no ponto 2 e nos outros so se distingue nos adjectivos.
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Não é um post, é uma lição de economia.
O problema é que os caines ladram e a caravana não passa.
Ou passa mal.
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#20
Ora aí está um dos problemas do nosso país. Falta de produção. Porquê? porque o país não tem hoje, meios de produção.
E, na altura em que Portugal poderia finalmente fazer o inventário dos seus recursos naturais, quando poderia desenvolver os meios de produção existentes, quando poderia estabelecer objectivos de longo prazo na produção industrial e agrícola/alimentar, quando poderia finalmente iniciar um período de desenvolvimento… entrámos para a CEE…
Resultado: cotas de produção. Para quem sabe, as nossas cotas de produção nas pescas, na agricultura, no vinho, nos lacticínios etc. são miseráveis. Está por explicar esse mistério do fim da nossa indústria naval que simplesmente deveria ser uma das nossas indústrias vitais.
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Não percebo bem os conteúdos dos pontos 3 e 7 do post
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“Está por explicar esse mistério do fim da nossa indústria naval que simplesmente deveria ser uma das nossas indústrias vitais.”
Qual o mistério? os Coreanos e outros faziam melhor, mais rápido e mais barato.
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E não é apenas o Caines tuga. Também temos os empregadores verdes.
Mas isto é mesmo chato:
“Abstract:
A group of studies, rapidly gaining popularity, promise that a massive program of government mandates, subsidies, and forced technological interventions will reward the nation with an economy brimming with green jobs. Not only will these jobs allegedly improve the environment, but they will pay well, be very interesting, and foster unionization. These claims are built on 7 myths about economics, forecasting, and technology. Our team of researchers from universities across the nation surveyed this green jobs literature, analyzed its assumptions, and found that the special interest groups promoting the idea of green jobs have embedded dubious assumptions and techniques within their analyses. We found that the prescribed undertaking would lead to restructuring and possibly impoverishing our society. Therefore, our citizens deserve careful analysis and informed public debate about these assumptions and resulting recommendations before our nation can move forward towards a more eco-friendly nation. To do so, we need to expose these myths so that we can see the facts more clearly.”
Daqui: 7 Myths About Green Jobs
http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1357440
Ainda ontem, o Profeta do Regime dizia que tinhamos boas notíicas. O G8 ia baixar a temperatura em dois graus centígrados com a redução em 80% da emissão de CO2. lolololololol
Quer dizer. Aquilo não é bem assim, com a Rússia na mesma altura a põr-se de fora, que não estão para brincar com os empregos russos.
Mas pronto. A Situação manda endeusar as políticas deste desgoverno e eles vão à televisão fazer isso mesmo. Nem que seja mais indirectamente.
anti-comuna
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Excelente post!
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O J. M. Keynes, o primeiro, era anti-socialista e o que ele tentou, no fundo, foi uma defesa muito inteligente do sistema capitalista.
E o nosso PM? É ou não é um “cainesiano”? Talvez o Prof. C. Santos nos saiba responder.
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Excelente.
Este post vale mais que os três manifestos juntos.
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Um perfeito retrato de Sócrates, o executor e de João Galamba, o “teorizador”…
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Excelente post!
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35
Não foi o Keynes que disse que ficou comovido quando leu “O Caminho para a Servidão” de Hayek?
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Post que provocou orgasmos nalguns comentadores.
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Em fim de regime, dar uma maozinha aos amigos
12. Resolução do Conselho de Ministros que nomeia o mediador do crédito
Resolução procede à nomeação do licenciado João José Amaral Tomaz como mediador do crédito.
O medidor do crédito tem por missão a defesa e a promoção dos direitos, garantias e interesses legítimos de quaisquer pessoas ou entidades que sejam parte em relações de crédito, bem como contribuir para melhorar o acesso ao crédito junto do sistema financeiro.
In Correio da Manha
João José Amaral Tomaz nasceu a 7 de Outubro de 1949 e licenciou-se em Finanças pelo Instituto Superior de Economia. Entrou para a Direcção-Geral das Contribuições e Impostos (DGCI) em 1968. Em 1990 chegou à categoria de subdirector-geral.Em 1993 vai para Bruxelas como conselheiro técnico da REPER. Regressa a Portugal em 2001. Em 2005 é nomeado secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.
26 Janeiro 2008
Aumenta pressão sobre o Governo
A confirmação da saída do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, João Amaral Tomaz, veio colocar uma pressão redobrada sobre o primeiro-ministro para mexer no Governo. Ontem, José Sócrates foi obrigado a admitir a saída de Amaral Tomaz, depois de este ter dado uma entrevista ao ‘Semanário Económico’ revelando que pediu para sair do Governo no Verão e que o primeiro-ministro lhe pediu para ficar e fazer a presidência portuguesa da União Europeia.
Combinei com o secretário de Estado que trataríamos disso com a proposta do ministro das Finanças e depois de terminada a presidência”. Segundo apurou o Correio da Manhã, Amaral Tomaz terá alegado “problemas de saúde” para deixar o Governo, ficando a sua substituição em aberto até ao final deste mês.
Problemas de Saude que rapidamente foram ultrapassados
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#40,
Piscoiso disse
Post que provocou orgasmos nalguns comentadores.
E tu não podias fechar a boca?
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# 39
Efectivamente, atribuem essa reacção ao JMKeynes, mas não confirmo.
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“12. Resolução do Conselho de Ministros que nomeia o mediador do crédito”
Ahhh chegaram os Mediadores. Já não bastam as Comissões, os Observatórios, as Entidades Reguladoras e os Provedores.
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Piscoiso:
Quem diz o que não deve (#40), ouve o que não quer (#42).
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Um post à João Miranda.
Muito bom.
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#45.
Digo o que me apetece e não o que devo, porque não devo nada a ninguém.
Sobre o #42., define a claque.
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João Miranda,
Deve publicar em mais locais este texto. Muito bom.
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Um dos melhores posts de sempre deste blog. Muito bom!!!
Devo dizer que o ponto dois resume completamente o Cainesiano Tuga: Expansionismo para sempre…défice para sempre!!!
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Grande texto.
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Piscoito…força!!Continua!
(apenas um pequeno apoio! mas quem são esse #42 e #45!?!?)
P.S. Já agora.Grande Post!!
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Excelente post.
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Portugal, ilhota desnorteada neste vasto ‘oceano’:
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“El avance a la estabilización será desigual. Las economías en desarrollo irán más rápido, sobre todo Asia, mientras las avanzadas no registrarán “un repunte sostenido” hasta la segunda mitad del año próximo. En su actualización para las potencias industriales, el FMI deja intacta la contracción del 3,8% para 2009 y mejora, a un crecimiento de seis décimas, la previsión para 2010.
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En el caso de EE UU, las previsiones se revisan al alza. La contracción será del 2,6% este año y, en lugar de estancamiento, espera que la economía del país crezca ocho décimas en 2010. También predice una mejora para Japón. Sin embargo, en Europa no hay muchas señales de estabilización, y “se recuperará más lentamente”. El PIB de la zona euro, sostiene el Fondo, sufrirá una caída del 4,8% en 2009 y de tres décimas en 2010. Alemania se contraerá un 6,2% este año, un 5,1% Italia y un 3% Francia.
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Fuera de la eurozona, Reino Unido también caerá. Un 4,2% exactamente. España es el país que sufre el recorte más destacado en las previsiones, comparado con lo dicho en abril. Y en 2010 será, además, el país que tenga el dato negativo más alto, mientras el resto mirará la recesión por el espejo retrovisor -excepto Alemania e Italia-. Para los dos ejercicios, la proyección del Fondo Monetario es medio punto peor de la anticipada por el Gobierno español.
http://www.elpais.com/articulo/economia/FMI/empeora/pronostico/Espana/caida/PIB/elpepueco/20090709elpepieco_7/Tes
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Au G8, le Sud renâcle à suivre le Nord sur l’environnement
http://www.lemonde.fr/international/article/2009/07/09/au-g8-le-sud-renacle-a-suivre-le-nord-sur-l-environnement_1216905_3210.html
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G8 summit proves to be outdated and useless
http://english.pravda.ru/world/europe/09-07-2009/108026-g8_summit-0
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Global Banking Economist Warned of Coming Crisis
http://www.spiegel.de/international/business/0,1518,635051,00.html
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THE BEAR’S LAIR
The perils of multipolarity
http://www.atimes.com/atimes/Global_Economy/KF24Dj01.html
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Excelente resenha. O palhaço sokas deverá chamar-lhe “çarvei” (do inglês, survey), mas não gostará dela. Aliás ele é o cainesiano tuga mor, vulgo ignorante emproado.
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E o que pensaria o economista Keinesiano, dos investimentos do governo em políticas de formação tornadas obsoletas em menos de 10 anos? É o caso do novo projecto de DL, que em mais uma idiossincracia cultural, prevê colocar centenas de técnicos no desemprego, após andar a formá-los à custa dos fundos comunitários, ignorando quaisquer direitos adquiridos consagrados na Constituição.
Ah pois é, o governo quer agora decretar, à sombra dos interesses de certas ordens, que já não é a formação específica em segurança, higiene e saúde no trabalho (SHST) a necessária para assumir funções de coordenação de segurança no sector da construção civil e obras públicas, mas a formação em engenharia civil ou em arquitectura, pelo menos nas obras de maior valor, porque no mercado residual das obras baratitas, os técnicos com formação específica já podem! O governo quer ainda regular esta pretensão com efeitos retroactivos!!
Será que estamos na presença de um desses economistas ditos não clássicos, no caso ao serviço do governo, que descobriu que o melhor para combater a crise e o desemprego é promover o acesso ao emprego a ritmos alternados: agoras estas licenciaturas, depois aquelas, depois a ver para que lado vamos…ora vejam: http://aventar.eu/2009/07/04/as-trapalhadas-socialistas/
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Piscoiso está com ciúmes. Ele é que queria provocar orgasmos em alguém.
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Quem ainda acredita que a política à portuguesa tem alguma coisa a ver com um autor (à excepção talvez de Marx, Groucho Marx) da vasta literatura que se tem produzido sobre essa coisa vaga a que chamam Economia está em vias de ter grandes desilusões. Os problemas dos portugueses derivam de questões de cultura mais gerais. Os conceitos económicos enunciados pelos economistas são infinitamente menos operativos do que as redes sociais de padrinhos e compadres só para citar um exemplo. Se Sócrates erra não é por certo devido às más influências deste ou daquele autor. É muito mais provável que as más decisões sejam influenciadas por um economista sim, mas um com quem ele priva diáriamente. Este campeonato entre ideólogos da Economia é apenas mais um sintoma da nossa imaturidade.
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muito bem. isto anda-me mesmo a lembrar africa , a morrerem de fome numa terra que dá 2 colheitas por ano.
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João Miranda,
Parabéns!
Costumo admirar muito o tom certeiro e a concisão dos seus textos. Este atingiu um nivel de refinamento climáctico. Faça lá favor de o pôr noutros sítios também.
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e cá para mim ainda ninguém percebeu que o sector serviços já não dá para expandir mais…no tempo do Keynes aposto que 60% da população (em 2005 , em 2008 já devia ser mais ) não trabalhava nos serviços.. 1.8% era a % de população no sector primário em 2005 : comidinha , coisa sem a qual ninguém passa ; 38 % no sector secundário ( a maior parte deve ser construção , se calhar mais de metade – não sei , o resto é aquilo de que alguém falou para aí , as quase inexistentes indústrias ) .
Mesmo sério que não acham que há alguma coisa de muito errado? mesmo sério que há falta de doutores cainesianos e outros ?
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ah ah ah esta posta do Miranda é uma maravilha. Portugal o país do “Cainesiano Tuga”. Nada é a sério cá. Primeiro tivemos o “fassismo”, depois as “comprativas” e por fim o “xuxialismo”.
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O cainesianismo tuga cai sobre os contribuintes tugas.
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Inspirado!
(vénia, vénia)
🙂
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Simplesmente genial João Miranda. Tomei a liberdade de lhe “roubar” este post na íntegra lá para o burgo.
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…e portanto só o neoliberalismo nos salvará, visto que os princípios teóricos de Keynes, não têm (nem tiveram) aplicação em quase nenhuma das economias mundiais, utilizando para isso as mesmas “soluções” que nos conduziram a esta Crise?
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Para os ignorantes que nao sabem onde comecou a crise, ha um momento no tempo que definiu o seu comeco, e foi quando o Governo norte americano obrigou a Freddie Mac e a Fannie Mae a manter uma determinada quota de emprestimos a habitacao a minorias etnicas e a clientes de fracos recursos, i.e., a clientes sub-prime.
Ou seja, foi uma medida socialista, e os erros de supervisao que nos trouxeram a este ponto.
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A nossa indústria naval desapareceu porque, entre outras coisas, a partir de determinada altura que me dispenso referir, os operários trabalavam mais à mesa das marisqueira do que nos locais de trabalho dos estaleiros.
Como nessa altura os contratos ainda eram para cumprir, a prática era fazer o menos possível durante os horários normais de trabalho,para cumprir os prazos à base de horas extraordinárias aos fins de semana. Peço desculpa aos trabalhadores para quem estou a ser injusto mas foi o que aconteceu de uma maneira geral.
Assim não admira que: “Os coreanos e outros faziam melhor, mais rápido e mais barato.”
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Depois de uma leitura atenta, quer do post inicial, quer dos comentários ao mesmo, pode concluir-se que a generalidade dos intervenientes não leu e muito menos estudou Keynes.
A partir dum “boneco” do keynesianismo pintado pelo JM, desenvolve-se toda uma argumentação (?) que não tem qualquer espécie de validade teorica, mas que serve perfeitamente para animar as hostes dos ditos neo-liberais e anarco-capitalistas.
Nesta lógica, o post do JM até se afigura certeiro, pois correspondeu integralmente aos desejos do seu público alvo…
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Alguns dados :
Em Portugal existem cerca de 236 mil micro empresas(fonte da AEP e AIP). Considera-se micro empresa, a que tem até 9 trabalhadores. Sabe-se que destas 236 mil uma grande parte (não quantificada), tem entre 3 e 4 trabalhadores. Destas 236 mil, metade, factura até 150 mil euros/ano.
Pergunta : algum governante, ministro, secretário de estado, deputado ou político tem noção desta realidade. Alguma dessas pessoas tem a noção do que representa esta realidade na economia do nosso país?
Como é possível compreender as “medidas” que este governo anuncia ou toma, afirmando que são de apoio à nossa economia, ou, como é possível compreender as “propostas” de quem se apresenta como substituta do actual primeiro ministro.
Somos governados por incompetentes há mais de 2 décadas e assim vamos continuar infelizmente. E, o mais engraçado é que continuaremos a cantar e a rir, como aqui neste blog por exemplo.
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Caro João Miranda,
Meteu a pata na poça num dos exemplos sobre a indiferenciação dos trabalhos: qualquer empresa de construção civil está habilitada a fazer reabilitação de imóveis, bastando para isso que siga o caderno de encargos e as especificações ditadas pelos projectos de arquitectura e engenharia.
O motivo para isto é que os trabalhos de construção não são muito diferentes para uns e outros: um carpinteiro tanto recuperará um pavimento em madeira num prédio antigo como colocará um num novo.
Há uma diferença entre restauro, que tem de ser feito por empresas especializadas, pela aplicação de técnicas não agressivas em superfícies sensíveis, e reabilitação.
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