Saltar para o conteúdo

“Assembleia municipal” *

19 Dezembro, 2009
by

O Governo está a encenar uma pungente vitimização tentando aproveitar a janela de oportunidade entre Abril e Junho de 2010 para precipitar Legislativas antecipadas.
Cavaco Silva deu a entender que não alinhará nessa jogada – mas Sócrates pode querer ir ainda mais longe.
Caso o PS de Sócrates não queira voltar a formar Governo, dificilmente a Oposição se entenderá para o fazer. Nesse caso, o País arrastar-se-á penosamente até às Presidenciais com um Executivo de iniciativa do Presidente – o que custará a reeleição a Cavaco.
Logo a seguir, Sócrates garantirá que a maioria absoluta é imprescindível e que o Parlamento deve comportar-se como se fosse uma dócil assembleia municipal – daquelas em que quando quem manda fala os outros baixam as orelhas…

* Correio da Manhã, 17.XII.2009

19 comentários leave one →
  1. Co2 permalink
    19 Dezembro, 2009 14:05

    O que eu mais gosto de ler são bruxedos…

    Gostar

  2. 19 Dezembro, 2009 14:19

    Pois.

    Até já nem governa. A campanha eleitoral, que começou na noite das eleições, está em marcha acelerada. Aquela dos atrasos sucessivos que fez o engenheiro da treta faltar ao Conselho de Estado, já é resultado de uma agenda de campanha.

    A Oposição tem que ficar esperta, a janela vale para os dois lados.

    O PSD tem que resolver o seu problema de liderança e preparar as tropas para o combate.

    Senão trama-se…e desta vez a coisa é séria.

    PS. Anda para aqui um tipo a plagiar o AB do meu nick. O Avatar é diferente e, penso, os comentários são facilmente identificáveis como de baixo nível. Se continuar vou acabar por lhe deixar o espaço.

    Gostar

  3. 19 Dezembro, 2009 14:20

    Só faltou adivinhar o resultado do jogo de domingo.

    Gostar

  4. 19 Dezembro, 2009 14:25

    Acontece que Sócrates é do Benfica…
    e Lucílio Baptista , também.

    Gostar

  5. 19 Dezembro, 2009 14:59

    Humanidade de pedra
    Fui “dispensada”. Como uma peça de uma máquina mal oleada, fui posta de lado. “Despedimentos” como estes, sem aviso prévio, de um dia para o outro, sem nos olharem directamente nos olhos, estão na ordem do dia. Preparemo-nos.
    Em Portugal um em cada cinco trabalhadores estão nestas condições precárias, falsos recibos verdes. Pessoas que, respondendo a horários de trabalho, hierarquias, desenvolvendo trabalho nas instalações da empresa e possuindo rendimento fixo, constituem tudo excepto simples prestação de serviços, como as entidades patronais preferem chamar. Milhares de jovens licenciados, entre muitos outros, encontram-se sujeitos a inesperadamente ficarem sem trabalho no dia seguinte, um despedimento simplex. Ferramentas descartáveis.
    Não creio que este problema surja apenas por más decisões políticas. Decorre de um modo de vida generalizado, de uma falta de espírito gritante. Este tipo de relações entre as pessoas surge de uma crescente disfunção social, uma caprichosa patologia humana que só estima a ambição, a vontade de poder, e que desenvolve uma fria incapacidade de sentir os outros. George Orwell previu uma sociedade assim, uma geração de autómatos a quem é incutida uma forma de agir, de pensar, de viver uma vida predefinida com a qual não conseguirão contra-argumentar pois perderam entretanto todo o sentido crítico. Saramago no “Ensaio Sobre a Cegueira” conta-nos como uma estranha epidemia atinge a humanidade, causando a súbita perda de visão. É sob esta doença que se revelam as mais obscuras características humanas, testemunhas da degradação da sociedade, a falta de moralidade nas relações, uma cegueira de valores.
    Pondero agora seriamente outras alternativas de trabalho, pois não são estas as regras e as peças com que quero jogar este jogo. Tentarei agora afastar-me deste ritmo, destes valores, destas desconsiderações, deixando lugar para aqueles que não exigem ser olhados de frente, olhos nos olhos. Junto-me a um vasto conjunto de arquitectos-desiludidos que procuram nas áreas próximas desenvolver um trabalho mais humano, mais criativo e compensador. Serviram-me os últimos anos, a passagem por dois ateliers e muitos testemunhos de amigos e colegas, para perceber que este não será o meu caminho. Não digo a arquitectura em si, mas a forma mais clássica que encaramos a sua prática.
    Confronto-me agora com este desencanto, na verdade, com desilusões que não tardavam em manifestar-se, fosse qual fosse o episódio que as acordasse. E tive aqui oportunidade de estabelecer breves encontros e desencontros com aqueles que, sem saberem, foram dando mais sentido ao rumo que escolho agora caminhar.
    É mais do que um momento de reflexão e expansão.
    http://www.azulporcelana.blogspot.com/2009/06/humanidade-de-pedra.html

    Gostar

  6. 19 Dezembro, 2009 15:12

    Acontece que Sócrates é do Benfica…
    e Lucílio Baptista , também.

    Um não tem relevância nenhuma e o outro foi muito bem escolhido. Vai querer limpar a imagem do penalty.
    Até uma criancinha da primária perceberia isto.
    A “sem ponta de vergonha” como o gorducho intitulou o post miserável em que não deixa ninguém falar está aqui bem demonstrada.

    Gostar

  7. Manolo Heredia permalink
    19 Dezembro, 2009 15:28

    Já hoje é Assembleia Municipal. Quem manda em Portugal são os banqueiros credores da dívida pública e não-pública. O Sócras é o Capataz!
    Se a Nelita FLeite quiser ser 1º ministro só tem que se candidatar ao lugar de Capataz, mas antes tem que se deixar de bocas contra as decisões dos patrões (TGV, Aeroporto, Etc.).

    Gostar

  8. 19 Dezembro, 2009 15:33

    Este AMorim insiste em fazer previsões.
    Alguém devia dizer-lhe que não tem qualquer capacidade para isso.
    Tomara que o pinóquio se canse, porque quando cair não mais se levantará.

    Claro que é preciso ser um lutador para perceber a fraqueza de um adversário.
    Essa capacidade só se adquire na sequência de muitos combates, uma coisa a que chamam experiência e que o Amorim ainda tem muita falta.
    Sobrestimar um adversário pode ser tão perigoso como subestimá-lo.

    Gostar

  9. 19 Dezembro, 2009 16:32

    Parece-me demasiado arriscada uma estratégia que coloque em causa, mesmo que provisoriamente, o poder de quem o detém. Além disso, o caso Face Oculta desgastou ainda mais a imagem de Sócrates.
    Não. O que o governo vai fazer não é isso. Vai hipotecar o país e distribuir os últimos tostões, enquanto ainda há tostões. O que não houver, pede emprestado (talvez pela última vez, pelo menos em condições minimamente decentes). 4 anos depois, o último a sair que feche a porta.

    Gostar

  10. 19 Dezembro, 2009 16:43

    Não me parece que o objectivo de CAA seja “prever o futuro”, mas apenas colocar uma hipótese como base de trabalho. É isso que se faz no âmbito das ciências sociais, como suporte (necessariamente falível) de qualquer plano.

    Nessa linha, penso ser evidente que Sócrates tenta eleições antecipadas. Já o resto do “cenário” me parece menos óbvio. Há quem, dentro do PS, esteja farto do engenheiro (e não é só a linha Manuel Alegre), tendência que pode aumentar a sua influência, a partir do momento em que se torne evidente que ele (Sócrates) deixou de ser a chave para aceder às benesses do poder. Por isso, o “feitiço pode virar-se contra o feiticeiro”, desde que os restantes partidos saibam desmontar a estratégia de vitimização em curso.

    Gostar

  11. 19 Dezembro, 2009 17:09

    “ele (Sócrates) deixou de ser a chave para aceder às benesses do poder”. Acha? de facto, este é o ponto essencial. Porém, a mim parece-me que essa realidade está fora de questão – A chave para as benesses continua a ser Sócrates. Por isso é que ele lá está. Aliás, sem Sócrates, o PS seria um caos igual ao PSD.

    Gostar

  12. 19 Dezembro, 2009 17:49

    «o País arrastar-se-á penosamente até às Presidenciais com um Executivo de iniciativa do Presidente – o que custará a reeleição a Cavaco»

    Não obrigatoriammente.
    Poderia ser uma excelente oportunidade para um ‘golpe de estado’ democrático.
    Um governo de independentes, denunciando o devorismo que tem dominado o regime.
    Se Cavaco Silva, em quem não votei,
    quisesse fazer o papel de Charles de Gaulle.

    Talvez não seja capaz. De arriscar.

    Gostar

  13. tric permalink
    19 Dezembro, 2009 18:30

    “Intromissão” de Cavaco coloca estabilidade em causa” !!!??

    “O dirigente socialista Sérgio Sousa Pinto acusou hoje o Presidente da República de se “intrometer” na agenda do PS sobre casamentos homossexuais, advertindo que, se fizer “coro” com a oposição de direita…”

    ohhhhhhh mããããeeeeeeeee, tira-me deste filme!!…é só PALHAÇOS! Quando é que caí este Governo!!?? eu bem me parecia que os Xuxas tinham introduzido o tema dos IDIOTAS UTEIS,para desviar as atenções da gravidade da situação economica ! e grande PARTE dos comunicação social permite que isto aconteça, não se escandaliza!! deve estar mais interessada em defender os interesses dos gays do que dos reais interesses dos PORTUGUESES! É só palhaços, não admira o estado do país…

    Gostar

  14. 19 Dezembro, 2009 19:28

    Aproxima-se o tempo em que não existem tachos para comprar os que se vendem. O Trocas não pode governar(-se) sem imprimir medo e para tal ameaçar.

    O fim do boneco de plástico não vai demorar muito. Vai fugir, claro.
    No entretanto deixa um país e um povo irreconhecíveis.
    Maldição é não ser julgado (+ os capangas) pelo que fez.

    Gostar

  15. al harem permalink
    19 Dezembro, 2009 19:48

    CAA, essa hipótese já foi, o pr não é completamente estúpido, não o vai deixar fugir sem perder completamente a face. Não esqueça, o PSD pode ressuscitar. O edgar # 9 está mais próximo da realidade. Agora, o que vocês não sabem, é que há círculos demasiado influentes que já puseram o zézinho de lado, quem o lá pôs vai de lá tirá-lo em breve. Estão no meio de uma operação arriscada que passa por o colocar naquela posição desconfortável de não ter & para pagar nem pensões, nem ordenados. O teixeira sabe da marosca e quer fugir, acabará por fugir, vocês vão ver.

    Gostar

  16. 19 Dezembro, 2009 20:32

    2007-03-18 – 00:00:00
    Entrevista: Marques Mendes
    Jornalista : Jorge Paula

    Marques Mendes, líder do PSD, acusa o primeiro-ministro de ter um projecto de poder pessoal perigoso para a democracia. Irónico, diz que o País só está melhor do que o Burundi e afirma que o aeroporto da Ota pode ser o pântano de Sócrates.
    Correio da Manhã – Gosta do estilo de José Sócrates?
    Marques Mendes – Não vou comentar estilos. O que acho é que a atitude que o primeiro-ministro tem utilizado é errada. Essencialmente porque tem a preocupação de atirar portugueses contra portugueses. É uma atitude política errada. É um pretexto, a alegada existência de privilégios de todas estas classes, como se de repente se tivesse descoberto que o País é formado por privilegiados. E sobretudo tem um objectivo muito mau: explorar o sentimento da inveja nacional.
    – Da inveja?
    – Da inveja nacional. No momento em que ataca um sector está a colocar na prática portugueses contra portugueses. Um segundo aspecto negativo na sua atitude é a tentação que se nota de um controlo enorme do poder. Eu alertei em Dezembro para o facto de o primeiro-ministro parecer ter um projecto pessoal de controlo de poder, de acumulação de poder.
    – O tempo deu-lhe razão?
    – Três meses depois já perceberam que não era um ponto de vista partidário, mas sim a constatação de uma realidade.
    – Está a referir-se ao recente anúncio de concentração de poderes policiais?
    – É o último exemplo e dos mais perigosos, mas não é o único.
    – Quais são os outros? A Comunicação Social?
    – Há uma preocupação enorme de controlo na Comunicação Social, nos centros de decisão económica, na Justiça, na investigação criminal e mais recentemente nas polícias. Já não é uma questão partidária. Tem a ver com a qualidade da nossa democracia. Isto não é autoridade. É abuso de poder. É confundir maioria absoluta com poder absoluto.
    – A Comunicação Social está a ser objecto de diversas medidas polémicas. O que é que vai fazer?
    – Neste domínio da Comunicação Social há uma preocupação crescente de controlo, um controlo cada vez mais apertado. Nesta matéria todos os partidos têm pecados. Mas os Governos anteriores, de todos os partidos, em comparação com este, são uns meninos de coro.
    – Também teve a tutela da Comunicação Social.
    – Todos os Governos têm essa tentação. Estou a reconhecer isso. Agora, repito, em comparação com o que se está a passar, são todos meninos de coro.
    – E Sócrates não é um menino de coro.
    – Não. Acho que não é tanto um projecto partidário. É muito pessoal. É o poder em sectores nucleares na mão de uma pessoa só. E em democracia isto não pode acontecer. A democracia é o regime do equilíbrio de poderes.
    – O que é que o PSD pode fazer para contrariar esse projecto pessoal?
    – É o que temos feito. Denunciar a situação.
    – Mas se a situação é tão grave não pensa alertar o Presidente da República?
    – Cada coisa a seu tempo.
    – Está a renascer o Estado policial? É perigoso para a democracia?
    – É perigoso e afecta a qualidade da democracia. Eu alertei em Dezembro para esta situação e agora vastos sectores, que não têm nada a ver com o PSD, dão-me razão. Está em curso este projecto de poder pessoal. A denúncia que fizemos está a seguir o seu curso e acho que a força da opinião pública é o instrumento essencial para que o Governo recue em intenções que não são boas para a democracia.
    (…)
    – Como é que explica, então, a posição irredutível do primeiro-ministro? Por ser teimoso? (OTA)
    – Esta teimosia é grave. E só há uma explicação: como a situação do País é grave, os resultados são nulos e não tem nada para apresentar ao País, quer a toda a força mostrar obra.
    – É um alibi?
    – É uma tentativa de mostrar que afinal há qualquer coisa, há obra, para tentar desviar as atenções dos problemas reais quer na economia, quer na saúde, quer no desemprego. E para isso tenta criar um elefante branco, fazer um erro colossal.
    – Que pode ser fatal para Sócrates?
    – Olhe, Sócrates pode acabar no pântano do aeroporto da Ota se não tiver o bom senso de recuar. O Governo não pode querer resolver o seu problema à custa do dinheiro de todos os portugueses.
    – É tão grave que levou o problema a Cavaco Silva?
    – Ao fim de um ano foi a primeira vez que pedi uma audiência ao Presidente da República. Mas este caso é sério demais, porque podemos estar perante um erro colossal, porque a teimosia pode levar a um disparate que compromete os próximos Governos e Orçamentos.
    (…)
    – Há causas para a corrupção. Quais são?
    – Olhe, digo isto com algum exagero, mas reconheço que cada lei que se faz em Portugal é um convite à corrupção. Porque são complexas e burocráticas

    Gostar

  17. 19 Dezembro, 2009 20:35

    O TEATRO GOVERNAMENTAL: PARA QUE SERVE?

    O governo do sr. Sócrates anda frouxo, maçudo, encalhado. A desorientação governamental, bem visível no manguito de munições verbais postas a correr pelos panegiristas costumeiros, é formidável. As várias e incultas conspiratas & aranzéis provincianos, sem tacto nem decoro, que todos esses sujeitos liliputianos – cujo talento ninguém inveja – mantêm por todos os lados e em todas as cores, são desprezíveis como escola política e inúteis para um qualquer rendez-vous que se preze.

    A agitação estéril de um Vieira da Silva, e a lamúria que a acompanha; o enxurro de intervenções críticas acerca do esmalte da nova oposição iniciada pelo sr. Francisco Assis (o novo picareta-falante); a vistoria alvoroçada às tropas socráticas dirigida pelo reaparecido sábio Almeida Santos ou os longos e trémulos registos sobre a ingovernabilidade, aludidos pelo sempre histrião Jorge Lacão, explicam o estado da coisa e a balbúrdia económica & política que virá a seguir. E o nosso infortúnio.

    A ruidosa vaudeville teatral composta pelo grupo do sr. Sócrates não é uma mera provocação político-parlamentar ou uma natural estratégia de vitimização. A dramatização da coisa, pela raridade do descalabro financeiro a que a paróquia chegou, não permite concluir que essa piedosa estratégia vise a perpetuação futura do poder ou que, nesse requinte de intriga, se reclame a salvação da pátria, uma vez remida das suas moléstias. O expediente usado pelo grupo de interesses do sr. Sócrates significa apenas que nestes quatro anos de governação a “obra” ou a “encomenda” está cumprida e publicitada. Não há mais nada a fazer. Porque, simplesmente, se bateu no fundo mais depressa com que se contava e pouco há a recolher no futuro.

    Que venha do sr. Sócrates o desejo de ser emparedado – quer via Parlamento, quer pelo sopro presidencial do dr. Cavaco ou mesmo pelo labor e honradez das secções do ex-Partido Socialista – não acrescenta nada ao desenrolar das acções futuras. O sr. Sócrates e os seus amigos (quase a lembrar os últimos dias do dr, Vale & Azevedo) estão em fuga maviosa. E de saída. Tudo recomeçará depois, sem recato e sem memória. Estranha maldição, a nossa!
    http://www.almocrevedaspetas.blogspot.com/search/label/Governo

    Gostar

  18. 19 Dezembro, 2009 22:08

    O Pisca a coisa está como o governo.

    Gostar

  19. Tribunus permalink
    20 Dezembro, 2009 18:12

    Mas porquea oposição não se vai entender a formar governo, se o socrates for pela borda fora? O PC, PSD e CDS, podem formar um governo equilibrado, se não o fizerem tem os cães socialistas e blico de esquerda a morder-lhe nas canelas! a salvação dos comunistas não è encostarem-se aos socialistas nem BE!
    Alem que os deputados deste 3 partidos vão quere manter o emprego!

    Gostar

Indigne-se aqui.