O programa * (com nota)
11 Janeiro, 2010
Miguel Vale de Almeida, com deslumbramento eufórico dos que se crêem vencedores para sempre, anuncia os próximos passos.
Alguns deles, claro, estão proibidos pelas regras parlamentares. Isso, na duvidosa suposição de que estamos num Estado de Direito. E de que ainda resistem alguns cérebros funcionais na Oposição capazes de perceber que a falta de inteligência política paga-se caro na dita. E que a pose irremediavelmente pascácia, quase bovina, do PSD e do CDS nos casamentos gay, no acordo da Educação, no Orçamento e, em breve, na Justiça, só promete oferecer ainda mais vitórias a Sócrates.
* Também publicado aqui.
NOTA: Miguel Vale de Almeida arrependeu-se de ter divulgado as suas intenções.
25 comentários
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devia publicar a enrabadela do imperador Adriano a Antinoo pintada por Édouard Avril no séc. XIX
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A uma acção corresponde uma reacção.
Sempre foi assim.
Todas essas «leis» fracturantes são para revogar e mais tarde responsabiliza os seus mentores.
Portugal está à deriva e entregue a uma trupe de muito baixo nível.
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Neste tema, como em outros, CAA está mais à direita do que o bloco PPD/CDS !
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Mas o que o PSD tem para oferecer ao povo é mais disto:
http://sic.sapo.pt/online/noticias/programas/reportagem+sic/Artigos/Queremos+o+nosso+dinheiro.htm
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http://www.youtube.com/watch?v=65K2AkLPLFs
São todos feitos da mesma massa…(da nossa massa).
Só estes é que ganharam dinheiro, todos nós perdemos.
Porquê?
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Caro CAA,
Eu sonhei ou você foi um dos que repetiu até à exaustão que este assunto não era prioritário e que esta discussão se fazia à custa dos temas verdadeiramente importantes para o país?
Pensava que ia mudar a página depois da aprovação do casamento, mas já vi que não. Esta obcessão pelos gays começa a ser um caso para analisar na marquesa do psicanalista…
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É sabido que Sócrates é do Benfica, e vitórias de Sócrates serão, por tabela, vitórias do Benfica.
O que pode ser insuportável para outros emblemas.
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Não haverá por aí um mata moscas que acabe com esse melga do meu sobrinho?
Alguem aguenta isto?
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Fazer o quê? o tapete está esticado e todos cairão. Não tem nada a ver com opções porque os cenários estão traçados para todas as hipóteses.
O BE já está no papo com o casamento gay, agora a adopção, e ainda a luta dos professores.
Segue-se o PSD. Diz sim e perde. Diz não e perde também. Diz nim e perde mais uma vez. O controlo da comunicação social é isso mesmo. A voz que soará mais alto será sempre a do PS e qualquer justificação do PSD é abafada, se é que alguma vez passa na íntegra.
Só a figurinha é que contribuirá para o seu próprio descalabro. É tão fácil enjoar até ao ódio. Aquele som, aquele sorriso, aqueles maneirismos, tudo é enjoativo. É preciso tempo e muito trabalho de bastidores.
Não julgue que PPC muda alguma coisa. Verá em plena AR o PM perguntar-lhe se já mudou as fraldas. Dava jeito que essa vergonha destruisse os outros, agora é tarde para não destruir mais um.
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Ricardo,
«Eu sonhei ou você foi um dos que repetiu até à exaustão que este assunto não era prioritário e que esta discussão se fazia à custa dos temas verdadeiramente importantes para o país?»
Não sonhou.
Mas não sou eu que faço a relevância dos temas – só digo a minha opinião quando comento esses mesmos temas.
O País está a perder tempo com isto – eu não sou político e tenho de comentar o que se passa. Ou seja, neste caso comento a perda de tempo com este tema de franjas agora falaciosamente metamorfoseado em matéria de grande transcedência política.
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O MVA esqueceu-se do contrato de locação de útero (ou de será o contrato de comodato de útero?), para a PMA de parelhas com os cromossomas x e y, e dos bancos de óvulos (de esperma já há).
As linhas de montagem huxleyanas vêm na próxima legislatura.
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———————–
Nas então este Vale de Almeida também pratica bestialidade?!…
Xico
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Ditado Português:
«Com papas e bolos se enganam os tolos».
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CAA fez campanha pelo sim à despenalização do aborto, sem que a crise o apoquentasse (e fez muito bem defender o sim). Agora não gosta disto, faz comentários insultuosos com várias entrelinhas (as referências a Portas)… Deve ser só por ser da Nova Democracia. Deve ser isso, porque não quero acreditar que é uma qualquer coisinha só com o CDS.
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Marujo,
Essa de fazer uma paralelismo determinista entre a despenalização do aborto e o casamento gay une-o intelectualmente aos sectores mais boçais da blogosfera.
Quanto aos partidos: não sou de nenhum há pelo menos 5 anos.
Mas não renego o meu passado, mesmo quanto às coisas menos felizes que me aconteceram.
Por isso, querer atacar-me pelo facto de ter estado no CDS e no PND define-o a si muito mais do que a mim. Ou, no seu caso, estigmatiza-o.
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Não faço determinismo algum, talvez lhe desse jeito reler as coisas, sem tresler. Constato apenas que esse é o mesmíssimo argumentário dos opositores de uns e outros. Foi-o dos movimentos contra a despenalização, o de que havia coisas mais prementes para o País, como a crise, foi-o agora com o casamento gay, e descubro (hélas) que CAA usa com convicção o mesmo argumento – onde pára a coerência? A boçalidade não será minha, visto-a para si. E não o ataco pela pertença ao CDS ou PND, de que pelos vistos já não veste a camisola. Sublinho apenas as referências (boçais?) que fez de Paulo Portas, no dia do debate. Não fui eu que as fiz, não sou eu que estigmatizo ninguém. É ler, CAA, e saber ler, já agora.
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17,
um argumento pode ser bom mas extemporâneo. e há razões oportunas mas sem conteúdo suficiente. um dos problemas que V. tem por aqui alardeado é baralhar os dois.
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claro 18, o que lhe convém, como na história da cavalgadura ser atentado à liberdade de expressão enquanto que aqui dizer-se pascácia, quase bovina é flor do melhor estilo…
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19,
É muito diferente: eu qualifico uma atitude; o programa da TSF cognomina uma pessoa.
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20,
O programa de Bruno Nogueira e João Quadros cognomina a atitude de uma pessoa, sobre uma opinião dessa pessoa, no caso ao comparar pederastia e homossexualidade (que é para se saber do que se fala). Mas já agora:
cavalgadura
(cavalgado + -ura)
s. f.
1. Besta cavalar, muar ou asinina, que pode cavalgar-se.
2. Fig. Pessoa grosseira e estúpida.
3. Fig. Pessoa que revela falta de inteligência.
Parece-me que os pontos 2 e 3 são claramente qualificativos da atitude de JPP no caso das suas afirmações na Quadratura do Círculo.
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21,
Mantenho tudo o que disse: eu qualifiquei uma atitude; o programa da TSF cognomina uma pessoa.
Juridicamente, eticamente e socialmente, são coisas muito diferentes.
Já agora: muito obrigado pela sua elucidação. Sempre pronto a receber uma lição de quem se arvora em perito na matéria.
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Não sou perito, o dicionário é, 22.
Quanto ao mais: pode pesquisar coerência no dicionário, verá que não lhe cabe.
E escusa de verter prosa sobre eventuais assessores que desconhece, apesar de se ter sentado à mesma mesa deles, que não sou nem assessor nem parvo. Passe bem.
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23,
Renovo os agradecimentos pela lição de dicionário – que, repita-se, em nada contraria tudo o que afirmei.
«E escusa de verter prosa sobre eventuais assessores que desconhece, apesar de se ter sentado à mesma mesa deles, que não sou nem assessor nem parvo.»
Quanto à questão do assessor: onde é que eu insinuei tal ambição a seu propósito? E cuida que quando me sento à mesa em repastos conjuntos me dá vontade de perguntar qual o mister de todos os que ali estão?
Quanto ao que aqui diz, é a minha vez de ceder: acredito que V. não é assessor…
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24, como para si quem não critica ou quem apoia Sócrates é assessor, resolvi esclarecê-lo. Mas, de resto, cuido que ouviu o mesmo que eu – de que trabalhava num banco – sobre o assessor que, meses mais tarde, dizia não conhecer nem saber quem era. É verdade que estas verdades não lhe ficam bem, para o propósito verborreico antisocrático que destila aqui, no CM, na RTPN, no Albergue, onde for… Mas convirá que (lendo os seus escritos, até sobre a direita – ex: o que disse de Carlos do Carmos Carapinha, http://31daarmada.blogs.sapo.pt/725179.html) assenta-lhe bem o termo nogueiriano. Não tome como nota pessoal: classifico as suas atitudes, como a de ter começado a dirigir-se-me pelo número do comentário. E termino, tenho melhor que fazer.
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