Todos contra as golden share
23 Fevereiro, 2010
Se repararem bem, Rangel, Passos Coelho e Aguiar-Branco dizem que querem acabar com as golden share. É uma forma fácil e barata de se mostrarem desprendidos em relação ao controlo das empresas semi-privadas. Mas, claro, o Estado não precisa de golden share para controlar empresas semi-privadas. Pode controlá-las através das participações directas do Estado, das participações indirectas via Caixa Geral de Depósitos, EDP, GALP e REN, dos reguladores, de subsídios, de concursos e da legislação. Quando um candidato a líder do PSD diz que quer acabar com as golden share eu apenas concluo que ele é esperto. Não concluo que ele quer acabar com a interferência do estado nas empresas.
14 comentários
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Acabar com as golden share deve ser só o princípio – o fim é terminar com as participações públicas, todas.
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Não acredito, isso apenas representa uma encenação por parte de Rangel e Branco. Já tiveram oportunidade de fazer e nada feito.
Aliás toda a gente sabe para que serve estas “golden”… pelo menos a fazer fé naquilo que dizem os jornais.
Rangel e Branco, tem um problema, é que são reféns de um partido, foram escolhidos, como tal nada podem fazer contra o poder instalado, que afinal de contas sempre defendeu estas participações. (alguns até foram gestores)
Esperemos para ver como acaba a novela do PSD.
VIVA PORTUGAL
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de preferência vendê-las ao belermino a preços manuela ferreira leite ou aos amigos do psd, controlavam o mercado a custo zero.
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Pelo que, quando o Miranda defende acabar com as golden share, está apenas a ser esperto!
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Verdade. Mas, como CAA, também me parece lógico o princípio de first things first.
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As Golden Share, são até uma forma mais clara e transparente de intervencionismo directo. Assume-se, tem um âmbito concreto.
Muito mais, como já disse, que as jogadas envoltas em nevoeiro, incluindo de reguladores.
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Exactamente, o que é que um candidato a líder do PSD teria que dizer para o João Miranda “concluir” que ele quer acabar com a interferência do Estado nas empresas?
Acabar com participações directas do Estado? Com as participações indirectas via Caixa Geral de Depósitos? Privatizar todas as empresas públicas? Acabar com os reguladores? Não dar nenhum subsídio a empresas? Não fazer concursos? Não fazer ajustes directos? Revogar toda a legislação relativa a actividades económicas e não produzir mais nenhuma?
Todas as anteriores?
Já agora, “acabar com a interferência do Estado nas empresas” inclui não fazer rigorosamente nada para atrair investimento para Portugal nem para manter cá as empresas que estejam a considerar sair? E também inclui não mover uma palha para promover as empresas e produtos portugueses além-fronteiras?
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UI… Hoje é em dose dupla; assalariados pt com cartão rosinha no bolso. Dá-se um pontapé numa pedra e aparecem logo.
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#7 Lopes
“Já agora, “acabar com a interferência do Estado nas empresas” inclui não fazer rigorosamente nada para atrair investimento para Portugal nem para manter cá as empresas que estejam a considerar sair?”
O estado socialista por um lado monta uma teia com impostos muito mais altos do que os nossos concorrentes, preços de energia muito mais altos , burocracia muito maior, corrupção muito maior,perseguição fiscal e economica muito maior , sistema judicial que não funciona em tempo útil,
uma miriapede de leis e regulamentos no minimo criminosos no que respeita á obstrução do empreendorismo e clima social comandado pelo PS hostil aos empreendedores , criam um ambiente onde só um louco investe;
O estado socialista ao mesmo tempo faz obstrução á generalidade dos investidores com as tecnicas atras descritas cria cinicamente uma agencia que mendiga investimento a estrangeiros oferecendo a estes todas as facilidades , isenções e ajudas que nega a todos os outros , atraindo assim investimentos aos quais isenta de impostos , aos quais oferece terrenos e infraestruturas de instalação , subsidios de criação de empregos , portas abertas da burocracia e ate pagamento de parte dos salarios.
É a hipocrisia socialista numa passadeira vermelha!
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Somos parvos …?
E as empresas tendem a formar carteis.
A questão deve ser vista, na minha opinião, na persepectiva do Estado ser UM regulador EFICAZ, fiscalizador. Tudo transparente. Tudo passível de ser inteiramente escrutinado pela sociedade OU SEJA exactamente o contrário do que se tem passado e passa. Esse é o verdadeiro escândalo. Tem de existir concorrência no mercado. Por sectores, francamente não sei que opções são as melhores.
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#7 Joaquim Amado Lopes
“Acabar com participações directas do Estado? Com as participações indirectas via Caixa Geral de Depósitos? Privatizar todas as empresas públicas? Acabar com os reguladores? Não dar nenhum subsídio a empresas? Não fazer concursos? Não fazer ajustes directos?”
Exactamente!
Só deve intervir na economia quem estiver disposto a arriscar o seu próprio dinheiro, e não o dinhero alheio obtido coercivamente através de impostos, etc., como faz o Estado. Quem brinca com dinheiro alheio fá-lo sempre de forma irresponsável.
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11. Pierre,
Acabar com os reguladores – auto-regulação dos bancos, seguradoras, telecomunicações e energia?
Não dar nenhum subsídio a empresas – independentemente de promoverem ou não acções/iniciativas do interesse do Estado?
Não fazer concursos e não fazer ajustes directos – não contratar nenhum serviço/obra a privados? Os organismos estatais serem auto-suficientes em todos os aspectos?
É mesmo isto que defende?
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AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAH
Lá estão os xicos-espertos: a ‘preocuparem-se’ com a CGD, a PT… isto é… concorrência pública que ‘furam as contas’ da cartelização privada.
Eles não se ‘preocupam’ com a privatização da CP, da REFER, etc…
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