Fundidas
Depois de terem sido retomadas em 2009 as negociações de fusão, foi ontem assinado o respectivo acordo, que irá criar o IAG (International Airlines Group). Será, de forma destacada, o 3º grupo europeu de transporte aéreo em termos de tráfego (passageiros/kilómetro), a seguir à Air France/KLM e Lufthansa e já a “morder” os calcanhares desta.
A fusão está condicionada à aprovação dos reguladores, dos accionistas de ambas as empresas e, sobretudo, ao “tapar do buraco” existente no fundo de pensões da BA. A ocorrer, ela implicará um duplo emagrecimento: a eliminação das redundâncias decorrentes de uma fusão, em simultâneo com os necessários cortes na estrutura depois de um ano péssimo para ambas as empresas. Em 2009, quer a Iberia, quer a BA, apresentaram prejuízos elevados – 273 e 534 milhões de euros, respectivamente.
Seja como for, a “lógica concentracionária” está para ficar e constitui, no fundo, a forma de as companhias tradicionais reduzirem o excesso de oferta que não conseguiriam implementar de forma isolada. O objectivo final será o de readquirirem o poder de pricing que vinham perdendo com o crescimento das Low Cost. A BA e, em menor escala, a Iberia, foram particularmente afectadas com a agressividade da Ryanair e da EasyJet. Estas, transportaram em 2009 quase 112 milhões de passageiros, mais que duplicando os 55 milhões da dupla BA/Iberia.
Esta concorrência implacável das Low Cost tem levado as companhias tradicionais (Legacy Carriers) a posicionarem-se crescentemente nos voos intercontinentais e de longo curso, em que podem cobrar prémios pelos serviços de executiva e 1ª classe. Assim, as suas rotas no mercado interno (em termos latos, o europeu), subsistem como complementares àqueles, garantindo o feeding para os seus hubs, seja directamente, seja através de acordos com companhias regionais.
A fusão BA/Iberia tem evidentes complementaridades no longo curso, articulando a densidade de rotas da BA para a América do Norte e Ásia com a da Iberia para a América Latina. Isto irá reforçar o peso do aeroporto de Madrid como principal gateway europeu para a América Latina, beneficiando de uma folga de capacidade de cerca de 20 milhões de passageiros/ano, face à saturação de Heathrow. Esta folga potenciará a concentração de “rotas latinas” (e eventualmente para destinos no Médio Oriente) em Madrid, direccionando-se para o seu aeroporto o feeding de/para aquelas rotas.
Naturalmente que este cenário ameaça abortar o grandiloquente “hub intercontinental” que se pretende constituir no novo aeroporto de Lisboa e prefigura forte concorrência às rotas da TAP para o Brasil, o grande mercado que falha nos destinos sul americanos da Iberia. Esse é o principal activo da TAP (líder europeu com 9 destinos no Brasil), o que a torna num alvo apetecível para a BA/Iberia quando for privatizada. E, ou é vendida ao futuro grupo IAG, transformando-se num feeder regional a canalizar passageiros para Londres e Madrid, ou será vítima de forte dumping nas rotas do Brasil.
Não conseguirá resistir a não ser que a Lufthansa, seu parceiro na Star Alliance, venha em seu auxílio. Mas a sua independência ficará igualmente hipotecada.


mais uma razão para não ser construído o aeroporto de alcochota…
dois hubs para tudo… londres e madrid…
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Que diria a Isabel I, o que legos ya van nuestras guerras.
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Estas, transportaram em 2009 quase 112 milhões de passageiros, mais que duplicando os 55 milhões da dupla BA/Iberia.
São números impressionantes.
O destino da TAP (se houvesse lógica económica) seria servir de transportadora para Madrid ou Londres (como explica no texto) manter as linhas para os Açores e Madeira e apostar em Angola.
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Estamos fodidos!
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Então e o TGV não arruinará essas companhias aéreas?
Segundo os cálculos do Anacleto Louçã e do kamarada Jerónimo,vai ser um sucesso.
nas últimas legislativas,esta malta defendeu-o com unhas e dentes.
Claro que nada terá tido a ver com financiamento dos partidos deles,é vidente.
Quem mandar construir o aeroporto e o TGV devia ir para a cadeia.
E os quue votam nos corruptos deviam ser enrabados.
Até no Quirguistão pusseram um corrupto na ordem.E já tem a carta assinada para deixar o país.
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Desculpas esfarrapadas e falta de vergonha.
Há coisas levadas da breca.os vícios nunca se perdem.
Once a crook,allways a crook!
Lá cozinharam uma saída airosa para não dar mais barraca…
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=120365
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O Bando de esquerda,aqui,toca na ferida.
A vigarice é o modus operandi do gang do falso engº.
O país está a ser devastado pelas negociatas corruptas.
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=168783
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Para nos endividar, bastou o Governo.
Para acalmar as Agências de Rating e os Credores, invoca-se a Oposição!…
Despesa Corrente do Estado em 2004: 59.368 milhões de euros
E surgiu o forte ímpeto socrático:
Despesa Corrente do Estado em 2005: 64.567 milhões de euros
Despesa Corrente do Estado em 2006: 66.646 milhões de euros
Despesa Corrente do Estado em 2007: 69.007 milhões de euros
Despesa Corrente do Estado em 2008: 71.938 milhões de euros
Despesa Corrente do Estado em 2009: 73.968 milhões de euros
Despesa Corrente do Estado em 2010: 75.610 milhões de euros
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Para nos endividar, bastou o Governo.
Para acalmar as Agências de Rating e os Credores, invoca-se a Oposição!…
Despesa Corrente do Estado em 2004: 59.368 milhões de euros
E surgiu o forte ímpeto socrático:
Despesa Corrente do Estado em 2005: 64.567 milhões de euros
Despesa Corrente do Estado em 2006: 66.646 milhões de euros
Despesa Corrente do Estado em 2007: 69.007 milhões de euros
Despesa Corrente do Estado em 2008: 71.938 milhões de euros
Despesa Corrente do Estado em 2009: 73.968 milhões de euros
Despesa Corrente do Estado em 2010: 75.610 milhões de euros
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o que a torna num alvo apetecível para a BA/Iberia quando for privatizada E, ou é vendida ao futuro grupo IAG, transformando-se num feeder regional a canalizar passageiros para Londres e Madrid, ou será vítima de forte dumping nas rotas do Brasil
Não conseguirá resistir a não ser que a Lufthansa, seu parceiro na Star Alliance, venha em seu auxílio
E porque não alvo apetecível para a Lufthansa ? Destruiria a sua tese do Hub único em Madrid ?
Parece-me que a Lufthansa é a solução/caminho natural dado ambas serem da Star, e a TAP além do Brasil também tem África. E julgo que tal caminho seria bem recebido pela maioria dos trabalhadores da companhia e pessoas ligadas à aviação nacional. Tem é que se pôr na ordem os sindicatos que a Lufthansa não compraria um saco de vespas.
Infelizmente não é isso que sucederá, a TAP acabará mais depressa nas mãos de um banco do sistema dirigido por boys da maçonaria e com parte dos capitais angolanos. E os sindicatos vão ajudar a isso.
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Convém não esquecer a TAAG, ou seja,o capital angolano…
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2.delauney disse
9 Abril, 2010 às 10:31 pm
Que diria a Isabel I, o que legos ya van nuestras guerras.
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SERÁ DESTA VEZ (COMO QUERIA FRANCO) QUE ELES IRÃO DEVOLVER GIBALTAR À ESPANHA ?
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