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44 anos

6 Agosto, 2010
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Todos os regimes são iguais quando se trata de executar obras faraónicas que os perpetuem na história. A postura monástica de Salazar não o tornou insensível à ambição e vaidade de legar aos vindouros uma grande obra do seu regime.

Faz hoje 44 anos que abriu ao público o símbolo máximo do obreirismo salazarista. Para além de obra do regime, foi e é uma notável obra de engenharia e uma indiscutível obra de arte. Foi inaugurada 6 meses antes do previsto pela dupla liderante na altura, com a inevitável bênção do Cardeal. Custou o equivalente a 11 milhões de euros e começou por ter o nome do seu obreiro, Salazar, até que uma soldadesca embriagada pela revolução decidiu estupidamente rebaptizá-la com o nome da dita.

65 comentários leave one →
  1. Carlos permalink
    6 Agosto, 2010 17:51

    Na ponte de Vila Franca de Xira, a marechal Carmona, não tocaram no nome. Nem a malta do compasso e do aventalinho permitiria tal desaforo.

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  2. Pi-Erre permalink
    6 Agosto, 2010 18:27

    Salazar mandou fazer a obra no momento oportuno: era necessária e havia dinheiro.
    Se teve ou não sentimentos de ambição e vaidade é irrelevante.

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  3. Kowalski permalink
    6 Agosto, 2010 18:34

    Foi concluída antes do tempo e custou abaixo do previsto. Quase de certeza que, nestes últimos 36, não houve uma obra pública que tenha igualado essa proeza.

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  4. Tico permalink
    6 Agosto, 2010 18:58

    Em abono da verdade (?)

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  5. Salvador permalink
    6 Agosto, 2010 19:03

    a paula lourenço é advogada de defesa e tem todo o interesse em descredibilizar o processo.

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  6. 6 Agosto, 2010 19:08

    Pois, quando lhes foi proposta a construção de 3 faixas de rodagem os “obreiros” responderam; “nós somos um país pequenino”. Foi como no metro, construíram aquilo com estações para 2 carruagens para pouco mais de uma dezena de anos voltarem a gastar mais uma pipa de massa para alargar de duas para quatro.
    é assim, é o reflexo da pequenez.

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  7. Francisco Colaço permalink
    6 Agosto, 2010 19:12

    #2, #3,

    Em 1966 acresciam as despesas de uma guerra de nove frentes. Hoje acrescem as despesas de um estado de nove banhas.

    Não penso que o Botas tenha aquiescido à primeira ter o nome na ponte. Simplesmente não era do seu carácter. Apesar disso, ficou, e eu sempre digo que mais valia ele ter deixado um Portugal moderno do que os cofres cheios do ouro.

    O problema é que vivemos a época de ouro de ideólogos (idiotas) de serviço em 1975, jovens talentosos à época, e que praticam esse seu talento para a inócua verborreia fazendo seu o Estado. Não servem o país, servem-se dele. Têm nome. Podem ser Alegres, Louçãs, Sousas, até Silvas se quiserem.

    Estes senhores não querem diminuir o Estado, porque lhes faz falta. Não querem premiar o mérito verdadeiro, porque não lhes faz jeito ter concorrência. Falam de valores democráticos, falta-lhes valores morais. Precisam de pobres, de muitos pobres, cheios de esperança. E que, à unção de umas migalhas que com pretensa generosidade os governantes os cumulam, lhes perpetuem o poder.

    Aos Sousas e Louçãs deste país, uma classe média esclarecida e uma sociedade meritocrática é uma ameaça severa. Os ricos não voltam à esquerda, nem os que trabalham e se esfalfam gostam de ver como os dinheiros públicos são gastos em rotundas inúteis ou incentivos à indigência.

    Mas os pobres portugueses foram sendo secularmente habituados à teta do Estado, que tudo protege, tudo perdoa, e tudo dá. E desejamos colectivamente longa vida ao nosso senhor (minúsculas intencionais) Pinto de Sousa, que nos vai mantendo com as suas bênçãos frutuosas, abençoando ricos e pobres (e lixando a classe média).

    Francisco Colaço

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  8. Adalberto Gomes permalink
    6 Agosto, 2010 19:30

    Uma nova advogada mas cheia de valor

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  9. socialista sem escroto permalink
    6 Agosto, 2010 19:46

    Podiam tê-la baptizado de Ponte do Sangue Africano Derramado Além Mar por Cupidez humana………

    PORQUE NADA È IMUTÁVEL…..

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  10. Alexandre Carvalho da Silveira permalink
    6 Agosto, 2010 19:53

    Duas notas sobre a Ponte de Lisboa:

    1º Salazar foi sempre muito reticente quanto á necessidade de se construir uma ponte como aquela, devido ao seu elevado custo. Por isso Arantes e Oliveira, ministro das obras publicas, quanto questionado sobre o custo da ponte, respondeu com uma meia verdade: um milhão e pico de contos ( pouco mais de cinco milhões de euros). Mas não lhe disse na altura que os acessos custavam outro tanto, o que só lhe foi transmitido mais tarde, quando a obra já era irreversivel.

    2º Nunca percebi o que é que o 25 de Abril teve a ver com aquela ponte. Admito que lhe quisessem mudar o nome, afinal Salazar era naquela época a origem de todos os males que afligiam a Nação Portuguesa. Poderiam te-la rebatizado como Ponte de Lisboa, Ponte de Almada, e até, porque não? o Portão Dourado. Mas Ponte 25 de Abril? Só um cerebro priveligiado de um fulano como Vasco Lourenço, é que poderia ter uma ideia daquelas.

    ps É evidente que o 25 de Abril, como fenomeno que restituiu a Democracia aos portugueses, não está aqui posto em causa.

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  11. independente permalink
    6 Agosto, 2010 19:54

    para mim será sempre a ponte sobre o Tejo

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  12. Adalberto Gomes permalink
    6 Agosto, 2010 20:19

    Para mim também “Ponte sobre o Rio Tejo”

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  13. Carlos permalink
    6 Agosto, 2010 20:28

    Ponte Salazar! Raio de mania de mudarem os nomes ao sabor dos ventos da história.

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  14. Alexandre Carvalho da Silveira permalink
    6 Agosto, 2010 20:29

    A sra advogada do Smith e do Pedro, por enquanto os unicos acusados do processo Freeport, será uma advogada com futuro, ( não são todos?), mas tem que arranjar uma entoação diferente para a sua voz, ou arrisca-se a que os que a ouvem adormeçam.
    É espantoso, como a SIC sempre tão empenhada na defesa dos amigos, lhe tenha dado varios tempos de antena, para ela defender publicamente os seus clientes, o que só lhe fica bem, e aproveitando a oportunidade, tentar por de fora do caso o 1º ministro. E desancar forte e feio os Procuradores do processo.
    Mas, para azar dela e de mais uns quantos, os tais procuradores que teem sido linchados na praça publica, inclusivamente por quem os deveria defender, não devem ser completamente totós, e deixaram preto no branco no despacho do processo Freeport, que queriam ouvir o 1º ministro e o seu clone, e NÃO OS DEIXARAM, como foi hoje noticiado, e ninguem desmentiu.
    E tambem escreveram, que só queriam interrogar Socrates e Silva Pereira, depois receberem, entre outras, as respostas das offshores para onde poderia ter ido o dinheiro pago pela Freeport, e que ninguem recebeu. Isto é muito grave, porque os dois procuradores, que fizeram tudo isto com o conhecimento da famosa hierarquia, ou seja Candida Almeida e Pinto Monteiro, deixaram-lhe a batata quente nas mãos, e eles agora é que teem que descalçar a bota. Por isso é que Candida Almeida está caladinha que nem um rato, e Pinto Monteiro desatou a dizer asneiras, dando uma entrevista ao Diario de Noticias, onde dispara em todas as direcções, e contradiz tudo o que tem andado a dizer no que diz respeito aos poderes que tem como PGR.
    A sra advogada Paula Lourenço, em vez de por a idoneidade dos procuradores que investigaram o caso Freeport em causa, devia aproveitar e tempo de antena de que dispos, para nos explicar o que queria dizer o seu cliente Charles Smith, quando disse que Socrates era corrupto, e que o dinheiro dos ingleses era para ele.

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  15. piscoiso permalink
    6 Agosto, 2010 20:36

    Quem não gosta do nome Ponte 25 de Abril, é fazer uma petição para lhe mudar o nome.
    Experimentem Ponte Saramago.

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  16. David permalink
    6 Agosto, 2010 20:55

    O problema de alguma direita, LR, é que convive mal com o 25 de Abril, que, afinal, lhe permitiu dizer o que pensa e escrever o que pensa — o que seria impossível no tempo de Salazar. O desprezo com que você fala da “soldadesca” diz tudo. Seria capaz, no tempo de Salazar, de escrever “soldadesca”, referindo-se aos militares em geral? Duvido.
    E, já agora, a propósito do famoso “ouro de Salazar”. Além de origens duvidosas, como que veio da Alemanha nazi, para pagar exportações de Salazar, saberão que a África do Sul do “apartheid” pagava em ouro ao Estado português pelos trabalhadores moçambicanos arregimentados para trabalho quase escravo nas suas minas? Uma ínfima parte do “salário real” era paga aos trabalhadores, o restante, e não era pouco, ao Estado português. Em ouro.

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  17. 6 Agosto, 2010 21:32

    A questão de Salazar e das reservas de ouro constituídas sob a sua actuação governativa passa por ser estudada sem apriorismos. Ora a verdade é que a acumulação de ouro começou bem antes da II Guerra Mundial. Helena Matos, em “Salazar – A construção de um mito, 1928-1933”, relembra, nomeadamente, a chegada a Lisboa de 3 toneladas de ouro, em 6 de Novembro de 1931, ao porto de Lisboa a bordo do vapor Saturnia, facto bem amplificado na imprensa da época. Outros carregamentos de ouro (e prata) chegariam a Lisboa ao longo de toda a década de 30.

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  18. Joao Santos permalink
    6 Agosto, 2010 22:10

    A propósito do nome da ponte, realmente deveria manter-se o de Salazar, o chefe da mais duradoura ditadura de toda a Europa ocidental. No mais são séculos de monarquia quase sempre absoluta, temperada por trezentos anos de Inquisição. Salazar é um símbolo exemplar desse enorme atraso, da gigantesca falta de convivência democrática, do permanente festival de chefinhos e chefetes, desse caldo pútrido em que agora chafurdamos, nesta caricatura de regime assente numa enorme e vastíssima falta de respeito mútuo, de educação e de instrução. Ponte Salazar, pois claro!

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  19. 6 Agosto, 2010 22:19

    . . . de onde, mais uma vez, se pode concluir que UM OBJECTIVO DESEJÁVEL pode ter origem num motivo INCOMFESSÁVEL.
    De tal maneira que uma das primeiras
    advertências do M.F.A. foi a proibição de serm criticados.
    LEMBRAM-SE?

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  20. questão permalink
    6 Agosto, 2010 23:18

    #15 David
    tudo bem, mas onde é que ele (o ouro) está?

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  21. 6 Agosto, 2010 23:33

    E agora um epítome do que foi o Salazarismo (com a autoridade eu advém de ter vivido 40 anos sob o regime)

    FINANÇAS: A.O.S. foi absolutamente brilhante, equilibrou-as num par de anos.
    ECOMOMIA: absurdamente confundiu-a com as Finanças (a parte com o todo).
    INDÚSTRIA: encontrou-a pessimamente equipada. Com os industriais menos incapazes mas fervorosamente do Regime fez um pacto: o Estado controlaria os Sindicatos, portanto uma completa incapacidade reivindicativa (salários, segurança laboral), os patrões ficavam isentos da obrigação de modernizar tanto os métodos de Gestão como o Equipamento, o Estado os proveria de matérias-primas de África a preços baixíssimos em resultado do sistema colonial esclavagista.
    CIDADANIA: a polícia política, PIDE, mais pelo medo que inspirava do que o volume e gravidade das barbaridades cometidas (em 48 anos de vigência do Regime) *persuadiu* os portugueses que * quem se metesse com o Salazar, levava *. (Parafraseando o Jorge Coelho em relação ao P.S.). Assim pôde clamar cinicamente que estabeleceu * a paz nas ruas e nas consciências *.
    GOVERNAÇÂO: mitómano, ensimesmado, desconfiado, os seus Ministros tinham de se limitar a não contrariá-lo nas suas directrizes, fossem quais fossem as suas opiniões. Nem a Opinião Pública, nem, até, os pareceres da Assembleia Nacional não os considerava absolutamente nada compulsórios para o Executivo.
    GUERRA COLONIAL: Perante o levantamento geral das forças independentistas Africanas, acalentou até muito tarde o sonho de que com Portugal, o tal País Multi-Continental e Multirracial, era possível subsistir. E portanto optou pela Guerra, a pior das escolhas.
    Como um governante deve estar bem sintonizado com o que se vai passando no Mundo, leva um zero em previsão/antecipação dos acontecimentos, e de limitação dos prejuízos deles decorrentes.

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  22. 6 Agosto, 2010 23:36

    … que advém.

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  23. 7 Agosto, 2010 00:49

    Se a nova ponte se chamasse Ponte José Sócrates parecia-lhe bem?
    Nada a dizer sobre a “soldadesca embriagada”. A direita moderna é tão semelhante à direita de sempre…

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  24. Nuno permalink
    7 Agosto, 2010 00:56


    6.Francisco Colaço disse
    6 Agosto, 2010 às 7:12 pm

    #2, #3,
    Tem razão.

    Embora seja de somenos que a ponte se chame de Salazar, o certo é que foi assim baptizada e que o 25 de abril está completamente fora de propósito. Foi Salazar que a mandou estudar, desde o projecto ao pagamento, em que Arantes e Oliveira não teve qualquer intervençã0 (vd Franco Nogueira).
    A revolução corporativa a que se referem foi organizada por comunistas encostados a oficiais (tenentes, capitães e alguns majores) na sua maioria designados de “lateiros”. Entre esses idiotas havia também alguns milicianos que queriam meter o “chico” para se encaixarem na tropa.
    Por isso, o arranque do PREC não podia nunca dar resultado dada a qualidade incapaz e bronca do “pessoal” que tomou parte nos festejos. Ficaram todos com o “Rei na barriga”…

    15.David disse
    6 Agosto, 2010 às 8:55 pm

    O problema não é, como diz, de “alguma direita”. O problema é do Povo que tem de se organizar para correr de vez com a esquerda.

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  25. 7 Agosto, 2010 02:12

    Porra,
    desde que Salazar foi eleito “o melhor”(*), anda por aí uma excitação do carago !

    E que tal se colocassem gelo na cabeça para re-conhecerem a História ?

    (*) Se os ânimos, os calores, os eventos salazarentos pretendem contrapô-lo (Freud explica) a Sócrates, não duvido que este seria quanto muito, um calçador agradecido das botas de Salazar. Talvez chegasse a jardineiro em S.Bento ou a chefe da Legião Portuguesa.

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  26. 7 Agosto, 2010 02:49

    Alguém estará disposto a fazer a “contabilidade” entre o tal ouro salazarento depositado no BPortugal (têm a certeza das quantidades propaladas ?) e as despesas (desnecessárias) com as teimosas guerras e guerrilhas nas ex-“províncias ultramarinas” ?

    Ainda hoje, “está” Salazar “autorizado” a tais montantes contra guerrilhas (militar e sobretudo politicamente perdidas desde o início !), e não pode este Estado contemporâneo, enviar, como solidariedade, uns bens de primeira necessidade, uns militares e quadros especializados para Timor ? — tudo o que Timor foi, sofreu (também por culpa tuga), significa e é ?

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  27. Miguel F. permalink
    7 Agosto, 2010 03:09

    Realmente, o LR até tem razão: isto de mudar o nome da ponte «Salazar» só podia ser obra de «embriagados». Assim como mudar o nome do aeroporto do Porto de Pedras Rubras para «Sá Carneiro» também só pode ter sido obra de tipos delirantes e histéricos, que tendo perdido uma sua referência mítica (e respectiva ponte) trataram logo de criar outro mito e de espalhar o seu nome por obras, ruas e sítios já com nomes dados…

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  28. Nuno permalink
    7 Agosto, 2010 05:17


    23, 24 e 25

    Como Miguel F. escreve, a maltosa como o MJRB deveria estar bêbeda para se pôr a mudar o nome às coisas, em especial às que vinham de raíz.
    Salazar foi um Grande Homem Português e para tanto não precisou de concurso pífios. Bastou-lhe gerir bem Portugal e preservar-nos da esquerdalhada.
    Sá Carneiro foi outro Grande Homem, traiçoeiramente assassinado com todos os que o acompanhavam e não há qualquer motivo que justifique alterar o nome de Pedras Rubras – fica alí muito bem o rubro ou, então, o nome do Pingo da Bosta que tanto tem feito em prol do Dragõe, carago!

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  29. AristófanesD'Ameida permalink
    7 Agosto, 2010 09:06

    Isto de dar o nome de um aeroporto a alguem que morreu num desastre de avião é digno do Guiness da boçalidade universal. De resto, a criatura endeusada também valeu para renomear uma praça no Porto cujo nome anterior remetia, esse sim, para um grande figura: Velazquez. Ao que chega o fundamentalismo parolo, o endeusamento quase tribal. Vivemos, realmente, na faixa atlântica a norte do Magrebe!

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  30. helenafmatos permalink
    7 Agosto, 2010 11:07

    Apenas umas observações:
    a) Existe uma primera tentativa de mudar o nome à ponte que a JSN e o primeiro-ministro Palma Carlos impedem argumentando que estão ali para melhorar a vida dos vivos e deixar os mortos em paz. Semanas depois já com Palma Carlos neutralizado a ponte muda de nome.

    b) a ponte de vIla Franca muda de nome. Pelo menos é tentado que mude. Passaria a chamar-se 28 de Setembro ou 11 de Março (posso confrmar) Mas a alteração acabou a não vingar.

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  31. Portela Menos 1 permalink
    7 Agosto, 2010 12:45

    até uma ponte serve a LR para mostrar o odizinho da direita à Democracia.

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  32. Portela Menos 1 permalink
    7 Agosto, 2010 12:47

    não os vejos preocupados com as pessoas que pagam uma portagem para poderem ir trabalhar.

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  33. 7 Agosto, 2010 13:55

    Nuno 26,

    v. é que parece fazer parte da “maltosa”, pelo teor do # e como trata quem de si discorda.

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  34. Grilo Chateado permalink
    7 Agosto, 2010 15:48

    “Foi inaugurada 6 meses antes do previsto ..”

    tal como acontece hoje. e dizem que isto é uma democracia e um estado de direito???

    Ao pé destes sacanas Salazar era um DEMOCRATA. Ah… e era um homem sério, coisa que já não se usa.

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  35. Miguel F. permalink
    7 Agosto, 2010 15:56

    Eu não disse que os dois «mitos» andam a par, como o Nuno confirma? Dois «mitos» que foram «Grandes Homens» – e com G e M maiúsculos, como não podia deixar de ser.
    Um é «mito» porque morreu «assassinado» numa viagem que decidiu fazer à última da hora, o que revela como os assassinos são bons a adivinhar o futuro; o outro é «mito» porque foi um daqueles bons gestores que gastava pouco dinheiro em benefício da pobreza da maioria dos portugueses e de uma guerra colonial anacrónica (como o resto da Europa colonial mostrou), o que revela que os Nunos eram daqueles que viviam noutro mundo, no mundo da linha de Cascais, se calhar.
    Mas é verdade: o Salazar poupou-nos da «esquerdalhada», assim como da lei «esquerdista» do divórcio; da lei a que o outro «Grande Homem» não se importaria de recorrer…

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  36. 7 Agosto, 2010 17:06

    Para mim também “Ponte sobre o Rio Tejo”

    É como praticamente toda a gente a conhece.
    Acontece aqui uma coisa muito engraçada.
    Há 44 anos já se previa e para tal tudo estava construído para o caminho de ferro por lá passar.
    Hoje faz-se com 200% de custos superior ao orçamento e depois há sempre qualquer coisa que falhou e que é preciso construir a seguir com o triplo do custo.
    Exemplos?
    O túnel de A23 na Gardunha.

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  37. 7 Agosto, 2010 17:31

    Daniel Oliveira,

    “Se a nova ponte se chamasse Ponte José Sócrates parecia-lhe bem?”

    Não me chocaria absolutamente nada. A fazer-se, será muito graças ao voluntarismo de Sócrates que tem pugnado mais por ela (e por quem com ela irá beneficiar) do que Salazar alguma vez pugnou pela sua. Do que não tenho dúvidas nenhumas é que a revolução não fez nada por esta, na construção ou no projecto. Daí o ridículo de dar o seu nome à ponte e a milhentas ruas, praças e avenidas que antes se chamavam Salazar.

    “Nada a dizer sobre a “soldadesca embriagada”. A direita moderna é tão semelhante à direita de sempre…”

    Por acaso tive oportunidsade de apreciar ao vivo a “soldadesca embriagada”, numa manif dos SUV (Soldados Unidos Vencerão) no Rossio em Setembro de 75. O poder entregue àquela tropa fandanga só podia dar no PREC que deu. Mas imagino que isto pouco interesse à “esquerda moderna”, prenhe de pruridos e melindres, tão “vidrinha de cheiro”, tão semelhante à esquerda de sempre…

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  38. 7 Agosto, 2010 17:40

    Miguel F.

    “Realmente, o LR até tem razão: isto de mudar o nome da ponte «Salazar» só podia ser obra de «embriagados». Assim como mudar o nome do aeroporto do Porto de Pedras Rubras para «Sá Carneiro» também só pode ter sido obra de tipos delirantes e histéricos, que tendo perdido uma sua referência mítica (e respectiva ponte) trataram logo de criar outro mito e de espalhar o seu nome por obras, ruas e sítios já com nomes dados…”

    Plenamente de acordo consigo. Posso dizer-lhe que eu hoje ainda digo frequentemente aeroporto de Pedras Rubras, praça Velasquez ou praça do Arieiro. Acho uma perfeita estupidez andar com alterações toponímicas, como que pretendendo apagar a história. Deixe-me ainda dizer-lhe que não me choca nada que a novas praças, ruas, avenidas se dê o nome de “25 de Abril”, “11 de Março”, “25 de Novembro”, “Sá Carneiro”, “Mário Soares” ou “Álvaro Cunhal”. Mas por favor, não mudem o nome àquilo que já existe.

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  39. Miguel F permalink
    7 Agosto, 2010 18:10

    Ò LR, o que é que que os SUV têm que ver com o 25 de Abril, com o MFA e mesmo com o PREC? O LR devia pedir umas informações ao Ferreira Fernandes para não dizer as barbaridades que diz e fazer as confusões que faz.
    E vamos lá ver uma coisa: o 25 de Abril fez-se contra o salazarismo e contra a guerra colonial. È natural, por isso, que o novo regime tenha substituido os símbolos do regime derrubado. Ridículo seria mantê-los. Aliás, em Espanha ainda hoje questão semelhante opõe franquistas e anti-franquistas. Os primeiros dizem que querem preservar a «história», como o LR. Para bom entendedor, meia palavra basta…
    E a rua Santo António, LR? È mesmo Santo António ou é antes 31 de Janeiro? Suponho que, para o LR, só pode ser mesmo Santo António ( e de Lisboa, quem sabe).
    Ah, e eu estava a ser irónico no meu primeiro comentário.

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  40. Miguel F. permalink
    7 Agosto, 2010 18:19

    O meu último comentário aguarda moderação. A que se deve esta alteração e espera que não aconteceu antes?

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  41. Miguel F. permalink
    7 Agosto, 2010 18:20

    LR, o que é que que os SUV têm que ver com o 25 de Abril, com o MFA e mesmo com o PREC? O LR devia pedir umas informações ao Ferreira Fernandes para não dizer as barbaridades que diz e fazer as confusões que faz.
    E vamos lá ver uma coisa: o 25 de Abril fez-se contra o salazarismo e contra a guerra colonial. È natural, por isso, que o novo regime tenha substituido os símbolos do regime derrubado. Ridículo seria mantê-los. Aliás, em Espanha ainda hoje questão semelhante opõe franquistas e anti-franquistas. Os primeiros dizem que querem preservar a «história», como o LR. Para bom entendedor, meia palavra basta…
    E a rua Santo António, LR? È mesmo Santo António ou é antes 31 de Janeiro? Suponho que, para o LR, só pode ser mesmo Santo António ( e de Lisboa, quem sabe).
    Ah, e eu estava a ser irónico no meu primeiro comentário.

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  42. Miguel F. permalink
    7 Agosto, 2010 18:21

    Já percebi a razão da espera: o problema estava no meu nome! Esqueci-me do ponto no F. Está visto que a mudança de nomes é mesmo um problema…

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  43. 7 Agosto, 2010 18:45

    Salazar muito contribuíu para o atraso social, cultural, económico e civilizacional dos portugueses.
    Melhor: MUITO QUIS que assim fosse !

    Para além doutras “pérolas” salazarentas que os saudosistas nunca querem debater…

    E é um propositado erro, uma falsidade dos seus apaniguados, colocar ainda hoje na opinião pública desinformada, que os Opositores a Salazar eram os (“perigosos”) comunistas e esquerdistas “infiltrados” em várias áreas de actividade, incluindo as Forças Armadas.
    Há saudosistas que deveriam, actualmente, viver só com pão e água !

    —————–

    Caro LR,

    Está, mas está mesmo, muito mal informado e só episodicamente vivido sobre o MFA. Nâo foi nenhuma “soldadesca” !, nem “embriagada” !

    Acresce que os SUV não eram o MFA e vice-versa. Tal como o PSD não foi a deriva de Valentim Loureiro/MDLP, não é Alberto João ou Fernando Costa(presidente da câmara das Caldas) e vice-versa.

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  44. 7 Agosto, 2010 18:48

    Miguel F.,

    “LR, o que é que que os SUV têm que ver com o 25 de Abril, com o MFA e mesmo com o PREC?”

    Tudo. Não teriam existido se não fosse o 25A. Integraram as chamadas “forças vivas” do PREC.

    “E a rua Santo António, LR? È mesmo Santo António ou é antes 31 de Janeiro? Suponho que, para o LR, só pode ser mesmo Santo António (e de Lisboa, quem sabe).”

    Quando ocorreu a revolta do 31 de Janeiro a rua já existia e chamava-se Santo António, certo? Portanto, deveria ser este o seu nome actual.

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  45. 7 Agosto, 2010 19:37

    35.LR disse
    7 Agosto, 2010 às 5:31 pm
    Daniel Oliveira,

    “Se a nova ponte se chamasse Ponte José Sócrates parecia-lhe bem?”

    Não me chocaria absolutamente nada. A fazer-se, será muito graças ao voluntarismo de Sócrates . . .

    *********************

    e como etá como NOSSO SENHOR EM TODA A PARTE ESSE VOLUNTARISMO CONVINHA QUE FOSSE . . . BOMBEIRO !!!
    (BOMBEIRO VOLUNTÁRIO)
    *******
    PERGUNTO-ME:
    DEPOIS DA BAJULÇÃO ESPUMOSA ALMEIDA-SANTENCE ESTÁ VISTO QUE VÃO PULULAR . . . LR´s.
    É DE GRAÇA . . . E DÁ MILHÕES . . .

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  46. 7 Agosto, 2010 19:54

    Só agora, ao ler este # Licas 42, me apercebi que a LR # 35, não “chocaria” que à nova ponte sobre o Tejo lhe colocassem o nome Sócrates… Quiçá com oposição/modéstia de JS…

    Então, JSócrates tem, em vida e como PM (ou se quiser, o percurso de vida, a intervenção política e a governação consabida), o nível de Salazar, de Spínola, de Sá Carneiro, de Mário Soares, entre outros…
    Imagine, LR, que Sócrates vence as próximas legislativas e que entretanto a ponte fica concluída. Ainda em S.Bento ou imediatamente após a sua saída, rebenta um mega-caso que judicialmente estrangula todo o seu “prestígio” como cidadão e como PM. A ponte deve continuar a designar-se Sócrates, para respeitar o seu “voluntarismo”, iniciativa e decisão ?
    Não passa a ser um caso político ?
    Salazar post 25 de Abril não foi um caso político ?

    É por estas e outras, que sou contra a colocação de nomes de políticos no activo em espaços públicos.

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  47. piscoiso permalink
    7 Agosto, 2010 20:03

    Eu até sou contra a colocação de nomes próprios nas pontes ou outros espaços públicos.
    Seria a “Ponte 25”, a “Praça 300”, o “Aeroporto 707″…

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  48. Portela Menos 1 permalink
    7 Agosto, 2010 20:08

    este raciocinio de LR levaria, no limite, a manter, por exemplo, estátuas de Hitler na Alemanha e de Staline por essa Europa fora.

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  49. Portela Menos 1 permalink
    7 Agosto, 2010 20:09

    o fantasma do PREC continua a atormentar estas almas.

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  50. F.Silva permalink
    7 Agosto, 2010 20:20

    Para 22#
    os “comunistas encostados a oficiais (tenentes, capitães e alguns majores) na sua maioria designados de “lateiros”.
    Qualquer pessoa pode parecer inteligente, antes de falar ou escrever. O pior é quando abrem a boca. Escrever imbecilidades qualquer um escreve: “os oficiais a que alude, tenentes,capitães e alguns majores”, eram oriundos da academia militar. “Lateiros” (qual será a sua lata?)eram os oficiais oriundos de sargentos que passavam ao QGSE e, destes, muito poucos estiveram na génese do 25 de Abril.
    Os oficiais da academia, que lerem estes dislates, naturalmente irão dizer que idiota era a sua avozinha e os tais “lateiros”, dirão que “chico” era o macaco do avôzinho.

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  51. 7 Agosto, 2010 21:45

    46.Portela Menos 1 disse
    7 Agosto, 2010 às 8:09 pm
    o fantasma do PREC continua a atormentar estas almas
    ************************

    Nada disso: NINGUÉM ESTÁ ATORMENTADO, NINGUÉM.
    TODAVIA SERIA TRÁGICO, E POSSIVELMENTE, ATÉ, SUICIDÁRIO
    ESQUECER/PERDOAR O QUE O STALINISTA P.C.P. ENTENDE QUE É SUA MISSÃO ASSIM QUE O EQUILÍBRIO DE FORÇAS (COMO ELE GOSTA TANTO DE ANDAR SEMPRE A SUPESAR)TENDE PARA SEU LADO —>
    —-> ADEUS DEMOCRACIA COMO 80% DE NÓS ENTENDE COMO DEVE SER.
    NÃO HÁ TORMENTO NENHUM , MAS PRUD~ENCIA, I QUE É COMPLETAMENTE DIFERENTE.
    PORTELA MENOS 1 É,PELO MENOS, IMBECIL (OU ENTÃO POR SER MUITO NOVO, NÃO SE APERCEBEU DO QUE SE PASSOU ENTRE 11 DE MARÇO E 25 DE NOVEMBRO DE 1975).

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  52. 7 Agosto, 2010 21:53

    . . . MAS PRUDÊNCIA, O QUE É COMPLETAMENTE DIFERENTE . . .

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  53. 7 Agosto, 2010 22:33

    Não me compete aconselhar quem quer que seja, muito menos partidos políticos.
    No entanto, se o P.C.P.
    a) eenunciasse EXPLICITAMENTE á ditadura do proletariado,
    b) expobrasse EXPLICITAMENTE a era Josef Stálin
    c) deixasse de acusar EXPLICITAMENRE Gobarchov como traidor ao Socialismo.

    SERIA UM BOM COMRÇO PARA QUE VOLTASSEMOS TODOS NÓS A REVER
    A SUA POSIÇÃO NO LEQUE
    DOS PATIDOS DEMOCRÁTICO PORTUGUESES.
    ****** TÃO SÓ *******.

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  54. 7 Agosto, 2010 22:47

    COMO NÃO O FAZ,
    O P.C.P. É PRECISAMENTE . . .
    ********** O QUE APARENTA SER . . .

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  55. jojoratazana permalink
    7 Agosto, 2010 23:38

    L R
    Lentos e retardados, tal como o post.

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  56. +ou- permalink
    7 Agosto, 2010 23:43

    #51… De acordo, como diria o outro – “um atraso de vida”!…

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  57. 8 Agosto, 2010 08:12

    Portela menos 1,

    “este raciocinio de LR levaria, no limite, a manter, por exemplo, estátuas de Hitler na Alemanha e de Staline por essa Europa fora.”

    Mas porque não? Hitler e Staline não foram personagens determinantes na história da Europa?

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  58. 8 Agosto, 2010 08:24

    Cao MJRB,

    “Imagine, LR, que Sócrates vence as próximas legislativas e que entretanto a ponte fica concluída. Ainda em S.Bento ou imediatamente após a sua saída, rebenta um mega-caso que judicialmente estrangula todo o seu “prestígio” como cidadão e como PM. A ponte deve continuar a designar-se Sócrates, para respeitar o seu “voluntarismo”, iniciativa e decisão?”

    Deve. Quanto mais não fosse, para que as gerações vindouras soubessem no que dava a mania das grandezas. E de resto, o nome dos fascistas não tem de ser apagado da história, deve antes ser lembrado. Para além disso, não existe qualquer mega-caso imaginário que estrangule ainda mais o “prestígio” de Sócrates. Perante a história, ele já está enforcado.

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  59. António permalink
    8 Agosto, 2010 13:34

    Ponte Salazar SIM! Independentemente da orientação política de cada um, é, sem dúvida, uma das maiores figuras da nossa história. Mas podem estar descansados: mudar o nome da ponte e retirar deliberadamente dos programas de história do liceu cerca de meio século da vida dos portugueses, não significa que tudo não tenha acontecido…

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  60. 8 Agosto, 2010 15:05

    Caro LR 54,

    Assim sendo, não compreendo as reacções (inclusivé no Blasfémias), as negociatas, o mega-negócio e os lobbys que tentaram desacreditar e praticamente silenciaram e desactivaram uma comissão (não me ocorre o nome) para criar no edifício onde esteve a PIDE-DGS, à Rua António Maria Cardoso, um museu da Resistência e das actividades da polícia política…”para que as gerações vindouras soubessem” o que foi um Estado totalitário, repressivo, retrógrado, anti-liberdade.

    Hoje, nesse local, está em fase de acabamento um condomínio privado…

    Ainda quanto a Sócrates: cuidado com um “animal feroz” ferido… Pode reerguer-se ! (esta “justiça” prova-o, certa comunicação social serve-o), e não será um Coelho-no-bolso que, conduzido por Ângelo’s e num terreno preparado por Relvas, o intimide ou o derrube.

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  61. Francisco Colaço permalink
    8 Agosto, 2010 17:32

    #35, #42,

    Caros amigos,

    Se a nova ponte for o caminho mais curto de Lisboa ao Freeport, deve com toda a certeza ser chamada Ponte José Sócrates. Chamá-la-ei pessoalmente «Ponte PS» (de Pedro e Smith, obviamente).

    Quanto ao TGV (Teta de Grande Volume), projecto preferido da nossa classe dita «Entrépéneûres» (ou «empresarial»), podemos chamá-la linha PS (de Pinto de Sousa, obviamente).

    Finalmente, iremos concerteza mudar todos os largos, avenidas, alamedas, ruas, becos e azinhagas Luís de Camões para Manuel Alegre, Alexandre Herculano para José Samerdago (caho que escrevi o nome correctamente) e de Maestro David de Souza para José Sócrates, o maior tocador de orquestra de música de aeroporto que por aqui anda. Viva o «Purtogal Muderno» e as suas novas oportunidades.

    (Ainda pensam que um tipo que perde um olho, escreve uns rabiscos e morre na miséria pode ter uma rua em seu nome. Caramba, estamos no Portugal do Século XXI, onde um tipo foge à tropa, escreve uns rabiscos e morre gordo de colesterol, a sonhar ser precedente… presidente!)

    Francisco Colaço

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  62. Isabel permalink
    9 Agosto, 2010 00:21

    # 60

    🙂

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  63. Domingos permalink
    9 Agosto, 2010 12:51

    Caro LR
    Seria bom que escrevesses sóbrio. O primeiro parágrafo deste post só pode ter sido escrito sob o efeito de uma substância que te toldou o espírito. Então a Ponte Salazar é a obra faraónica do regime? Olha, só falta dizeres que não fizeram mais nada, durante os famosos 48 anos, além da perseguição desenfreada aos anjinhos comunistas e seus derivados.

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  64. Francisco Colaço permalink
    9 Agosto, 2010 19:30

    #62,

    Não gosto do termo «obra faraónica». Os faraós faziam dois tipos de obras: os templos e as pirâmides. As do primeiro tipo eram muito mal frequentadas. As pirâmides, contudo, nem frequentadas eram.

    A julgar pelo tráfego automóvel, a Ponte 25 de Abril é tudo menos faraónica pura e dura, piadas sobre lisboetas devidamente descontadas da equação. As obras do regime anterior eram normalmente de aplicação prática, facilitando a vida dos cidadãos: escolas primárias, secundárias e superiores, mercados, paços de concelho, barragens.

    As obras do regime são faraónicas: mal frequentadas (particularmente na fase de lançamento a concurso e construção) ou não frequentadas, custando normalmente muito mais que as respectivas pirâmides. Do primeiro tipo temos a Casa da Música ou a Expo-98. Do segundo, apenas podemos dizer que vai ficar às moscas, que aliás já estão atrás do mau cheiro que dali emana. Têm Grandes Visões, estes lusitanos.

    E, biblicamente, que ler compreenda. Quem compreender, ria. Quem rir, não o faça muito alto, para não ser chamado tolo.

    Francisco Colaço

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  65. 10 Agosto, 2010 15:50

    HÁ AINDA OS ESTÁDIOS
    DE FUTEBOL ÀS MOSCAS (FARO) OU EM
    RUÍNAS (AVEIRO) QUE CUSTARAM MILHÕES E MILHÕES.
    DEPOIS HÁ AQUELA COISA * MUITO ENGRAÇADA* : PROPOSTAS DE CONSTRUÇÃO GANHAS (POR TEREM O CUSTO MAIS BAIXO) SEGUIDO DE ENCARGOS * CORRIGIDOS * POR SE CONSIDERAR QUE ALGUMAS MODIFICAÇÕES AO PROJECTO INICIAL TÊM DE SER INTRODUZIDAS : ESTAS CORRECÇÕES , CLARO, NÃO CARECEM DE CONCURSO PÚBLICO (ESTÃO A VER POR ONDE AS *LUVAS* SE INFILTRAM ?).

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