Realidades virtuais
22 Setembro, 2010
Os inquéritos aos gostos dos telespectadores dão invariavelmente como programas preferidos os documentários, a cultura, os concertos… Enfim ninguém dizia que via o Big Brother mas o programa tinha as audiências que tinha. Com os transportes públicos passa-se o mesmo: oficialmente todos dizem mal do automóvel, as bicicletas são o futuro, os transportes públicos uma maravilha mas depois é isto que acontece: Transportes públicos perdem adeptos
81 comentários
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Os transportes públicos em Lisboa são óptimos para quem faz um percurso diário que já conhece e razoáveis para quem tem de se deslocar aleatoriamente; é necessário haver mais informação disponível (não na Internet, porque via internet já existe) sobre que transportes apanhar para onde.
Como detesto andar de carro em Lisboa e apraz-me aproveitar o tempo de viagem para ler, acho os transportes públicos fantásticos; se tivesse de passear o Audi A6 para que todos me soubessem capaz de esturrar 40.000€ num automóvel também não tinha tempo para andar de transportes.
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Atente-se a estas duas realidades noticiadas há bem pouco tempo: por um lado a venda de automóveis subiu em Portugal enquanto no resto da Europa desce; por outro lado o crédito ao consumo malparado atingiu níveis históricos. As razões da incivilidade com que os portugueses tratam os seus meios públicos de transporte residem, em grande parte, no paradoxo supraenunciado.
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Há pessoas que não levam o carro para o quarto,porque não cabe no elevador.
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Hoje é o dia europeu sem carros, mas a verdade é que, pelo menos em Lisboa, não se dá por isso…
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Além do mais essa coisa do aquecimento global é coisa dos maléficos “maricanos” os nossos carros cá não fazem mal nem a uma mosca.
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A única conclusão a tirar é que há que onerar com ainda mais impostos a aquisição de automóvel particular, e/ou ou fiscalizar o escandaloso uso particular de veículos comerciais ou atribuídos a actividades empresariais (mais um dos “perks” que os ricos têm sobre os pobres em Portugal), onerar as portagens (já que se andou a fazer estradas e fechar ferrovias), e introduzir mais limitações ao estacionamento e/ou ao acesso ao centro das grandes cidades. Também ajudaria que o metro de Lisboa não fechasse à 1 da manhã (excelente horário, mas em Oslo), que os autocarros ao fim-de-semana não aparecessem episodicamente (o que me obrigou a mim, que passei 30 anos feliz sem carros, a tirar a carta e comprar um carro) e que os últimos comboios Intercidades não fossem sempre cedo demais (o que interfere, claro, com os direitos adquiridos dos trabalhadores do Metro, Carris e CP). Por fim, já vamos tarde para não estimular o crescimento de grandes superfícies que “obrigam” os consumidores a andar de carro e desertificam o centro das cidades, mas podemos sempre manter as limitações no seu funcionamento. Eu sei que tudo isto a arrepiará, mas quero crer que a Helena Matos, que é uma pessoa sensata, não acha MESMO que devemos esperar que seja a mão invisível a convencer o tuginha que, sim, pode levar a criança à escola e ir às compras de metro ou autocarro (experimente e vai ver que pode). Para lá de produzirem poluição, ruído, e empatarem passeios, praias e pinhais, os automóveis e o combustível são importados, pelo que, desincentivar a sua aquisição e uso me parece um excelente meio de diminuir o défice da balança comercial, que, parece-me, é uma sua preocupação.
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“Transportes públicos perdem adeptos”
O METRO é um transporte público e aumentou o número de “adeptos”.
Em Lisboa é mais rápido do que qualquer outro meio de transporte.
No Porto é o mais confortável e quase sempre o mais rápido também.
Quanto ao automóvel vs. comboio, o carrinho continua a ganhar.
Basta ver a maciça e tentadora publicidade aos automóveis,
que os comboios não têm.
O automóvel é um culto.
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É nos suburbanos da Grande Lisboa que se regista a maior quebra, menos 2,2 por cento.
A FERTAGUS, que assegura o comboio na ponte 25 de Abril, subiu 2 por cento,
Na CP não existe fiscalização, na Fertagus ninguém entra sem bilhete.
Procurem aqui uma das causas.
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A não utilização dos transportes públicos (TP) continua a ser a falta de bons parques de estacionamento a preço social (por ex. €. 2/dia todo) em locais chave exteriores às cidades. Enquanto esse problema não for resolvido não vale a pena sequer falar na utilização massiça de TP.
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Os autocarros em Lisboa também são muito caros. Se os nossos filhos se querem deslocar para os treinos, acrtiviaddes ou esatr com amigos, pagam € 1,45 (ida e volta quase € 3!) e 0,85 nos pré-comprados. Continua a ser muito caro. A história dos passes para estudantes afinal era uma aldrabice e só abrangia situações quase de carência económica.
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Para além disso,
as mães andam sempre cheias de pressa e cheias de sacos (alguns volumosos): compras, mochilas de miúdos, livros, pastas
e avida de metade da população não é feita num emprego no mesmo sítio que dê para ir e vir de TP. Corre-se de um lado para o outro – é difícil fazer isso carregada de sacos em autocarros.
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Ana C.
Às vezes não é fácil mudar de hábitos, quando abrangem hábitos dos que nos são próximos.
No entanto, as entregas ao domicílio programadas estão cada vez mais vulgarizadas.
Mas é claro que o transporte de volumes no Metro ou autocarro é muito limitado, exigindo uma gestão minuciosa do que é realmente essencial para se levar.
Há quem leve sempre o guarda-chuva.
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Moro numa cidade média onde o nº de passageiros dos transportes públicos desceu consideravelmente. Mas além dos motivos apresentados pelas Ana C e outros comentadores acrescento o seguinte:
Considera-se que andar de transportes públicos é um sinal de pobreza, uma vergonha.
Quantas vezes me disseram, porque não pedes um empréstimo para ter um carro. Respondo que não; porque além do veículo, existe a despesa do combustível, seguro, impostos, manutenção ,etc. Tudo isto somado no meu caso é muito mais do que a despesa do passe social. Bem é uma questão de opção.
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Penso que não há mais utilizadores de transportes públicos, para além dos motivos já indicados, por muitas profissões exigirem a utilização de carro próprio, seja pela imprevisibilidade das deslocações ao exterior, seja pela ausência de soluções concorrenciais (em tempo dispendido) ao automóvel, quando há que combinar múltiplos transportes públicos.
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Grande parte da culpa é das próprias empresas de transportes públicos, que por vezes parecem fazer tudo para perder passageiros, como a CP. De nas cidades houvesse imposição da ordem quanto a estacionamentos irregulares, segundas filas, etc., queria ver se continuava a vir tanta gente de carro…
Já agora, no Porto nota-se muito mais gente de bicicleta do que há um ou dois anos. Eu já não dispenso a bicicleta para me deslocar no centro. O metro funciona bem, também, e permite o transporte da bicicleta dentro.
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NO QUE TOCA APENAS AOS TRANSPORTES PÚBLICOS DA CARRIS. DESDE QUE, CERTO DIA JÁ ALGO DISTANTE, NUM AUTOCARRO PARA LOURES, AO FAZER UMA PERGUNTA RELACIONADA COM O PERCURSO AO MOTORISTA, UM SUJEITO COM UMA BOINA À CHÉ E UM AR SINISTRO, FUI TRATADO COM BOÇALIDADE CRETINA E OFENDIDO VERBALMENTE, QUE, PARA MIM, TRANSPORTES PÚBLICOS EM LISBOA, COM JAVARDOS DA MARGEM SUL A CONDUZÍ-LOS E QUE SE JULGAM OS DONOS DA CARRIS (COISAS QUE LHES FICARAM DO PREC), NUNCA MAIS.
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Beirão
Posted 22 Setembro, 2010 at 17:33 | Permalink
A Carris não vai a Loures, é por isso que é Beirão.
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De4 mim não perdem. Ou ando a pé, ou de transporte público e acho absolutamente imbecil que anda de carro em Lisboa.
São manias de novos ricos à americana. Em qualquer cidade europeia as pessoas de qualquer classe social utilizam os transportes públicos.
Cá até vão de jipe ao cabeleireiro da esquina.
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E a Ana Ferreira tem absoluta razão- é para esnobar. O carro é uma tara que qualquer analfabeto considera promoção social. E andar de transporte público há-de ser coisa para preto no machimbombo.
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Em Lisboa, só uso o carro ao sábado, quando vou ao supermercado.
Nos restantes dias, ando sempre de metro, autocarro ou eléctrico. O passe social tem um custo aceitável.
Claro que, em férias na província, tenho de usar o carro, porque os transportes públicos são praticamente inexistentes.
Mas não posso deixar de anotar a desvergonha do Sócrates e ajudantes, que, nunca utilizando o transporte colectivo, se permitiram ir hoje fazer um número de palhaços circenses no metro. Só com um pano encharcado nas ventas…
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Caro A. Pinto de Sá,
“Mas não posso deixar de anotar a desvergonha do Sócrates e ajudantes, que, nunca utilizando o transporte colectivo, se permitiram ir hoje fazer um número de palhaços circenses no metro. Só com um pano encharcado nas ventas…”
O ponto arquimédico é esse mesmo: houvesse de secretários de Estado para cima a andar de autocarro e a coisa deixava de ser para “preto no machimbombo” como diz a Zazie.
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Isso das entidades públicas em transportes públicos tem problemas de segurança.
Não é por acaso que o Papa se faz transportar no papamóvel.
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Andei toda a vida de carro por causa da profissão, que me levava para fora de Lisboa. agora, deixo o carro semanas na garagem. Metro, Carris ou de táxi quando tenho pressa. E nunca mais desesperei por não encontrar um lugar.
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Ainda bem que esses burgueses que apregoam a sete ventos as vantagens dos transportes públicos não os usam – a não ser em situações de penúria.
Um exemplo. Uma mulher que sofre um divórcio em condições desfavoráveis em termos financeiros, poderá usar os transportes públicos dando um ar de intelectual. No entanto o seu subconsciente encaminhará o seu coração no sentido de arranjar um gajo com um carrão e com uma carteira recheada para pagar os parques da emel.
Veja-se o exemplo do Japão – os homens de Tóquio na classe dos 25 a 40 anos deixaram de comprar carros. Porquê? Os transportes púbicos em Tóquio são óptimos e estacionamento caríssimo.
Consequências – A indústria automóvel não vende o governo não cobra impostos e desce a taxa de natalidade.
Ou seja um homem que não possui um carro, também não possui índices de testosterona que o levem a acasalar e a constituir família.
As mulheres japonesas também recusam acasalar com homens que não possuam carro.
Nada como um Ferrari para lubrificar a potência dos carburadores e aumentar a taxa de natalidade. Existem muitos gajos possuidores de Ferraris que até são pais sem saber como!
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Fiquei quase convencido que os japoneses se reproduzem nos automóveis.
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Maúrio, ri-me com gosto. Obrigado!
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«um homem que não possui um carro, também não possui índices de testosterona que o levem a acasalar e a constituir família.»
Ah!!!
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Pronto Helena, e cá tem um batalhão de “boas consciências”, vítimas do egoísmo e e da incivilidade dos outros.
Confesso que sou um desses “incivilizados”, “egoístas” “sem consciência ambiental”, “americanizado”, “vaidoso”, tudo e mais alguma coisa. Sou isso tudo porque não dispenso o carrinho para nada. E ainda por cima sem a mínima preocupação para com os “probelams ambientais”. O meu sentimento por esses “problemas” é em tudo semelhante ao sentimento que o dr. Ferro Rodrigues nutria pelo segredo de justiça.
É verdade que a IC19, a A5, a Calçada de Carris são vias cheias trânsito. Mas, e ao contrário do que muitos missionários aqui apregoam, deparo-me com os mesmíssimos problemas de trânsito quando vou a Colónia. E, curiosamente, com os mesmos discursos de reprovação e com as mesmas “avé marias” do ambientalismo.
Não há maneira de se fazer perceber às pessoas que é melhor andar 1 quilómetro à chuva até à primeira estação, trocar de transportes cinco vezes e gastar hora e meia até ao local de trabalho que andar por aí a poluir o meio ambiente com esses produtos do capitalismo. Ou então usar a bicicleta … muito prática para passar pelo hipermercado e buscar os filhos no regresso a casa.
Sempre houve e sempre haverá missionários prontos a lutar – pela força se necessário – para dissuadir as pessoas a escolher o caminho mais confortável. Em prol de uma qualquer fé.
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regada mertório
Posted 22 Setembro, 2010 at 11:53 | Permalink
Há pessoas que não levam o carro para o quarto, porque não cabe no elevador.
E para quê levar o carro para o quarto, quando no carro se pode fazer tudo?
O meu tem tudo o que é preciso, inclusivamente bidé.
Transporte público, é bom para ler o jornal, mas cadê as garinas? A única hipótese seria encontrar a Zazie, mas isso é muito difícil, ela está sempre em casa a teclar. Só sai para o aeroporto, e aí vai de taxi. Só por milagre mesmo.
Mas gostava de andar de autocarro. Não me deixam. Quando disse que queria comprar um autocarro para mim mesmo disseram-me que não era possível. Um autocarro dava-me mais jeito que o carro, sempre lá podia constituir família, olhar para o futuro.
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Não seja imbecil.
Não tem nada a ver com pancadas ambientalistas, ainda que essas pancadas sejam coisas de elite e não de chungaria.
Tem a ver com o facto dos transportes públicos serem mais rápidos. Só um idiota se mete num carro para fazer um percurso em Lisboa que podia fazer por 1/4 de tempo de metropolitano.
Agora se vivem nas calçadas das circulares, isso é outra coisa. Mas quem é que manda gente tão capitalista viver lá nas vias rápidas?
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Não se percebe esta “elite” tuga. Por um lado nem sequer se atrevem a fazer o que faz qualquer yupie da bolsa e andar de metropolitano, que isso é para preto ou para ecologista; por outro, vivem no cu de judas em sítios onde nenhum capitalista com bom gosto escolheria para viver…
É assim- terceiro mundismo de cavalgaduras do asfalto, de Opel Corsa mas de gostos à americana.
Porque se andassem de transporte público ainda podiam se confundidos com yipies de Katmandu ou pior- com ecologistas com ataques de pânico de aquecimento global.
Eles só aquecem em se agarrando ao volante.
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E julgam que isto é vaidade
abhahaha
Vaidade viver em vias rápidas, no cu de judas e perder horas a acelerar para irem trabalhar e deixar os filhos na escola.
Realmente… no que deu o novo-riquismo.
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Se uma pessoa lhes apresentasse cientistas ou elite financeira que vive em moradia e prefere demorar 45 minutos de combóio para ir trabalhar, ainda eram capazes de lhes dar uma esmola- aos pobrezinhos da assistência, que precisam de fazer esses sacrifícios todos e não verem que a qualidade de vida não está no habitat mas no habitáculo da carrocerie da carripana.
E na marca, atenção- a marca e a cilindragem é muito importante.
O VPV uma vez escreveu um texto delicioso a propósito da cilindragem dos carros dos madeirenses. E era mesmo a propósito disso- de vidas imaginadas com mais olhos que barriga.
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Antes de mais, também sou um egoísta egocêntrico sem consciência ambiental.
Lamentavelmente sou um egoísta egocêntrico sem consciência ambiental com um carro velho e pouco impressionável que não contribui para o aumento dos índices de testosterona.
Mas serve para ir para o trabalho sem andar à chuva e sem mudar três vezes de transportes públicos, serve para deixar e ir buscar a filha à creche no caminho para o trabalho e serve para ir às compras ao supermercado no final do dia de trabalho ou para ir jantar fora com a mulher e a filha.
O problema é que segundo os comentários moralistas que aqui leio, eu deveria ser o único gajo a andar de carro em Lisboa mas não sou. Até parece que os transportes públicos têm perdido clientes, mas nada que não recuperem quando o TGV entre o Poceirão e Badajoz estiver em funcionamento.
Mas já agora, será que esta redução de clientes dos transportes públicos não terá nenhuma relação com o aumento do desemprego em Portugal? É que parece-me que um desempregado não necessita de andar de transportes públicos para ir para o emprego…
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Chamava-se “limite de velocidade” e ainda hei-de ver se o encontro.
Não entendem os limites naturais e depois é assim- imaginam-se em a fazer autoestrada em LA.
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Hey, hey, I finally found my way
Say goodbye to yesterday
Hit the gas there ain’t no brakes on the lost highway
Yeah I’m busting loose, I’m letting go
Out on this open road
It’s independence day on this lost highway
I don’t know where I’m going
But I know where I’ve been
Now I’m afraid of going back again
So I drive, years and miles are flying by
And waiting there to great us
Is my plastic dashboard Jesus
Oh patron saint of lonely souls
To tell this boy which way to go
Guide the car, you got the keys
Farewell to mediocrity
Kicking off the cruise-control
And turning up the radio
Got just enough religion
And a half tank of gas come on, let’s go
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O que acho mais engraçado nas conversas sobre automóveis, é a competição à volta da capacidade do porta-bagagens, porque uns são de 400 e outros de 500 litros.
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O comentário de PedroL não podia ser mais claro. Concordo inteiramente.
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O merdoso pensamento novo-rico tuga, mais o suposto jet 3,5 político, cultural e social, não esquecendo “o maralhal” que tendo 10.000 euros no banco pavoneiam-se com cartões bancários e outros, não transitam no combóio, no metro e nos autocarros em Lisboa ou no Porto. Sentir-se-iam desprestigiados, tão vulgares como os…vulgares.
“Isso”, é para a “ralé”. “Isso”, é para gentinha como Sócrates, hoje apologista dos transportes públicos.
Nunca saberão o que perdem nos metros de Londres ou de Moscovo, de Londres ou de Nova Iorque.
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O comentário do Pedro L explica a necessidade que muitas pessoas têm de usar automóvel na cidade. Mas não explica que todas que o usem seja por necessidade ou sequer por ser mais rápido e mais prático.
Antes pelo contrário, tenho para mim que a grande percentagem de quem o usa é por mera macaquice de imitação e ainda perde mais tempo a arrumá-lo.
E conheço muita gente que nem atravessa a rua sem se enfiar no carro. E a anedota de até precisar de ir de jipe ao cabeleireiro da esquina não é ficção.
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Exacto, Mister. Porque é que se vê gente com muito mais classe nessas cidades, a usarem os transportes públicos e cá até há palermas que fazem luxo em dizer que nunca andaram de metro ou que nem sabem o que é um autocarro?
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É o tal jet-3,5 plataforma Corsa, com gentes compradas no AKI, a imitar Ferrari que se julgam Donalds Campbel a na 2ª circular.
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Se os Socialiistas de esquerda e direita não falsificassem* os preços ainda menos clientes teriam.
*Preços da Gasolina sem impostos.
*Preços dos Carros/Motas sem impostos.
*Preços dos Transportes sem subsídios.
Com preços reais a pagar pelo utilizador queria ver quantos clientes teriam. E mesmo assim pelo andar da carruagem qualquer dia é mais barato ir a Paris na Ryanair do que ir de Sintra a Lisboa na CP.
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E agora, mal entram na faculdade dão-lhes logo o automóvel.
Lembro-me bem da palhaçada da famosa luta contras as propinas- o “não pagamos!não pagamos! não pagamos” e rabo à mostra, feito por betos escardalhos que preferiam gastar o preço de um almoço na cantina em pequeno almoço em café de hotel e depois ainda andavam às voltas para arrumarem o automóvel.
Mas para as propinas, a ver se não eram todos proletários.
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Lá vem o bot-neotonto. Ligaram-lhe o botão e sai k7.
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Zazie,
Devo fazer uma adenda: Também é verdade que esses merdosos (alguns políticos incluídos) porque incultos, nunca reconheceriam nos metros de Nova Iorque ou de Londres GENTE como o maestro A, o cientista B, o historiador C, a cantora lírica D ou o actor E…
Só por curiosidade, desde há uns cinco, seis anos, tenho ‘ido’ à memória para anotar GENTE qu se tem cruzado comigo nos transportes públicos, aqui e ‘lá’… Já uma boa lista. E essa curiosidade surgiu-me pouco tempo depois dum episódio a que assisti num vulgar restaurante perto da Gulbenkian: dois tugas-tugas exemplares da ignorância e da estupidez, comentavam a “guedelha daquele gajo”. Era, nem mais nem menos do que um extraordinário maestro, bem acompanhado por Gente…
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«Antes pelo contrário, tenho para mim que a grande percentagem de quem o usa é por mera macaquice de imitação e ainda perde mais tempo a arrumá-lo.»
Um caso pessoal, que me levou a escrever o 1.º comentário: na década de 80 estive 6 meses na Alemanha numa cidade média e nunca usei outro meio de transporte que não fosse o público. Era excelente, pontual, mesmo com fortes nevões, tanto que só precisava de ir para a paragem dois a três minutos antes do horário. Na mesma altura, em Lisboa, muito raramente usava os transportes públicos, porque, nuns dias já sabia que tinha de sair e regressar à empresa, noutros era relativamente vulgar ter de me deslocar por períodos de cerca de uma hora dentro da cidade, para zonas em que não era muito fácil fazê-lo de metro ou autocarro. Quando não levava o carro, muitas vezes utilizava o táxi.
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Há uns bons anos, um conhecidíssimo actor inglês actuou no D.Maria II. Pediu-me para lhe mostrar Lisboa. Quando eu me dirigi para um táxi, preferiu viajar no Metro até ao Marquês, salvo erro justificando-se com a “vontade de ver de perto as pessoas”.
Saímos, subíamos o Parque para lhe mostrar a cidade “sobre” o Tejo, e foi abordado por um polícia. Pediu-lhe identificação, que não tinha. “Apresentei-o” devidamente, o polícia acreditou e justificou-me a abordagem: “tem aspecto de drogado”…
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A minha tia Celeste levava-me à escola numa mota com side-car.
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Em Londres sempre utilizei o metro e os autocarros com toda a facilidade, mesmo para fora do centro da cidade. Em Zurique andava de eléctrico e de combóio para uma cidade pequena a cerca de 1/2 hora de viagem. Nunca tive problemas, nem cheguei atrasado.
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Há por cá fenómenos terceiro-mundistas e este da recusa em andar em transporte público é um deles.
Outro, que me apercebi mais recentemente, é o serralho. Está na moda uma segunda versão das “patroas” com criadagem.
Mas estas, agora, vivem sozinhas, com máquinas de lavar-loiça e frigoríficos com vários andares; plasma na casa-de-banho; cristaleira do “óle de entrada” com as “casquinhas” de plástico e precisam da empregada doméstica para tudo- até para lhes lavar as banheiras.
A sério- e na província então é mesmo uma marca de ascensão social dizer-se que se tem logo duas, em vez de uma. E internas, até.
Mas não precisam que lhes limpem as estantes dos livros inexistentes, essa é que é essa.
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E por cá pode fazer o mesmo porque os transportes até estão baris. Muito melhores que os de Bruxelas, por exemplo.
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E os muitos novo-ricos ou remediados “senhores e senhoras de Lisboa”, que aqui enaltecem a “sua casa no Algarve”, e que afinal não passa duma pequena casa alugada, ou pior, duma ainda mais pequena casa alugada (só cozinha/hall + quartinho + casa de banho), e nas traseiras duma pequena vivenda…
Carago, mas “têm casa no Algarve”…
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Eu se fosse a zazie já me tinha suicidado. Ou então emigrado. Deve ser horrível viver rodeado de gente inferior…
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Essa é das tais coisas, não me aquece nem me arrefece. Do Algarve podem ficar praticamente com ele todo, tirande Alte, Paderne, Mexilhoeira Grande e mais meia dúzia de terrinhas que ainda não foram destruídas.
Mas esta treta dos automóveis é diferente porque acaba por transformar a cidade num caos, com carros estacionados em cima dos passeios e cavalgaduras do asfalto desembestadas.
Acrescente-se a isso, a porcaria da calçada lisboeta que agora até já existe na Merdaleja e tira-se o prazer de fazer boas caminhadas citadinas.
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Os transportes públicos em Lisboa são razoáveis. Algumas ligações que são óptimas.
E o Metro é recomendável. Curiosamente, as “horas de ponta” no Metro já não têm tanta gente e balbúrdia, como há uns três, dois anos atrás… É certo que há mais circulação, mas, como comenta Pedro L e Américo Tavares recoloca, não terá também a ver com a quantidade de desempregados que ficam em casa ?
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A minha embirração com a calçada lisboeta só é suplantada pela do maradona. É mesmo um ódio de estimação. O raio de uma porcaria toda às covas, caríssima, que escorrega mal cai um pingo e que nem sequer é bonita.
E vá de botarem calçada lisboeta em locais onde estraga completamente a paisagem escura do granito natural.
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A calçada portuguesa, se bem trabalhada, é não só histórica mas também bonita.
Algumas áreas de Lisboa vistas na vertical, são memoráveis.
O pior, são as imitações reles, a péssima e apressada colocação da calçada, os muitos buracos(calçada rodeando árvores de grande porte, imagine-se, mais as viaturas). Ah!, e as escarretas, os cagalões dos cães, as beatas de cigarro, quase todo o tipo de lixo… — Portugal veri tipicali.
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Pois, deve ser isto- vistas aéreas. Que terrestres só para não se cair no buraco ou quando já se escorregou e viu demasiado perto.
“:O))))
Palavra que detesto porque adoro andar a pé e aquela porcaria mais os carros estacionados nos passeios tiram todo o prazer às passeatas.
Passeatas até para trabalhar sabem sempre bem.
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Mas não faz nenhum sentido colocar calçada lisboeta em terras escuras do Norte. Nenhum. Agora até em ruas de Sintra, que nunca a tiveram, já estragaram com a calçada branca.
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E aquilo não é nada. São pedras a brilhar, escorregadias e com buracos e covas por todo o lado.
E fica uma fortuna, essa treta.
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Zazie,
Obviamente que a verdadeira calçada portuguesa é cara. É uma identificação/ícone apoiável !
Mesmo apreciadas quando andamos, são maravilhantes. De preferência aos domingos. No Rossio, em Belém, etc, etc.
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Arranjem uma scooter e conheçam a qualidade de vida! Barato, rápido e divertido.
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“Pediu-lhe identificação, que não tinha. “Apresentei-o” devidamente, o polícia acreditou e justificou-me a abordagem: “tem aspecto de drogado”…
Não conheço o seu amigo, mas conheço bem o polícia portuga. Aqui para nós: o polícia tinha, ou não tinha razão?
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A calçada é realmente caríssima. Mas qualquer autarca lhe dirá que compensa a prazo, se considerarmos a manutenção.
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Mister:
A calçada é Lisboeta. Foi o D. Manuel que teve a ideia para a capital do Império. E faz sentido apenas no centro histórico.
No resto, em particular no Norte, é pura saloiice que acaba por estragar a própria estética escura ambiente
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Mas há muita gente que está convencida que é portuguesa e que todas as terras de Portugal sempre foram calcetadas assim.
É mentira- é apenas calçada lisboeta. Agora é que estes pacóvios decidem fazer de qualquer vila ou aldeia uma caricatura de Lisboa.
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E mesmo em Lisboa não há a menor justificação para calcetar todas as ruas e ruelas e recantos, com a calçada, cheia de buracos, caríssima e que impossibilita andar pois escorrega que é uma coisa disparatada.
Mas calcetar o país inteiro então, nem tem explicação. A não ser a mesma do post- puro novo-riquismo de macaquinhos de imitação.
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Pedro L- vai morrer longe que quem está mal com a natureza és tu. Eu gosto de povo- não gosto é de falso povo sintético, armado aos cágados.
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El Der,
Não, não tinha razão ! Nenhuma.
Nem o aspecto do actor era próprio dum “drogado”.
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zazie,
Depreendo que gosta de povo, desde que não sejam portugueses. Logo imigre, mas para um país sem calçada à portuguesa. E sem carros. E sem subúrbios. E sem vias rápidas. E sem tudo o resto que lhe provoca essa azia toda…
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Helena F Matos. Parece-me que a sua análise generaliza uma conclusão e, deste modo, está incorrecta. O Metro aumenta em 7,1%, e a Fertagus também aumenta. Diminuem a CP e os autocarros. Pode ser que o aumento do desemprego também influencie estes dados. Mas parece-me estar provado que os transportes públicos de qualidade ( como o Metro e o comboio da ponte), são o futuro ( ainda que lhe custe muito aceitar esta evidência, ou será que é por ser uma “santanete” e defender as idiotices de PSL como os “buracos” em Lisboa?)
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Depreendeu mal e escusa de se masturbar tanto por ter enfiado a carapuça do grunho convencido que é vip.
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E experimente v. a emigrar para o Burkina Farso que qualquer selvagem é mais gente que um grunho armado em cavalgadura do betão.
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piscoisoREGISTERED MEMBER
Posted 22 Setembro, 2010 at 18:45 | Permalink
Isso das entidades públicas em transportes públicos tem problemas de segurança.
Não é por acaso que o Papa se faz transportar no papamóvel.
____________
Se, por segurança, o Piscoiso se refere a ficar *essas figuras* a piropos
mais ou menos a propósito, até tem razão.
A comparação com o Papa é semi-imbecil: quem detém cargos públicos com
OITENTA E TAL ANOS ? É claro que ele tem de ter cuidado com os *pacíficos*
(seqgundo a Zazie) islamitas , agora que a KGB deixou de empregar Búlgaros.
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Lá está a Laricas com ataques de pânico. Só de pensar num turbante borra-se todo.
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Esta semana andei pelo país em actividade (até pelo litoral). Se pudesse ter utilizado transportes públicos, acham que me aborreceria a tiradas de duzentos quilómetros por vez?
.
Os nossos transportes públicos são caros, raros e lentos. Em Lisboa e no Porto, onde são fortemente subsidiados, são muito bons, a nível europeu. As pessoas deste país que não vivem em Lisboa— isto é, da grande região do Afundão, pagam-nos por inteiro.
.
Irei dentro de minutos entregar uns livros à Covilhã. Moro a 22 Km. Tenho por dia 6 autocarros em cada sentido, um ao Sábado e nenhum ao Domingo. Custa €2,45 a ida. Por acaso até irei de autocarro porque tenho também de ir comprar uma câmara de ar para a bicicleta.
.
Pergunto, QUANDO É QUE AS SANGUESSUGAS LISBOETAS (da grande região do Sotaque Amaricado) DEIXAM DE QUEIXAR-SE DAS CONDIÇÕES DE VIDA, JÁ QUE VIVEM DO IVA DO RESTO DO PAÍS E DOS SUBSÍDIOS DOS NOSSOS IMPOSTOS? (Grito de Revolta, Parte I)
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Os transportes em Lisboa e no resto do país são baratíssimos. Devem mesmo ser dos mais baratos da Europa.
Mais barato só no Brasil. Experimente pagar o tube em Londres ou andar de comboio e vai perceber a diferença-
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É mesmo das melhores coisas que temos- muitos, baratos e eficientes.
V.s falam de cor. Paguem o metro londrino e vão ver o que é avaria permanente e o balúrdio que custa. E nem vale a pena falar dos comboios. Esses são uma fortuna e péssimos, sempre com atrasos- Desde que aquilo foi privatizado que ficou uma merda.
Precisamente por se ter tornado monopólio privado. Não há competição em carris únicos- seja de metro, seja de comboio. Só nos autocarros. E esses sim, são muito mais baratos. São até muito baratos na província.
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Zazie,
Sei bem quanto custam os transportes em Inglaterra. Quanto aos horários e à frequência, tenho menos queixas do que cá.
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«Os nossos transportes públicos são caros, raros e lentos. Em Lisboa e no Porto, onde são fortemente subsidiados, são muito bons, a nível europeu. »
Tecnicamente são bons. Mas em Lisboa, que é o que conheço, os autocarros não cumprem nem de longe os horários, como na Alemanha.
Quanto ao Afundão, na Guarda, por exemplo praticamente não há transportes colectivos.
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