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O Orçaminto

23 Setembro, 2010

“O orçamento de estado português não é bem um orçamento; pois um orçamento é um documento que prioriza os gastos e autoriza despesas, em função da receita prevista. O OE faz exactamente o contrário, autoriza receita, em função da despesa prevista. Neste sentido não é um orçamento. É um “orçaminto”. Para aumentar a angústia outonal, parece que este ano a classe política, com Cavaco Silva à cabeça, nos quer convencer que o OE deve ser aprovado a qualquer custo, como se a sua não aprovação representasse a fome, a catástrofe e a miséria.
E esta é só mais uma mentira. Porque se o orçamento for chumbado, o governo mais não tem de fazer do que apresentar um novo e de preferência melhor. E se mesmo assim, não se encontrar consenso no Parlamento, o país pode perfeitamente viver em 2011 com base em duodécimos. O que proibiria o aumento da despesa face a 2010, o que seria bom. E nem poderá aumentar a receita, subindo impostos, o que é óptimo.”
Não há pois qualquer razão para o Passos Coelho ceder ao governo. Até porque se o objectivo do governo for reduzir o défice, pode fazê-lo mesmo com o orçamento rejeitado. Pode aliás fazê-lo desde já. Bastará gastar menos. Se quiser e souber.
Hoje, na Rádio Renascença.

16 comentários leave one →
  1. Eleutério Viegas permalink
    23 Setembro, 2010 23:12

    Haja alguém que ponha cobro a esta paranóia dos papagaios por falta de “orçaminto”!
    De facto, o Passos que não vá nas canttgas do aldrabão e companhia. A redução do défice é fácil: cortar a direito nas despesas, a começar pelos vencimentos dos FPs. Ganham demasiado para o que produzem. Todos!

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  2. Arnaldo Madureira permalink
    23 Setembro, 2010 23:40

    Eu sou FP. Faz alguma ideia do que produzo e do que ganho?

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  3. Arnaldo Madureira permalink
    23 Setembro, 2010 23:44

    Paulo Morais
    Com base em duodécimos, o governo fica autorizado a fazer a mesma despesa. Não duvido que a faça. Como não pode aumentar a receita, mantém o défice e agrava a dívida. Ganhamos o quê?

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  4. 24 Setembro, 2010 00:12

    Excelente! Uma conjugação portuguesa bem imaginada.
    ORÇAMINTO!

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  5. Eleutério Viegas permalink
    24 Setembro, 2010 00:16

    #2: Não faço ideia de quanto ganhas mas sei bem o que produzes: nada de jeito. Mas a “culpa” não é tua… Limitas-te a cumprir ordens, eu sei. Portanto, para eu não pagar por inutilidades que para nada servem devias ganhar menos, pelo menos 20%, para reduzir o malfadado défice que é o legado do palhaço sokas ao País (de facto, devias ir fazer outra coisa mais útil e remuneradora, devias procurar).

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  6. Ana C permalink
    24 Setembro, 2010 00:22

    Adorei o título: ORÇAMINTO !

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  7. 24 Setembro, 2010 01:15

    PPCoelho tem “a faca e o queijo na mão”. Passados seis meses na Lapa, ainda não consegui avaliar a qualidade do queijo preferido (contrafeito mas saboroso ?) e se a faca estará tão afiada como faz crer…
    Ou: se quer uma faca afiada. É que, PPC se no lugar de Sócrates, neste preciso momento político, económico e financeiro, talvez não fosse tão diferente e responsável…
    Para já, hoje surgiu um mentiroso: PPCoelho ou Silva Pereira/governo ?, sobre as propostas ou não, nas tais reuniões Sócrates-Coelho…

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  8. Arlindo da Costa permalink
    24 Setembro, 2010 01:24

    O chanfrado do Emídio Rangel está a dizer na RTPN que a execução do orçamento está em linha e controlado.
    Diz também ele que a única coisa que está fora dos carris é o submarino…

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  9. 24 Setembro, 2010 01:53

    Para que este país tenha outro e progressivo rumo, será necessário que a trampa de política conluiada, ineficaz e perturbadora da vida tuga, seja abalada com um valente susto !?

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  10. JUSTIÇA DE FAFE permalink
    24 Setembro, 2010 02:39

    Arlindo
    a presença desse desgraçado mental nos media é muito, mas muito misterios.

    O gajo foi colocado na RTP no tempo Guterres a ganhar OITO MIL CONTOS/ MÊS.

    Um INSULTO aos portugueses.
    Sempre que leio ou ouço e vejo essa treta de pessoa lembro-me logo dos meus impostos que foram cair ao bolso dessa aberração!
    Um verdadeiro insulto aos contribuintes.

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  11. Francisco Colaço permalink
    24 Setembro, 2010 08:23

    Quando falamos em FP falamos na Função Pública, certo?

    Por vezes necessito de confirmar essas siglas.

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  12. Francisco Colaço permalink
    24 Setembro, 2010 08:28

    MJRB,

    O valente susto vem aí. Chama-se bancarrota.

    Que, como sabemos, é quando a parte dos juros de dívida pagos nos mete permanentemente em défice. O 14.º mês para os trabalhadores FP não vai existir, pr esta via. Nada que um governo socialista não tivesse já feito.

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  13. Pi-Erre permalink
    24 Setembro, 2010 09:29

    “Eu sou FP. Faz alguma ideia do que produzo e do que ganho?”

    Eu faço ideia. Ganha os meus impostos e produz nada.

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  14. Francisco Colaço permalink
    24 Setembro, 2010 10:21

    Pi-Erre, Eleutério Viegas,
    .
    É um mito dizer que todos os funcionários públicos são calões e indolentes. Alguns trabalham com excelência. Todos nos lembramos de bons e maus professores. Os nossos bons professores também eram funcionários públicos. E há bons professores, bons gestores, bons administrativos, bons jardineiros, bons cozinheiros, bons auxiliares de acção eductiva e boas secretárias (e não me refiro a quando são vistas com roupa diminuta) na função pública.
    .
    Dito isto, é verdade que a maioria dos funcionários públicos valem menos di que o que se pensa deles. Se estes energúmenos estivessem no sector privado, os tribunais entulhar-se-iam de processos de despedimento.
    .
    Ergo, não sabemos o que o Arnaldo Madureira produz, e o que vale. Pode ser um dos bons. Vamos fingir todos que acreditamos que sim, dando-lhe o benefício da dúvida.

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  15. Eleutério Viegas permalink
    24 Setembro, 2010 13:13

    Francisco Colaço,

    Hoje em dia, essas excepções de que fala (sobre os FPs) são tão raras que confirmam a regra em que me baseio, eu e o Pi-Erre…

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  16. Francisco Colaço permalink
    25 Setembro, 2010 00:43

    Eleutério,
    .
    Não são tão raras assim, e francamente já foi pior. Nos anos 70 e 80 arrogantes eram putas velhas, doutores novos e funcionários públicos.
    .
    Vai mudando, à medida que as viciadas velhas gerações se vão reformando. As novas também ganham os seus vícios, mas cada vez mais ténues e mais tarde. Basta ver o comportamento da polícia perante o cidadão nos anos 80 e hoje. É noite para o dia.
    .
    Uma classe persiste na arrogância e no desprezo do utente: os médicos. Não todos, felizmente, também os há excelentes, competentes e dedicados.

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