Pagar SCUT’s? Baixar impostos.
2 Outubro, 2010
Vital Moreira acha que as SCUT’s devem ser portajadas (assumindo uma discordância a esta minha opinião),” dispensando os contribuintes em geral (incluindo os que não as usam) de ter de o fazer com os seus impostos”. Agora que as SCUT’s vão começar a ser pagas, diga então, por favor, quais os impostos que devem ser reduzidos, ou seja, de cujo pagamento os contribuintes em geral devem ser dispensados.
15 comentários
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Caro Paulo, este tipo de argumentos não costuma vir da sua pena. Por favor, no actual contexto é óbvio que as porttagens nas SCUTs apenas são sinónimo de os impostos não subirem mais do que siobiriam se não houvesse portagens.
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…
E vale a pena comentar?
Nuno
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LA-C
Pois PauloMorais é muito fácil dividir os Impostos/Taxas que pagamos e não pagamos directamente: por exemplo como não tenho viatura própria não pago directamente portagens , , ,
como (já) não fumo estou imune das taxas sobre o tabaco .
Mas indirectamente a coisa é muito mais abrangente: a circulação das mercadorias
que consumo e as pessoas que contraem tumores e são tratados nos Hospitais
oneram os Impostos/Taxas que toda a gente paga . . .
Essa coisa do Utilizador/Pagador tem destas coias mal contadas . . .
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______coias? = coisas
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Já me vou cansando desta lavagem ao cérebro… mas, afinal, para onde vão os impostos que se pagam por ter um carrito?!… logo na sua compra, depois no “pitrol”, e os selos de circulação, e as taxas da recolha de pneus, e as multas e coimas, e, e, e…
Os invejosos e os “sem carta”, apelam, erradamente e a pedido, a esta coisa do utilizador/pagador, esquecendo-se que, também, há cidadãos contribuintes que não tendo filhos (solteiros, ou não) pagam impostos que são utilizados na educação dos filhos de outros, blá blá, blá.
Há outros que morreram sem nunca terem ido a um hospital, mas nem por isso descontaram, em vida, menos que outros para a Segurança Social.
Por exemplo, O Alqueva, foi pago por (quase) todos nós e, só alguns (muito poucos), dele irão tirar proveito, certo?!
Então, deixemo-nos de tretas! Isto está a tornar-se num verdadeiro pesadelo, ver tanta (e boa gente) gente estupidificada ou, convenientemente, instrumentalizada… Só pode!
Há que chamar os bois pelo nome…
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Este eufemismo do utilizador pagador foi inventado por estes politicos chicos espertos para melhor instrumentalisarem este povinho ignorante e pouco inteligente!
O termo correcto é tuga sofredor e pagador!
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Eu sou dos que perdem mais dinheiro, disse o Ricardo Gonçalves, deputado do PS.
Porquê?, oh, porque, mesmo sem fazer nenhum, sou daqueles que mais ganham.
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Enquanto houver pagamento de salários na função pública arrisco-me a dizer que todos os impostos devem ser dispensados. Espero bem que Passos Coelho cumpra esse desiderato a que se propôs, a bem da nação. Vamos lá a acabar com a raça. Acredito que Passos Coelho entrará na função pública rapidamente, via cargo de 1º ministro.
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Os srs do regime só pensam em extorquir dinheiro para financiar as suas loucuras. Jamais pensam em quem trabalha. É preciso pagar chorudas pensões aos aposentados da função públicas que o regime não quer tocar. Apetece-me fuzilar todos os que votaram no regime para sacar privilégios, roubando-me!
Já ouvi Portas falar da escandaleira de não cortar nas pensões dos mamões do regime. Onde andas Passos coelho?
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Claro que a opinião do Vital seria exactamente oposto se o PS fosse oposição.
Convém lembrar que as SCUTs foram inventadas pelo Cravinho no tempo do Guterres, Sócrates tb no governo, e garantia que as mesmas só traziam benefícios.
Qualquer estudo económico básico garantia que podiam ser o principal factor de bancarrota do Estado.
DEVIA SER ELE MAIS OS AMIGALHAÇOS A PAGÁ-LAS.
Fico espantado como este gajo tão burro e estúpido anda sempre a ser entrevistado por TVs, rádios, etc…
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O governo impõe a construção de auto-estradas e obriga os contribuintes a pagar!
Mas por que é quem fazem auto-estradas?
Para promover o desenvolvimento? Ajudar o bronco do automobilista português?
Ou fazem essas obras para darem concursos fabulosos aos amigos dos governantes que chupam os contribuintes até ao tutano?
Façam como eu. Não andem em auto-estradas!
Puta que os pariu!
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Do Portugal Profundo
http://www.doportugalprofundo.blogspot.com/
Passos Coelho e o complexo bancário-construtor
O Dr. Pedro Passos Coelho foi eleito presidente do PSD em 27-3-2010.
Estamos em 16-5-2010. Teve, por aqui, cinquenta dias de graça.
A minha opinião sobre a sua candidatura e o que representava foi clara
no período anterior à sua eleição e no acto da sua vitória: entendia
que representava alguns interesses muito prejudiciais ao País e ao PSD
e que a sua eleição seria, por isso, muito desastrosa, ainda mais pela
época crítica que se atravessava. Mas o facto da sua eleição devia ser
respeitado, com a concessão de um tempo de graça, um tempo de prova em
que ele pudesse contrariar a minha análise e enfileirar uma linha
justa ou perder-se sem remédio na teia que já o envolvia.
Pedro Passos Coelho não contradisse a expectativa que eu tinha e
expressei. Pelo contrário, agravou-a. Depois de um período inicial em
que, distanciando-se da imagem de criado da profana eminência parda
Ângelo Correia, mostrou prudência e sentido de Estado, nomeadamente na
questão presidencial, e certa ousadia ideológica – em seguir a
proposta de que, com excepção de doentes e inválidos, não deve haver
prestação social sem trabalho social -, não demorou a ceder aos
interesses económicos de bancos e construtoras. Não era uma
inevitabilidade: após a eleição, Passos Coelho podia seguir um caminho
próprio, passar a representar a vontade do PSD e a interpretar o
desígnio nacional, renegando a imagem de testa di ferro* – de
interesses económicos e que excedem, agora, muito o universo
pardacento da Fomentinvest. A eminência parda é agora uma hidra com
várias cabeças, muito mais poderosa.
Tenho para mim, e para os leitores, que o acudir de Pedro Passos
Coelho a José Sócrates, na véspera da quarta-feira negra, de pânico na
dívida soberana de Portugal e de queda das bolsas, que redundou no
pré-acordo de 28 de Abril de 2010, foi um movimento ditado pelos
interesses económicos em questão. A bancarrota do Estado português, em
7-5-2010, que aqui denunciei, e a submissão de Portugal a um regime de
protectorado da UE-FMI, na cimeira europeia de 9-5-2010, consolidaram
o entendimento. E foram esses mesmos interesses que se lhe impuseram
no inédito pacto de governo da madrugada de 13-5-2010, em que, à parte
os interesses que mamam, um partido chucha e o outro chora, e o
obrigaram a «dar a mão» a José Sócrates. A maratona negocial entre os
lugares-tenentes Fernando Teixeira dos Santos e António Nogueira
Leite, que, segundo o Expresso (de 15-5-2010) foi concluído às 6:55 da
manhã, que entretanto promete uma redução adicional do défice em 2011
para 4,6% do PIB, foi motivada pela necessidade de enterrar o pacote
da austeridade (o tal segundo Programa de Estabilidade e Crescimento,
para substituir a irresponsabilidade do primeiro), debaixo da
ubiquidade noticiosa da celebração papal de Fátima, no 13 de Maio de
2010, esvanecendo a indignação imediata pela dureza das suas medidas.
Com natureza de escorpião, o primeiro-ministro fez constar que era
mais suave no plano fiscal, e mais preocupado com as pequenas e médias
empresas, do que o PSD queria, quando, segundo o Expresso de
15-5-2010, subiu, nesse acordo, a isenção de aumento do IRC para as
empresas até dois milhões de euros de lucro; e mandou criticar o
parceiro de acordo pelo facto de Passos Coelho ter pedido desculpa aos
portugueses pelo apoio à austeridade e aumento dos impostos do Governo
Sócrates!…
A reunião de pré-acordo PS-PSD entre Sócrates e Passos Coelho, no
fatídico 28-4-2010, quando o Estado se encontrava à beira da
bancarrota (que aconteceu em 7-5-2010), decorreu na mesma manhã em em
que o Governo socialista celebrou o contrato de concessão rodoviária
do Pinhal Interior (variante do Troviscal e outras obras absolutamente
urgentes e imprecindíveis) no valor de 1,244 mil milhões de euros (que
fez crescer a dívida portuguesa em mais de cerca de 1% face ao Produto
Interno Bruto-PIB) ao consórcio Mota-Engil/BES. Não acredito que essa
concessão, que faz crescer a dívida portuguesa face ao PIB em cerca de
1%, não tenha sido discutida, nem que Passos Coelho se tenha oposto
veementemente a que tal sucedesse – se assim fosse, o líder do PSD
expressaria a sua indignação específica com tal procedimento de má-fé
negocial e denunciaria o pré-acordo logo nessa noite ou nos dias
seguintes. Porém, nada li da indignação do líder do PSD com esse
absurdo despesismo do Pinhal Interior na pré-eminência da bancarrota
nacional, o que me leva a supor ter sido consentida essa concessão.
Mais ainda, o Governo socialista celebrou o contrato de adjudicação do
patético troço do TGV Caia-Poceirão em 8-5-2010, no valor de 1,494 mil
milhões de euros ao consórcio liderado pela Brisa e Soares da Costa,
que representa mais de 1% da dívida pública portuguesa face ao PIB, na
mesma altura em que decorria em Bruxelas a reunião crítica em Bruxelas
para impor a José Sócrates as medidas de austeridade a tomar por
Portugal face à bancarrota do Estado português, que tinha ocorrido na
véspera, medidas essas em contrapartida de uma linha caritativa de
crédito adicional e do compromisso dos bancos centrais em comprar
dívida portuguesa para evitar a subida exponencial dois juros… E
também neste caso não vi o PSD a denunciar o acordo por má-fé
socratina, o que me leva a crer que esta concessão tenha sido
consentida, por mais que se disfarce. Como se vê, cerca de dois por
cento de aumento de dívida face ao PIB consignados a obras públicas
não urgentes e de escassa utilidade imediata, mais ou menos o que se
pretende poupar no défice em dois anos à custa do bem-estar do povo,
nos salários, pensões, subsídios e impostos – e não se diga que essa
questão não se põe por causa da diluição dos encargos ao longo de
dezenas de anos, pois a dívida aumenta, o serviço da dívida aumenta,
os juros aumentam e a credibilidade financeira da República Portuguesa
diminui. Em conclusão deste assunto, verifica-se também um pacto de
grandes obras públicas entre Sócrates e Passos Coelho, em que metade
desta despesa de cerca de 2% da dívida pública face ao PIB, é para a
Mota-Engil/BES e outra metade para a Brisa, do Grupo José de Mello, e
a Soares da Costa, da Investifino, que aumentam o endividamento do
País e diminuem o bem-estar dos portugueses, sem que o povo se
tranquilize quanto à solvência do Estado. E, estranhamente, Bloco de
Esquerda e PC alinham nesse despesismo absurdo das grandes obras
públicas, realizadas á custa do bem-estar do povo.
Para os interesses económicos predominantes no País, Pedro Passos
Coelho significa uma emulação fresca de José Sócrates e mais
defensável. Não, por acaso, as sondagens começam a fazer um caminho
inverso, numa tentativa sistémica de reciclagem ambiental do
primeiro-ministro que tem o consenso geral, mesmo no PS – com a
excepção do próprio Sócrates… Sócrates, que veio da Cova da Beira para
a capital ainda agarrado aos conhecimentos regionais, evoluíu, depois
de chegar ao Governo, para um entendimento trinitário, sem perder a
tutela profana omnipresente, que se junta nas alturas mais críticas
quando teme que o poder possa cair… no povo. A mesma tutela, e os
interesses do mesmo género, têm confiança de que Passos Coelho seguirá
a mesma política promíscua e de submissão áquilo que posso chamar, na
acepção do general Eisenhower, o complexo bancário-construtor. O
desperdício do dinheiro do Estado em investimentos faraónicos absurdos
tornou-se um problema tão grave quanto o ócio socialista da
subsidio-dependência.
Nenhum líder da oposição ignora que a co-responsabilização por um
programa de austeridade, de um governo mortalmente afectado pela
corrupção, lhe é prejudicial e ao seu partido: o consolo dos eleitores
socialistas pela atitude de Passos Coelho não traz um voto ao PSD.
Pedro Passos Coelho poderia ter feito como Mariano Rajoy, que
responsabilizou o Governo Zapatero pela situação dramática de Espanha
e apresentou um plano alternativo ao plano de austeridade do Governo
socialista, deixando ao Governo de José Sócrates a responsabilidade
pela tragédia das finanças públicas e da economia nacional e pela
decisão de um pacote de austeridade que aumenta a receita à custa do
bem-estar do povo em vez de diminuir a despesa das obras públicas
socraónicas. Não é do seu interesse eleitoral arrostar com a culpa e o
contágio do socratismo.
Nem é do interesse do País a aliança com José Sócrates. A decisão de
Passos Coelho apoiar o pacote de austeridade de José Sócrates não se
pode justificar com o patriotismo. A linha patriótica não consente
qualquer aliança com este PS ou co-responsabilização do PSD pelo
pacote de austeridade do Governo Sócrates. Por dois motivos: porque a
substituição do Governo socialista e a sua responsabilização é uma
necessidade da recuperação nacional e porque o pacote de austeridade,
mais o que tem escondido, é nefasto para as finanças e a economia do
País. A constituição do novo bloco central de Sócrates-Coelho prolonga
a agonia do povo e penhora ainda mais o Estado à satisfação dos
interesses de grupos bancários e de obras públicas.
Por tudo isto, julgo que a liderança de Passos Coelho, e da sua
direcção, está a ser um desastre para o PSD e o País. Portanto, deve
ser criada no PSD uma alternativa justa, moderada, reformista e sem
qualquer compromisso com o socratismo que se prepare, durante esta
inevitável erosão do governo socialista e as elições presidenciais,
para servir o País em representação do povo.
Pós-Texto (23:45 de 17-5-2010): Beijos de Judas e o tango de Sócrates
com Passos Coelho
A alegada posição de Miguel Frasquilho, o economista do grupo Espírito
Santo que faz parte da entourage de Passos Coelho, expressa no
relatório «A Economia Portuguesa – Maio de 2010» da Espírito Santo
Research, de elogio da «consolidação das contas públicas do Governo de
José Sócrates» e onde, de acordo com o jornal, «assegura que Portugal
não enfrenta riscos de liquidez, evoca o PEC para realçar os esforços
do Governo para reduzir o défice das contas e reafirma a sua confiança
no crescimento económico impulsionado pelas reformas estruturais» é
mais outro ferroada de Sócrates a Passos Coelho, por intermédio da
central governamental de informação, produtora dos tais conteúdos e
veiculada pelos meios de confiança, neste caso o DN, de 17-5-2010.
Beijos de Judas que culminam na frase assassina, e de muito mau gosto,
de Sócrates que, hoje, no Foro ABC, em Madrid , revelou Passos Coelho
como seu parceiro de… tango (i, de 17-5-2010):
«Como se diz em espanhol [sic] para dançar o tango são precisos dois.
Durante muitos meses não tinha parceiro para dançar. Felizmente houve
uma mudança na oposição. Tem agora um líder que olha para a situação
com responsabilidade e patriotismo».
Sócrates é um dançarino que morde depois de beijar. E Passos Coelho
não recuperará desta ferida.
* A expressão «testa di ferro» terá origem no elmo fechado (e no
serviço de Felipe II de Espanha…) de Emanuel Felisberto de Sabóia
(1528-1580), que, após a morte de D. Sebastião, no desastre de Alcácer
Quibir, em 4 de Agosto de 1578, foi pretendente ao trono de Portugal
por ser filho da infanta Beatriz de Portugal, segunda filha de D.
Manuel I e de D. Maria de Aragão, e cunhada do imperador Carlos V.
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Dados retirados do site da Heritage Foundation
Name Tax Burden % GDP
Denmark 49,5
Sweden 48,9
Belgium 46,1
France 45,0
Norway 43,4
Italy 43,3
Finland 43,1
Austria 41,9
Cyprus 41,6
Iceland 41,4
Germany 40,8
Slovenia 38,4
The Netherlands 38,0
Spain 37,9
United Kingdom 37,9
Portugal 37,8
De todos estes países, Portugal é o que tem a menor carga fiscal e a pior situação financeira. Significativo? Absolutamente nada. Não há relação entre a carga fiscal e a situação financeira. Independentemente do nível da carga fiscal e da despesa pública, basta que sejam iguais para que a situação financeira não se agrave.
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Porquê pagar portagens nas SCUTS e continuar a ter 500 milhões de euros de prejuizos por ano só nos transportes públicos em Lisboa ?
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Portugal = Colónia de Lisboa.
Porque é que na IC19 não se paga portagem?
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