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Faz sentido comparar o incomparável?

20 Outubro, 2010

Aumentar o peso do Estado na economia de 30% para 35% do PIB prejudica tanto a economia como aumentá-lo de 40% para 45% do PIB?

É recomendável que um Estado que tem um PIB per capita que é 75% da média europeia tenha um peso na economia igual ao da média europeia?

8 comentários leave one →
  1. Eduardo F.'s avatar
    20 Outubro, 2010 23:20

    Não a ambas as perguntas.

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  2. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    20 Outubro, 2010 23:28

    Depende!

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  3. miguelmadeira's avatar
    21 Outubro, 2010 01:27

    “É recomendável que um Estado que tem um PIB per capita que é 75% da média europeia tenha um peso na economia igual ao da média europeia?”

    à partida é impossível dizer – depende se os serviços que o Estado fornece (incluindo o “seguro” que o Estado fornece através das politicas supostamente redistributivas) forem serviços que se considere que a procura tende a aumentar mais ou menos que proporcionalmente ao rendimento.

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  4. Nuno's avatar
    Nuno permalink
    21 Outubro, 2010 02:10


    Esta questão faz-me lembrar a impossibilidade de comparar as responsabilidades dos socialistas com as dos sociais-democratas neste pântano em que Portugal se afundou e é espantoso constatar os malabarismos que o primeiro Pinócrates faz seja para atribuir as culpas ao PSD por querer incluir medidas e condições que ele – PS – considera inaceitáveis seja por considerar ser um dever do PSD deixá-lo governar à vontade.
    O troca-tintas aldrabão quer ainda que, à viva força, convencer o Povo que o PSD seja considerado culpado das eventuais consequências se for esse partido a tentar endireitar e salvar o que parece não ter salvação possível.
    Nuno

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  5. João Vasco's avatar
    João Vasco permalink
    21 Outubro, 2010 10:07

    «Aumentar o peso do Estado na economia de 30% para 35% do PIB prejudica tanto a economia como aumentá-lo de 40% para 45% do PIB?»

    A pergunta tem uma assunção implícita questionável – a de que em ambos os casos prejudica. É como a pergunta “deixou de bater na sua mulher?”, perfeito exemplo de um sofisma.

    Mas é verdade que os efeitos de um mesmo incremento são diferentes consoante o ponto de partida. Abaixo do “peso óptimo” o aumento beneficia a economia, e acima desse peso prejudica. Quanto mais longe do peso óptimo mais notórios são esses efeitos (benéficos ou prejudiciais, consoante o caso).

    «É recomendável que um Estado que tem um PIB per capita que é 75% da média europeia tenha um peso na economia igual ao da média europeia?»

    O peso do estado na economia já de si é uma proporção do PIB e não um valor absoluto, por isso não existe qualquer razão para assumir que não.

    Existe sim é razão para rejeitar a alegação segundo a qual é o excessivo peso do estado na economia portuguesa a causa do nosso atraso, visto que o nosso peso é igual aos dos países em relação aos quais se alega que estamos atrasados.

    Mas pelos vistos este argumento torna tal alegação infalsificável – se um país pobre tem peso igual ao nosso é por isso que é pobre, se um país rico tem um peso igual ao nosso, é incomparável… É uma variante da falácia do “verdadeiro escocês”.

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  6. JoaoMiranda's avatar
    JoaoMiranda permalink*
    21 Outubro, 2010 11:29

    ««O peso do estado na economia já de si é uma proporção do PIB e não um valor absoluto, por isso não existe qualquer razão para assumir que não.»»
    .
    Que falta de perspicácia.

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  7. João Vasco's avatar
    João Vasco permalink
    21 Outubro, 2010 11:49

    «Que falta de perspicácia.»
    Isso é um argumento?

    Mas vou expandir o meu ponto.

    O argumento apresentado no texto falha por pressupor que é razoável assumir que quanto mais pobre uma economia mais gravoso será que uma mesma proporção da mesma seja dedicada a suportar o estado.

    Ambas as assunções são problemáticas – não só a existência (ou aumento) da proporção do estado na economia pode ser benéfica para uma economia (se esta estiver abaixo da dimensão óptima) – como não existe razão para assumir que a dimensão óptima do peso do estado aumenta com o enriquecimento da economia em questão – o único caso em que o mesmo aumento seria mais greve numa economia pobre que numa economia rica. Podemos alegar que se mantém, ou até que diminui.

    Assim, continua válida e “perspicás” a observação inicial. Apesar de neste blogue o atraso de Portugal ser constantemente atribuído ao alegado peso excessivo no nosso estado na economia, é curioso que em relação aos países desenvolvidos com os quais nos comparamos a sua dimensão se encontre na média. Somos um país médio a este respeito. Reforço que o peso do estado é um valor relativo, já é em proporção ao PIB. Em termos absolutos o custo do nosso estado per capita é, obviamente, muito inferior ao da generalidade dos países desenvolvidos.

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  8. Nuno's avatar
    Nuno permalink
    21 Outubro, 2010 22:00


    Anda alguém muito preocupado com a igualdade de géneros. E isso é possível?
    Nuno

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