Legislar preços numa economia de mercado
26 Outubro, 2010
Como muitas outras medidas que os governos tomam, a lei que obriga os hipermercados a pagar a 30 ou a 60 dias às pequenas empresas ignora como funciona uma economia de mercado. O encurtamento dos prazos de pagamento representa um custo adicional para o hipermercado. Se o custo aumenta, o fornecedor torna-se menos competitivo e o hipermercado muda para outro, que não seja uma pequena empresa. Simples. O legislador mata mais uma data de pequenas empresas, mas a intenção era boa.

” Se o custo aumenta, o fornecedor torna-se menos competitivo e o hipermercado muda para outro, que não seja uma pequena empresa. Simples. O legislador mata mais uma data de pequenas empresas, mas a intenção era boa. ”
Concordo óbviamente …coisas simples nesta “economia de mercado” ?
Medidas alternativas que não beneficiem à priori Belmiro, Jerónimo e os suprasumos ? Medidas alternativas que criem um “amanhã” para o pequeno e “local” comércio ?
GostarGostar
Costumo ler o que escreve e concordo com a maioria das coisas. Mas com esta confesso que não consigo. Se não houver obrigatoriedade de pagar a 60 dias e o hipermercado resolver pagar a 120 (por exemplo) em que é que isso beneficia a pequena empresa? É até capaz de ser mais prejudicada. Se, por lei, os hiper forem obrigados a pagar a toda a gente a 60 dias, não irão ter razões para trocar de fornecedores com base nos prazos.
o que o João propõe é que os hiper se portem como o Estado.
GostarGostar
Um hipermercado tem um aumento de custos insignificantes com a diminuição dos prazos de pagamento aos pequenos fornecedores, mas a ganância e estupidez impera em muitos dos responsáveis desses hipermercados que se copiam uns aos outros para se poderem vangloriar, e que não percebem a vantagem de ter uma lista fornecedores solventes por serem ignorantes em relação ao impacto económico dos grandes retalhistas na produção.
GostarGostar
Um hipermercado é um mercado hiper, e os socratinos do psd perderam a enfase e deixaram de predicar aviltantemente a proposta de orçamento do governo… já desistiram e…. esperam envergonhados e frustrados pelo pedido de desculpas de dom sebastião …
GostarGostar
Bom mesmo, é receber a pronto e pagar quando lhes apetece, como fazem os belmiros e quejandos.
Fantástico post. Mais uma pérola de sabedoria.
GostarGostar
Um hipermercado é um mercado hiper, e os socratinos do psd perderam a enfase e deixaram de predicar aviltantemente a proposta de orçamento do governo… já desistiram e…. esperam envergonhados e frustrados pelo pedido de desculpas de dom sebastião …
GostarGostar
Então é assim: se proibem os ladrões de roubar, o roubo passa a ser uma actividade mais diffícil, e os pequenos ladrões têm de cessar a actividade, dando lugar aos grandes ladrões, mais profissionais, que roubarão muito mais que os pequenos. Portanto, para evitar o roubo em maior escala, não se deve proibir o roubo, deveríamos, isso sim, incentivar os pequenos ladrões, quiçá com cursos de formação, subsídios, sei lá.
GostarGostar
“…a ganância e estupidez impera em muitos dos responsáveis desses hipermercados que se copiam uns aos outros para se poderem vangloriar, e que não percebem a vantagem …”
.
… de viver no “paraíso” socialista medieval!…
GostarGostar
De boas intenções governamentais está o cemitério político cheio.
GostarGostar
claro que a medida pode vir a ter um efeito perverso… aqui, neste país de faz de conta, de não cidadãos, toda e qualquer lei pode produzir um efeito perverso… o problema não está na lei, está em quem a contorna. e mal está a justiça em que, também, quem a aplica faz a intrepretação das leis que muito bem entende… e até já se viu isso quando se trata de se favorecer a si própria… não, não é só a legislação que é fraca, é todo a justiça que está podre!…
GostarGostar
Quando vamos comprar aos hipermercados, pagamos a pronto. Quem costuma fiar, apesar do manguito do zé-povinho e do “queres fiado, toma”, é o pequeno comércio. Esse, sim. Por vezes até usa cadernetas para anotar as dívidas. O grande comércio manda-nos ir ao Tota. Porque há-de o pequeno comerciante fazer o papal de banco perante os grandes hipermercados (nunca fui, nem sou, contra os hipermercados)? Um dos grandes atrasos de Portugal estava (está), exactamente, nos atrasos nos pagamentos. Isso corresponde a juros. Porque há-de o grande comércio copiar o pior que tem o Estado, mesmo perante as violentas críticas dos credores privados desse mesmo Estado? (In)coerências!
GostarGostar
Coitadinhos dos hipermercados que não têm dinheiro para pagar aos fornecedores.
Devido a este post podíamos arranjar uma frase de agradecimento ao Miranda: “Miranda, bom amigo os hipermercados estão contigo”.
GostarGostar
Dói ver um liberal escrever um post destes. Um liberal deve defender uma economia onde idealmente exista concorrência perfeita e/ou o poder de mercado não esteja concentrado na totalidade numa das partes. O que o João Miranda está a fazer é defender o poder do oligopólio. Isto não é ser liberal. É ser a favor dum mercado com relações assimétricas. É assim em todos os campos. Os nossos liberais não são propriamente liberais. Infelizmente, acrescente-se. Porque o liberalismo tem muitas vritudes que podem ser aplicadas numa economia social.
GostarGostar
Muitos clientes meus são esmagados em negociações com os grupos distribuidores. Principalmente os fornecedores de produtos perecíveis são trucidados com o argumento de “é melhor vender por esse preço e a 120 dias do que daqui a 1 semana mandar tudo para o lixo”. Dentro das centrais de compras fazem-se piadas sobre quantos pequenos fornecedores conseguiram mandar à falência nessa semana, como as de adolescentes a falar de miúdas. Isso é uma inversão do poder negocial que em economia de mercado pura e liberal não acontece, como tal sou sempre a favor a leis que tornem a economia mais livre e justa.
Saudações
GostarGostar
Fincapé – Quando vamos comprar aos hipermercados, pagamos a pronto. Quem costuma fiar, apesar do manguito do zé-povinho e do “queres fiado, toma”, é o pequeno comércio. Esse, sim. Por vezes até usa cadernetas para anotar as dívidas. O grande comércio manda-nos ir ao Tota.
Não sei a que hipermercados vai, mas eu é raro o dia que não vá ao jumbo e não seja abordado pela menina do cartão jumbo… a diferença do fiado da mercearia para o do hiper é que neste há juros, e bem altos.
GostarGostar
O pagamento dos fornecimentos a tempo e horas é importante para os fornecedores dos grandes retalhistas. Mas comparado com as condições que são impostas a quem tem o azar de ir bater-lhes à porta para lhes vender seja o que for, é uma brincadeira.
Eles pedem milhares de euros só para fazer o contracto que contem sempre condições leoninas: o esmagamento dos preços, os pagamentos das promoções, as notas de debito pelo aniversario das lojas, que às vezes chegam a 500 euros por loja, ( é só contar as lojas da Sonae, ou da Jeronimo Martins p. ex.) que são debitadas quer o produto rode ou não. É vulgar uma empresa não só não receber nada pelo fornecimento dos seus produtos, como ainda ficar devedor ao retalhista. Um verdadeiro roubo. É ver quantas PMEs já foram à falencia por causa dos negocios com os grandes retalhistas.
Com as grandes superficies, paga-se para entrar, paga-se para estar lá, e o pouco que sobra quando sobra, é pago tarde e a más horas. Eles estão prosperos, e a economia do país está no estado que todos sabemos.
GostarGostar
descoberta de poços de petróleo no BPN
GostarGostar
“Dói ver um liberal escrever um post destes. Um liberal deve defender uma economia onde idealmente exista concorrência perfeita e/ou o poder de mercado não esteja concentrado na totalidade numa das partes. O que o João Miranda está a fazer é defender o poder do oligopólio. Isto não é ser liberal. ”
Ora nem mais nem menos.
“Os nossos liberais não são propriamente liberais.”
Exacto.
Mas o “mal” não é só dos liberais.
Os nossos “socialistas” também não são própriamente socialistas, os nossos “democratas-cristãos” também não são própriamente democratas-cristãos e, até, os nossos “comunistas” também não são própriamente comunistas.
É um problema nacional, presumo.
GostarGostar
“Dói ver um liberal escrever um post destes. Um liberal deve defender uma economia onde idealmente exista concorrência perfeita e/ou o poder de mercado não esteja concentrado na totalidade numa das partes. O que o João Miranda está a fazer é defender o poder do oligopólio. Isto não é ser liberal. ”
Ora nem mais nem menos, pois é.
“Os nossos liberais não são propriamente liberais.”
Exacto.
Mas o “mal” não é só dos liberais.
Os nossos “socialistas” também não são própriamente socialistas, os nossos “democratas-cristãos” também não são própriamente democratas-cristãos e, até, os nossos “comunistas” também não são própriamente comunistas.
É um problema nacional, presumo.
GostarGostar
Boa tarde Sr. Dr. João Miranda,
Ao contrário daquilo que afirma, a diminuição do prazo de pagamento, representa uma diminuição de uma receita financeira para a grande superficíe , e não um custo.Não é a mesma coisa…
Por outro lado, a mesma diminuição, representa uma diminuição dum custo financeiro para o pequeno produtor, pois este, vai ver diminuida a sua necessidade de ter contas a descoberto no banco para financiar a sua ( com os hipermercados ) desiquilibrada relação comercial.
Boa tarde.
GostarGostar
Artigo no Pravda (Russia) sobre Portugal:
http://english.pravda.ru/world/europe/02-10-2010/115189-portugal_eu-0/
GostarGostar
Também não posso concordar consigo desta vez JM, numa economia equilibrada, competitiva e dinâmica os prazos de pagamentos são geralmente curtos. Um conhecido foi uns meses para a Austrália fazer um projecto e ficou surpreendido por lhe quererem pagar antes de finalizar o trabalho, andavam literalmente a chatea-lo para ele passar rapidamente a factura para lhe pagarem. Em Portugal satura-se de andarmos meses e meses para receber o que há muito foi finalizado, perdemos dias e dias a tentar receber de chamada em chamada o que nos é devido.
Longos meses sem pagamento deitam abaixo por exemplo pequenas, inovadoras e competitivas empresas. Por exemplo imaginemos o Estado, quer um serviço, e há 2 empresas. Uma relativamente jovem, dinâmica cheia de boas ideias inovadoras. Não tem capacidade financeira para aguentar meses sem receber. O Estado acaba por adjudicar apenas às empresas do costume, enormes, muitas vezes empresas cheias de dividas e pessoal desmotivado, mas acabam por arrecadar neste exemplo mais um serviço, mas facturado a várias vezes o montante que custaria na pequena empresas, e feito de forma pior . Isto são coisas que eu vejo no dia a dia em Portugal, matando-se à nascença empresas inovadoras e dinâmicas que um dia poderiam tornar-se bem maiores, ficando no mercado a porcaria habitual.
GostarGostar
Também não é obrigatório o João ser liberal.
GostarGostar
Como os pequenos fornecedores não são obrigados a vender aos hipermercados, e uma vez que aceitam livremente as suas condições comerciais é porque obtêm daí vantagem.
A isto chama-se mercado.
GostarGostar
Bovino,
O artigo do Pravda sobre Portugal é imperdível. Graças ao inenarrável Sócrates, somos motivo da chacota internacional. Até da Rússia, imagine-se…
Obrigado pela dica.
GostarGostar
albarquel
Concordo. Escapou-me essa que, aliás, reforça o meu pensamento. Até no que diz respeito ao incentivo ao consumo, pela possibilidade do não pagamento imediato, e pelo não controlo do vendedor que tem o pagamento razoavelmente garantido. O pequeno comerciante ainda pode exercer algum controlo nas compras, até por recear o não pagamento (como acontece tantas vezes) e não ter grandes meios para recorrer à justiça.
GostarGostar
“a diminuição do prazo de pagamento, representa uma diminuição de uma receita financeira para a grande superficíe , e não um custo.Não é a mesma coisa…”
Para o caso, vai dar ao mesmo. O hipermercado busca uma determinada margem, se reduz o ganho financeiro vai compensar noutro lado.
GostarGostar
Portugal é, SÓ, o país da UE com maior número de hipermercados, tendo em conta a população residente. Claro que isto só pode significar que os outros são todos estúpidos e nós é que sabemos…
GostarGostar
Eu concordo com o João Miranda!
Até acho que os hipermercados só deviam pagar ao fim de 1 ano … ou mais.
Ou então que não pagassem.
GostarGostar
Eu não sei em que país é que eu vivo, mas eu pago na hora da compra.
GostarGostar
Ó JM não ligue a estas más línguas.
Concordo plenamente consigo.
Receber a pronto e pagar a 30 ou 60 dias é asfixiante, como qualquer conhecedor da economia de mercado (especialmente a portuguesa) conhece a fundo.
Os hipermercados vão ter de se virar para os grandes fornecedores, esses sim dispostos a conceder elevados(íssimos) atrasos de pagamento.
Segundo a “chamada” economia de mercado ainda vamos ver o Continente vender produtos do IKEA.
Dessas intenções estão os hiper vazios.
GostarGostar
A “coisa” não está nos 30, 45, 60, ou …..360. Está na quantidade de “hiper´s” a facturar e a mandar o € lá para fora. Alguém sabe quanto representa (% da totalidades nas prateleiras existentes em Portugal) a factura aos produtos “made in here”?
Eu não sei mas acredito que não serão muitos.
GostarGostar
AC da Silveira,
“Eles pedem milhares de euros só para fazer o contracto que contem sempre condições leoninas: o esmagamento dos preços, os pagamentos das promoções, as notas de debito pelo aniversario das lojas, que às vezes chegam a 500 euros por loja, ( é só contar as lojas da Sonae, ou da Jeronimo Martins p. ex.) que são debitadas quer o produto rode ou não. É vulgar uma empresa não só não receber nada pelo fornecimento dos seus produtos, como ainda ficar devedor ao retalhista. Um verdadeiro roubo. É ver quantas PMEs já foram à falencia por causa dos negocios com os grandes retalhistas.”
Isso até pode ser tudo verdade, mas o certo é que não há nenhuma PME que não se ponha na fila para ser fornecedora das grandes superfícies. Porque será??? Será por estas nunca terem deixado de cumprir com os seus compromissos?
Houve empresas que foram à falência? Talvez. É o processo de destruição criativa. Mas as que subsistiram ganharam eficiência e competitividade que jamais teriam se não tivessem Clientes com o nível de exigência dos grandes retalhistas. Ou você julga que os nossos exportadores não se confrontam com níveis de exigência semelhantes ou maiores? Em mercado aberto, a concorrência é sempre implacável e só sobrevivem os melhores. É desta forma que as economias crescem, não é a mimar os coitadinhos dos pequeninos.
GostarGostar
Pela lógica de JM torna-se legítimo o estado atrasar o pagamento das dívidas a terceiros (pois se os hipermercados podem…), algo que tenho ouvido afirmar que é um “custo desnecessário” para as empresas e um hábito que contribui para o nosso atraso económico. Afinal parece que não é um custo mas sim uma mais-valia, já que o estado acabará sempre por pagar.
Eu que não sou economista, financeiro ou gestor de empresas, aprendi que isto são “calotes”. Fui ensinado a entender os calotes como coisa feia. Parece que tenho andado enganado e que, afinal, são uma forma legítima de financiamento.
O pior é que os pequenos produtores também têm empregados e fornecedores que acabam por sofrer com o esquema. Sofrem eles, sofre a economia. E quando já não houver pequenos produtores (acaba por não compensar manter a actividade), outros galos cantarão: alguém mais forte vai entrar em cena (multinacionais) e sempre quero ver Belmiros e quejandos a imporem-lhes preços e prazos de pagamento.
GostarGostar
Sem regulação o mercado vai-se destruindo, neste caso os hipermercados vão destruindo os pequenos fornecedores ao imporem prazos de pagamento longos. Ao fim de muitos anos só sobram grandes fornecedores (provavelmente internacionais) que terão mais poder financeiro o que resultará num equilibiro prejudicial à sociedade portuguesa.
GostarGostar
“É o processo de destruição criativa. Mas as que subsistiram ganharam eficiência e competitividade que jamais teriam se não tivessem Clientes com o nível de exigência dos grandes retalhistas. ”
Caro LR, é verdade sem mais nem menos.
Até alegremente constatamos que a pouca agricultura portuguesa oferecida nos hipers está cada vez mais pujante.
A restante oferta portuguesa invade cada vez mais o mercado (pelo menos através de Rot).
GostarGostar
Se tivesse 1 euro por cada vez que o JM desdisse do Estado pela morosidade em pagar… Felizmente há comportamentos que se tornam virtuosos por razão de quem os pratica; é a chamada ética do contorcionista.
GostarGostar
A minha opinião é que quem tem uma conta para pagar a deve pagar quanto antes -logo que verifique que o produto apresenta a qualidade acordada- caso contrário cria uma enorme teia de ineficiências no Mercado.
GostarGostar
Julgo que há aqui um equivoco: desde quando Portugal é uma economia de marcado?
GostarGostar
O João Miranda é, talvez, o indivíduo mais esclarecido que já tive oportunidade de ler. O meu obrigado.
GostarGostar
Eleitor,
“Pela lógica de JM torna-se legítimo o estado atrasar o pagamento das dívidas a terceiros (pois se os hipermercados podem…), algo que tenho ouvido afirmar que é um “custo desnecessário” para as empresas e um hábito que contribui para o nosso atraso económico.”
O Estado atrasa-se de forma unilateral e raramente cumpre os compromissos assumidos. Paga a 9/10 meses, muitas vezes a mais de 1 ano. As grandes superfícies contratualizam um prazo de pagamento (entre 60 e 120 dias) e cumprem-no religiosamente.
“O pior é que os pequenos produtores também têm empregados e fornecedores que acabam por sofrer com o esquema. Sofrem eles, sofre a economia. E quando já não houver pequenos produtores (acaba por não compensar manter a actividade), outros galos cantarão: alguém mais forte vai entrar em cena (multinacionais) e sempre quero ver Belmiros e quejandos a imporem-lhes preços e prazos de pagamento.”
Pergunte aos pequenos produtores se preferem fornecer ao Estado ou às grandes superfícies…
GostarGostar
Carlos Dias,
“Até alegremente constatamos que a pouca agricultura portuguesa oferecida nos hipers está cada vez mais pujante.
A restante oferta portuguesa invade cada vez mais o mercado (pelo menos através de Rot).”
A agricultura portuguesa não existe, foi morta há vários anos pela PAC. Restou apenas o sector vinícola que, curiosamente, não vive de subsídios. Está pujante e bem presente nas grandes superfícies.
Ao nível de produtos transformados, a oferta de origem nacional presente nas grandes superfícies provém, garantidamente, de empresas competitivas. Se não o forem, os seus produtos são substituídos por importações.
GostarGostar
boa piada.
GostarGostar
É a falta de julgamento que faz com as pessoas julguem e tomem as medidas de acordo com a intenção sem ter em consideração as suas consequências. Isto aplica-se também às outras políticas sociais. É mais fácil julgar pela intenção principalmente quando são medidas tomadas com o dinheiro dos outros.
É lamentável a quantidade de pessoas que não perceberam um texto tão simples como o do post.
GostarGostar
Esta posta não tem o brilho de outras. Forçado para marcar o ponto. O custo que não é custo tambem pode ser passado para o consumidor final, por exemplo. E o título do post é sobre preços. Isto foi um posting under the influence não foi?
GostarGostar
Muda sim senhora..até que um dia não existem mais pequenas ou médias empresas..e aí a empresa está a mudar para uma empresa que já faz parte de si mesmo…autofagia…
GostarGostar
Para o mercado florescer, é necessário, que voltem a aparecer empresários de carácter.
Bons cidadãos, com honra e carácter, respeitadores das leis. Daquele tipo de pessoas que pode morrer sem se confessar que vai para o céu na mesma.
Ou seja aquela elite empresarial que levou Portugal a ter uma taxa crescimento próxima dos dois dígitos entre 68 e 74 deve ser imitada, estudada e idolatrada.
Homens de negócios que selavam acordos de milhões com um aperto de mão.
Agora estes novos-ricos armados em empresários. Quando o negócio não lhes corre de feição vão logo fazer queixinhas e pedir a intervenção do estado.
E dá nisto: o estado a meter-se na vida das empresas. Se um bom cidadão não se deve meter em politica também um estado de direito não se deve meter nos negócios das empreses
GostarGostar
A situação resolve-se. Criemos uma associação de consumidores que recusem comprar a grupos que não produzam um alfinete. Grupos que se limitem à distribuição e ao financeiro.
GostarGostar
O nosso país está a meio caminho entre o afeganistão e a suécia: quer num quer noutro os caloteiros passam um mau bocado; dois tiros no 1º caso ou prisão no segundo; são portanto duas abordagens diferentes: a lei da força versus a força da lei. Por cá nem carne nem peixe. É este o problema da generalidade dos portugueses, como eu, de segunda: nem justiça pelas próprias mãos nem protegidos pela justiça. Mas há quem sobreviva: os acima da lei e os fora-da-lei. Para eles vão as minhas vénias e os meus respeitos porque compreenderam que a ética da classe média e a dos pequenos produtores industriais e agrícolas, está desadequada aos nossos tempos e modos. E se calhar têm razão… Qual o fundamento de que se deve ser honesto ? Ou o de respeitar o próximo ? Para que é necessária uma justiça se me posso defender melhor a mim próprio sem ela ?
GostarGostar
A agricultura portuguesa não existe, foi morta há vários anos pela PAC. Restou apenas o sector vinícola que, curiosamente, não vive de subsídios. Está pujante e bem presente nas grandes superfícies.
Bibó binho, a única ogricultura existente.
“Ao nível de produtos transformados, a oferta de origem nacional presente nas grandes superfícies provém, garantidamente, de empresas competitivas. Se não o forem, os seus produtos são substituídos por importações.”
Ao fim e ao cabo tudo o que consumimos.
E ainda nos queixamos.
Exportamos licenciados como antes exportávamos trolhas.
Em suma, os indianos da Europa.
GostarGostar
Não me digam que o pessoal liberal do Blasfésmias foi a correr para o CCB apoiar a recandidatura dum cainesiano tuga e à moda antiga?
GostarGostar
O autor baralhou-se: se num mercado há concorrência entre vendedores grandes e pequenos e a estes, e só a estes, é proporcionada uma redução de custos, daqui nunca poderá resultar uma vantagem relativa para os grandes. No limite, os pequenos poderiam baixar os preços, ganhando vantagem aos grandes, relativamente à posição inicial.
GostarGostar
Carlos Dias a arrasar e os registados postadores a não esgrimirem dialéctica bastante!
divino,mais uma vez!
GostarGostar
O engraçado é ver tanta gente iletrada e incapaz de compreender um texto simples como o do João.
É irrelevante discutir a moralidade dos prazos de pagamento, ou as consequências da dilatação desses prazos. O importante é perceber que as coisas são assim e não mudam por via legislativa.
GostarGostar
Engraçado é continuar a não perceber que a economia funciona melhor num mercado regulado que num mercado totalmente livre onde os grandes esmagam os mais pequenos. Em muitos países desenvolvidos os prazos de pagamento são regulados entre compradores gigantes e pequenos fornecedores.
GostarGostar
“Engraçado é continuar a não perceber que a economia funciona melhor num mercado regulado que num mercado totalmente livre onde os grandes esmagam os mais pequenos. Em muitos países desenvolvidos os prazos de pagamento são regulados entre compradores gigantes e pequenos fornecedores.”
Mais um… sim senhor, e depois? Regulam os prazos de pagamento, e o comprador gigante força um pouquinho mais o preço, o suficiente para não perder a vantagem financeira. O legislador dá uma palmadinha nas costas a si próprio, contente por ter “ajudado” , o gigante mantém a sua margem, o pequeno fornecedor sofre mais um apertozito.
Toda a gente fica satisfeita… ah, não, espere, o gajo que é suposto ser ajudado é capaz de não ganhar nada com a coisa.
GostarGostar
dassss,
Pensei que haveria um mínimo de literacia para o leitor médio de um blog como este. Enganei-me. Não sabem ler o que está no post… Calhaus…
Para totós:
Se o comprador perde rentabilidade, procura novos fornecedores. Os antigos fornecedores perdem um cliente, provavelmente o melhor cliente, em alguns casos o único cliente, e abrem falência.
Um novo empreendedor, que queira passar a abastecer um grande cliente e que queira apresentar-se mais competitivo que a concorrência já instalada, através de prazos de pagamento mais alargados, fica impedido de o fazer – a menos que seja um grande investidor.
Irra, que é duro de entrar… cabeçudos.
GostarGostar