dúvida metódica
A maioria dos nossos comentadores acredita que a origem da crise em que nos encontramos não está na natureza do modelo político que temos seguido, o Estado Social, mas na forma como ele tem sido gerido. Muitos apontam as nomeações partidárias para os cargos públicos, de fraca qualidade e em grande quantidade, os gastos perdulários dos boys e assessores, os interesses corruptos, as despesas descontroladas, os imensos desvios orçamentais, as decisões políticas erradas, enfim, um sem número de desvios entre o que deveria ser e o que tem sido o nosso modelo social. Em relação às hipóteses de solução para estas lamentáveis constatações, quase todos os comentadores são unânimes em defender que o Estado Social tem de ser racionalizado e gerido de forma profissional e honesta, presume-se, ao invés do que até agora tem sucedido. A dúvida, então, é a seguinte: se é assim e se todos concordamos com o diagnóstico, porque razão, em 35 anos de democracia e de Estado Social, não se conseguiu ter êxito nenhuma terapia?
BLASFÉMIAS 
Razão têm os comunistas que viram na contra-revolução liderada pelos socialistas o desastre para Portugal.
Eles bem foram avisando com o desmantelamento do aparelho produtivo; a entrega das indústrias a meia dúzia de famílias do regime sucialista; a entrada na CEE; a adesão ao euro; o famigerado Tratado de Lisboa,etc.
Trinta e cinco anos depois d0 25 de Novembro de 1975 o país está na bancarrota e ingovernável.
Os comunistas portugueses tinham razão.
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É, a vertente da tesouraria da coisa não está famosa;
mas por incrível que pareça somos modelo para mais de oitenta por cento dos estados no mundo: pode comparar!
Vulgo gratia, os eua que estão com um incipiente sistema social de saúde.
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porque os homens são uns ingénuos e acreditam no pai natal : que há pessoas honestas e incorruptíveis . não sei quantos modelos haverá que experimentar ainda para que caiam da burra . os modelos devem ser feitos a partir do que existe , do que somos , não do que deveriamos ser . e para uma escala micro…que à macro lá se torna tudo tão complexo e cheio de meandros e atalhos e becos escuros que se torna impossível de controlar .
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A terapia adequada, a ser aplicada custa votos.
Não acredito que, por muito” mauzinhos” sejam os nossos políticos, ( e são ), não saibam onde está a solução dos nossos problemas.
Se eles copiam os maus exemplos de outros países, porque não importar os bons?
O problema, é que, a única preocupação que os move, é apenas o seu (deles) bem estar, e dos amigos.
Houvesse um regime presidencialista, em vez desta amálgama de poderes indistintos e interpretados ao gosto de cada grupo político, provavelmente já teríamos saído desta apagada e vil tristeza.
Veja-se como exemplo, a vergonhosa disparidade dos pedidos de sacrifícios, e quem está disposto a fazê-los.
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Porque funciona na Suécia. Mas o problema é que os Portugueses não são, nem nunca serão, Suecos.
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Caro Rui A.,
A sua pergunta é excelente e oportuna. Na minha opinião, a razão assenta no tempo, de onde deriva a (pouca) qualidade do sistema.
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Isto é, v.exa. compara realidades em estagios de maturação bem distintos. Inglaterra, EUA, Canada são democracias com longos seculos de aperfeiçoamento. Portugal tem apenas 35 anos. Além de recente, a democracia, começou mal. Um 25 de Abril que arruinou a indústria nacional, nacionalizando-a de um dia para o outro.
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RB
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“A dúvida, então, é a seguinte: se é assim e se todos concordamos com o diagnóstico, porque razão, em 35 anos de democracia e de Estado Social, não se conseguiu ter êxito nenhuma terapia?”
Rui A. sabe a resposta. O “conhecimento de” não implica a “resolução de”, não convêm nem interessa o fim da partilha e da promiscuidade que a todos (os com responsabilidades e em funções) favorece.
Coisas simples…abjectas e imorais sim mas muito simples nesta Nação.
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o rectânulo importa 80% dos alimentos
não tem nem cria tecnologia
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Arlindo Costa,
E no 25 de Novembro de 75 estavamos aonde?
Os comunistas nunca teem razão porque não se regem por boas razões. Teem tanta razão como tiveram os nazis.
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… e continuou mal, nas precipitadas (re)privatizações. Privatizando monopolios, sem antes ter promovido concorrencia no mercado. Um erro que paralizou Portugal durante estas decadas.
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Aliás, um estado de bem teria ressarcido e entregue as empresas aos antigos donos.
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RB
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Boa rui.a, a pergunta do post é a do milhão de euros!
E a resposta só pode ser genérica: bom senso e honestidade.
Se entender-mos que nenhum deles abunda entre nós, percebe-se a dificuldade da situação.
De qualquer maneira ela terá de sair da geração que hoje tem menos de quarenta, os outros estão todos comprometidos.
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A vocação para o contorcionismo lógico não encontra limites no Rui A.. Há uns dias atrás, o Assange era um perigoso e confirmado violador (porque a interpol lhe andava à perna, invertendo-se a presunção da inocência que o autor defendeu inúmeras vezes, mesmo que o Rui A. achasse estranha a forma como o processo decorria) e a Palin, apesar de estúpida como um calhau, ou precisamente por isso, devia ser louvada pela sua frontalidade, recuperando de uma forma pragmática e agnóstica, para o mundo dos viventes, a fórmula segundo a qual “aos pobres de espírito pertence o reino dos céus.” A mulher não sabe distinguir um atacador de um cabo de rede? Nenhum problema, dê-se-lhe a chave das ogivas entoupeiradas que ela sabe o suficiente da Rússia daquilo que viu do pátio de casa.
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O Estado Social não funciona porque elegemos corruptos atrás de corruptos? Acabe-se com o Estado Social. Os doentes não se curam? Acabe-se com os doentes. Os criminosos existem? Acabe-se com as vítimas.
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Qualquer dia deixa de ser logicamente inviável para passar a ser simplesmente poético.
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A resposta é tão só outra pergunta: Alguém tentou conter o estado social nestes últimos 35 anos?
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Mas há quem defenda ou temha consideração/respeito pela Palin por aqui ?
E se sim, haverá também ovelhas em rebanho concordantes ? Ai simmm ?
Muita palha se aprecia por cá então….e nem os Vegans comem palha.
MÉÉÉÉ MÉÉÉÉ
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Aliás, a pergunta pode ser feita em comparação com outros paises… mesmo que nos comparemos a países ricos aonde o estado social tem um papel importante, Alemanha, Filandia, Suécia, França etc, a mesma conclusão se pode tirar.
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RB
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a pergunta é: onde está esse céu-na-terra liberal?
-quero emigrar para lá!
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O problema é que a maioria dos portugueses ainda acredita que pode deixar raposas a tomar conta do galinheiro. É só, dizem eles, uma questão de acertar com as raposinhas bem comportadas…
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não haja um Governo de Salvação Nacional Cristão, não…metam-se com brincadeiras ideologicas, agora já não bastava o Liberalismo dos Bifes, os Judeus que vivem em Portugal, já andam tambem a promover le Liberalism Franciú, tá bonito tá…não implementem o modelo economico-social de Salazar, metam-se com exprimentalismos…
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O Liberalismo e o Comunismo, o que é que tem em comum…são ideologias que promovem a perseguição aos valores Cristãos…logo…não se arranje um Governo de Salvação Nacional Cristãos para proteger Portugal desses Judas…
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Na minha opinião o que falta á classe politica portuguesa é moralidade e maturidade.
Veja-se bem: o governo decreta redução nas remunerações dos trabalhadores da função pública, e um alto representante politico (presidente do governo regional dos açores), da mesma ideologia do governo, corre a dar subsidios aos seus funcionários, numa incrivel falta de fidelidade ao programa e á conjuntura do próprio País! Com exemplos assim…
Além disso, sabemos que os politicos portugueses são muito bons de teoria… a prática é que foi sempre o problema…
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o estado social está parasitado. o liberalismo não funciona devido à assimetria de informação entre os agentes e o poder oligopolista. o comunismo não funciona na base de um comando piramidal e não democrático. parece que isto só vai andar para a frente quando derem uns tiros nos cornos dos que só querem as notas para si e os sacrificos para os outros.
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O estado social funciona com base no civismo dos seus cidadãos. Na crença de que se eu facilitar a vida ao próximo tenho a minha vida facilitada. Mas isto é uma praxis que deriva da tradição protestante, impossível de existir na tradição católica (a dos chicos-espertos que sabem que basta pagar e lamber cús para ser se perdoado), quer pela estrutura dos laços familiares quer pela história rocambolesca dos próprios Estados onde se desenvolveram.
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O Rui A. claro que sabe a resposta. Porque durante todo esse tempo (não todo!), não só não houve “terapia” alguma, como foi o tempo em que se organizaram os aparelhos que, sobretudo a partir do “bloco central”, tomaram conta da coisa.
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“…porque razão, em 35 anos de democracia e de Estado Social, não se conseguiu ter êxito nenhuma terapia?”
Cá está outra pergunta dificílima! Há 35 anos os portugueses estavam entregues aos bichos no que dizia respeito à saúde, educação, reformas, desemprego e demais “bichanices”, com um défice público (e outros) muito baixos ainda há cerca de dez anos. Mas isto, pelos vistos, não é sucesso.
Entretanto, os Estados sociais nórdicos, também pelos vistos, não tiveram terapias de sucesso, e o que se passou (passa) lá foram milagres da “nossa” Nossa Senhora de Fátima. Como se sabe, “santos” da casa não fazem milagres… em casa. Mas fazem fora.
Outra vez “entretanto”, os EUA, estados pouco sociais, ainda agora apareceram com 15 estados no estudo PISA sobre Educação atrás de Portugal. E também com facilidade se encontram dados destes sobre os EUA: “A taxa de pobreza aumentou, de 13,2 por cento em 2008 para 14,3 por cento em 2009, o que representa uma em cada sete pessoas, a percentagem mais elevada desde 2004”. Eu sei, eu sei: um pobre lá não é a mesma coisa do que um pobre em África.
Não vale a pena uma profusão de dados que rui a. conhecerá melhor do que eu, porque a intenção do post não é propriamente o esclarecimento, mas a propaganda. Dificilmente em países pequenos como o nosso, comparativamente aos países/modelos liberais, a probabilidade de implementar políticas liberais daquelas sem dó nem piedade é baixíssima. Vivemos demasiado perto uns dos outros, conhecemo-nos demasiado bem, e não admitiríamos determinadas pornografias, possíveis quando as fortunas podem construir “cidades” só para si. A maluqueira duraria pouco, penso e espero eu. Mas que há muita gente ocupada a ver se isto cai, lá isso há. E se em vez de destrutivo fizessem um esforço positivo para melhorar esta bagunça, podíamos estar bem melhor. Bastava entrar em contas com os tais 25% que andam por aí sem andar. É curioso que não haja posts sobre este assunto e um estudo sério com base no PIB verdadeiro. Deve ser para ver se o pagode se esquece.
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É só atacar o “Estado Social”* mas sobre isto:
http://www.telegraph.co.uk/finance/newsbysector/banksandfinance/8190104/Allied-Irish-Banks-to-pay-40m-bonuses-despite-bail-out.html
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….nem uma palavra. Nada. Zero.
É melhor atacar a própria existência do……….salário mínimo.
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*categoria na qual cabem países como: EUA, Alemanha (sim: A-LE-MA-NHA), Áustria, Holanda, Dinamarca, França, Itália, Finlândia, Suécia, Dinamarca, Suiça, Luxemburgo, Noruega, Reino Unido, Austrália, Canadá…….und so weiter…….
(sobre isso também não se fala muito pois não se fala sobre o que a “cartilha” não explica, ahahah)
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Estou esclarecido sobre o que por aqui alguns defendem e quais as…..”prioridades”.
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O Estado Social pode ser reformado por dentro.
Não é por acaso que o maior crescimento económico de sempre e o maior aumento da qualidade de vida na história da humanidade aconteceu nos pós-guerra, quando praticamente todo o mundo desenvolvido adoptou um regime politico do tipo social-democrata, com alguma nuances mas muito semelhante nos seus princípios básicos.
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Por esta razão, o que se pode perguntar é como com pequenos passos reformistas, o estado social pode ser melhorado continuamente.
E isso passa sobretudo pela redução substancial do aparelho central do estado despesista, e pelo estabelecimento de um “Plano de Desenvolvimento Económico” que potencie rapidamente os sectores dinâmicos da economia, com especial atenção à criação de emprego e à diminuição da pobreza e à rápida diminuição do déficit comercial e agricola.
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Polémicas do Euro, União Europeia e Alemanha,
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-The paradox that could strangle Europe
“Greece cannot grow its way out of trouble, as, maybe, Ireland will, Spain just might, and poor old Portugal probably can’t”
http://www.independent.co.uk/opinion/commentators/sean-orsquogrady-the-paradox-that-could-strangle-europe-2153876.html
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-Iceland exits recession
Decision to force bondholders to pay for banking system’s collapse appears to pay off as economy grows 1.2% in third quarter
“Nobel prize winner Paul Krugman (pictured) has repeatedly called on Ireland, Greece and Portugal to consider leaving the euro area and defaulting on debts.”
http://www.guardian.co.uk/business/2010/dec/07/iceland-exits-recession-third-quarter
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-Iceland offers risky temptation for Ireland as recession ends
http://www.telegraph.co.uk/finance/financetopics/financialcrisis/8187476/Iceland-offers-risky-temptation-for-Ireland-as-recession-ends.html
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